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Lei Seca

Felagund, se trocarmos "cigarro" em seu post por "drogas" a coisa ficaria bem diferente não?

Não é pq uma pessoa começou a fumar maconha aos 15 anos que ela é "inocentada" pela pouca idade, pouco discernimento e PRINCIPALMENTE (discurso de todo usuário de drogas, praticamente) "não achar que vá ficar viciada".
 
Felagund, se trocarmos "cigarro" em seu post por "drogas" a coisa ficaria bem diferente não?

Não é pq uma pessoa começou a fumar maconha aos 15 anos que ela é "inocentada" pela pouca idade, pouco discernimento e PRINCIPALMENTE (discurso de todo usuário de drogas, praticamente) "não achar que vá ficar viciada".

Não existe como fazer tal paralelo. Ao trocar cigarro por drogas vc simplesmente demonta toda a lógica que estamos debatendo aqui. Mas eu respondo: Sim, ela é "inocentada" pela pouca idade sim. Ou vc quer culpar um adolescente de ser curioso em relação a drogas? É nessa idade que vc entra no ciclo de vicios: primieiro porre, primeiro cigarro,contato com drogas... E sim, se o adolescente se viciar é por total inocencia, pois nenhum adolescente sabe o real impacto da droga em um organismo. Alias, bastante gente já adulta não sabe e fala muita groselha...
 
Eu sou meio "suspeita" para falar da "inocência" de adolescentes. Uma vez vi um artigo de um senhor que defendia a imputabilidade para menores, onde ele dizia: "A pessoa joga uma pedra na vidraça; se sai correndo, é porque sabe que está errado". Porque quer se safar de punição.

E isso uma criança de 3/4 anos já faz.

Ademais, pode-se dizer que esse adolescente entrou pro "mundo das drogas" por ingenuidade; inocência, jamais. O que não falta por aí é informação sobre o que as drogas fazem.
 
Eu procuro me manter afastada de discussões como aborto porque algumas visões me irritam profundamente, mas este tópico.... ah, este tópico superou!
Eu quotei só um post porque tem bastante coisa que eu quero comentar, então façamos assim:

Eu tenho um entendimento de que cabe ao Estado apenas zelar pelos direitos 'naturais' de cada indivíduo (direito à vida, à propriedade, de ir e vir, de expressão, ao sossego, etc), fugiu disso já é um abuso do Estado. Nesse sentido obrigar o sujeito a usar o cinto ou toda essa vigilância com carteira de motorista, vistoria obrigatória e tudo mais eu entendo como um abuso - fosse a polícia e a justiça eficazes em punir os crimes que já ocorreram, isso já seria suficiente, não cabe um Estado-babá para ser a consciência do cidadão e ensiná-lo a não se matar ou a não matar os outros. Com sujeitos alcoolizados também penso algo semelhante, pelos menos aqueles sujeitos levemente alcoolizados, imperceptíveis exceto pelo uso do bafômetro.
Eu entendi errado ou você realmente está dizendo que prefere ações punitivas a ações preventivas?

"É um absurdo não poder beber 3 latinhas de cerveja! Eu bebo 10 e fico de boa!"
Parabéns! Mas como já falaram, não se pode fazer uma lei por indivíduo, testar um por um, determinar quanto de álcool cada um aguenta e imprimir na carteira de motorista. Então, faz-se uma média.
E por que a média é tão baixa? (Já ouvi dizer que não se pode nem comer um chocolate com licor, mas não sei se procede) Porque se falam que pode beber 3 latas de cerveja, o cara bebe 5, ou toma duas doses de tequila. Sempre dá pra ultrapassar um pouquinho o limite, "porque meu fígado vai metabolizar a tempo, vai levar horas até eu ir embora".
Um exemplo de fácil visualização? Você está dirigindo por uma via e nota que mais à frente todos os veículos estão dando uma freadinha, diminuindo a velocidade. Conclusão: tem radar. Porque é super comum dirigir um pouquinho acima do limite de velocidade. Imagine beber um pouquinho a mais! Aí o governo não deixa beber porra nenhuma.

