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John Steinbeck

Lucas_Deschain

Biblionauta
[size=medium][align=center]John Steinbeck (1902-1968)
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john-steinbeck1.jpg

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[align=justify]John Ernst Steinbeck (Salinas, 27 de fevereiro de 1902 — Nova Iorque, 20 de dezembro de 1968) foi um escritor estadunidense.

As suas obras principais são A Leste do Paraíso (PT) ou A Leste do Éden (BR) (East of Eden, 1952) e As Vinhas da Ira (The Grapes of Wrath, 1939). Foi membro, quando jovem, da Ordem DeMolay. Recebeu o Nobel de Literatura de 1962.

Ainda muito jovem, por influência dos pais, leu Dostoiévski, Milton, Flaubert e George Elliot. Terminou o curso secundário no Salinas High School, em 1919. No ano seguinte, ingressou na Universidade de Stanford, exercendo várias profissões para custear os estudos. Em 1925, empregou-se no jornal American de Nova York, e vasculhou a cidade em busca de um editor para seus livros ainda não escritos. Estreou na literatura com A Taça de Ouro (1929), biografia romanceada do bucaneiro Henry Morgan, já marcada por seu característico estilo alegórico.

Publicou em seguida Pastagens do céu (1932) e A Um Deus Desconhecido (1939). Esses primeiros livros não lhe asseguraram a profissionalização como escritor. Em 1935 firmou-se como autor de prestígio com Boêmios Errantes, que recebeu a medalha de ouro do Commonwealth Club de São Francisco como melhor livro californiano do ano. Os três mais importantes romances de Steinbeck foram escritos entre 1936 e 1938: Luta Incerta (1936), descreve uma greve de trabalhadores agrícolas na Califórnia; Ratos e Homens (1937), que seria transportado para o cinema e para o teatro, analisa as complexas relações entre dois trabalhadores migrantes; As Vinhas da Ira (1939), considerado sua obra-prima, conta a exploração a que são submetidos os trabalhadores itinerantes e sazonais, através da história da família Joad, que migra para a Califórnia, atraída pela ilusória fartura da região. Essa trágica odisséia recebeu o prêmio Pulitzer e foi levada à tela por John Ford em 1940.

A obra de Steinbeck inclui ainda Caravana de Destinos (1944), A Pérola (1945/47), O Destino Viaja de Ônibus (1947),Doce Quinta-feira (1954), O Inverno de Nossa Desesperança (1961), Viagens com Charley (1962).

Steinbeck teve 17 de suas obras adaptadas para filme por Hollywood. Alcançou também grande sucesso como escritor para filmes, tendo sido indicado em 1944 ao Óscar de melhor história* pelo filme Um Barco e Nove Destinos (Lifeboat) de Alfred Hitchcock.[/align]

* - Categoria descontinuada em 1957, sendo substituída pela de melhor roteiro original

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Steinbeck

[align=justify]Comprei alguns títulos desse autor e vou apresentar uma oficina em um evento acadêmico sobre a relação História-Literatura-Cinema com o filme As Vinhas da Ira, fato pelo qual estou lendo já a obra de Steinbeck que deu origem ao filme. Dele tenho também Boêmios Errantes e A Leste do Éden. Pretendo adquirir os demais títulos, que encontrei nas primeiras páginas da minha edição de Boêmios Errantes e que posto aqui assim que tiver um tempinho. Alguém conhece algum livro que conte a história da vida desse cara?[/align]
 
Esse é um dos autores que pretendo ler. Acho que vou começar por Of Mice And Man, que é curto e bem falado. Por sinal, é o livro favorito de Stephen King. Por sinal², SK é um autor que sempre vale a pena conferir as indicações.
 
Dele eu li A Leste do Éden (a resenha foi publicada no blog do Meia, se não me engano). Eu gostei muito do livro, é uma leitura mais densa, mas cheia de elementos que te prendem à ela. Sem falar que a forma que ele caracteriza as personagens é muito boa, tu se sente como se conhecesse todas aquelas pessoas que passam pela história.

