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A Globo fez uma página bonitinha com 39 promessas de campanha do Lula, para quem quiser ir conferindo se elas vão ser cumpridas :lol:
Lembrando que 39 é 13 x 3, e Lula é tri.


 
A Globo fez uma página bonitinha com 39 promessas de campanha do Lula, para quem quiser ir conferindo se elas vão ser cumpridas :lol:
Lembrando que 39 é 13 x 3, e Lula é tri.


As do bolsonaro (https://especiais.g1.globo.com/politica/2019/as-promessas-de-bolsonaro/#/3-anos-e-meio) falta atualizar "não cumpriu ainda" para "não cumpriu ainda nem vai".
 

Como alguém que não tem capacidade pra cuidar da própria casa vai cuidar do Brasil?
Os Bolsonaros são uma família de chinelões da pior espécie. Caterva.
 
Post bem bom de um amigo sobre os ministros de Lula:

Decidi pesquisar um pouco melhor sobre os ministros do Lula e transformar essa pesquisa em um resumo sobre cada um dos 37 nomes, acompanhado de um breve "gosto - não gosto - fico neutro". Quem tiver interesse em acompanhar, segue.

Gabinete de Segurança Institucional: general Gonçalves Dias - O GSI tem status de ministério e assessora o Presidente em assuntos de inteligência, militares e de segurança. Era o cargo do Augusto Heleno. O Gonçalves Dias já o exerceu nos dois primeiros mandatos do governo Lula. Era o nome óbvio. Gosto.

Secretaria Geral: Márcio Macedo (PT) - Assessora o governo em comunicação institucional e planejamento. Macedo é dep. federal, já foi tesoureiro do partido (sem escândalos ou denúncias) e é mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Me parece um nome bastante interessante. Gosto.

Comunicações: Juscelino Filho (União Brasil) - Um pesadelo da cota de "governabilidade". Uma figura populista, com 20 anos de PFL/DEM/União, com um histórico lamentável (votou pelo impeachment e pelo teto de gastos). Já destinou verbas parlamentares para a Bahia sendo deputado pelo Maranhão, o que é sempre motivo de suspeita e estranhamento. Como ACM Neto, se declarou pardo nas últimas eleições sendo branco pra levar vantagem. Não gosto.

Integração e Desenvolvimento Regional: Waldez Góes (PDT) - Já foi governador do Amapá quatro vezes. Enfrentou o apagão do Estado de 2020, sendo que foi um dos articuladores da privatização da Companhia de Eletricidade do estado. Já teve uma condenação à prisão por desvios de recursos pelo STJ, suspensa pelo STF. Deve ir para o União Brasil para compor o ministério. Acho interessante esse ministério ser ocupado por um nome forte da região Norte, mas esse, pelo histórico, me deixa com o pé atrás. Não gosto.

Educação: Camilo Santana (PT) - Vem de dois mandatos como governador do CE, um estado conhecido pela qualidade da educação. Já foi diretor de DCE, professor e é mestre em Desenvolvimento e Meio-Ambiente. Curiosidade: era aliado histórico do Ciro Gomes, romperam em 2022. Gosto.

Minas e Energia: Alexandre Silveira (PSD) - Centrão. Já foi do DNIT e TCU, mas sem experiência em energia. O Lula confundiu minas com Minas Gerais, estado do ministro. Preocupante. É um ministério chave (a Dilma se elegeu através dele), que "cuida" da Petrobrás. Não gosto.

Esportes: Ana Moser - Gosto da ideia de esportistas na pasta. Acho que a vivência aqui pesa - para o aspecto técnico haverá uma equipe para ajudá-la. Tem experiência em ONGs, comissões, institutos ligados ao esporte. Uma curiosidade: venceu o Aprendiz Celebridades em 2014. Gosto.

Transportes: Renan Filho (MDB) - Antipatizo: filho do Calheiros e MDB. Mas é economista, tem currículo e aprovação como governador de AL (78%), onde enfrentou contundentemente a pandemia. Já teve acusação de corrupção (inocentado) e de ter feito grampos ilegais. Fico neutro.

Defesa: José Múcio Monteiro - Ligado ao Roberto Jefferson na época do mensalão. Deu declarações frouxas sobre as manifestações golpistas. Votou a favor do impeachment. Bolsonaro disse que era apaixonado por ele. Me agrada um civil na Defesa, mas preferia outro nome. Não gosto.