"A Lei Seca não conscientizou ninguém"
Jura? Meus amigos mais próximos (aka aqueles com quem eu sempre saio) pararam de beber até aquele pouquinho porque iam dirigir, ou passaram a depender de carona dos amigos, ou a pegar táxi. Uma salva de palmas para os meus amigos :clap: e para mim, que sei escolher minhas companhias :clap:

"A galera ainda dirige bêbada porque o transporte público não funciona - ou funciona precariamente - de madrugada"
Não discordo que seja essencial solucionar essa questão, mas culpar o transporte público e o preço dos táxis é demais pra mim!
O ano é 2007; eu completo 18 anos e meus pais começam a me deixar sair à noite, com uma condição: "se vira pra voltar, eu não vou acordar de madrugada pra te buscar". Eu não dirigia e não tinha dinheiro pra pagar táxi (os verbos estão no passado, mas esses problemas ainda persistem). Eu tinha 3 saídas: conseguir carona pra casa, ir pra casa de alguém ou virar a noite na rua, que era o que eu mais fazia, mas nunca sozinha, óbvio. Quando nenhuma dessas opções estava disponível, eu simplesmente não saía. Era legal? Não, mas fazer o quê?
Agora o bêbado não pode aceitar e ficar em casa, nããããão, ele tem que se arriscar a pegar o carro estando alcoolizado!

E, como eu disse, ainda não dirijo e ainda não tenho dinheiro. Então ainda considero essas questões antes de sair.

"Proibir as pessoas de tuitar é censura"
"E se estamos censurando, estamos recomeçando a Ditadura". Pera lá! :stop:
Se você protege um criminoso, você vira cúmplice dele, e isso também é crime.
Eu não uso Twitter, então não posso dizer que as pessoas avisam das blitze por causa do trânsito. Elas avisam de acidentes também? "Não peguem a Marginal Pinheiros porque teve um acidente na altura tal e tá tudo parado #trânsitoSP". O que é mais retwitado? Tweets sobre o trânsito por causa de acidentes ou por causa de blitze?
Outra coisa: acho que foi depois do sequestro do irmão do Zezé di Camargo, ou do Silvio Santos (ou a filha dele) que a polícia proibiu a imprensa de noticiar casos de sequestro porque isso ajudava os bandidos, não foi? No caso Eloá, o Lindenberg acompanhava o caso pela TV, e parece que isso também atrapalhou na negociação. Aí ninguém reclama, porque o número de sequestradores é bem inferior ao de pessoas que bebem e dirigem (isto é, é muito mais fácil eu ser ou ter no meu círculo social motoristas imprudentes que sequestradores).

Agora imaginem a ironia: você tuíta "Mó trânsito na Av A por causa de uma blitz da Lei Seca; usem a Av B". Aí seu pai, que por acaso está na Av B, sofre um acidente causado por uma pessoa alcoolizada que viu seu tweet!

"A pessoa não merece ocupar o leito do hospital porque ela procurou sua doença"
:censu: Po, é o argumento mais hipócrita que eu já vi na minha vida! Agradeço ao Felagund e à Pearl por terem dado uns exemplos. NINGUÉM é 100% saudável. Por mais que a pessoa se cuide e pá, sempre fura em alguma coisa. A gente acha que beber um pouquinho de refrigerante não faz mal, comer fritura de vez em quando não faz mal, ser sedentário a maior parte da vida não faz mal, tomar remédio sem prescrição médica não faz mal; a verdade é que os males são cumulativos e a gente vai fodendo a saúde aos pouquinhos.
Lindoriel, não foi você que disse que seu noivo fuma? Amanhã, quando ele estiver com câncer de pulmão, internado pra fazer quimioterapia ou devido a alguma complicação, e aparecer uma senhora que foi à padaria, tentaram assaltá-la e atiraram nela, você vai oferecer o leito do seu noivo, que sabia das consequências do fumo, pra pobre senhora, que, coitada, só tinha o dinheiro trocado pro pão?
Morfindel, você fala de pessoas que buscaram sua doença, e eu defendo que todos nós estamos buscando uma doença no dia-a-dia (honestamente, quem passa protetor solar na pele todo dia antes de sair, mesmo em dia nublado?). Eu fumo e o fulano fuma. Ele desenvolve câncer de pulmão e eu fui atropelada por uma pessoa que dirigia na contra-mão. Eu tenho mais direito ao leito que ele?

