• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

[L] [Primula] [Experiência Estórica]

O Gugu ta achando que é Maçaranduba pra enfrentar tudo no braço...
Que doido!
O vovô devia mandar pro F.B.I isso, não pro coitado do Ricardo...
E a história é claro que tu não leu, eu publiquei ontem!
Só que no papel minha história tá inteirinha..
 
Primula ,maravilhoso o q vc escreve ,da um suspense muito grande e prende a nossa atencao sem a gente perceber!escreve logo q estou muito ansiosa!nao achei nada de errado ,pelo contrario ,eu ja te disse q vc tem muito talento?to te dissendo agora entao!o q mais me impressina sao os detalhes ,p/ mim os detalhes q fazem toda a diferenca e sua imaginacao e claro!
 
Eita, o avô deles era bem do estilo "cientista maluco", não?
E esse negócio das células cancerígenas viverem mais que as normais é verdade? Ou vc só inventou pra dar mais um sabor à história, Prímula? :)
O Gugu foi mto malvisto pelo primo, coitado...só pke ele era metido a CDF?
Mas a história tá bem legal sim, bem "surreal" pra uma história que se passa nos dias de hj!
C tem icq, Prímula? Se tiver, se incomodaria em me dar seu n°? Gostaria de tc com vc num dia desses! :D
 
Página 8

Respondendo às perguntas:

Vinci: Non dá pra ler tudo deste clube e comentar tudo e ainda escrever algo. Relax, man! Ah, e a culpa non é do pai: eu é quem pus aquele nome de coitado no menino. :twisted:
Sarah: A verdade está lá fora. E faz dois anos que esqueci a senha do meu ICQ.
Amiguinha Wood: Se vou continuar? Sei lá... depende da musa inspiradora. Ela me deixou chupando o dedo no fim de semana. Vou tentar do mesmo jeito e não vai ficar bom (como disse: é pra me forçar a escrever que eu comecei isto aqui, hehe)

Este conto não lida com pessoas ou fatos reais. É tudo ficção, doidera da cabeça da Primula. No entanto, vocês vão achar perturbadoras semelhanças com o mundo real (locais, acontecimentos históricos, etc.).

******

Ainda bem que estávamos de férias. Porque isso ia dar trabalho.

Pra começar, fomos ver onde o tal Eloísio morava. Sabe como é: já que tinha de resolver isso, eu queria resolver logo e me divertir um pouco o resto das férias.

Mas o senso de humor do vovô não conhecia limites. Não é que a gente vai no endereço e descobre que é...

- Uma escola? - Gustavo fala meio decepcionado.

Sim, uma escola. Podem rir, eu deixo! Mas o mais ridículo vem depois.

- Vamos lá falar com o porteiro - eu disse puxando o Gustavo. Pois é, em vez de falar algo como "que pena, vamos embora", eu disse algo assim.

Para quem tá perdido porque eu pulei uma parte da minha estória, a tal escola fica na Avenida Paulista. Uma tal de Rodrigues Alves. Bem, sei que na Paulista tem muito banco e escritório, mas tem também uns apartamentos por lá. E pensei que um desses prédios mais antigos é que fosse o endereço que o vovô indicou. Claro que não seria tão fácil.

Eu não queria ficar falando tudo isso, já que nunca prestei atenção naquela escola, nem sabia que tinha essa escola bem na Avenida Paulista. Só que eu ainda tou meio bobo com a conversa que tivemos com o porteiro. Taí... tava enrolando vocês de novo pra arrumar as idéias e as lembranças.

- Boa tarde.. por favor - Gugu começou.

- Estamos em férias - o porteiro informou secamente.

- É que gostaríamos... - Gugu continuou sem dar atenção à educação do cidadão.

- Vão embora, pirralhos! - Miss Simpatia retrucou na sua amabilidade de sempre.

- ... de saber se conhece um aluno chamado Eloí... - Guga conseguia ser um grande mala quando queria. Coitado do porteiro.

- Vocês são surdos? Se não sairem já daqui eu vou...!

- ...sio Marcondes Ferreira?

Quando Gugu concluiu sua frase, o porteiro deu novo significado à palavra "branco". Nunca vi alguém ficar tão pálido!

- V-vocês s-são amigos do Eloísio? - ele gaguejou fracamente olhando a movimentação da rua.

- Somos! - eu me adiantei - Ele combinou de encontrar a gente aqui.

- Combinou? - o porteiro gritou beirando à histeria - Q-quer dizer, ele vai voltar?

- Sim - eu respondi - Só que como a gente tá atrasado, pensou se ele já...

O porteiro pensou um pouco, enquanto brincava com seus próprios dedos. Por fim ele resolveu: - Bem, ele não aparece aqui faz muito tempo.

Ele ia fechar a porta, quando Guga fez uma cara bem lunática. Meu aquilo deu frio na espinha em mim!

