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( Drakus Vorthen) O resgate da Princesa Lizher

Com a morte de Rei Elessar, os dias dourados dos Reinos Reunidos de Gondor e Arnor vão definhando, o novo Rei enfrenta muitos problemas com as novas invasões dos orcs. A cidade de Valle já havia sofrido várias investidas de orcs orientais, assim como em diversas outras partes da Terra-Média. Preocupado com a integridade do seu reino, Eldarion começa a combater os Orcs justamente em Valle, e ali conhece a Princesa Lizher, descendente de Bard. Eles se apaixonam, trocando juras de amor. Eldarion parte para a Montanha Solitária e ali confirma o que já tinha ouvido em outros lugares: há um novo Senhor do Escuro, Herumor.
Com a expulsão dos orcs (pelo menos temporariamente), Eldarion retorna a Valle, onde pede a mão de Lizher em casamento. Retorna a Minas Tirith aguardando a chegada de sua noiva. Tudo estava preparado para aquela que seria a maior festa, depois da coroação de Elessar por Gandalf. É aí que nossa história começa.


Anoitecia em Gondor e os últimos habitantes da Cidadela já se recolhiam em suas casas. A comitiva que traria a futura esposa do Rei Eldarion ainda não havia chegado, contrariando a previsão de todos. Uma brisa úmida soprava, anunciando a chuva que estava por vir e um ar de apreensão tomava conta do grande soberano:
- Eles estão muito atrasados! O último mensageiro disse que estariam aqui no começo da tarde. Algo está errado!
- Calma, senhor! Ontem mesmo mandei alguns lanceiros reais escoltar a princesa Lizher e sua comitiva. Devem estar apenas atrasados, só isso!
- Temo pela sua segurança, pois as estradas já não são tão seguras como na época de meu pai. Esses malditos Orcs se multiplicam como ratos e infestam as cavernas e montanhas. Agora habitam até mesmo as florestas.
- O que sugere, meu senhor?
- Mande um pelotão dos Cavaleiros Brancos aguardar no portão, apenas alguns homens, mas os melhores. Nós iremos ao encontro deles, pois estou pressentindo algo.
Eldarion, acompanhado de seu general e irmão, Fergir e mais 8 Cavaleiros Brancos ( estes eram a elite dos soldados de Gondor, ficando atrás apenas dos Guardiões) saíram em disparada pelo portão de Minas Tirith, em busca da Comitiva da Princesa Lizher. Um crescente medo tomava conta do Rei. Sentia que sua amada princesa estava em perigo. Desde que a haviam conhecido e se apaixonado, seus sentimentos estavam ligados de tal forma que às vezes um sentia o mesmo que o outro. E neste momento, Eldarion sentia medo. Galopou o mais depressa que seu cavalo podia suportar, seguido pelos outros. Após três horas cavalgando, divisou um vulto caído mais à frente. A noite já havia chegado a algum tempo, mas a lua cheia clareava bem o caminho, sendo possível ver os dois lados da estrada. Algumas espadas e lanças partidas pelo chão confirmavam o pressentimento do rei de Gondor. A Comitiva havia sido atacada!
O homem caído estava vivo, mas muito ferido. Em seu peito estava estampado o brasão dos Arqueiros de Valle. Havia uma perfuração no lado direito do tórax pouco abaixo da costela e duas flechas atravessavam sua perna esquerda.
- Goblins! Foram atacados por goblins! Veja estas flechas! Ele está vivo, vamos Fergir! Dê-me o tônico, precisamos reanimá-lo!
Fergir sacou de sua mochila um pequeno frasco que continha um líquido rosado. O abriu e um cheiro adocicado de flores se espalhou pelo ar. O homem ferido, após sorver algumas gotas daquele líquido, abriu vagarosamente os olhos e seus lábios balbuciaram algumas palavras:
- Uma emboscada... pela manhã... orcs, goblins... capturaram a princesa... fugiram para o bosque a leste... precisam salvá-la!
- Calma, amigo! –disse Fergir – Onde exatamente foram emboscados?
- À beira do bosque... ainda havia pouca luz... alguns homens ficaram, mas precisávamos salvar a princesa... foram massacrados! Nos pegaram um pouco depois, mas ainda lutamos e novamente a princesa se salvou... quando nos encontramos com os Lanceiros reais de Gondor, só restavam a princesa e eu... aí fomos cercados e levaram minha senhora! Ah, eu tentei salvá-la, mas já estava muito ferido e acabei desmaiando...
- Acalme-se! O Rei de Gondor está aqui e vamos salvá-la!
- Mas vocês são tão poucos... haviam alguns orcs grandes e muitos daqueles goblins...
Eldarion, que até então não havia pronunciado nenhuma palavra, ordenou a que um homem voltasse à Minas Tirith para buscar mais soldados e a outro que ficasse ali cuidando do ferido. E seguiu a galope com os outros para o bosque.
Este bosque, de tamanho quase insignificante se comparado a outras tantas florestas da Terra Média, ficava na margem leste do Anduin e era cercado por duas colinas cobertas de capim onde os pastores davam de comer ao rebanho. Nos tempos do rei Elessar, passou afigurar nos novos mapas, sendo chamado Bosque dos Pastores. Nos tempos de Eldarion havia ficado perigoso andar por aqueles lados, visto que hordas de orcs atacavam constantemente os viajantes. Parece que era o que tinha acontecido com a bela princesa Lizher. Chegando quase à beira do bosque, viram mais sinais de luta: os cavalos dos lanceiros de Minas Tirith estavam mortos, as lanças partidas, muito sangue no chão, mas nenhum corpo, nem de homens, nem de goblins.
- Vamos ao bosque! Soldados preparem-se para a batalha! – a expressão de Eldarion era sombria, seus olhos estavam injetados de sangue, o suor escorria pelo seu rosto.
À medida que adentravam o bosque, notavam as marcas evidentes de uma recente luta travada ali, as folhas caídas no chão remexidas, algumas flechas e sangue humano. Um pouco mais à frente um corpo jazia no chão. Foram caminhando bem devagar, tentando aproximar-se sem serem notados, mas o corpo não se mexia. Era um orc, e em seu dorso estava atravessada uma lança dos Lanceiros Reais. Estava morto.
Pouco depois ouvia-se o trotar de cavalos, o reforço estava chegando. Voltaram para a estrada e 50 Cavaleiros Brancos aproximavam-se velozmente. Juntaram-se ao Rei na busca.
Continuaram procurando, vasculharam o bosque até o amanhecer e nada encontraram a não ser mais sinais de luta. O semblante do rei era o de um animal enfurecido, seus olhos faiscavam, seus músculos estavam tensos, como um arco pronto a disparar uma flecha.
- Onde estão? Não podem desaparecer como fantasmas! E os lanceiros? Porque não encontramos os seus corpos? E se estão vivos, porque não retornaram?
- Não encontraremos respostas para estas perguntas aqui. – retorquiu Fergir. Acho melhor retornarmos para casa e nos organizarmos melhor para as buscas. Os soldados estão cansados, precisam se alimentar e descansar...
- Só descansaremos quando a princesa for encontrada! – enfureceu-se Eldarion. Ninguém come ninguém dorme enquanto não a encontrarmos. Quero todo o exército na busca. Só ficará em Minas Tirith o número necessário para a sua defesa. Quero todos os homens aqui até a metade do dia! Você voltará Fergir, e se encarregará de me substituir enquanto durar o resgate. Esperarei aqui até a chegada dos homens, vá!
Sem pestanejar, Fergir seguiu para casa, havia um brilho malicioso em seu olhar.

(continua)
 

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