Cigarro x Bebida
Só pra constar, eu tenho nojo de quem marginaliza fumante e idolatra o álcool. Ambos fazem mal à saúde, e se seu argumento é "quando a pessoa bebe, ela só faz mal a ela", você devia ter vergonha desse egocentrismo.

A obrigação do uso de cinto de segurança e do capacete
Primeiro, como disseram, seria muito desumano do Governo se ele simplesmente não obrigasse o uso desses EPIs e deixassem à livre escolha se cuidar e se salvar ou se arriscar (afinal, mesmo sendo obrigatórios, muitos não usam). Mas não podemos esquecer que a preocupação do Governo é muito mais com a comunidade que com o indivíduo. Um acidente com vítimas graves ou fatais mobiliza bombeiros, ambulâncias e polícia, e, se as vítimas forem pra hospital público, é mais gasto do dinheiro público (desculpem pela repetição). Além disso, cada pessoa que morre é uma pecinha a menos no jogo da vida e a falta de seus serviços à população serão sentidos. Não entendam isso da maneira errada! Se você tem um médico muito bom e ele morre porque estava sem cinto, você vai lamentar por ele, mas também por você!

Por fim, desculpem pelo tom na minha resposta. Algumas colocações foram muito irresponsáveis e eu não aguentei u.u"
 
Concordo com boa parte do que a Tek disse, mas aqui eu discordo.

"Proibir as pessoas de tuitar é censura"
"E se estamos censurando, estamos recomeçando a Ditadura". Pera lá!
Se você protege um criminoso, você vira cúmplice dele, e isso também é crime.
Eu não uso Twitter, então não posso dizer que as pessoas avisam das blitze por causa do trânsito. Elas avisam de acidentes também? "Não peguem a Marginal Pinheiros porque teve um acidente na altura tal e tá tudo parado #trânsitoSP". O que é mais retwitado? Tweets sobre o trânsito por causa de acidentes ou por causa de blitze?
Outra coisa: acho que foi depois do sequestro do irmão do Zezé di Camargo, ou do Silvio Santos (ou a filha dele) que a polícia proibiu a imprensa de noticiar casos de sequestro porque isso ajudava os bandidos, não foi? No caso Eloá, o Lindenberg acompanhava o caso pela TV, e parece que isso também atrapalhou na negociação. Aí ninguém reclama, porque o número de sequestradores é bem inferior ao de pessoas que bebem e dirigem (isto é, é muito mais fácil eu ser ou ter no meu círculo social motoristas imprudentes que sequestradores).

Agora imaginem a ironia: você tuíta "Mó trânsito na Av A por causa de uma blitz da Lei Seca; usem a Av B". Aí seu pai, que por acaso está na Av B, sofre um acidente causado por uma pessoa alcoolizada que viu seu tweet!
A parte da proibição de divulgar sequestros ocorreu junto com a proibição da própria polícia de soltar informações. Ou seja, a polícia proibiu a si mesma de soltar informações. Ela não censurou a imprensa. Não era crime alguém noticiar algo. Isso é importante pra ficar claro! Então a comparação com a lei seca não é válida.

E twitter sobre transito avisa sobre acidentes, lei seca, etc. Todos são retuitados.
 
Lindoriel, não foi você que disse que seu noivo fuma? Amanhã, quando ele estiver com câncer de pulmão, internado pra fazer quimioterapia ou devido a alguma complicação, e aparecer uma senhora que foi à padaria, tentaram assaltá-la e atiraram nela, você vai oferecer o leito do seu noivo, que sabia das consequências do fumo, pra pobre senhora, que, coitada, só tinha o dinheiro trocado pro pão?

Ele está largando aos poucos e em breve para. Rs.

De qualquer forma, ele sabe que sou totalmente contra o cigarro e que não tenho "pena" dele por ainda fumar. Ele sabe... rs. E realmente só estou com ele porque ele já está largando, pq se fosse daqueles que nem meu tio, que atualmente tá com uma enfisema cada vez pior e ainda fuma mais de 2 maços por dia... aí é realmente osso de ficar e aguentar.

E eu não disse em momento algum que fumantes e etc não MERECEM leitos de hospital. Eles devem ser atendidos, mas o que penso é que nunca é muito justo uma pessoa que nem meu tio, que fumou a vida toda, ocupar o leito de um acidentado, por exemplo.

Mas nunca fui a favor de tirar o leito dessas pessoas.
 
