Bruce
eu
É, eu tbm acho que tem que baixar a porrada.No caso do futebol, é um problema mais específico. Mesmo em paises desenvolvidos, esses problemas podem existir. Nesse caso, é necessário uma ação adequada do Estado.
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É, eu tbm acho que tem que baixar a porrada.No caso do futebol, é um problema mais específico. Mesmo em paises desenvolvidos, esses problemas podem existir. Nesse caso, é necessário uma ação adequada do Estado.
Concordaria com vc se o problema foce somente em relação a futebol e os estadios, quando na verdade há depredação de tudo aquilo que é publico e de "livre" acesso, como praças, orelhões, escolas publicas, etc.No caso do futebol, é um problema mais específico. Mesmo em paises desenvolvidos, esses problemas podem existir. Nesse caso, é necessário uma ação adequada do Estado.
Claro, se estão se comportando como animais devem ser tratados como tais.É, eu tbm acho que tem que baixar a porrada.
Tudo bem Paulo, mais do jeito que você está falando dá a entender que isso uma coisa normal. E não é.
Nessa relação Brasil x País desenvolvido eu não consigo deixar de pensar na Inglaterra nos anos 80. E sabe qual é a diferença entre um e outro? Na Inglaterra, após a tragédia no Hillsborough, atitudes passaram a ser tomadas para garantir a ordem dentro dos estádios (e nas cercanias também).
Aqui, temos quebra-quebra a cada final de semana e fica tudo numa boa. "Opa, que bom, quase não teve depredação". Essa 'vista grossa' poderá custar caro no futuro.
Só para citar um exemplo: estava assistindo um Atletiba no Alto da Glória e passou na minha frente um cara com a cabeça sangrando. Fiquei sabendo depois que os atleticanos estavam atirando "pedaços" de qualquer coisa do estádio na torcida do coxa. Tinha algum policial cuidando disso? Aliás, tinha alguém cuidando disso?
O que eu quero dizer é que o sujeito que está todo feliz dizendo que "quase não houve depredação", deveria estar buscando formas de melhorar a segurança no estádio. E que infelizmente, melhorar segurança custa dinheiro. Talvez seja basicamente essa a diferença entre como as coisas funcionam aqui e em um país desenvolvido.
O problema de se comparar o Brasil com um país desenvolvido nessas horas, é que o povo é realmente diferente, e toma atitudes diferentes. Já morei na Europa, eu era mais novinha, mas dava pra sacar.
Lá eles realmente respeitam os monumentos, as ruas... Isso é o que? Fruto da educação. Isso não é um xavão cara... Isso é a verdade. Uma pessoa com uma educação boa, acha mesmo que faria isso? Tudo bem que na hora de jogo de futebol o povo enlouquece, mas "quase não houve...", dito com uma felicidade. Isso de fato não está certo, o povo brasileiro sempre foi escasso quando o assunto é educação e respeito aos seus proprios monumentos, e ruas, e a fins.
E outra coisa... a depedração não ocorre só nos estádios, mas se estende fora dele. Ônibus principalmente são as maiores vítimas.
Eu diria "aah, isso acontece quando as pessoas se reunem em torcidas. Ficam exaltados... fazer o quê, né."
Bom, ainda bem que ng se deixou levar pela opinião do Paulo.
Sim, eu sei que o tom foi soou digamos, pejorativo, mas foi e é um tom de reclamação e indignação.
Não é presente, mas isso não diminui absolutamente em nada o absurdo dos atos.
Quem tá dizendo "Assim é fácil, a culpa é do "povo sem educação e cultura" e pronto" é você.
Simplista e simplificadora? SIM! Ninguém aqui vai ficar fazendo elucubrações sociológicas toda vez que quiser criticar alguma coisa. Não é o objetivo desse tópico.
Pode ver que eu digo que "boa parte dos problemas do país tem origem na falta de educação e na cultura do brasileiro". Isso inclui TODOS nós. Desde os governantes até o mendigo da rua.
Quando eu disse "cultura", eu estou incluindo essa conformidade do povo de achar normal depredações (viu, Panda?), jogar lixo na rua, roubar torneiras, desviar dinheiro público, etc. É o cara que enquanto tá aqui, acha que político é sujo, mas a primeira coisa q ele faz quando se torna um, é "se dar bem". É dessa cultura do "se dar bem" do brasileiro "malandro", que eu estou falando. Eu estou fazendo um contraponto da idéia equivocada mas disseminada, de que a culpa dos problemas do país são "dos políticos" ou "da elite". A culpa é do povo brasileiro.
Enfim, ninguém aqui tá fazendo análise sociológica do brasileiro. Estamos discutindo sobre a falta de educação das pessoas, que é sim uma das origens dos nossos problemas.
O problema é educação e cultura, pq estão intrinsecamente associados em situações como essas.
Cara não concordo com vc... Uma pessoa que muda o seu comportamento normal, por motivos como "emoção futebol", não pode ser considerada educada e culta... O fato do mesmo fato ocorrer em paises mais desesnvolvidos que o nosso, só mostra que eles tbm não são tão educados e cultos assim...
