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Maçonaria

Como os Templários e mesmo os Jesuítas.

Quem se sentiu ameaçado pelos Templários não foi a Igreja, mas rei Filipe IV da França, cognomidado "o Belo".
Quanto aos Jesuítas foram mais uma vez as potências seculares que se sentiram ameaçadas, por exemplo o Marquês de Pombal, em Portugal.
 
Quem se sentiu ameaçado pelos Templários não foi a Igreja, mas rei Filipe IV da França, cognomidado "o Belo".
Quanto aos Jesuítas foram mais uma vez as potências seculares que se sentiram ameaçadas, por exemplo o Marquês de Pombal, em Portugal.

Política por política, a ICAR foi conivente na perseguição a ambos os grupos considerando sua influência - "uma mão lava a outra".
 
Mas nunca consegui ver o momento que o pessoal entrava lá... ou eles entravam pelos fundos ou eu que não dava sorte.

Eles entram por aqui:

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Um tempo atrás descobri sem querer que um familiar meu é maçom. Ele esconde pelo mesmo motivo citado pela Indily: não ter que aturar babaquices.
Aliás, ele nem sabe que eu sei :lol:
Qualquer dia desses faço uma pegadinha pra ver se ele cai :dente:

Falando sério agora... muita gente é muita coisa que muita gente nem imagina.


tendo em mãos a Bíblia, O Catecismo e Tolkien

Po, vc tinha um livro em cada mão! Era só escolher direito...

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______


Calion, mizifio. Eu queria muito o Excluído45 Paganus aqui agora. Pra te dar chicotada nos dedo.

(Só pra vc saber do que se trata, era um usuário do fórum que entrou pro clero. Tipo, estudando de verdade.)



Pq... na boa... eu nasci no Espírito Santo. Isso já é bem mais cristão que o que vc fala.
 
Política por política, a ICAR foi conivente na perseguição a ambos os grupos considerando sua influência - "uma mão lava a outra".

Aff...
Os Templários eram uma ordem monástico-militar que faziam voto de pobreza, foi aos poucos ganhando poder político, militar e econômico devido as muitas doações que recebiam. Os noviços nem precisavam se enquadrar nos votos da ordem para serem templários. Ou seja, houve uma grande decadência na ordem.
Filipe IV da França tornou-se um devedor da ordem, sentia ciúmes e queria extinguí-la por completo. Iniciou um processo acusando-os falsamente de heresia.
Papa Clemente V queria de fato absolver os Templários do injusto processo que Filipe IV levantara contra eles. Foi por pura pressão política e ameaças de Filipe IV que a Ordem foi suspensa. E mais, o papa Clemente V frustrou os planos de se apropriar das riquezas da ordem, entregando-as aos cavaleiros hospitalários. Portanto, se alguém deve ser culpado pelo fim dos Templários, esse alguém é Filipe IV.
Em Portugal, os Templários puderam ser salvos. Papa João XXII instituiu a Ordem de Cristo e transferiu os bens e privilégios dos Templários para essa ordem, a pedido de D. Dinis, rei de Portugal. A Ordem de Cristo é uma reforma dos Templários.
A propósito, meu antepassado foi cavaleiro da Ordem de Cristo.

Quanto aos Jesuítas, a ordem foi apenas "desligada". Tanto é que eles continuaram a existir na Rússia Católica sem nenhum problema. Depois que as cortes da Europa mudaram, Papa Pio VII a reestabeleceu. Tanto é que hoje temos o Papa Francisco, que é jesuíta.
 
