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Heteronímia

LucasCF

Usuário
A única coisa que li de fernando pessoa é um poeminha curtinho de bernardo soares psicografia se não me engano. Aquele "O poeta é um fingidor".

Mas ouço muito falar do poeta e sempre achei muito boa a ideia de heterônimos. Então discutam sobre heterônimos e digam se sabem de mais algum autor que usa.
 
Hmmm... Não sei de nenhum autor em especial, mas uma vez ouvi falar que a maioria dos escritores japoneses sempre utilizam esse artifício. Até nomes de mulher entram na parada.

PS: Fernando Pessoa só li "Mensagem" pra passar no vestibular. E não caiu nada.¬¬
 
Eu tenho alguns heterônimos, a maioria é homem. Cada um tem uma maneira particular de escrever e uma personalidade própria (determinei as características físicas e mentais de todos) mas geralmente tenho a tendência de "puxar" para um específico, no caso, o Oliver K. É uma maneira de exercitar o quanto eu posso ser versátil, escrevendo de formas diferentes e usando personagens para serem autores delas.

E eu não conheço outro autor famoso que use, exceto o Pessoa.
 
Eu não sei se é heterônimo ou pseudônimo, mas a Agatha Christie assinou uns seis livros com outro nome. Alguém sabe informar se Mary Westmacott é "outra pessoa" ou "outro nome"?
 
É pseudônimo mesmo, para o pessoal não associar a Agatha das histórias de detetive com a Mary das histórias românticas.
 
Estou projetando. hehe. Sei lá, não formei nem um estilo de escrita pelo que me parece, e acho que não tenho nem uma única personalidade bem formada. Mais de uma então.
 
Nelson Rodrigues escreveu livros com o nome de Susana Flag.
Eu não li nenhum desses livros, alguém sabe dizer se era heterônimo ou pseudônimo?
Pois parece que ele escreveu inclusive uma biografia como Susana.
 
Pesquisei e só achei como pseudônimo. Não conheço a obra dele, mas deve ser isso então.
Acho que só consideram o fernando pessoa. :D
 
O Stephen King também usou disso, ele criou um pseudônimo, chamado Richard Bachman, e publicou vários livros sob esse nome. Na época ninguém sabia que era ele, pois ele mantinha a coisa em segredo, apenas seu editor também sabia. O King chegou inclusive a criar toda uma "vida" pra esse pseudônimo, documentos, histórico...etc. Quando um repórter descobriu que ele e o Bachman eram a mesma pessoa o King veio a público e "confessou", disse que havia feito isso pra ver se conseguia escrever livros que fossem bem sucedidos sem a "marca" do nome dele. E pra encerrar a coisa toda com um toque de bom-humor, ele mandou publicar em um jornal um obituário, informando a "morte" de sua criação.
 
Acho que só consideram o pessoa mesmo. Pois pesquisei sobre esse richard bachman e diz que é pseudônimo. Pô, se criou docimentos, histórico, profissão... É claro que é outra personalidade.
 
A diferença entre um e outro não está exatamente em criar uma personagem com documentos, históricos e afins, mas em mudar o estilo de escrita. Cada um dos heteronimos do Pessoa tem um estilo diferente de escrever. A poesia do Ricardo Reis não tem nada a ver com a do Alberto Caeiro.

Eu nunca li nada do King escrito sob o pseudônimo de Bachman, mas suponho que não exista mudança de estilo, por isso consideram pseudônimo mesmo, não heteronimo.
 
Fernando Pessoa era "maluco", ele realmente acreditava que era todos os heterônimos dele (obviamente não ao mesmo tempo). Inclusive já ouvi dizer que ele (Fernando) combinou de encontrar com uma pessoa e qdo chegou ao local, ele era tipo o Ricardo (não lembro quem era ele exatamente nesse episódio em específico), e falou pra pessoa com quem ele tinha combinado de encontrar que o Fernando tinha pedido pra dar o recado de que naquele dia seria impossível de aparecer ao encontro. Fernando era Fernando, Ricardo era Ricardo, Bernardo era Bernado, ele agia diferente, escrevia diferente, pensava diferente qdo "encarnava" essas pessoas. É bizarro.
 
Nanda disse:
Fernando Pessoa era "maluco", ele realmente acreditava que era todos os heterônimos dele (obviamente não ao mesmo tempo). Inclusive já ouvi dizer que ele (Fernando) combinou de encontrar com uma pessoa e qdo chegou ao local, ele era tipo o Ricardo (não lembro quem era ele exatamente nesse episódio em específico), e falou pra pessoa com quem ele tinha combinado de encontrar que o Fernando tinha pedido pra dar o recado de que naquele dia seria impossível de aparecer ao encontro. Fernando era Fernando, Ricardo era Ricardo, Bernardo era Bernado, ele agia diferente, escrevia diferente, pensava diferente qdo "encarnava" essas pessoas. É bizarro.

Pra mim esse episódio é lenda porque o próprio Pessoa sabia exatamente o que ele fazia em relação aos heterônimos. Aliás, ele próprio definiu os quatro estágios da poesia com essa idéia.

Eu já escrevi sobre eles em algum lugar aqui do fórum, dá um search aí que tu deve achar.
 
Pescaldo disse:
Nanda disse:
Fernando Pessoa era "maluco", ele realmente acreditava que era todos os heterônimos dele (obviamente não ao mesmo tempo). Inclusive já ouvi dizer que ele (Fernando) combinou de encontrar com uma pessoa e qdo chegou ao local, ele era tipo o Ricardo (não lembro quem era ele exatamente nesse episódio em específico), e falou pra pessoa com quem ele tinha combinado de encontrar que o Fernando tinha pedido pra dar o recado de que naquele dia seria impossível de aparecer ao encontro. Fernando era Fernando, Ricardo era Ricardo, Bernardo era Bernado, ele agia diferente, escrevia diferente, pensava diferente qdo "encarnava" essas pessoas. É bizarro.

Pra mim esse episódio é lenda porque o próprio Pessoa sabia exatamente o que ele fazia em relação aos heterônimos. Aliás, ele próprio definiu os quatro estágios da poesia com essa idéia.


Eu já escrevi sobre eles em algum lugar aqui do fórum, dá um search aí que tu deve achar.

Bom, eu coloquei aqui que eu ouvi dizer sobre esse episódio pra não ter que explicar que isso estudei em aula enquanto destrinchávamos o Autopsicografia. Não duvido q por um lado ele sabia o que fazia como tb não duvido que esse lance meio de "várias personalidades" eram verdadeiras.
Afinal, tb diziam que era lenda o lance dele ter encontrado com Crowley.

Edit: A propósito, será meu próximo tópico no blog do meia, a análise da Autopsicografia
 
Lenda ou não, já ouvi também mais de uma vez que ele se comportava diferente quando estava escrevendo com alguma personalidade que não fosse Fernando.
 
Comportando-se diferente ou não, isso não ajuda em nada na hora de ler alguma poema dele, seja assinado com o nome ou com os heterônimos.

E essa sua aula foi na faculdade, Nanda?
 

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