"A Lei Seca não conscientizou ninguém"
Jura? Meus amigos mais próximos (aka aqueles com quem eu sempre saio) pararam de beber até aquele pouquinho porque iam dirigir, ou passaram a depender de carona dos amigos, ou a pegar táxi. Uma salva de palmas para os meus amigos e para mim, que sei escolher minhas companhias
Mas Tek, nesse caso foi conscientização ou medo mesmo de tomar Blitz? Eu fui a pouco ai pro Rio e vi que a Blitz tão pegando pesado, por isso o medo do cara de beber e dirigir aumenta, não a conscientização.
Imagine um cenario hipotético: O dia sem Blitz! O governo vai lá e fala que dia tal não vai rolar nenhuma. Será que todos esses motoristas que pararam de dirigir bebados vão manter essa rotina "conscientizada" ou vão aproveitar para pegar os próprios carros e irem para algum boteco?
Essa foi a diferença que eu quis citar. Medo não conscientiza, educação sim.

Agora imaginem a ironia: você tuíta "Mó trânsito na Av A por causa de uma blitz da Lei Seca; usem a Av B". Aí seu pai, que por acaso está na Av B, sofre um acidente causado por uma pessoa alcoolizada que viu seu tweet!
Vamos pegar um caso parecido aqui: Vc chegou numa festa de familia e passou pela avenida A e viu que lá ta rolando blitz. Ai aquele seu tio super divertido, bacana, que tomou umas 3 latinhas de cerveja fala "Galera to indo"e vc sabe que, para voltar para casa, ele vai passar na avenida A. O que vc faria? Deixaria ele ir, correr o risco de ser preso, perder o carro e a carta além de pagar 2 mil de multa, ou ia lá dar um toque pra ele, para, pelo menos, ele deixar a esposa ir dirigindo?

"É um absurdo não poder beber 3 latinhas de cerveja! Eu bebo 10 e fico de boa!"
Parabéns! Mas como já falaram, não se pode fazer uma lei por indivíduo, testar um por um, determinar quanto de álcool cada um aguenta e imprimir na carteira de motorista. Então, faz-se uma média.
E por que a média é tão baixa? (Já ouvi dizer que não se pode nem comer um chocolate com licor, mas não sei se procede) Porque se falam que pode beber 3 latas de cerveja, o cara bebe 5, ou toma duas doses de tequila. Sempre dá pra ultrapassar um pouquinho o limite, "porque meu fígado vai metabolizar a tempo, vai levar horas até eu ir embora".
Um exemplo de fácil visualização? Você está dirigindo por uma via e nota que mais à frente todos os veículos estão dando uma freadinha, diminuindo a velocidade. Conclusão: tem radar. Porque é super comum dirigir um pouquinho acima do limite de velocidade. Imagine beber um pouquinho a mais! Aí o governo não deixa beber porra nenhuma.
Lembrando que não é proibido beber e dirigir, mas sim passar de um certo limite e pegar o carro. Eu não sei agora ao certo quanto é o limite, mas não é um bombom de licor, certeza!
O antigo limite eu achava honesto, era igual a mais ou menos 4 latinhas de cerveja em um corpo adulto, é claro que isso vária e se uma pessoa já fica "tonta" com isso é melhor não arriscar. O foda é que na época desse limite simplesmente não existia blitz pra bebado e tinha poucos bafometros. Ao com a lei seca cortaram quase pela metade o limite e encheram de blitz por todos os lados.
 
Última edição:
Se for pra esposa ir dirigindo, não vejo problema. Mas se for pra dizer que é pra ele escapar da Blitz... aí o bicho já pega.
 
E eu não disse em momento algum que fumantes e etc não MERECEM leitos de hospital. Eles devem ser atendidos, mas o que penso é que nunca é muito justo uma pessoa que nem meu tio, que fumou a vida toda, ocupar o leito de um acidentado, por exemplo.

Mas nunca fui a favor de tirar o leito dessas pessoas.
Eu consigo entender seu raciocínio, mas eu o acho muito cruel!