Aff...
Os Templários eram uma ordem monástico-militar que faziam voto de pobreza, foi aos poucos ganhando poder político, militar e econômico devido as muitas doações que recebiam. Os noviços nem precisavam se enquadrar nos votos da ordem para serem templários. Ou seja, houve uma grande decadência na ordem.
Filipe IV da França tornou-se um devedor da ordem, sentia ciúmes e queria extinguí-la por completo. Iniciou um processo acusando-os falsamente de heresia.
Papa Clemente V queria de fato absolver os Templários do injusto processo que Filipe IV levantara contra eles. Foi por pura pressão política e ameaças de Filipe IV que a Ordem foi suspensa. E mais, o papa Clemente V frustrou os planos de se apropriar das riquezas da ordem, entregando-as aos cavaleiros hospitalários. Portanto, se alguém deve ser culpado pelo fim dos Templários, esse alguém é Filipe IV.
Em Portugal, os Templários puderam ser salvos. Papa João XXII instituiu a Ordem de Cristo e transferiu os bens e privilégios dos Templários para essa ordem, a pedido de D. Dinis, rei de Portugal. A Ordem de Cristo é uma reforma dos Templários.
A propósito, meu antepassado foi cavaleiro da Ordem de Cristo.

Quanto aos Jesuítas, a ordem foi apenas "desligada". Tanto é que eles continuaram a existir na Rússia Católica sem nenhum problema. Depois que as cortes da Europa mudaram, Papa Pio VII a reestabeleceu. Tanto é que hoje temos o Papa Francisco, que é jesuíta.

A questão templária até hoje é controversa, mas você está certo - aliás, onde eu disse que você estava errado? No entanto, a Igreja permitiu o encerramento da Ordem dos Templários por questões políticas envolvendo o Papa Clemente V e a corte francesa - a sede do Papado era em Avignon, certo?

No caso dos jesuítas, os que já estavam espalhados pelo mundo ficaram abandonados com o afastamento da ICAR em relação à ordem, até sua supressão - novamente, questão política. E você lembrou bem que, em alguns países, a ordem permaneceu ativa, mas eram países que não reconheciam a autoridade papal.
 
a sede do Papado era em Avignon, certo?
Sim, no pontificado de Clemente V a santa Sé se muda de Roma para Avignon.


E você lembrou bem que, em alguns países, a ordem permaneceu ativa, mas eram países que não reconheciam a autoridade papal.

A maioria dos Jesuítas permaneceram no território da Polônia, que naquela época era parcialmente dividido entre a Prússia e a Rússia, onde a maioria era católica. De fato, na Rússia o decreto papal nunca vigorou, porém, na Prússia e Polônia a autoridade papal era reconhecida.
 
Maçonaria é uma das coisas mais incompreendidas, confusas e contraditórias que eu já vi na vida.

Dito isso, a Ordem acaba sendo genérica e abrangente o suficiente para gerar essa desconfiança de muitos, e acrescente aí esses milhões e milhões de membros, e centenas de anos e tu já tem um abacaxi foda pra conceituar, além disso, a questão política de que não existe apenas uma Maçonaria, mas sim diversas organizações independentes e soberanas que remontam à tempos antigos e pronto.. mais confusão ainda.

Como a gente pode ver pelo tópico, aqueles que não tiveram nenhum contato com os Irmãos, tem uma parca noção de como funciona, e aqueles de famílias "maçônicas", tem experiências bem legais.

Ainda vem a internet e acaba adicionando mais uma camada de confusão e desinformação. Não é fácil distinguir o quão verossímil e verídico é cada informação nova ou cada fonte, soma-se a isso as teorias mais estapafúrdias, e os velhos bodes que ainda não estão acostumados com a tecnologia que acabam falando um monte de história da carochinha por não perceberem que as fontes não são confiáveis, bom, vcs estão entendendo onde quero chegar..

Cada um tem sua visão (inclusive, cada Maçom tem sua própria visão da Ordem), simplesmente dizer "e aí, o que você acha da Maçonaria?" acaba por ser uma pergunta simplória sobre um tema riquíssimo, onde não há consenso algum.

PS: Templários, Construtores de Templos, Ocultistas, Iluministas, Presidentes dos EUA, Políticos, Mafiosos.. entre Colunas tem de tudo, às vezes pelas razões 'certas', e às vezes pelas razões erradas..

.'.
 
A maçonaria nada mais é,na intenção pelo menos, uma instituição na qual há o apoio mútuo entre os Irmãos e atos de filantropia.
 
