Quando ele dizia obrigado, as pessoas não sabiam, na verdade queria dizer “você é que devia me agradecer, porra! Se falo obrigado é para me livrar da sua cara rápido.” Seus com-licenças eram um desejo estrangulado de empurrar as pessoas no ônibus, principalmente as velhinhas. E ao pronunciar vá com Deus, suprimia “e com diabos!” que estalava em seus nervos com mil imagens de acidentes catastróficos.
Como não tinham como saber, só diziam: Ah, mas esse homem é um anjo!
Como não tinham como saber, só diziam: Ah, mas esse homem é um anjo!