Para quem quiser ler um pequeno trecho do segundo livro, lá vai:
Os rios, o céu, os pássaros... Todos os seres vivos coabitavam agora em harmonia. A terra dos elfos (Valadöria), a terra de Tenor e Harvërar eram as terras com maior número de habitantes de diversas espécies, das mais raras e antigas até das mais comuns. A única terra que quase não possuía vida era Validor. Nem se quer havia caminhos ou rotas comerciais para com aquela terra erodida e estéril.
Houvera também só uma única terra que era uma espécie de conselho, onde seres de todas as regiões poderiam falar e discutir sobre várias coisas e sobre os outros povos. O conselho na verdade é Harvërar, a terra criada por seres élficos e magos de todas as regiões. A única arma que quase todos possuíam era os cajados de poder, feitos de madeira e alguns com pedras preciosas. A madeira era retirada das florestas, das mais raras e antigas espécies de árvores. Eram também finíssimos como gravetos. Porém, havia aqueles cajados tradicionais, cujo tamanho é superior ao normal que vinha sendo fabricado pelos artesãos élficos, e sem eles, não haveria forma de executar as magias. Todavia, apenas os magos realmente sábios tinham conhecimento dessas magias sem precisar dessas poderosas ferramentas.
Há uma grande floresta ao redor do conselho, chamada de floresta dourada, por causa de suas plantas terem a luminosidade semelhante ao do ouro. Também é rodeada para o norte por montanhas rochosas e por uma espécie de bosque, que terminava em túneis muito perigosos chamados de túneis da ilusão.
Harvërar estava bem protegida, pois tinha uma grande fortaleza de ferro e madeira, e guardas que arriscariam suas vidas por ela. O novo regente de Harvërar é Eramon, o chamado por muitos de guardião, por sua incrível coragem e determinação. O antigo regente era seu pai, chamado Prazuz. Morreu na guerra contra Valadoriün. Sua mulher (mãe de Eramon) também foi morta por espectros, e desde então Eramon teve que ser o novo regente de Harvërar.
No momento, Eramon cuidava e zelava por dois jovens irmãos, vítimas também de Valadoriün, que haviam sido atacados seu reino chamado Avalar, antiga terra dos dragões. Zelava por eles devido ao último pedido do rei de Avalar, que estava perecendo no campo de batalha de Validom, e percebendo a situação crítica do rei, obedeceu sem hesitar.
Os dois jovens eram altos e suas jovens aparências resplandeciam na luz da floresta dourada. O maior deles e o mais velho é Avaliör, que tinha olhos e cabelos negros como a eterna escuridão, vestido de uma túnica preta sobre a roupa vermelha, com um desenho de um dragão robusto no centro dela. Por outro lado, o tal de Luriän, tinha uma aparência tão jovem quanto seu irmão. A cor de seu cabelo era um púrpuro dourado, possuindo um olhar azul e penetrante, sendo que usava a mesma veste de seu irmão. Eramon nada se comparava com eles, já que era muito mais velho, e a principal diferença real disso era seu longo cabelo, e barba grisalha, que ultrapassava o seu peito de tão longa que era.
A luz que iluminava estava abandonando a floresta, e eles percebem que já estava anoitecendo. Caminhavam livremente entre as árvores douradas, e eles, com inflexível decisão, caminharam na direção de uma colina totalmente esverdeada e escorregadia. A uma certa distância, eles conseguem ver uma espécie de mureta muito grande, feita de plantas enroscadas uma na outra de forma semiótica. Havia um portão de madeira na mureta vegetal, trancado por grossas raízes de plantas, obviamente da própria mureta. Finalmente, eles acabam chegando à trilha principal que conduz ao portã
bservavam que no decorrer da caminhada havia enormes vasos que iluminavam o caminho, pois havia fogo dentro deles. Eramon adiantou-se rapidamente ao portão, concentrou-se movimentando seu cajado nos vasos e murmura algo:
— Fogo brando!
Ao terminar de murmurar aquilo, um ruído estranho ressoou na noite tranqüila, e a intensidade do fogo nos vasos cresceu magnificamente. No momento que isto ocorrera, as raízes afastavam-se do portão, que se abriu logo em seguida. Vendo isto, Eramon faz gestos para que Avaliör e Luriän prosseguissem, e assim foram...
Eles caminham em frente, entrando em um pátio aberto e espaçoso, rodeado pela mureta donde haviam entrado. Havia muitas tochas iluminando o ambiente e grupos de guardas movimentavam-se sem nenhum prévio descanso. No centro desse pátio havia um grande monumento na forma de um cavaleiro, montado em um dragão erguendo uma espada. Logo após de olhá-las, Avaliör e Luriän recordavam de algumas lembranças com dragões de sua terra, afinal. Um pouco mais adiante, eles observam nitidamente a entrada para uma das Torres de Harvërar, iluminada por duas grandes tochas presa à parede e protegida por dois guardas armados. Quando finalmente estavam em frente à entrada, os guardas fizeram gestos de reverência a Eramon, donde entrou, seguido de seus protegidos. Subiam os degraus rochosos da escada circular que se desenhava pouco a pouco à frente deles. Estando no auge da escadaria, todos eles se dirigiram a uma passagem à direita, sendo a única maneira de prosseguir, donde resultou um grande corredor, com várias portas.
Gostaram? É uma parte que retrata o começo da aventura desses jovens. Podem pedir mais se quiserem e digam algo sobre este trecho.