Mas Tek, nesse caso foi conscientização ou medo mesmo de tomar Blitz? Eu fui a pouco ai pro Rio e vi que a Blitz tão pegando pesado, por isso o medo do cara de beber e dirigir aumenta, não a conscientização.
Imagine um cenario hipotético: O dia sem Blitz! O governo vai lá e fala que dia tal não vai rolar nenhuma. Será que todos esses motoristas que pararam de dirigir bebados vão manter essa rotina "conscientizada" ou vão aproveitar para pegar os próprios carros e irem para algum boteco?
Essa foi a diferença que eu quis citar. Medo não conscientiza, educação sim.
Ah, sim, aposto que alguns só não bebem pra não serem punidos! Outros porque entendem. Mas meu objetivo foi dizer que adiantou, sim, colocar as blitze. Pode não ter sido por pura conscientização, mas meus amigos não estão matando pessoas nos finais de semana.

Vamos pegar um caso parecido aqui: Vc chegou numa festa de familia e passou pela avenida A e viu que lá ta rolando blitz. Ai aquele seu tio super divertido, bacana, que tomou umas 3 latinhas de cerveja fala "Galera to indo"e vc sabe que, para voltar para casa, ele vai passar na avenida A. O que vc faria? Deixaria ele ir, correr o risco de ser preso, perder o carro e a carta além de pagar 2 mil de multa, ou ia lá dar um toque pra ele, para, pelo menos, ele deixar a esposa ir dirigindo?
Não faça perguntas em cujas respostas você não vai acreditar.
Honestamente, o que eu faria, tendo visto ou não a blitz, seria aconselhá-lo a não dirigir e a deixar a esposa fazê-lo. Se ele me ignorasse, eu deixaria. Se com experiência de toda uma vida ele prefere dirigir alcoolizado, vou deixá-lo aprender de outra forma. "Pô, mas foram só 3 latinhas". Gostei da resposta que o Eriadan citou: "se a lei proíbe, não pode". E não é como se esse tio não pudesse entregar a direção a outra pessoa ou mesmo dormir na casa de quem deu a festa.
Parece maldoso da minha parte? Eu estudo Medicina e perdi meus pais. Eu tenho a visão do lado médico do que é uma vítima de acidente e tenho a visão do lado da pessoa que perdeu um familiar tanto por "culpa própria" quanto por "culpa de outrem". Então não conseguiria proteger meu tio nessa situação. Prefiro que meus primos tenham um pai preso que um pai morto.

O antigo limite eu achava honesto, era igual a mais ou menos 4 latinhas de cerveja em um corpo adulto, é claro que isso vária e se uma pessoa já fica "tonta" com isso é melhor não arriscar. O foda é que na época desse limite simplesmente não existia blitz pra bebado e tinha poucos bafometros. Ao com a lei seca cortaram quase pela metade o limite e encheram de blitz por todos os lados.
Aí talvez entre o que eu falei, sobre poder beber 4 latinhas e o pessoal beber 6.
 
Só para deixar claro, eu não sou contra atenderem quem se colocou numa situação de doença, tratamento para viciados (em álcool inclusive) e atendimento no sistema de saúde também deve ser feito, só não acho justo, mas deve sim ser feito.
 
A obrigação do uso de cinto de segurança e do capacete
Primeiro, como disseram, seria muito desumano do Governo se ele simplesmente não obrigasse o uso desses EPIs e deixassem à livre escolha se cuidar e se salvar ou se arriscar (afinal, mesmo sendo obrigatórios, muitos não usam). Mas não podemos esquecer que a preocupação do Governo é muito mais com a comunidade que com o indivíduo. Um acidente com vítimas graves ou fatais mobiliza bombeiros, ambulâncias e polícia, e, se as vítimas forem pra hospital público, é mais gasto do dinheiro público (desculpem pela repetição). Além disso, cada pessoa que morre é uma pecinha a menos no jogo da vida e a falta de seus serviços à população serão sentidos. Não entendam isso da maneira errada! Se você tem um médico muito bom e ele morre porque estava sem cinto, você vai lamentar por ele, mas também por você!