- Quer que a mande lembranças a ele quando nos encontrarmos?

Deu pra ouvir o porteiro engolir em seco. O que o Gugu tava aprontando?

- Tudo bem! Tudo bem! vocês podem entrar no almoxarifado! Ele costumava guardar coisas lá!

Foi assim que tivemos passe livre pra entrar na escola.

A primeira vista a escola era normal. Até que bem bonitinha e limpinha considerando-se que tudo nesta cidade fica feio e abandonado. Acho que foi aquele programa "Mãos que ajudam" de voluntários para recuperar as escolas.

Só que sempre existe um lado oculto.

No almoxarifado encontramos mais pistas. Parece que Eloísio tinha uma espécie de "canto especial" só dele nesta escola. Sei lá se ele foi aluno daqui, ou se apenas usava o lugar. Encontramos até um saco de dormir e uma lanterna velha com pilhas gastas (e derretidas) lá.

- Ele devia se refugiar aqui de vez em quando - Gugu comentou distraído, olhando os pertences.

- Tem alguma idéia de onde ele mora agora? - perguntei.

- Você acha mesmo que ele morava aqui? - ele retrucou meio incrédulo.

Dei de ombros. A esta altura, eu acreditava até em Papai Noel surfista: - O que você acha?

- Acho... - ele arriscou - Que ele ficou aqui por um tempo, para ser acobertado pela família. Olhe!

Vimos os recortes de jornal. Eram de 1970, falando de futebol, Copa do Mundo, "Brasil ame-o ou deixe-o". Eu quase peguei a idéia.

- Você costuma fazer igual, não é, Ricardo? - ele perguntou.

- Qualquer moleque tem seus ídolos - eu respondi - Mas peraí! O vovô desapareceu em 79! Esse menino...!

- Não sei, Ricardo... quando esta escola começou a funcionar? - ele perguntou perdido.

- Ah, sei lá Gustavo! Esse prédio é antigo pacas! - eu respondi.

Fiquei a remexer as coisas, procurando algo mais recente. Frustrado vi que a única coisa recente era um cartão de visitas e... peraí ! Oito dígitos? O número é atual ! Então...

- Veja, Gustavo - eu pedi, mostrando o cartão de um endereço do Tucuruvi.

Ele anotou o endereço na agenda, junto com as notas que fez dos recortes que pareciam mais importantes. Fechamos a caixa com cuidado e saímos.

- Vamos ver esse outro endereço na lista telefônica - sugeri depois de nos despedirmos do porteiro.

****

editado: estou com bloqueio mental... travou legal o cérebro... preciso descarregar energias em algum saco de pancada. Depois eu retomo a estória.
 
Página 9

O endereço não constava da lista telefônica. Por que isso não me surpreendia?

Gugu foi pra casa. Foi uma tarde cheia pra nós dois. Mas eu ainda tava meio encafifado e não sossegava.

"Tenho de ligar pra esse número" concluí rapidinho.

Lógico que não sou besta de ligar de casa. Liguei de um orelhão mesmo. E acho que essa mania minha de ser meio burro e meio direto ajudou a conseguir umas pistas. Assim que ouvi o "alô?" da mulher que atendeu, fui logo pergutando: - O Eloísio está?

O outro lado ficou mudo. Por um instante ouvi sussurros e cochichos do tipo "alguém está procura..." mas tava muito abafado. Depois alguns segundos eu escuto: - Quem deseja?

Ih, me pegou...! mas com minha voz de moleque não daria pra disfarçar muito: - Carlão. Do Center Norte.

Mais uma pausa: - Ele não conhece ninguém com esse nome...

- Ele não lembra de mim? - reclamei meio bobo de ver que tava mentindo legal - Porra isso que dá ser legal com esquisito. Falei pra você Marcão que gente assim não presta pra enturmar. Viu? Ele tá me estranhando. Vai ver que o pai dele não quer dar a grana pro boliche!

Disse isso como se tivesse falando com um colega do lado. A mulher ficou meio confusa, mas parecia que tava ouvindo alguém do lado também: - Desculpe, Eloísio não se lembrava de você. Claro, foi no boliche, não? Ah, ele voltou do banheiro. Agora pode falar com ele.

Xiii... !!! e agora?

- Alô? - uma voz de menino se fez ouvir.

- Porra cara! Se você não pode pegar a mesada com seu pai e pagar o que me deve não fica me enrolando! Telefone custa, sabia? - reclamei eu como se fosse conhecido dele.

- Ah... desculpe. Eu não me lembro direito de você. - ele arriscou.

E eu arrisquei também: - Claro que não. A gente tava jogando e você tava sem turma. Deixamos você entrar porque somos legais. Agora você não quer pagar sua parte.

- Ah, foi isso? - ele perguntou.

Acho que ele costumava fazer isso que acabei de falar mesmo. Pusta chute, meu! Agora era dar corda.

