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[L] [Primula] [Experiência Estórica]

Claro que este tipo de programa não é assistido por respeitáveis senhoras. Uma desculpa esfarrapada que sempre usam é que Maria (empregada doméstica genérica) é quem estava assistindo ao notíciario sensacionalista do momento Estado de Sítio.

Depois ela usaria a desculpa "imaginei que fosse um documentário sobre a obra de Camus".

Não importa as maledicências desta autora (que tem de se lembrar que não estamos usando narrador onisciente... lembra? é o personagem em cena quem narra as coisas!).

O que importa é que...

- MEU FILHINHO!!!

******

- Oh, merda!

Meninas bonitas não deviam dizer palavrão, Miele... Bem, isso é o que sua bisavó diria, se ainda estivesse viva.

"... mas podem dar chutão, querida".

Com certeza, toda a família dos dois moleques devem ter visto. Vai dar treta todos essa atenção indesejada. Aposto que os sequestradores vão direto para a casa dos dois.

Mas levar pra casa (tudo bem, ele é bonitinho mas...) também seria furada. Quanto tempo nós podiamos ficar fugindo com o Eloísio?

Foi o que perguntei quando liguei para Ricardo.

- Por que é que a gente tem de ficar fugindo? A gente tem de fazer alguma coisa.

- É mesmo, espertinho? E o que sugere?

A linha ficou muda do outro lado. Claro que ele tinha razão. Podia não saber o que fazer, mas ele tinha razão.

Tempo suficiente para pensar no "alguma coisa".

- Ricardo, eu pensei... Acho que o seu avô tem a resposta.

- O que? Miele, ele morreu faz mais de...

- Escuta! A data que vocês acharam que ele tinha morrido era falsa, não é? Você acaba de receber um pacote datado de algum tempo atrás. Tá, ele pode tar morto agora, mas eu não acho que ele ia mandar um troço desses para as pessoas de sua família - a família dele também, poxa! - pra vocês acaberem presos ou mortos.

******

Gelei de novo com as palavras de Miele... Estava começando a ficar acostumado a ficar com medo, sem saber o que fazer. Também tava começando a ficar com raiva de mim mesmo...

Todo o entusiasmo de ter embarcado na aventura... valia a pena?

E tudo por causa desse pivete? E de um avô que nunca conheci?

Algo me dizia lá no fundo que valia. Que até então nunca tivera um propósito, uma missão, nada na vida. Fazia suas obrigações e só. Não precisavam de mim. Seus pais eram legais, mas sentia que se de repente eu morresse, não faria falta para o mundo.

Pela primeira vez, sentia que eu fazia um pouco de diferença para alguém. Que fazia diferença em impedir que os caras maus ficassem fazendo zona com o mundo que também era meu!

E o que Miele dizia fazia sentido. Seu avó não faria algo estúpido assim.

- Miele te ligo depois.

E fui ver o tal pacote.

O que havia a mais? Chegaram no menino imortal... haveria uma pista escondida?

Eloísio acompanhava a pesquisa interessado, mas nada dizia.

Não... tudo está igual... mas há algo que vovô quis nos dizer, e que não conseguimos enxergar.

Se eu, Guga ou Miele não conseguimos enxergar...

- Eloísio!

Mas é claro! As pistas levaram eles até Eloísio. Mas só resgatar Eloísio não ia mudar nada dos "planos maquiavélicos do Dr. Evil". Se Eloísio era o menino imortal, devia ser porque era especial de alguma forma. Ele - e não Ricardo, Guga ou Miele - devia ser capaz de dar... um ponto de vista diferente do problema!

- Eloísio! Me diga o que acha deste pacote.
 

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