esse mesmo argumento justificaria o governo impor restrições no consumo de sal e açúcar, por exemplo, como já foi citado aqui no fórum. o governo tem a obrigação de proteger o cidadão de si próprio? eu acho que não. isso significa que o Estado deve ser indiferente? não. nada impede do Estado fazer propaganda estimulando o comportamento consciente. agora, se você acha que o Estado realmente deve proteger o indivíduo de si mesmo, então é mais fácil banir tudo que traz risco. o que é impossível. o Estado quer oferecer saúde pública universal e ao mesmo tempo tem interesse em evitar casos evitáveis (duh). isso significa que o Estado tem o direito de privar o indivíduo de causar dano a si mesmo pq isso sobrecarrega o sistema público? essa seria uma medida autoritária. por outro lado, isso tudo que eu disse quer dizer que alguém que sofreu um acidente por estar sem cinto deva ficar no meio da estrada? claro que não. a dúvida é se o Estado é realmente capaz de cumprir o que ele almeja no que tange à saúde pública. a nossa primeira reação é pensar que o Estado deve resolver todo o problema da saúde e gastamos mais neurônio pensando em como pode gastar mais ao invés de pensar se há outras soluções.

sobre o problema do tio legal que bebeu todas, se depois de falar e brigar, ele ainda assim escolhesse dirigir bêbado eu deixaria ele cair na blitz. afinal de contas ele deve ser responsável por seus atos. todo esse papo sobre twitter surgiu sob o argumento de que as blitzes geram engarrafamentos e transtorno para os sóbrios e não proteger alguém que está cometendo um crime.
 
esse mesmo argumento justificaria o governo impor restrições no consumo de sal e açúcar, por exemplo, como já foi citado aqui no fórum. o governo tem a obrigação de proteger o cidadão de si próprio? eu acho que não. isso significa que o Estado deve ser indiferente? não. nada impede do Estado fazer propaganda estimulando o comportamento consciente. agora, se você acha que o Estado realmente deve proteger o indivíduo de si mesmo, então é mais fácil banir tudo que traz risco. o que é impossível.
Exatamente: é impossível. É até absurdo imaginar uma polícia que vai à sua casa medir quanto sal você está colocando no arroz. Tiraria toda a sua liberdade, assim como se fosse proibido o não-uso de camisinha quando se tem uma DST, ou fritar óleo, ou não usar protetor solar. Já pensou se tudo isso fosse vistoriado?

Eu não disse que eu sou a favor da obrigatoriedade dos EPIs - nem digo que sou contra, porque, uma vez que "fere a liberdade de um indivíduo se prejudicar", teria uma discussão filosófica por trás que eu nem sei o que penso a respeito. Eu digo que compreendo, acho justificável e não ligo que seja obrigatória. Eu não estou "pouco me fudendo" pras pessoas, não acho que "ah, dane-se, cada um sabe o que faz". Se vivêssemos num lugar em que todo mundo dirigisse perfeitamente como deve ser, cinto de segurança e capacete não seriam necessários.
Acho que proibir as pessoas de beber refrigerante é um tanto inconcebível (não pela proibição, mas pela cultura), mas gostaria que as pessoas fossem educadas quanto ao consumo moderado. Então, seguindo esse raciocínio, poderia dizer que não sou a favor da obrigatoriedade dos EPIs, mas sim da educação em relação a eles, certo? Sim, poderia, mas se já é proibido, não vejo necessidade em mudar essa lei. Tem que ter programas de conscientização da IMPORTÂNCIA de se proteger? Tem. Mas não precisa eliminar a lei por conta disso.
 
sabe o que eu nunca entendi?
porque falam que essa lei é "lei seca". eu não vi a proibição da comercialização e do consumo de bebidas alcoolicas... vcs que manjam dos rolê expliquem para mim.

falaram de proibir os tuítos de blitz... sério? sério?! o cara ta dirigindo alcoolizado, mexendo no celular e lendo?
sério, se alguém faz isso merece perder a carteira por estupidez. só isso. e já tem app de gps que informa radar e blitz, então meio que é estupidez bloquear tuito.
 
Eu entendi errado ou você realmente está dizendo que prefere ações punitivas a ações preventivas?