Meu irmão mais velho foi convidado a integrar a Maçonaria. Espero que ele deixe de ser um imbecil e se torne uma pessoa melhor. :yep:

@Limpë , ouvi dizer que o grande golpe que dizimou quase totalmente os Templários teve sim dedo da Igreja Católica pelo fato de a Ordem estar se tornando economicamente poderosíssima (inclusive, fazendo empréstimos, rudimentos de transações bancárias e até mesmo agiotagem), e estava sendo vista como uma ameaça, portanto Filipe IV teria tido uma preciosa ajuda da Igreja para esta finalidade.

Até onde isso é verdade?
 
A maçonaria é um exemplo perfeito, talvez o mais perfeito que se possa conceber de pseudo-iniciação, de uma tradição iniciática autenticamente ocidental que se perdeu, foi deturpada de sua intenção original, foi tomada de assalto pelas forças obscuras da contra-iniciação, a anti-Tradição.

Isso não é preconceito contra a maçonaria, é um dado objetivo, visível, claro para quem analisa a maçonaria de suas origens como uma tradição ocidental legitimamente iniciática para os clãs pseudo-iniciáticos e dominados por discursos totalmente anti-metafísicos e profanos, como humanitarismo, democracia, cosmopolitismo e principalmente liberalismo. As grandes revoluções tiveram amplo apoio e influência maçônica, bem como sempre que uma tradição ou país ocidental tradicional foram invadidos por ideias vagamente misticistas e teosofísticas que nada tem a ver com a identidade espiritual daquele povo. E não apenas isso, as doutrinas esotéricas maçônicas sofreram certas modificações visíveis quando se sai do campo metafísico para o físico ou cósmico, tendo sido invadida por discursos estranhos, como os do ocultismo, espiritismo, tradições orientais e ideologias sociais e econômicas profanas transpostas com um verniz misticoide.

Particularmente visível é a ligação que a maçonaria, no seu interior, estabeleceu com a grande burguesia, as maquinações anticlericais anticatólicas a nível nacional e internacional, bem como suas esferas suspeitas de atuação dentro de governos ocidentais, associações aparentemente inócuas, sua guerra invisível contra toda forma tradicional de religiosidade, economia, sociedade, política. Então, não, a maçonaria não é condenada por motivos políticos, mas ela se tornou eminentemente política, como foi e é política uma série de suas bandeiras que pouco ou nada tem a ver com a metafísica pura. Muito do conflito dela com a Roma papal tem a ver com isso, por exemplo, a questão do laicismo avançada pelas revoluções liberais e os centros de influência maçônicos na elaboração e formulação de doutrinas liberais sobre a separação entre Igreja e Estado, o papel da religião na sociedade e outros trabalhos ocultos (muitas vezes ligadas a trabalhos mágicos) envolvendo a desestabilização de governos cristãos para a sua invasão por ideias universalistas, liberais em essência.

E isso tudo casa perfeitamente não com alguma conspiração maçônica mundial (o que é ridículo) mas com uma união entre agendas políticas antitradicionais muito concretas e ideias filosóficas igualmente antitradicionais. Essa união está em uma articulação interna de lideranças esotéricas que perderam o sentido da iniciação, a ela se fecharam e trabalham para o lado Oposto da Tradição, a anti-Tradição, no que esta tem de deturpador da forma iniciática.

Existem alguns pontos básicos, alguns princípios universais a se considerar.

1 - Toda tradição esotérica é o verdadeiro suporte de uma tradição exotérica. Em outras palavras, o esoterismo é a forma e a religião, a matéria. A religião oferece o suporte material à iniciação, sendo não apenas aquele campo dentre outros que pode oferecer um suporte à iniciação (como a metalurgia por exemplo), mas que oferece um conhecimento dianoético, racional, mas que ao mesmo tempo se refere a uma Realidade que transcende não apenas o mundo dos fenômenos como o próprio mundo espiritual imperfeitamente narrado pela religião.

A religião não oferece a iniciação, tanto o segredo iniciático como o conteúdo Infinito desse segredo, a Tradição, é algo que transcende o discurso religioso tanto quanto transcende o discurso científico, mágico, social, econômico, político, filosófico. A religião visa oferecer um terreno, um campo de preparação, de ascese, purificação para selecionar, depurar, entre a multidão informe uma elite espiritual que realizaria metafisicamente o Supra-Ser em si, adquiriria a gnose e se estabeleceria como uma elite simbólica, não-agente.