- Segu-inte... - eu continuei - Agora a grana ficou apertada pro meu lado. Me encontra no Center Norte de sábado pra você me devolver minha grana, falou? A gente bate um papo se quiser. Você não parece ter muitos amigos, cara!

- É... não tenho... - foi a resposta.

- Então tá combinado: sábado ao meio-dia, saca? Vou bater um rango lá no Pizza Hut, tá legal? Me encontra lá!

E dizendo isso desliguei: - Ufa!
 
página 10

8O

Esqueci isto aqui!!! Erhem... onde eu tava mesmo?? :o?:

******

Capítulo 3:
Sobre boliche, playland e outros assuntos adolescentes

- VOCÊ FEZ O QUE?!?

* Fiiiiiiiiuuuuunnnnn.... *
(pra quem não entendeu, é o barulho que sistema de som faz quando o cantor lá no palco faz merda com o microfone)

- Ai Guga! quer me deixar surdo - eu reclamei colocando o fone de volta no ouvido.

- Desculpa, Ricardo - Gustavo pediu - Mas é que... porra! você ficou biruta? Esse cara se bobear vai nulificar a gente. Ele tem conhecimentos que a gente não tem e...

- Meu, fica calmo aí, ô chapa! - eu respondi - Tudo bem que ele não é um moleque feito nós, mas ele pensa que a gente é moleque comum. Eu não sou trouxa de ficar entregando o ouro assim, sabia?

Então contei mais ou menos o meu papo com o tal Eloísio. Guga ficou mais calmo, mas a pulga não saiu da orelha dele: - Estranho...

- O que? - eu perguntei.

- Nada, não. Esquece. - ele logo foi respondendo e desconversando - Então que horas você combinou?

- Amanhã as 11 na frente do boliche. Cê vai? - eu perguntei, já sabendo a resposta.


Sábado é dia que fica cheio em qualquer shopping. Também, a gente não tem o que fazer. Eu que não fico no PSX de sábado. Tem mais que sair mesmo.

Encontrei o Guga meio perdido do lado do Daytona. Meu, será que nem Playland ele sabe o que é?

- Ah, Ricardo!... - ele começou.

- Vem! - eu mandei - indo na direção do caixa.

Enchi uns 10 pau de crédito pra me divertir um pouco. É pouco, já que o Guga sabia nheca de pitibiriba de arcade. É isso mesmo, seus ... não vem tirar sarro de minha cara. Tou ensinando o Guga a viver, sacou?

(lá se foram meus 10 reais ;_; )

Pois é, depois de quinze minutos, e minhas dez pila virarem fumaça, o Guga teve o bom senso de pelo menos pagar meu lanche. Fomos então pro Pizza Hut, já que não tinha mais nada pra fazer mesmo.

Foi fácil achar o cara... ele tava com cara de "não sei o que fazer aqui" igualzinho ao Guga.

- Falaí! - cumprimentei.

- Ah... - ele me viu tentando forçar a memória pra me reconhecer - o seu dinheiro...

- Depois do almoço - eu cortei - Num lembra, não?

E dei um sorriso sincero, do tipo que dou pro Guga quando ele é legal: - Esqueci o seu nome. Lembra do meu? Ricardo? Uma de pepperoni, o que vocês querem?

- Brasileira - Guga pediu também entrando no jogo - O meu é Gustavo. Sou primo do Ricardo.

- Ah... prazer - ele respondeu meio sem jeito - Eloísio...

- Pedido? - a moça do Pizza Hut perguntou pro Eloísio (cujo nome a gente já sabia mas tínhamos de despistar)

Ele olhou pra gente com uma cara de perdido legítimo. Eu tenho de confessar que aquilo pegou a gente de surpresa. Esse cara na nossa frente era imortal?

- Portuguesa é boa. - Guga sugeriu.

Ele balançou a cabeça concordando e a moça anotou o pedido. Guga esperou ela se afastar para comentar: - Você tá passando bem?

- Estou... - o Eloísio respondeu um pouco nervoso - é só que eu não conheço direito esses sabores diferentes...

- Heim? - eu interrompi - Essas pizzas são básicas, meu. Desde que nasci que tem Portuguesa e Brasileira no Pizza Hut!

(Não exagera né, Ricardo?) - Guga resmungou

- Bem, desde que eu sei andar sozinho por Sampa e pedir pizza por telefone então - eu consertei.

Nossa pequena discussão nos distraiu, mas quando voltamos a olhar pra ele, o Eloísio tava branco: - Ah, desculpe... eu...

Ele ia sair. Não deixei prendendo a mão dele na mesa: - Onde que cê pensa que vai?

Ele parecia que ia ter um treco. E acho que até ia ter se não fosse o Guga: - Calma, calma! Afinal eu também não sabia o que era Street Fighter, sabia, Ricardo?