Eu prefiro ações punitivas a aquele tipo específico de ação preventiva. Simplesmente porque a ação punitiva é ligada à Justiça, função básica do Estado e real direito do indivíduo, enquanto aquelas ações 'preventivas' requerem a fé de que os legisladores, tolhendo direitos bastante básicos do indivíduo, vão moldar a sociedade impondo consciência à população de cima (e do alto de sua grande sabedoria) pra baixo. Sou bastante cético quanto a esse tipo tomada de consciência ou mudança de comportamento, e bastante cioso desses direitos básicos: o sujeito não quebra o direito de ninguém bebendo uma taça de vinho e dirigindo. "Ah, mas você vive em sociedade, devemos seguir uma lei que vale para todos, outros beberão mais taças e farão merda e mimimi". Esse pensamento, nesse caso específico, tira justamente a liberdade e responsabilidade do indivíduo, tratando o cidadão como um ser inábil para avaliar o perigo e as consequências de sua decisão, e passa essa responsabilidade para os governantes, legisladores, enfim, estadistas. Assim, se eu julgo que posso dirigir, que eu o faça e arque com as consequências. Prefiro a autonomia do indivíduo que é responsável (e responsabilizado!) pelas suas escolhas do que o Estado tutelando a ação de todos.

É meramente uma questão de princípio que se aplica a muitas e diversas questões - como por exemplo drogas, ou mesmo, para ficar num exemplo mais próximo, a carteira de motorista: se uma empresa quer me alugar ou vender um carro, e eu quero usá-lo, não reconheço no Estado nenhum direito para impedir, já que fazendo isso não quebro o direito de ninguém. Entendo 'direito' aqui como algo que antecede o Estado, e não aquele direito que existe através do Estado, daí é óbvio que o Estado pode ter direito de quase tudo, inclusive de fazer atrocidades, dependendo de que Estado. Dispensável repetir que é um princípio que dificilmente poderia se aplicar facilmente à cultura estatista que temos no Brasil e em vários lugares – logo, não significa que eu seja a favor da imediata revogação da lei seca ou da carteira de motorista, quando não associada a uma mudança mais radical da forma de entender o que esperamos do Estado e do indivíduo. Mas não posso ser também um entusiasta da lei e do modo de pensar que lhe dá origem. Modo de pensar que pode até salvar vidas através da lei seca, que é o efeito mais visível, mas faz parte de um pensamento muitíssimo mais amplo que traz mais males do que bem.
 
Mortes caem nos principais feriados após nova lei seca

Após a lei seca ter ficado mais rígida, em dezembro, as mortes nas rodovias federais do Brasil caíram 13% nos principais feriados nacionais. Nas estaduais de São Paulo, a queda chegou a 37%.

Especialistas cobram rigor da lei seca para outras infrações
Estradas têm 108 mortes no feriado; MG concentra casos

O levantamento da Folha considera os dados de Ano-Novo, Carnaval e Páscoa.

Nas rodovias federais, a soma das mortes nos três feriados caiu de 445 para 388 em relação ao mesmo período de 2012. Nas estaduais paulistas, a redução foi de 114 para 72.

A tendência de diminuição ocorre tanto no número de vítimas como no de acidentes. Ela se repetiu a cada feriado individualmente e confirmada na Semana Santa, quando houve 10% menos mortes nas federais do país e 48% menos nas estaduais de SP.

Editoria de Arte/Folhapress

Governo e especialistas dizem que a principal explicação para os resultados em sequência é a lei seca mais rígida e a fiscalização mais dura.

Ela elevou a multa de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 --valor que pode dobrar na reincidência. Também tornou válidos novos meios além do bafômetro para identificar um condutor alcoolizado, como testes clínicos, testemunhos e depoimento do policial.

Em 2008, quando a lei seca teve uma primeira versão mais rígida, também houve resultados positivos iniciais.

Em pouco tempo, no entanto, a quantidade de vítimas voltou a subir em parte do país --fenômeno atribuído ao relaxamento da fiscalização e dos motoristas.

Folha de S. Paulo
 
aqui em curitiba: urbs autoriza a criação da linha interbares

(site de notícias maldito que não deixa selecionar o texto pra copiar e colar >< )
Resolvido; é só desativar o javascript no navegador.

26/07/2013 às 16:20:44 - Atualizado em 26/07/2013 às 16:35:14
Urbs autoriza criação da linha de ônibus 'Interbares'

Jonatan Silva

A Urbs, responsável por gerenciar o transporte coletivo em Curitiba, sinalizou positivamente para a criação da linha de ônibus Gastronômica/Interbares. A autorização foi dada nesta sexta-feira (26) durante reunião entre Rodrigo Binotto Grevetti, diretor de transportes, Fabio Aguayo, presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas (Abrapar) e Gilberto Daher, representante da empresa Fretam Transportes.