Casa Civil: Rui Costa (PT) - A Casa Civil é um ministério chave - para quem viu GOT, é uma espécie de mão do Lula. Faz uma assessoria bem ampla do governo. Nesse sentido, é natural que fosse um nome do PT de confiança do Lula com experiência administrativa. Os governos de Rui na Bahia têm aspectos criticáveis - especialmente na segurança pública, em particular com o aumento da violência policial - e elogiáveis. Preferia um nome de uma esquerda mais progressista, sem dúvidas, mas é muito uma questão de confiança mesmo. Fico neutro.

Justiça: Flávio Dino (PSB) - Sempre gostei dele, mas sua ida ao PSB me deixou ressabiado. A má impressão aumentou com a indicação do Restrino (participante e defensor do Carandiru) pra Secretaria Nacional de Política Penal - indicação que a pressão derrubou. Hoje, fico neutro.

Fazenda: Fernando Haddad (PT) - Sou fã do Haddad, como já publiquei aqui. É um cara sério, extremamente estudioso e dedicado. Achei a indicação perfeita. Muitos postaram um vídeo que não entenderam (ou entenderam e postaram de má-fé), de ele dizendo que só estudou 2 meses de economia pra passar na Anpec. (...) Era piada: é uma prova difícil, muitos economistas não passam. Primeiro advogado aprovado nela, fez mestrado em economia na USP, chefiou o gabinete de Finanças em São Paulo e, prefeito, renegociou a dívida da capital, deixando São Paulo com padrão A de investimento. Gosto.

Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB) - Dispensa apresentações. Político de carreira, vai na maré, mas é uma figura articuladora, tem sua influência e tem experiência administrativa, embora não em portos e aeroportos (será que ser de Santos o credencia?). Fico neutro.

Agricultura: Carlos Fávaro (PSD) - Não gosto do seu partido, mas sua trajetória parece ser interessante. Tem ampla experiência na área. É evidente que é um nome do agronegócio, mas não dava pra esperar outra coisa do Lula, que vem desde a campanha deixando claro que quer fazer as pazes com o setor. É um cara que carrega a bandeira da sustentabilidade no agro e é odiado pelos bolsonaristas de MG, ótimo sinal. Falou que os pecuaristas que financiaram atos golpistas "terão problemas". Diante das expectativas que não eram altas pra pasta, acho que gosto.

Pesca: André de Paula (PSD) - Dos sapos que não passam na garganta, tá ali pela coalização. Sempre em partidos tipo DEM, votou a favor de tudo que é questionável nos últimos anos - impeachment, reforma trabalhista, teto, etc. Pelo menos tá num ministério "menor". Não gosto.

Gestão: Esther Dweck - Nome excelente. Doutora em Economia, professora, currículo sólido, crítica do discurso superficial de austeridade fiscal, um canto da sereia do mercado tão atravancador ao desenvolvimento do país. Gosto.

Relações Institucionais: Alexandre Padilha (PT) - Nunca foi dos meus nomes favoritos do PT. Mas já exerceu o cargo com o Lula e parece ter o perfil necessário. Essa pasta precisa mesmo, por sua natureza, estar com um político do partido do Presidente. Sem entusiasmo, gosto.

Cidades: Jader Filho (MDB) - Politico de carreira e de família, filho do Jader Barbalho, empresário das comunicações, indicação do MDB goela abaixo do Lula. Uma pasta tão importante, que quase foi pro Haddad, virando moeda de troca e indo pra esse cara. Triste. Não gosto.

Advocacia-Geral da União: Jorge Messias - O famoso Bessias. Um nome que mostrou respeito do Lula aos órgãos do Judiciário. Funcionário de carreira, procurador da Fazenda e foi o nome mais sugerido por procuradores e advogados da União. Tem experiência no governo. Gosto.

Controladoria-Geral da União: Vinícius Marques de Carvalho - Uma figura até então alheia à política representativa, respeitado, professor, ex-presidente do Cade, com dois doutorados. Me parece um nome sério e preparado. Gosto.