A religião é para a massa, para a prakrti, indiferenciada, material, informe, que apenas potencialmente possui a Luz incriada dentro de si.

A iniciação é a atualização formal da Luz no Ser mais profundo de uma elite. Assim se fixa uma forma tradicional, assim nasce uma tradição, pela filiação direta dessa elite e sua transmissão (tradere, paradosis, dharma, tao) com um centro iniciático que é a imagem perfeita da Tradição Primordial, com a Hiperbórea.

Desnecessário dizer que quando o aspecto material de uma tradição, sua religião, ignora sua função pedagógica e se assume ares de essencialidade, de autoridade suprema, vemos surtos de clericalismo, de sacerdotalismo e ignorância dos princípios metafísicos. Pode ocorrer então uma alienação do esoterismo e do exoterismo, ocasionado que o primeiro perca a oportunidade de se renovar na seiva fresca da vida interminável que a matéria engendra e que o vitalismo do exoterismo não encontre oportunidades para se realizar, idolatrando seus dogmas relativos como verdades absolutas.

Essa é a gênese da perseguição católica ao esoterismo, principalmente aos Templários e seus sucessores, maçons e rosacruzes, bem como aos legítimos teósofos.

2- A iniciação não é atingida por todos e, portanto, não pode ser conferida a qualquer um nem por qualquer um. Pressupõe uma elite. E uma elite espiritual pressupõe uma elite que não é apenas religiosa, mas também política, social, econômica, mas acima de tudo metafísica, uma elite de homens iniciados que guiam os destinos de uma nação, império ou tradição não pelos seus atos que, na esfera humana individual, são contingentes como quaisquer outros, mas que, em si, são a manifestação do Primeiro Motor Imóvel. Não são parte mais da Roda do Mundo que gira eternamente em torno do Eixo. São o Eixo. A Roda gira ao seu redor enquanto estes permanecem no Eixo, girando a Roda sem por ela serem movidos.

3- Quando existe dissociação entre esoterismo e exoterismo, outras dissociações se seguem. Teologia se separa da filosofia, filosofia da ciência, as ciências se tornam autônomas, as artes se tornam independentes, tudo se desagrega e o que era antes a manifestação individual humana da Tradição, unitária, integrada, se torna um mosaico de fragmentos desconexos, sem vida por não se conectarem a um Princípio que os vivifique e os co-integrem uns aos outros. Essa é a face do mundo moderno em seus diversos processos de dissolução.

4- Como bem observa Carl Schmitt, toda política pressupõe uma teologia política, ou seja, toda política tem um centro de decisão próprio que participa de princípios metafísicos ordenadores. Originalmente, este era a Tradição. Posteriormente, se tornou a religião. Depois, a metafísica racionalista, profana. Logo após, foi a vez da economia (marxismo, liberalismo econômico). Em seguida, a tecnologia. Cada vez mais o mundo ocidental vai recuando seus princípios a elementos mais e mais inferiores, contingentes, sobre o qual sua alma mais e mais condicionada exerça algum domínio de neutralidade. Quanto mais neutro o elemento, mais ele será prevenido para evitar que a dialética da oposição entre ideias contrárias perturbe a unidade da decisão política de distinguir entre amigo e inimigo. Quanto mais um princípio teológico político se dialetiza, mais ele é neutralizado pela política que se despolitiza, se desumaniza.

Agora somem dois mais dois.

Não há nada satânico na maçonaria. O que existe de satânico é o divórcio que se estabeleceu no Ocidente entre esoterismo e exoterismo, iniciação e religião, e os efeitos advindos disso, como a corrupção da maçonaria o atesta.

Um símbolo estritamente tradicional, por exemplo, a régua e o compasso, preservados pela maçonaria comprova a Unidade transcendental das tradições pela sua onipresença no mundo tradicional, na China Antiga, Mesopotâmia, Índia, Egito.
 