Eu comecei a ler As Vinhas da Ira, mas como andava meio cansada e logo chegaram outros livros pra mim acabei abandonando, mas espero retomar. =D
 
Dele já lí A Rua da Ilusões Perdidas e A Taça de Ouro... Adorei os dois e recomendo! :sim:
 
Puxa! O John Steinbeck era bonitão hein? :timido:

Nunca li nada dele.
Há muito tempo assisti ao filme "A leste do Éden" com o James Dean:

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Edit:
Agora que li o post todo, e vi que "Um Barco e Nove Destinos" foi escrito por ele!
Eu adoro esse filme, que é um dos menos famosos do Hitchcock, tenho até em DVD. :sim:
 
Já li "Ratos e homens" (acho que em inglês é Of Mice and Men). Achei muito, muito bom. Penso em ler mais alguma coisa dele, porque 'Ratos e homens' é daquele estilo de livro 'bom e rápido'.
 
[align=justify]Vale lembrar para quem é fã de Lost, que Sobre Homens e Ratos é o livro que o Sawyer está lendo durante vários episódios e discute com o Ben sobre ele em algum episódio da terceira temporada que não me lembro o número.
Fico curioso com qualquer livro que aparece em Lost.[/align]
 
Wilson disse:
Uma das melhores músicas do Rage Against é inspirada no protagonista de "Vinhas da ira", "The ghost of Tom Joad".

[align=justify]
Putz, não sabia dessa não Wilson, obrigado pela dica, vou conferir. Tem um professor meu de universidade que dizia que não tem jeito melhor de você entender o impacto da Crise de 29 na vida das pessoas do que ler As Vinhas da Ira. Creio que é uma boa dica.[/align]
 
[align=justify]Estava pesquisando mais sobre Steinbeck, já que agora estou tomando uma overdose de Steinbeck e descobri que foi publicada uma biografia dele aqui no Brasil pela parceira do Meia Palavra, a Editora Record:

Vale a pena dar uma olhada nesse site aqui, que traz uma breve resenha sobre a obra biográfica. [/align]
 
Uma curiosidade sobre o Steinbeck, acho que já devem ter visto, é que ele costumava usar um Pigasus como selo, com o motto "ad astra per alia porci", que significa "às estrelas nas asas de um porco".

[align=center]
pigasus.jpg
[/align]

Segundo o Wikipedia, ele às vezes desenhava esse selo nos livros que assinava, e esses hoje valem consideravelmente mais...

(Editando) Ah, tem isso até na página dele em português... ¬¬
 
[align=justify]Uma coisa que pude perceber nas várias obras que li dele é a simpatia que ele manifesta pelos despossuídos ou pelos que têm condições materiais extremamente adversas. Ele sempre descreve a simplicidade dessas pessoas de uma maneira que dê a entender que apesar das condições e as dificuldades essas pessoas encontram formas de sobreviverem que estão longe de serem justas mas que são de uma honestidade e dignidade admiráveis.

É incrível como após ler uma descrição sobre uma casa caindo aos pedaços ou um barracão velho e empoeirado, com comida escassa etc. você ainda possa achar aquele lugar aconchegante. Essa simpatia dele está ligada a um sentimento de solidariedade muito grande, já que ele viveu com essas pessoas quando era jornalista.

Mesmo que essas pessoas vivam a margem da sociedade e que sejam esquecidas senão hostilizadas por certos grupos e até mesmo às vezes pelo discurso oficial, elas também são seres humanos e merecem ser tratados como tal.[/align]
 
[align=justify]Uma coisa que fiquei sabendo por conta da minha orientadora, que andou lendo livros sobre a literatura realista norte-americana nos anos 30: haviam vários escritores que estavam preocupados com esses "outros" americanos que são personagens recorrentes na obra de Steinbeck. Alguns exemplos são:[/align]

Trilogia U.S.A. (1930-1936), de John dos Passos
Tobbaco Road (1932), de Erskine Caldwell
Trilogia Sutds Lonigan (1932-1935), de James T. Farrell
This Body the Earth (1935), de Paul Green
Native Son (1940), de Richard Wright
As I Lay Dying (1930) e Light in August (1932), de William Faulkner

[align=justify]E interessante ver como os escritores se voltaram para esse problema social que se agravou tremendamente após a Crise de 29. Muitos deles tocaram nesse assunto tão espinhoso antes que muitos estudiosos sobre o tema. A Literatura como prática social que chama a atenção para toda essa questão e ajuda a compreender como a crise de 29 teve feições terríveis não só para financistas, empresários e acionistas, mas também desdobramentos piores e muitas vezes fatais para essas pessoas.
Assim que checar os títulos em português volto a postar aqui.[/align]
 
Gigio disse:
Uma curiosidade sobre o Steinbeck, acho que já devem ter visto, é que ele costumava usar um Pigasus como selo, com o motto "ad astra per alia porci", que significa "às estrelas nas asas de um porco".