Turismo: Daniela Carneiro (União Brasil) - Ligada a milicianos, campanha pra deputada carregada pelo apoio de PMs (ilegal), nenhuma relação em sua formação com a pasta e União Brasil. Obviamente, não gosto.

Previdência Social: Carlos Lupi, presidente do PDT - O Lupi ministro me surpreendeu. Ele tava muito fechado com o Ciro nos ataques pesados ao Lula durante a campanha. Eu acho um nome bom pra pasta. Já foi ministro do Trabalho (uma pasta que dialoga com essa) com o próprio Lula e foi contundentemente contra a reforma da previdência (que gerou aquela celeuma de alguns deputados do PDT sendo punidos por votar a favor). E sua indicação garante uma relação de paz com o PDT, o que o Lula efetivamente precisa. Não é um ministro dos sonhos, mas eu gosto.

Ciência e Tecnologia: Luciana Santos (PCdoB) - Engenheira, já foi secretária de Ciência e Tecnologia em Pernambucano - na gestão Eduardo Campos, vice-governadora e prefeita de Olinda. Não conheço a fundo sua trajetória. Tem uma condenação por improbidade administrativa com recurso em andamento. Ser a primeira mulher a ocupar a pasta tem valor histórico, mas acho que a pasta, após tanto desgaste, merecia a prioridade de uma alta autoridade na área. Não é uma indicação desastrosa, mas poderia ser mais entusiasmante. Pode surpreender positivamente, mas fico neutro.

Planejamento: Simone Tebet (MDB) - Não gosto nem um pouco da Simone Tebet, uma figura forte do agronegócio e defensora do impeachment da Dilma. Mas entendo que ela precisava ter um ministério e que seu apoio foi necessário. Gosto do fato de o Lula ter conseguido deixar ela fora do Desenvolvimento Social, que seria uma plataforma forte pra ela pra 2026. Porém, a análise é dos nomes, então fico no não gosto.

Saúde: Nísia Trindade - Tendo a preferir profissionais da saúde na pasta. Mas fez um trabalho relevante na Fiocruz no enfrentamento da pandemia e é louvável finalmente ver uma mulher à frente do Ministério da Saúde. Tem o apoio da OMS. No geral, gosto.

Relações Exteriores: Mauro Vieira - Diplomata, já exerceu o cargo com a Dilma, já foi embaixador do Brasil nos EUA, foi representante do Brasil na ONU. Sua trajetória o credencia. Porém, defendia a ação brasileira no Haiti, o que é problemático. Fico neutro.

Igualdade Racial: Anielle Franco - Sempre citada como "irmã de Marielle" - simbologia importante, mas ela é mais que isso. Mestre em Relações Étnicos-Raciais, trabalhos ligados à pauta antirracista, projetos como a Plataforma Antirracista nas Eleições e a Escola Marielles. Gosto.

Indústria e Comércio: Geraldo Alckmin (PSB) - O Alckmin nunca me agradou. Também não me agrada indicar o vice a um ministério. Se ele acabar demitido por escândalos ou trabalhos ruins, a relação institucional se complica demais. Não vale o risco. Não gosto.

Povos Indígenas: Sônia Guajajara (PSOL) - Votei nela pra deputada federal (e foi eleita). Repetirei as palavras: professora e enfermeira da terra indígena Arariboia, décadas de militância, voz na ONU, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo pela Time. Gosto.

Mulheres: Cida Gonçalves (PT) - Fundadora do PT, figura histórica na luta feminista, já foi secretária da Violência Contra a Mulher com o Lula e a Dilma e já trabalhou na área no Mato Grosso do Sul. Nada que a desabone, uma indicação natural. Gosto.

Direitos Humanos: Silvio Almeida - O melhor nome de todo o ministério. Uma figura respeitadíssima nacional e internacionalmente. Homem de imensa lucidez e inteligência e um currículo totalmente condizente com o cargo - formações, entre graduações, mestrado e doutorados, em Direito e Filosofia. Trocar a Damares por ele é um símbolo de que a normalidade voltou. Espero que ele consiga engolir os sapos que a política exige e tenha vida longa na pasta. Já chegou com um discurso histórico. Gosto, gosto, gosto demais.