Isso pareceu acalmar ele, e eu soltei o braço do moleque: - É verdade. Tinha esquecido disso. Mas é que é tão esquisitos vocês dois...

- O que? - os dois perguntaram ao mesmo tempo.

- Brrr... pára com isso! dá calafrio - eu reclamei.

Foi a primeira vez que o moleque deu risada: - Desculpe.

É eu sei que é esquisito pra você que tá lendo isto aqui. Eu sou moleque. O Guga é moleque. Só que na hora, a gente não tava pensando "eu sou o herói do mundo e vou destruir o highlander do mal". A gente parecia que tava conversando com outro moleque, só isso. Por isso que a gente tava falando daquele jeito.

Além do que, se o Eloísio fosse embora, quem ia comer (e pagar) a pizza que ele pediu, hã?

Sem a gente perceber a gente tava conversando sobre outras coisas bem de adolescente mesmo. Tudo bem que Guga não sabia nada de fliperama, mas o Eloísio parecia conhecer todos os jogos. Até de Game Cube e PSX2, porra!

E conversa vai, conversa vem, a pizza acabou e a gente pagou a conta.

- Quanto que eu te devia mesmo do boliche? - o Eloísio perguntou no caixa, voltando um pouco a ser como antes.

- Você paga o boliche desta vez que tamos quites! - eu respondi contando o troco.

- Hã? - ele estranhou.

- Cabe mais um na equipe?

Nós três viramos pra trás. A voz era de uma menina de nossa idade, cabelo comprido castanho escuro e bem ajeitada numa calça e camisa jeans. Meu até eu babei, mas quem respondeu foi o Guga, quase gritando (e gaguejando).

- C-claro, Miele! É lógico que pode.

Mas de onde essa guria apareceu?
 
po primula, tá muito legal. Conseguiu me dar vontade de ler tudo isso. Eu to pensando como é que vai ser o final, mas não quero arriscar. Se eu acertar vai tirar a graça. Mas mesmo assim, já que vc tá fazendo de minuto mesmo, ia mudar tudo. Bem, deixa...tá legal pra caramba. Só que eu fiquei meio estranhando as datas q tinham na carta. Lá em cima tinha 1998, mas o cara tinha morrido antes, não?
 
página 11

Inho le puto disse:
Só que eu fiquei meio estranhando as datas q tinham na carta. Lá em cima tinha 1998, mas o cara tinha morrido antes, não?

As datas estão certas. É papel dos Sherlocks de plantão (vocês) deduzir porque eu coloquei essas datas doidas.

*****

OK, Guga conhecia a menina. Era colega de classe dele. O tipo de musa inspiradora, a garota dos sonhos, a menina com quem todos os caras da escola sonham em sair.

E claro, inatingível para caras como o Guga.

De repente essa menina aparece do nada e se mete nos nossos negócios. Claro que eu logo desconfiei que tinha treta. Mas não sei porque eu não escutei meus instintos.

(até sabe, seu energúmeno! Foi porque você tava babando em cima dela!!! - fim de comentário da autora)

- Quatro, formam duas duplas. A conta é perfeita! - murmurou Guga sonhador.

- Tá, concordo - eu retruquei fingindo estar contrariado - mas você tem como pagar sua parte?

- Acha que eu fico me apoiando em marmanjos, é? - ela respondeu - O problema é quem vai fazer dupla comigo.

Lógico que o Guga, pensei eu. Mas de sacanagem, resolvi que eu ia atazanar a mulher. Afinal, queria botar a culpa nela se perdessemos.

Eloísio ficou com Guga. Mas é claro que isso é apenas conversa pra boi dormir. No final todo mundo ficou na mesma pista, oras!

- Strike! - gritou Miele depois de quatro rodadas. E pior é que duas foram strike e outras duas, ela não derrubou na primeira, mas na segunda iam. E o pior - Você não acerta uma não, seu vesgo?

Sim! Eu que ia tirar uma da cara dela estava comendo meus próprios planos. Guga e Eloísio estavam indo bem, apesar dessa viciada em boliche fazer strike como se fosse passar batom na boquinha carnuda del...

Concentre-se, homem! Lembre-se da missão!

No caso a missão parecia ser um genuíno menino todo atrapalhado com o mundo atual. Não um cara velhote - com cara de bebê Johnson - que deixava escapar uma ou outra frase de gente velha. Era como se ele fosse mesmo um menino. E como se estivesse pastando para acompanhar as diversões de hoje em dia.

Eu podia concluir minha dedução, mas Miele me puxou pelo braço de repente.

- Voltamos já! - ela disse - Vem, seu imbecil, precisamos planejar!

Eu nem quero saber o que os dois pensaram pra onde a gente ia. Banheiro é que não podia ser... tirem esses sorrisos bestas da cara! O que diabos...?

- Quando é que vocês vão colocar a joça no copo dele? - ela perguntou de sopetão.

- Quê? - eu quase gritei.

