Breno C. disse:
De boa?! Música independe de idade.
Não, não independe. Há diferença entre o que você absorve em uma época e o que absorve em outra, e
como absorve isso. Funciona para cinema e literatura, não é diferente para música. Você pode curtir um som anos depois de ele ter sido criado, mas a experiência de ouvir aquela música nunca é a mesma de quem ouviu na época em que ela foi criada, porque anos depois você já tem na bagagem a influência de 'n' outras bandas e composições e o que é genial e inovador para alguns não é para você porque a maior parte das bandas que você ouve atualmente na verdade copiam o que foi feito anteriormente.
Breno C. disse:
O caso do Nirvana foi tendência, tanto que se o Kurt ainda tivesse vivo e não reestruturasse seu estilo, acabaria com o mesmo final que o Stone temples pilots que também foi febre na época.
Exemplo meio ruim, heim? Stone Temple Pilots só fez sucesso porque foram lançados com a música "Plush", na qual o vocalista imitava o Eddie Vedder, ou seja, aproveitaram a onda do sucesso de outra banda. Esse não é o caso do Nirvana, que conquistou um espaço com músicas próprias. Aliás, se fosse para comparar com bandas da época, eu compararia justamente com o Pearl Jam, que por sinal está aí até hoje.
Outra: você fala em reestruturar estilo, mas In Utero já era algo completamente diferente de Nevermind. Eles certamente não eram só uma banda curtindo a "modinha" do grunge.
Breno C. disse:
Quando o Nirvana fez sucesso, eu tinha 4 anos e só escutava o que meus pais ouviam, mas mesmo depois de crescidinho, não passei a gostar de Nirvana como mais da metade das pessoas que eu conhecia. Mas bastou ouvir Pearl Jam e Soundgarden, também contemporâneos ao Nirvana, uma vez para saber que eu ouviria aquilo para o resto da minha vida.
Isso já é uma questão de gosto. Também prefiro Pearl Jam ao Nirvana, mas isso não faz diferença sobre o impacto mundial que a banda causou. Causou, goste você deles ou não.
Breno C. disse:
Pode ter certeza que a Rolling Stone não está na minha lista de críticas a se levar em conta.
Breno, dizer que não é crítica a se levar em conta não é bem o tipo de argumento que eu espero em uma discussão. Cite as críticas que falam mal do Nirvana então, de preferência críticas que são reconhecidas mundialmente, e não o blog do zé da esquina, só porque ele concorda com você.
Breno C. disse:
Só para não dizer que eu sou um completo herege do grunge, até porque é o estilo que eu mais ouço, posso dizer que tenho o Nevermind original.
Você não é grunge. Você é alguém que ouve o som feito em Seattle nos anos 90. Como eu disse anteriormente, essa é a diferença básica entre quem entende porque Kurt é um fenômeno até hoje em dia e quem não entende. Só quem viveu de fato aquela época entende.