Cultura: Margareth Menezes - Fiquei bastante feliz com a indicação de Margareth. Sou totalmente defensor de que essa pasta seja chefiada por gente da área - artistas ou produtores culturais. Margareth faz as duas coisas. Tem um trabalho social grande, projetos que formam jovens artistas (em sentido amplo), oferece cursos, participa de várias campanhas, fundou o Movimento Afropop que mexe com a arte na Bahia, enfim. Ela é o que a pasta precisa. Gosto, claro.

Desenvolvimento Social: Wellington Dias (PT) - Uma figura histórica do PT, com vasta experiência política, sempre por Teresina ou pelo Piauí. Especializado em políticas públicas. Acho que tem perfil pro cargo e fico feliz que ele não tenha ficado com a Tebet. Gosto.

Meio Ambiente e Mudanças Climáticas: Marina Silva (Rede) - Marina dispensa apresentações. Eu tenho algumas ressalvas a ela, mas era o nome natural pra pasta - uma indicação necessária pelo seu apoio e uma autoridade na área. Gosto.

Trabalho: Luiz Marinho (PT) - O Marinho é meio complicado. Uma figura que antipatizo e tem denúncias nas costas. Por outro lado, foi absolvido em sua denúncia mais grave e eu gosto de ter nessa pasta um cara que realmente tem trajetória de defesa do trabalhador. Fico neutro.

Desenvolvimento Agrário: Paulo Teixeira (PT) - Deputado federal há bastante tempo, professor e adovogado, uma figura muito respeitada dentro e fora do PT, até pelos adversários. Tem ótimo trânsito político e jurídico e um trabalho contundente no interior de São Paulo. Gosto.

Secretaria de Comunicação Social: Paulo Pimenta (PT) - Outra figura respeitada na política, tem diversos trabalhos relevantes no Congresso - ligado à Nova Lei de Drogas, de Biossegurança, ao Fies, etc. É jornalista, portanto, tem uma formação condizente com a pasta. Gosto.

CONCLUSÃO

Há uma defesa do governo comum com argumentos como "ah, você criticou tal nome mas você precisa entender, o Lula precisa de governabilidade". Eu não preciso entender, eu já entendo. Mas eu também entendo que, no xadrez da política, o papel do eleitor de esquerda é criticar e fazer pressão contra esse modelo e essas peças. Do contrário, perdemos a natureza de eleitores críticos e pensantes e viramos lulaminions. A gente não tem que passar pano pra um André de Paula. Seja pra, aos poucos, a gente ir combatendo esse modelo de coalizações, seja pra amanhã trocar por um menos pior, seja pra o cara sempre lembrar que o eleitor do presidente que colocou ele lá tá de olho e se sentir pressionado. O ponto é que quem pode fazer isso é só a gente.

Na oposição, por sua vez, muito se falou sobre o Lula ter desmembrado e recriado ministérios. Considero um discurso demagógico. Em primeiro lugar, se a preocupação é o custo orçamentário, o que vale é o valor destinado para as pastas, não a quantidade delas. Além disso, querer enxugar o orçamento no trabalho ministerial reflete uma mentalidade neoliberal tacanha que confunde gasto com investimento e não entende que para um país crescer é preciso investir. Entendo o apelo do discurso de enxugar (máquina e custos), mas acho que essa mira deveria se voltar mais para o Legislativo, que tem uma despesa direta enorme como órgão e traz um prejuízo (financeiro, moral e político) maior ainda com as famosas emendas secretas.

Haver um ministério especializado em temas como povos indígenas e esportes significa foco, atenção, cuidado, responsabilidade. Além disso, a unificação de pastas (como Bolsonaro tanto promoveu e defendeu) pode gerar conflito de interesses internos. Economia concentrar Fazenda, Orçamento e Gestão, por exemplo, é uma excrescência - são pastas cujas naturezas implicam um sistema de freios e contrapesos. Haver um único chefe para as três tem um potencial imenso para a promoção de decisões irresponsáveis com fins políticos.

No fim das contas, gosto de 21 nomes, fico neutro com 7 e não gosto de 9. Considero um saldo razoável, ciente da necessidade de coalizão, indicações de outros partidos e tudo o mais. Fico moderadamente otimista com o ministério, no geral.

 

Como alguém que não tem capacidade pra cuidar da própria casa vai cuidar do Brasil?
Não é de imaginar que essas obras podem aparecer no mercado paralelo.
 

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