- Deus! Vai dizer que não trouxeram? - ela falou exasperada levando a mão à cabeça.

- Péra um pouco! - eu exigi controlando-me pra não gritar - O que você tá dizendo?

- Cumprir a tal missão que tavam falando no Shopping não é tão difícil, sabia? - ela respondeu cruzando os braços impacientes na frente de seu peito.

Fiquei bobo. Ela sabia?!?

- C-como sabe? - eu quase gaguejei.

- Jesus Cristo, Deus Pai Todo Misericordioso! - ela levantou os braços frustrada - A salvação do mundo como sempre está nas mãos do Gordo e do Magro. Como sempre!

Eu torci o bico. Tudo bem que essa guria era uma gata, ninfeta pra marmanjo nenhum botar defeito. Tudo bem que eu e o Guga não éramos nem sortudos, nem muito espertos. Mas era nossa missão, e ela era a enxerida da estória. E foi exatamente isso que eu disse pra ela.

- Ah... desculpe. - ela retrucou - mas é que vocês foram muito sutis discutindo esse tipo de coisa na praça de alimentação do Santa Cruz... não passou pela sua cabeça que alguém poderia estar vigiando vocês?

- Claro que passou - eu respondi bravo - por isso que não abrimos nem em casa nem no local onde o pacote foi entregue. Fomos pro Shopping porque todo adolescente normal faz isso.

- James Bond não faz esse tipo de coisa. - ela retrucou.

- James Bond é espião e tem um monte de gente na cola dele - eu repliquei - Aja como espião e vai ter um monte de gente vindo atrás. Aja como moleque normal que ninguém liga, exceto garotas enxeridas que...

Eu somei dois mais dois. Garota enxerida... primo apaixonado...

- Saquei! Você é gamada pelo Guga, por isso ficou escutando nossa conversa! - eu ri gostoso.

E claro a menina ficou vermelha feito pimentão: - Oras! Você...! Imbecil! Palhaço! Mongolóide!

(aviso aos adolescentes: não façam esse comentário para garotas espirituosas a não ser que... - fim do comentário da autora)

Eu vi estrelinhas. Putzquelagrila! Ela bate forte e chuta mais forte ainda.

E pra vocês verem como essa menina é pirada, ela voltou para o boliche!!! Quando terminei de me arrastar para nossa pista, ela ainda reclamou: - Da próxima vez, jogue direito!

- Poxa, primo... ela pegou duro com você só porque não faz strikes? - Guga cochichou no meu ouvido.

Heim? Ah, claro. Pra eles, parecia que ela tava brigando por eu ser um péssimo jogador. Mas tudo isso só me deixava muito mais confuso. Então Miele sabia do que estava rolando porque enquanto xeretava o que o amado dela dizia - o que ela viu nele? - acabou escutando sobre nossa missão. E o pior é que ela tinha razão: nossa missão era simples. Era só fazer o Eloísio tomar o antídoto que o mundo estaria salvo de um megalomaníaco em potencial.

O problema é que eu não acreditava que Eloísio estivesse fingindo esse tempo todo. No telefone, e agora no boliche.

E mesmo que nós fizessemos ele beber a tal joça, de que adiantava? Quando percebessem que ele estava crescendo, fariam tomar o treco da Imortalidade de novo e aí tudo ia por água abaixo.

Mas principalmente, algo em mim dizia que o Eloísio era boa gente. Meio nerd, meio lerdo, mas boa gente. E eu não gosto de ver boa gente sofrendo. E tava na cara que o Eloísio tava sofrendo.

Porque eu não sabia. Então tinha de virar amigo dele pra descobrir.

Ué... dizem que intuição feminina funciona para saber dessas coisas. Será que essa Miele é homem? Hehe...

(nota da autora: a autora não se responsabiliza com os ferimentos que o protagonista vier a sofrer, ainda mais depois dessa piada sem graça! grrrr!...)
 
Eu tb.... tava adorando e esperando cada capitulo... mais a Primula abandonou ele

Primulaaaaa, cade você! :(:osigh:
 
Gaaah!!! esqueci!!! Como disse o V (a respeito de Discworld) sabia que tava esquecendo algo!!!

OK, vou pensar em algo... meu cérebro tá em tratamento psiquiátrico (e a droga do remédio não parece funcionar muito bem em mim).

Onde estava?... (daqui a uns dias eu edito isto... recapitular, o que foi que eu fiz, qual era mesmo o nome dos personagens?... é mãe desnaturada sou :mrgreen:)
 
Primula ,estou ansiosa e sei q qdo vc voltar a escrever(continuar) vai ser maravilhoso!Tomando remédios psiquiatricos ou ñ eu sei q mentalmente vc é muito + cabeça q muita gente q conheço......(continue logo q puder)
 
página 12

Acabei de voltar mas não sei no que vai dar... Inho pode ir chutando os finais porque nem eu sei...