Eu estudei praticamente a minha infância toda em escola municipal... Nem preciso comentar depredavam cadeiras, mesas, banheiros, portas, paredes, livros... Era muito difícil ter alguma coisa interira... E os alunos não estavam em nenhuma cituação atípica, muito pelo contrario... era o dia a dia deles...
Mas eu acho que a revolta do Bruce, não era só pelo comportamento das pessoas... Mas tbm com a capacidade do sujeito chegar na tv e da parabéns pros vandalos, pq eles quebraram muito pouco...
Isso não tem NADA a ver. Péssimo argumento.
Afinal, a lotação do estádio é a mesma.
Não importa se as torcidas de Vasco e Flamengo têm X milhões de pessoas a mais que as de Flu e Bota.
No estádio tinham quase 45 mil pessoas pros 45 mil lugares.
Bruce disse:Simplista e simplificadora? SIM! Ninguém aqui vai ficar fazendo elucubrações sociológicas toda vez que quiser criticar alguma coisa. Não é o objetivo desse tópico.
Bom, achei bem ruim sua comparação, já que medicina é extremamente técnico e não tange o conhecimento comum sob quase nenhum aspecto, enquanto sociologia é muito mais disseminada. Não tô dizendo que qq um é sociólogo, mas é meio óbvio o exagero da sua afirmação.Paulo disse:Isso é um problema.
Eu sempre achei que se não der pra fazer direito, é melhor não fazer. E é por isso que eu não "arrisco" uma "opinião" em diagnósticos médicos.
Sim, Paulo, quando eu digo "povo", eu digo todos nós. Inclusive moro a 5 minutos do Engenhão, e me considero parte da comunidade do entorno.
Eu me diferencio por ter mais consciência da minha cidadania do que a maior parte da população, mas ainda assim tenho vícios inerentes dos nossos costumes.
Quando eu digo educação, quero dizer por exemplo, ter noção das consequências de atos como jogar lixo na rua entope as saídas de esgoto e causa enchentes.
Cultura eu expliquei mas explico de novo. O "jeitinho brasileiro" é um bom exemplo. Assim como o alemão é rígido ao extremo com regras, o brasileiro é o oposto, acha que sempre se pode dar um jeitinho nas coisas. E ainda acha ruim se vc não quebra o galho. Ilustrando: hoje, por exemplo, eu estava no ônibus vindo trabalhar, e o motorista fez uma bandalha, cortando na contra-mão e pegando uma pista que tava fechada. O guarda de trânsito mandou o ônibus parar e voltar. O motorista disse que o guarda estava querendo aparecer, e vários passageiros reclamaram, dizendo que o guarda era "babaca", que não "precisava disso tudo", etc.
Bom, achei bem ruim sua comparação, já que medicina é extremamente técnico e não tange o conhecimento comum sob quase nenhum aspecto, enquanto sociologia é muito mais disseminada. Não tô dizendo que qq um é sociólogo, mas é meio óbvio o exagero da sua afirmação.
O que vc tá fazendo é exagerar tudo o que a gente tá falando. A gente diz que a falta de educação é parte dos problemas. Aí vc reclama que a origem dos problemas não é falta de educação, é outra coisa, blablabla.
Eu digo que o problema é em parte cultural. Aí vc começa a questionar tecnicalidades acerca da minha definição de cultura, que o Tisf por exemplo deduziu usando mero bom senso. Assim não dá, Paulo.
Till Hardbottle, vc não precisa me pedir desculpas.Ok, minhas desculpas a ele então. Mas eu não, estava falando sério
Vou me repetir: Esse tipo de coisa (briga de torcida, depredação etc) NÃO é exclusividade do Brasil. Isso acontece em todo o mundo, inclusive na "tão-evoluída-Europa".
E eu não preciso recorrer a experiência pessoal pra embasar isso (uma vez que experiência pessoal é um argumento bem ruim em um assunto tão geral). Pense nos Hooligans, por exemplo.
Paulo:
Isso é um chavão sim.
Quem define a "boa educação"? Isso está tão cheio de subjetividade que é melhor ser descartado como conceito operacionável. Eu acho que em determinadas situações boa educação significa desobediência civil.
Isso é um dado na maior parte dos lugares, do mundo (ou seja, muitos lugares), em que esse comportamento de torcida pode ser observado. Também não é uma especificidade do Brasil.
Eu não disse que o caminho é a conformação. Eu disse que acontece assim. O meu ponto, muito ao contrário da conformação, é o empreendimento de uma análise mais séria e informada que não acabe apenas por culpar a "falta de educação/cultura do 'povo'". Isso não explica nada, só conforta determindados extratos da sociedade (muitos deles representados pelo indíviduo médio da torcida).
Depois que eu terminar um doutorado em sociologia volto pro tópico. Aparentemente é pré-requisito básico pra se discutir num fórum de internet.