A linha, que funcionará sem a injeção de dinheiro público, deverá atender exclusivamente a área de turismo, gastronomia e entretenimento da cidade e funcionará de modo semelhante à utilizada na linha Interforuns da OAB. Além disso, o itinerário tem como ideia fomentar setor, que sofreu abalo por conta da Lei Seca e do “efeito Santa Maria”, uma referência ao acidente que aconteceu na Boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, no qual centenas de pessoas acabaram morrendo.
Segundo a Abrapar, essa é uma das piores crises que o setor tem passado nos últimos 15 anos, o que acarretou em demissões e até mesmo fechamento de muitos estabelecimentos comerciais. Os dados da associação sugerem que a queda no faturamento do setor chegue a 40%.

Funcionamento

A expectativa dos envolvidos na criação da linha Interbares é de que o funcionamento ocorra no mês de setembro. Outra causa levantada pela Abrapar é a liberação de novas placas de táxi ainda em 2013, visando as compras de final de ano.

Espero que mantenham esse nome para as linhas! (para quem não conhece os ônibus de Curitiba, há um conjunto de linhas chamadas "Interbairros").
 
Espero que mantenham esse nome para as linhas! (para quem não conhece os ônibus de Curitiba, há um conjunto de linhas chamadas "Interbairros").

pelo que eu li na gazeta, a urbs está pedindo que mudem o nome para 'gastronomia' ou algo assim. mas se cai na boca do povo podem batizar de linha xyz e ainda assim vão chamar de interbares :lol:

pena que não tinha disso quando eu era mais nova. teria bebido economizado o dinheiro do táxi, até porque pelo mapa parece que o busão vai passar perto da minha casa antiga.

o texto da gazeta:

A linha de ônibus que tem intenção de percorrer alguns bares de Curitiba, rebatizada como Gastronomia, foi autorizada pela Urbs, mas com a condição de que terá operação privada. A informação foi repassada em reunião na manhã desta sexta-feira (26) convocada pelo órgão municipal. Agora depende da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR) contratar uma empresa para executar o serviço e obter a licença junto à Urbs para poder inaugurar o novo meio de transporte.

De acordo com a assessoria do órgão da prefeitura, o novo ônibus não vai ter impacto algum ao usuário do transporte coletivo. O veículo será classificado na categoria de fretamento particular, setor que também é gerenciado pelo município. A entidade informou que, desde que cumpra todos os requisitos legais e exigências legais, a operação será permitida e a Urbs diz apoiar a iniciativa.

O presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, disse que ainda não é possível estabelecer uma data exata para o início das operações. A estimativa inicial é de que o transporte esteja disponível em setembro, com uma tarifa de R$ 10. Com esse valor, o usuário vai poder entrar no veículo duas vezes sem pagar uma nova passagem. Esses bilhetes não seriam vendidos dentro do ônibus, mas em estabelecimentos credenciados para comercializar as passagens.

“Ainda precisamos fazer alguns ajustes em relação ao que tinha sido definido na proposta inicial [em janeiro]. Vários empresários têm procurado a Abrabar para que seu estabelecimento seja incluído no roteiro e quando tivermos a autorização vamos ter o trajeto detalhado do ônibus. Lembrando que esse transporte é destinado não só para o morador, mas para turistas que vem a Curitiba e que terão sua vida facilitada para conhecer vários estabelecimentos da cidade”, disse.

Proposta inicial

Em janeiro, a Abrabar promoveu uma viagem experimental com o ônibus que recebia ainda o nome de Interbares. A intenção era de que a linha fosse incluída no transporte público da capital, com parcerias privadas para complementar o custo operacional do ônibus, bem mais luxuoso que os que circulam no sistema. O veículo que rodou em um teste no dia 25 de janeiro tinha vinte e sete lugares, ar-condicionado, televisão, luzes de leitura particulares e um banheiro.

A ideia inicial era que o trajeto contemplasse 25 bares com 10 pontos, onde totens indicativos indicariam as paradas (veja o trajeto inicial abaixo). As regiões beneficiadas com o serviço seriam Centro, Batel, Juvevê e Seminário. Esses detalhes ainda não foram confirmados, mas Aguayo diz que poucos ajustes serão feitos.

o mapinha:

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Anexos

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