*****

- Ah... então já vou indo - Eloísio avisou.

Fiquei meio sem jeito. Tá conhecia o cara, mas não conseguimos nada dele. Parecia que nossa única pista ia fugir e nunca mais íamos desvendar este caso. (tou começando a gostar que sou detetive)

Miele teve a mesma sensação, pois ficou com uma cara de azedo que estragava o rostinho bonito dela. Mas foi Guga quem surpreendeu todo mundo: - Eloísio... não estranhou nada na gente?

- Hã? - o moleque respondeu parando no meio do caminho.

Guga sorriu como se fosse um padre ou professor bonzinho: - Que nomes que meu primo deu pra você no telefone?

Ele pensou um pouco... e eu também...

MEU!! QUE FURADA!!!

- Acho que foi Carlão e Marcão... - Eloísio respondeu.

- E eu me chamo Gustavo e ele Ricardo - Guga lembrou o moleque - Agora entende?

Eloísio ficou branco. Ainda bem que ainda estávamos na área do boliche e ele sentou-se no banco pra trocar de tênis: - Q-quem são vocês?

- Relaxa! - eu pedi - Meu, você não acha que dois muleques e uma guria podem te fazer mal né? pensando bem, cuidado com a guria porque ela é um brucutu enorme que...

Outro chute em minha canela. Vou ficar paralítico desse jeito!

(Nota da autora: mas também não aprende!)

Eloísio sorriu. Miele tomou a palavra: - Não liga pra esse imbecil! Eloísio, a gente quer te ajudar. Tá na cara que tem alguma coisa acontecendo com sua cabeça. Você não se lembra nem das coisas de semana passada, não é?

- É... - ele respondeu de forma fraca - Eles... eles me dão injeção todo dia. Eu reclamo com dor de cabeça, mas eles continuam...

- E seus pais? - eu perguntei - Eles não fazem nada?

- Meus pais? - Eloísio repetiu confuso.

Miele e Guga tramaram um complô contra mim: cada um deu uma bruta cotovelada em meu estômago. Mas eu sei que fiz a pergunta certa, apesar de ter feito sem pensar. É o que dá eu ficar considerando o cara na minha frente da minha idade.

- E-eu não lembro de meus pais! - ele respondeu quase gritando.

Era impressão minha ou ele ia começar a chorar?

- Calma, calma! - Miele pediu abraçando o Eloísio - Não chore.

É impressão minha ou o Guga tá tremendo de ciúme?

- Eloísio - Guga falou controlando-se - Não acha que esse remédio que te dão tá afetando sua memória?

- E-eu não sei... - ele respondeu cada vez mais agitado - Eu não sei!!!

Era impresão minha ou as respostas tavam cada vez mais difíceis da gente tirar do Eloísio?

- Eloísio, relaxa! - eu pedi meio bravo - Chorar não vai resolver nada, vai?

Ele parou de fungar um pouco e olhou pra mim meio bravo também: - O que você sabe de minha vida?

- Nada! - eu respondi na mesma moeda - Só que você é beeem mais velho que nós três juntos, mas que essa joça que deixa você viver pra sempre acabou com sua cabeça! E eu acho que não vale a pena viver pra sempre se você não se lembra nem do almoço de domingo ou de um jogo legal de video game ou o primeiro beijo de uma garota legal ou...

- Primo! - Guga interrompeu estarrecido.

- Mas não é? - eu reclamei - De que adianta se não dá pra lembrar das coisas gostosas, das pessoas que a gente gosta? Quer ver que amanhã ele nem vai lembrar que saiu com a gente pra jogar boliche?

É complô. Definitivamente complô. Agora era o Eloísio quem dava um murro em minha cara.

- Qualé, cara? - eu reclamei - E aquele papo "você não sabe nada de minha vida!"? Agora disse que sei, e também levo na cara? Vai ter troco, se prepara.

- Parem! - Miele gritou.
 
página 13

Pânico.

O que fazer?

O que não fazer?

Essas e muitas outras perguntas passaram pela minha cabeça. E claro, cadê as respostas no final do livro?

Eloísio ia logo terminar de chorar e tava vendo pela cara do Guga que ele morrendo de ciúmes e não tava pensando no depois. A Miele tava mais preocupada em bancar a mamãe. Ou seja, os "cérebros" da turma não tavam pensando.

Sobrava eu.

O cara era gente boa. E eu um bunda-mole.

- Ele vai pra casa comigo.

Foi o que eu disse. Os três ficaram olhando feito bobos pra mim. Mas o que fazer? Deixar ele voltar para o muquifó de onde veio? Ficar ali no Shopping Center Norte pra sempre?

Aí que eles perceberam o tamanho do abacaxi. E travaram. Ninguém tinha sugestão melhor.

Como se fossem bonecos, eu mandei o Guga e a Miele pra casa. Amanhã a gente se falava.