[align=center]
pigasus.jpg
[/align]

Segundo o Wikipedia, ele às vezes desenhava esse selo nos livros que assinava, e esses hoje valem consideravelmente mais...

(Editando) Ah, tem isso até na página dele em português... ¬¬

Sabe de onde surgiu esse desenho? Um professor do Steinbeck lhe disse que era mais fácil um porco voar do que ele virar escritor. Só queria saber se o homem ainda era vivo quando Steinbeck ganhou o Nobel, rs.
 
Quando terminei de ler Ratos e Homens, há quatro anos, eu disse: Steinbeck faz a Literatura que me agrada. Faz a Literatura pela qual me apaixonei. É possível fazer uma Literatura Social sem cair no clichê de Literatura Panfletária. E a obra de Steinbeck é uma prova disso.

Garanto-te que esse homem não é um homem, a não ser que seja todos os homens.
 
Valentina disse:
É possível fazer uma Literatura Social sem cair no clichê de Literatura Panfletária. E a obra de Steinbeck é uma prova disso.

[align=justify]Pois é Valentina, não sei se dá para classificar a Literatura dele de panfletária, creio que não, até porque ele não fica querendo doutrinar o leitor a cada parágrafo, mas certamente, apesar de ressalvas, ele acaba sempre tomando o lado dos oprimidos, humildes, dispossessed. Isso denota um certo posicionamento diante da situação. Claro, posicionamentos não são definidos de maneira tão simples, mas isso é certamente um indício.[/align]
 
Sério que ninguém falou de Cannery Row?

Eu li Mice and Man e em seguida esse, foi como o conheci. Também é pequeno, mas maior que mice and man e lindo demais, a gente se apaixona por todos os personagens que são bem detalhados mesmo sendo uma história curta. Recomendo fortemente. Ainda quero ler todo o resto, até agora só li além destes o Vinhas da Ira, Leste do Éden e um sobre piradas que perdi o nome >< Parei o Ponei vermelho no meio e espero retomar em breve.

Ainda quero Ir pra Salinas só pra conhecer o museu dele (sou fã esse tanto)
 
Pan disse:
Sério que ninguém falou de Cannery Row?

[align=justify]Está na lista de livros que lerei em breve para poder levar adiante minhas pesquisas. A tradução para português é 'A Rua das Ilusões Perdidas', né? Tenho quase certeza, quando chegar em casa dou uma olhada para confirmar.

Posto a resenha quando terminar a leitura. Aliás, assim que ler a obra completa (ou pelo menos quase toda ela, visto que tem relativamente bastante coisa sem tradução, e esses, portanto, levarei mais tempo para ler) prometo que faço um guia de leitura para a obra dele.[/align]
 
Agora que li o post todo, e vi que "Um Barco e Nove Destinos" foi escrito por ele!
Eu adoro esse filme, que é um dos menos famosos do Hitchcock, tenho até em DVD. :sim:

ele escreveu o roteiro ou teve uma história dele adaptada pro cinema?
 
[align=justify]Está na lista de livros que lerei em breve para poder levar adiante minhas pesquisas. A tradução para português é 'A Rua das Ilusões Perdidas', né? Tenho quase certeza, quando chegar em casa dou uma olhada para confirmar.

Posto a resenha quando terminar a leitura. Aliás, assim que ler a obra completa (ou pelo menos quase toda ela, visto que tem relativamente bastante coisa sem tradução, e esses, portanto, levarei mais tempo para ler) prometo que faço um guia de leitura para a obra dele.[/align]

Valeu por ressucitar o tópico Gabriel, citando eu mesmo só para dizer duas coisas:

1. estou lendo A Rua das Ilusões Perdidas (vulgo Cannery Row);
2. existe outra tradução para o português, que atende pelo título Caravana dos Destinos;

E uma constatação que não posso confirmar, é a de que há uma edição portuguesa (que saiu pela Ulisseia) que possui o título Bairro da Lata. Até onde li parece que se trata do mesmo livro, mas não encontro em lugar algum o título original dessa publicação. Assumo que seja a mesma obra, a própria história, no pé que estou, parece confirmar essa suposição, portanto, assim que ler mais eu volto com essa informação.

Btw, até agora (p. 50) o livro está muito bom, embora eu ache o comentário da contracapa, 'considerado pela crítica a melhor obra de Steinbeck' um pouco presunçoso demais. Veremos, veremos...
 

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