Última edição por um moderador:
O processo dos templários é uma questão delicada @Seiko-chan . De fato, a Igreja estava envolvida e o papa Clemente V deu um fim definitivo a Ordem no Concílio de Viena. Clemente V foi um homem fraco. A Ordem estava infestada de Gnosticismo e as riquezas por ela administradas iam contra o seu voto de pobreza. necessitava sim de uma reforma, mas só isso, uma reforma! Clemente sofreu pressões políticas de Filipe IV e cedeu. Clemente não concordava com a condenação do rei, embora diz-se que ambos concordaram na decisão. O único responsável pela morte dos templários é Filipe IV, que invejava as riquezas da Ordem.
A maçonaria nada tem dos templários. A verdadeira sucessora dos templários foi a Ordem de Cristo (Ordo Militiae Jesu Christo) em Portugal. Não foi a Inquisição que condenou os Templários, foi o rei francês. Quem se sentia intimidado pela Ordem não era a Igreja, mas Filipe IV, o Belo.
Espero ter ajudado.
 
A maçonaria nada tem dos templários. A verdadeira sucessora dos templários foi a Ordem de Cristo (Ordo Militiae Jesu Christo) em Portugal. Não foi a Inquisição que condenou os Templários, foi o rei francês. Quem se sentia intimidado pela Ordem não era a Igreja, mas Filipe IV, o Belo.
Espero ter ajudado.

Besteirol, a Ordem de Portugal não passou de uma das sobrevivências externas, exotéricas e de menor vitalidade espiritual. De ordem militar não passou a mais que uma congregação piedosa.

A origem da maçonaria está onde, então? Se não foram os templários os iniciadores da grande tradição hermética e seus transmissores da cultura árabe-ismailita quem o foi? Vai me dizer que foram aqueles cruzados bárbaros e analfabetos que levaram segredos iniciáticos e fundaram a maçonaria também?
 
A origem da maçonaria está onde, então? Se não foram os templários os iniciadores da grande tradição hermética e seus transmissores da cultura árabe-ismailita quem o foi? Vai me dizer que foram aqueles cruzados bárbaros e analfabetos que levaram segredos iniciáticos e fundaram a maçonaria também?

Corporações de Ofício que nada tinham de místicas, não existe nenhuma fonte histórica de onde surgiram seus rituais, apenas que alguns ocultistas e muitos esquisotéricos começaram a invadir a Ordem (quando da abertura aos não-operativos), aí sim que iniciou a chamada Maçonaria Especulativa (fase especulativa que segue até hoje), a Ordem já tinha rituais, mas eles foram modificados e adicionados os elementos iniciáticos, ou mesmo iniciações místicas. Minha suposição é que, a partir de aceitarem os não-operativos, indivíduos começaram a se reunir com objetivos comuns (seja o estudo esotérico, seja o trabalho filantrópico, seja a discussão filosófica e/ou política, sejam as trocas de favores, etc) sob a proteção do segredo ritual (herança dos operativos), e assim começou a estruturar-se a Maçonaria moderna. Tanto que hoje em dia e historicamente acham-se Lojas Militares, Acadêmicas, de Pesquisa e Affinity Lodges, assim como Lojas com nomes que evidenciam a sua raison d'être, como Loja Aleister Crowley (SP) ou Alma Farrapa (RS). Claro que, existem muitas e muitas Lojas locais, onde seus membros tem em comum apenas a proximidade do local de reunião e não tem uma razão de ser ou um foco específico, e que auxiliados pelos rituais e pelos ensinamentos da Ordem apenas pretendem se tornarem melhores.
 
Interessante que a sua hipótese é a mesma de René Guenon aqui, nesse texto que publiquei na Valinor. Segundo ele, o nó górdio que marca a transformação da maçonaria de uma autêntica tradição iniciática na profusão confusa de ideias políticas, místicas e pseudo-esotéricas em que se transformou boa parte de seus núcleos se deve à perda da transmissão do segredo iniciático, exatamente pela relativização do rito operativo em função da tradição especulativa que, do seu ponto de vista, é totalmente ineficaz para a iniciação.
 

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