E um frio na barriga se formava no meu estômago.

Iam procurar ele. Tava na cara.

Pior... percebi uns "Mr. Smiths" vigiando a gente.

A gente é adolescente. E eu não tinha idéia de como nos tirar daquela enrascada.

Mas a gente tinha de sair, né? Tipo, não faz parte dos meus planos ter uma vida interrompida. Pô, tô limpo de drogas e outras merd.as. Não posso marcar bobeira.

E ao mesmo tempo tava começando a gostar de ser Neo. De ter minha aventura Matrix.

Putz, é mesmo! Começou tudo com a fita de Matrix que quebrei!

- Seguinte, galera - eu falei como se comentasse o último game do PSX2 - fiquem na boa e não deem bandeira. Tem uns caras seguindo a gente.

Ainda bem que avisei antes, senão quanto vocês apostam que iam ficar olhando para os lados? Miele sorriu pro Eloísio, Guga deu de ombros e eu continuei: - A gente tem de despistar eles.

- São dois - Guga falou - A gente se divide e depois se encontra no cinema. Vamos ver a Câmara Secreta.

- Não é melhor no metrô? - Miele arriscou.

- Tá doida? - eu respondi - Tá muito na cara e eles vão seguir a gente. A gente sai no meio do filme e tenta despistar eles. Tragam as batatas fritas do Mac.

Sim, sou tarado por batatas do Mac. Tem algo contra?

Os caras tentaram seguir a gente. E como a gente tava ligado, parecia mesmo que a gente só ia fazer coisa de pirralho. Mas a gente num é tão burro, sacou?

Por que acham que a gente é burro? Dependendo adolescente pode ser burro... a gente acha que sabe mas num sabe.

Mas eu sei de minhas notas na escola. Ainda bem que meus pais entendem que não é de sacanagem que fico tirando nota vermelha. Beeeem... às vezes também pego um professor chato, mas isso é outra estória!

Eu sei que não sou o rei da cocada. E acho que por não ser bitolado e saber ser burro consigo ver coisas que o Guga não consegue.

Guga e Miele também são legais a seu modo. Podem ser arrogantes, mas não ficam ceguetas pro mundo real. E isso é bom, porque nego arrogante acaba se estrepando no final. E se eles se estrepam, vou junto!

Pra resumir a estória, fomos mais espertos que os caras. Mas foi por pouco, viu?

Lá dentro do cinema, no meio da gritaria combinamos sair um por vez e nos encontrar na parte de Cd's da Saraiva. Lá de cima a gente podia ver se foi seguido antes de encontrar o pessoal. Se desse treta, a gente continuava com os programas de adolescentes até despistar os caras.

Mas não precisamos. Despistamos na primeira tentativa.

Tocamos para pegar um ônibus. Idéia da Miele: - Metrô? Tá doido? Já viu quanta câmara tem por lá?

Eu tava com medo. E se soubessem onde eu morava? E se descobrissem quem eu era?

Tinha de resolver isso rápido. Será que peço ajuda pro meu velho?
 
página 14

Enjoei de pensar feito o Ricardo...

*****

No final ele acabou ficando com o primo Ric... digo com o Ricardo. Miele foi pra casa. E eu estou aqui.

E onde é aqui você me pergunta?

No começo eu também não sabia. Mas acho que agora faço uma idéia.

Posso ouvir barulho de trem, mas também posso ouvir uma musiquinha de fundo estranha. Acho que estou perto de uma das estações da zona leste.

Mas o que você está fazendo aí, Gustavo?

Bem, foi quando nos separamos no Shopping...

*****
- Vou chamar meu velho pra vir nos buscar.

Foi o que Ricardo falou e logo tio Rodolfo estava lá com seu Corsa azul: - Vamos meninos podem entrar!

Tio Rodolfo era super legal. Mas eu não sei porque eu não queria entrar.

Minto... sei sim.

Miele ia junto. Sentada do lado do chorão.

É... é despeito sim. Ciúmes também.

- Pode deixar tio, pego o metrô.

E sem dizer tchau pro pessoal eu sai correndo. Acho que ouvi Miele resmungar algo. Acho que ela continua me achando um imbecil chato que não se manca de ficar cantando ela.

Tudo bem... devo ser mesmo. Mas mesmo assim, dói muito quando ela me rejeita.

Já li muito livro de ficção. Até os romances. Sou um bobo romântico, podem rir da minha cara. Sei que não sou exatamente o tipo de cara que as meninas (até as meninas nerds da classe) sonham.

Devo ter bancado o idiota tentando me adaptar ao que elas querem. Eu tentei e tentei e sempre fui magoado.

A gente pensa que se acostumou, mas aí vem outra vez a cicatriz abre.

Tava pensando nisso... completamente esquecido de como tava excitante a aventura com o Ricardo e seu pacote misterioso, a descoberta do Eloísio-bicentenário.

Até que alguém me agarrou na saída do metrô Conceição e me enfiou numa van.

E agora aqui estou, incomunicável, vítima de um seqüestro se a polícia conseguir um dia encontrar meu corpo. Mas eu sei que não é isso.

Eles querem saber sobre o Eloísio. Onde ele foi parar.

E eu... eu só tenho 14 anos! E estou com medo.

Mas eu sei que o pior vai vir depois. Quando pegarem o Eloísio e eu tiver de encarar o desprezo de Miele.
 
pagina 15

- Não é ele.

- Eu sei que não é ele. Não sou cego! Mas estava com ele.

- Acha que pode nos levar a ele?

- É um filhinho de papai fracote. É só torcer um pouquinho o bracinho dele que ele vai cantar feito passarinho.

Era mais ou menos isso que eu ouvi de meu cativeiro. Não preciso dizer que gelei.

Não estava em um romance. Estava em um quarto escuro sem janelas, sufocante. Tinha um cheiro de esgoto vindo de um buraco, por onde eu fazia minhas necessidades.

Um colchão e mais nada.

E ali eu estava à merce de meus captores... não pára de pensar em romances. Eu vou morrer!

Eles vão me matar... Vão me torturar e depois me jogar fora como carne podre de açougue.

E tudo que consigo pensar é que Miele vai ficar me desprezar pra caramba por ser um fracote burro que se deixou ser sequestrado.

É tudo culpa daquele chorão! É tudo culpa del...

...

É culpa minha...

Se eu não fosse tão crianção e pegasse carona com o Ricardo nada disso teria acontecido...

Pára!

Tenho de pensar em sair daqui... ninguém deve ter notado que eu fui sequestrado. Ainda é muito cedo. Mamãe só vai se preocupar lá pelas nove da noite.

Eles têm três horas para fazer eu de gato e sapato e fazer um tamborim.

Mas o que posso fazer? Não tem saída daqui exceto a porta da frente.

*****

- Olha! Fumaça! Tá pegando fogo naquela casa!

Foi uma confusão geral. As pessoas corriam para lá como se fossem formigas.

- Abre logo essa porta, cês vão morrer se ficarem aí dentro!

- Chama os bombeiro, homi!

- O oreião tá quebrado! Praga! Miseraver!

- Olha! Tem gente lá! Tem gente lá!

- Corre, gente! Tá esperando o que?

- Ai, meu são cristin, traz leite que o Ratinho disse que é bom pra intochicação.

- Cadê o menino?

- O menino? Tá trancado?

- Trancado? Isso num se faz com criança seus disarmado!

- Tem um menino preso lá dentro! É sequestrador de criança!

- Lincha! Lincha!

- Não espera! Arrrgh!

- Alguém vai lá tirar o minino!

- Vai você!

- Olha! Os bombeiros!

- Até que enfim! Parece polícia, só chega atrasado!

- Que está acontecendo aqui? - o coronel Braga pergunta apontando para o homem desacordado no chão.

- É sequestrador!

- Deixou criança trancada lá dentro!

- Virar anjinho, tadinho...

- Vamos homens! Tem uma vítima lá dentro! Não percam tempo!
 
:clap:

Muito bom, dona Prímula! Nem acredito que só resolvi ler isto hoje!

Pelo menos li. Porque, se não tivesse lido, jamais me perdoaria. Ok, eu não saberia como era seu texto, então não teria pelo que me perdoar, mas você entendeu o espírito da coisa, certo?

A história está muito boa, bastante interessante e 'ilargável'! Comecei a ler hoje e terminei hoje, e em momento algum quis parar de ler esta belíssima obra! Você conseguiu me deixar com vontade de ler a próxima parte em cada um dos seus posts. O suspense ao redor de algo que parece tão simples (tirando todas as conspirações governamentais e elixires bizarros de vida eterna) é bastante interessante... e a adição de acontecimentos um tanto malucos (causados, acredito eu, pelo fato de estar escrevendo isto sem um plano) só ajudou na história, embora em alguns casos a trama tenha ficado um pouquinho forçada.
As piadas também ajudaram bastante na leitura, bastante características do seu personagem principal e narrador (o Guga não teve uma participação como narrador suficientemente grande para eu poder julgar este aspecto, embora tenha gostado bastante da 'troca' que você fez, bem inadvertidamente, no meio do texto). Aliás, durante toda a sua história você consegue caracterizar perfeitamente o personagem. Dá para acreditar que você realmente é Ricardo. Parece que ele baixou em você como espírito em pai-de-santo. E isto é bastante difícil de fazer, além de ser uma das coisas que dá mais verossimilhança a um texto literário.

Parabéns, aguardo ansiosamente as continuações (e espero que Ricardo apanhe muito mais de Miele, que é meu personagem favorito até agora... não gosto muito de Guga, ele me parece meio bocó :roll: :lol: )
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo