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Diferença de mentalidades

Você acha que o Brasil pode se dividir em "Norte" e "Sul"?

  • Sim, acho que pode vir a se dividir

    Votos: 6 28,6%
  • Não, acho que nunca vai acontecer isso

    Votos: 15 71,4%

  • Total de votantes
    21
Bem, eu penso que as regiões possuem identidades.

Para que haja ruptura física é preciso que a identidade regional entre em conflito com os valores defendidos pela identidade nacional.

Minha avaliação é que a identidade nacional ainda não corre risco de ruptura física imediata, mas corre riscos locais que podem levar a isso. A começar pelo desrespeito a constituição.

Alguns riscos que se corre (e o de todos os países) é dos novos fatores de desestabilização que vem afetando todos os países como a migração, o terrorismo, etc... Esses fatores alteram profundamente a identidade de uma região e a colocam em rota de colisão com a identidade nacional se não forem administrados com clareza.

A imaturidade de uma sociedade também é um fator de desestabilização. Um povo imaturo pode colocar a perder qualquer regime, seja ele uma monarquia, democracia, um governo de direita ou de esquerda e cada vez mais o sucesso de um país é resultado também do sucesso de seus cidadãos.

Com mais tecnologia o jogo político fica mais complexo e isso pressiona ainda mais as populações defasadas.

Se o ataque terrorista em nossa embaixada tivesse sido tratado com a seriedade que merecia nós saberíamos que nosso governo está pensando na direção correta, mas descobrimos que ele nem sequer pensa nisso.

Devemos considerar portanto que nosso país corre risco de sofrer revoltas nas regiões defasadas do país, pois essas populações ficam a deriva de um sistema que não se comunica. E pode acontecer exatamente aquilo que aconteceu na embaixada de Honduras em nossas cidades. Infelizmente, o Brasil é um país que devido ao crime e violência já se encontra em guerra velada nos moldes do terrorismo internacional. Uma ameça invisível e não declarada que é sempre subestimada e nunca chamada pelos termos corretos.

De sorte que eu consideraria, segundo os índices educacionais e de qualidade de vida, as regiões Norte e Nordeste como as mais imaturas do país.

As regiões Sul e Sudeste não sofrem tanto esse problema, mas a imaturidade política impede de cobrir os males próprios das regiões ainda mais atrasadas.

Ah...pelo amor de Deus...os nordestinos podem ser mais atrasados sim na educação e isso é culpa o sistema que levou as regiões norte e nordeste a serem as mais atrasadas, as constantes faltas de investimento e foco apenas no centro sul por parte dos governos levaram a isso.

Mas ser atrasado na educação não é ser burro, se o governo de lula não tivesse nos beneficiado você acha que Dilma teria uma votação dessas aqui no nordeste? ou seja, só por lula ser nordestino mesmo que afundasse o nordese os nordestinos votariam nele, ou na candidata dele? acho que não...

Isso é tudo desculpa para justificar a derrota de Serra...até porque nas regiões mais desenvolvidas e menos ignorantes como ja foi dito aqui a disputa foi relativamente equilibrada o que mostra que esse argumento não cola...
 
Dilma se elegeria sem contar com Norte e Nordeste

Eliano Jorge


Pessoas descontentes com a eleição da petista Dilma Rousseff atribuíram aos eleitores da região Nordeste peso decisivo no resultado do segundo turno, neste domingo (31). Porém, os nordestinos apenas aumentaram a vantagem que a futura presidente obteve no resto do País. Considerando apenas Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, ela somou 1.873.507 votos a mais do que o tucano José Serra.
E, antes que novos discursos discriminatórios - canalizados contra o Nordeste na internet - se direcionem a outro alvo fácil, o Norte, vale destacar que Dilma também ganharia a eleição sem o saldo positivo de 1.033.802 votos com que os nortistas lhe agraciaram.
O Sudeste, idealizado pelos críticos de nordestinos e nortistas como bastião do PSDB, deu à petista 1.630.614 eleitores a mais do que seu adversário. Esta quantidade supera em 839.695 votos a soma das vantagens que Serra teve no Sul, 656.485, e no Centro-Oeste, 134.434.
Embora o candidato tucano tenha acumulado 1.846.036 votos a mais do que Dilma em São Paulo, ele perdeu no segundo e no terceiro maiores colégios eleitorais do País, Minas Gerais e Rio de Janeiro, respectivamente com saldo negativo de 1.797.831 e 1.710.186.


http://terramagazine.terra.com.br/i...elegeria+sem+contar+com+Norte+e+Nordeste.html
 
Ah...pelo amor de Deus...os nordestinos podem ser mais atrasados sim na educação e isso é culpa o sistema que levou as regiões norte e nordeste a serem as mais atrasadas, as constantes faltas de investimento e foco apenas no centro sul por parte dos governos levaram a isso.

Mas ser atrasado na educação não é ser burro, se o governo de lula não tivesse nos beneficiado você acha que Dilma teria uma votação dessas aqui no nordeste? ou seja, só por lula ser nordestino mesmo que afundasse o nordese os nordestinos votariam nele, ou na candidata dele? acho que não...

Isso é tudo desculpa para justificar a derrota de Serra...até porque nas regiões mais desenvolvidas e menos ignorantes como ja foi dito aqui a disputa foi relativamente equilibrada o que mostra que esse argumento não cola...

Um dos grandes problemas Lyvio é porque quando uma classe social que está exlcuída começa a ganhar os olhos de um governo que tem atuação mais voltada para o social, acaba por incomodar aquela elite que durante 500 anos não fez praticamente nada.

Hoje em dia, como eu vivo no campo e na cidade a percebo as atuações do governo Lula, é fato (principalmente para quem lida com isso) que as políticas públicas estão chegando onde nunca antes tinham chegado.

Os que apoiam o Serra podem dizer que se tanto o Serra quando o Alckimin tivessem ganhado as eleições o Brasil seria o que é hoje? Eu duvido e muito, uma vez que o propósito essencial e claro do PSDB é ter o mínimo de atuação e trabalho, quanto menos o Estado intervir em tudo que é área for possível, é o melhor. Entratanto, sabemos que as coisas não são assim e com certeza, milhões de pessoas não teriam chegado a um melhor padrão de vida como foi no governo Lula.

Alguém aqui acredita que com Serra e Geraldo Alckmin o Brasil teria a notoriedade geopolítica que tem hoje em dia, principalmente se levarmos em consideração os novos mercados e perspectivas globais de hoje.

Serra seria uma liderança mundial hoje em dia? Duvido e muito.

Se o Nordeste para muitos é um caos, é consequência das atuações políticas dos grupos de direita que há quase 500 anos não governaram com competência e ética e agora no governo do PT houve vários e importantes avanços (mesmo que pequenos e pontuais, mas houve), coisa que no coronelismo do DEM, Arena, PSDB dentre outros nada foi em prol de um desenvolvimento considerável sustentável, uma verdadeira ida ao mínimo de qualidade de vida, se assim podemos dizer. Tais fatos nos últimos oito anos incomodam.

Mas concordo que políticas assistencialistas não podem continuar. Elas foram e continua importante e essencial para muitos, entretanto o governo precisa agir mais foco no sentido de fazer com que as pessoas caminhem com suas próprias pernas eliminando assim quaisquer políticas assistencialistas.
 
Ah...pelo amor de Deus...os nordestinos podem ser mais atrasados sim na educação e isso é culpa o sistema que levou as regiões norte e nordeste a serem as mais atrasadas, as constantes faltas de investimento e foco apenas no centro sul por parte dos governos levaram a isso.

Mas ser atrasado na educação não é ser burro, se o governo de lula não tivesse nos beneficiado você acha que Dilma teria uma votação dessas aqui no nordeste? ou seja, só por lula ser nordestino mesmo que afundasse o nordese os nordestinos votariam nele, ou na candidata dele? acho que não...

Isso é tudo desculpa para justificar a derrota de Serra...até porque nas regiões mais desenvolvidas e menos ignorantes como ja foi dito aqui a disputa foi relativamente equilibrada o que mostra que esse argumento não cola...


Explicando em outras palavras... Aonde está escrito no meu texto que uma sociedade imatura (com IDHs historicamente baixos) é igual a uma sociedade burra? Algo imaturo é algo não formado ou mal encaminhado, isso sim. Essa confusão que você apontou só aconteceu agora com seu post. As pessoas de cada região não devem se orgulhar de suas tragédias. As tragédias são o que são e não há glamour ou prazer nisso. Orgulhar-se disso é perversão.

Mas aonde você leu sobre disputa presidencial no texto? A eleição de Dilma não a endossa para eu deixar de criticar o governo e eu também não ataquei nenhuma região. Apontei, sim, os pontos fracos do Brasil e continuarei apontando. Justamente para que essa guerra que você achou que viu em minhas palavras não se torne verdadeira.
 
Mesmo imatura é uma palavra bastante descriminante. Pressupõe que aquela sociedade não tenha total adaptação às suas condições de vida, que incluem a escassez de atenção estatal, em relação ao nível que seria necessário para a instituição do bem-estar social.

Cada cultura evolui para caber dentro do espaço que tem, com as suas devidas particularidades. Poder-se-ia falar que o Nordeste está imaturo em relação ao Estado moderno, republicano, democrático, de direito, do bem-estar social. Aí tudo bem. É um "novo" ideal ético e moral, a de que ninguém possa viver sem um mínimo de bem-estar.
 
Mesmo imatura é uma palavra bastante descriminante. Pressupõe que aquela sociedade não tenha total adaptação às suas condições de vida, que incluem a escassez de atenção estatal, em relação ao nível que seria necessário para a instituição do bem-estar social.

Cada cultura evolui para caber dentro do espaço que tem, com as suas devidas particularidades. Poder-se-ia falar que o Nordeste está imaturo em relação ao Estado moderno, republicano, democrático, de direito, do bem-estar social. Aí tudo bem. É um "novo" ideal ético e moral, a de que ninguém possa viver sem um mínimo de bem-estar.


Sociedades são como idiomas e como organismos vivos. Por isso o uso de uma palavra que descreve parte de um ciclo de vida para um povo é apropriada e não deve haver discriminação a não ser aquela que as pessoas trazem junto delas. Assim como nos idiomas e nas criaturas vivas, as sociedades das regiões podem formar crianças grandes diante de um tempo que está a frente delas.

Cada vez mais é mais fácil formar cidadãos que são crianças grandes. Isso significa não estar preparado, que é algo que não é privilégio do Norte e Nordeste, mas de toda américa latina. Enquanto as pessoas ficam magodas com isso continuam sendo um povo jovem. É de senso comum que o cidadão das américas é de um povo jovem, mas que entre si apresenta locais heterogêneos com mais velhos e mais imaturos. Em algumas regiões a imaturidade prevalece mais, porém todo país/região passa por isso. O maior reflexo ocorre nas instituições, aonde os sistemas estão todos ainda mal acomodados. Na prática é mesmo como um organismo e seus sistemas tentando aprimorar-se para o futuro.

Brasil, o país do futuro, uma nação que ainda não é madura. Cada região possui suas imaturidades, mas todas têm do mesmo problema. É como um idioma que ainda não criou palavras certas para tudo ou cujas palavras ainda não descrevem de forma adequada.
 
Mesmo imatura é uma palavra bastante descriminante.

Procuras eufemismos? Ótimo, fique com 'região emergente'. Dá no mesmo. se não houvesse um modelo de desenvolvimento, um ideal bem empírito ou pelo menos um ideal real almejado, você poderia usar esse argumento. Mas há.

Sabemos que é discriminatório chamar um indígena de 'selvagem', sua cultura é simplesmente diferente, estão integrados em uma esfera completamente diferente. Ou deveriam estar.

Não é o caso do Nordeste. Ali há uma economia, um parque industrial, comércio, sistema financeiro, instituições públicas e privadas de diversos fins. Enfim, é uma sociedade brasileira, é um sistema enquadrado em outro, é parte do quadro maior, em nível nacional e internacional, da política, economia e sociedade. Não é uma ilha, não está fora do grande quadro cultural brasileiro não-indígena, isto é, com particularidades que fujam ao geral do Brasil.

Exatamente por isso, não é uma cultura homogênea. Tampouco é uma tribo. O Nordeste não pode ser tratado como tribo. Não é. É Brasil, e cheio de possibilidades, está inserido em um determinado quadro, orgânico, vivo. Não que as tribos não estejam, mas a diferença entre Nordeste e São Paulo é cultural e econômica. Não antropológica.
 
Procuras eufemismos? Ótimo, fique com 'região emergente'. Dá no mesmo. se não houvesse um modelo de desenvolvimento, um ideal bem empírito ou pelo menos um ideal real almejado, você poderia usar esse argumento. Mas há.

Sabemos que é discriminatório chamar um indígena de 'selvagem', sua cultura é simplesmente diferente, estão integrados em uma esfera completamente diferente. Ou deveriam estar.

Não é o caso do Nordeste. Ali há uma economia, um parque industrial, comércio, sistema financeiro, instituições públicas e privadas de diversos fins. Enfim, é uma sociedade brasileira, é um sistema enquadrado em outro, é parte do quadro maior, em nível nacional e internacional, da política, economia e sociedade. Não é uma ilha, não está fora do grande quadro cultural brasileiro não-indígena, isto é, com particularidades que fujam ao geral do Brasil.

Exatamente por isso, não é uma cultura homogênea. Tampouco é uma tribo. O Nordeste não pode ser tratado como tribo. Não é. É Brasil, e cheio de possibilidades, está inserido em um determinado quadro, orgânico, vivo. Não que as tribos não estejam, mas a diferença entre Nordeste e São Paulo é cultural e econômica. Não antropológica.

Exatamente.

Seja no quesito contagem de anos (linha cronológica) seja no quesito idade funcional (eficiência máxima da sociedade), por onde quer que se olhe estas duas regiões estão defasadas (mais uma vez, desenvolvimento aparece como um termo que denota maturidade da sociedade e de sua estrutura e não QI e outros medidores). Algo que é um dado real e não uma campanha contra pessoas. Entram aí fatores de flexibilidade psicológica e social que são maiores em populações maduras do que em povos jovens.

Hoje em dia é moda pensar que chamar algo por um nome específico é agir em detrimento daquilo. Tanto que é enorme a quantidade de gente que pensa que quem usa palavras da forma correta é coisa de gente metida e convencida e que planeja destruir os outros. As palavras até ganham status de tabu e conotação negativa. Um exemplo é a palavra "articulação", que na política já esteve envolvida tantas vezes com políticos excusos que ficou "mal vista". Se transformamos todo o vocabulário em tabu, chega uma hora em que todos estão lutando do lado errado, pelas razões erradas.
 
Essa divisão quem pretende é a retardada do Twitter (Maryna Peluso se não me engano) que está xingando os nordestinos por estar despeitada por Dilma ter ganho, Dlma não ganhou só no Nordeste, o Brasil é aberto às diferenças de mentalidade, mas não creio numa "Guerra de Secessão".
 
O Nordeste só terá atingido a tal "maturidade" aqui afirmada quando voltar a ser uma região capaz de inverter totalmente o fluxo migratório passando a atrair de volta senão todos, mas pelo menos a maioria daqueles que um dia migraram pro Sudeste em busca de melhores oportunidades.
 
Algo interessante é que a economia nomeia como mercados maduros aqueles consolidados e com certo nível de estabilidade e riqueza como Europa, Eua e Japão.

De fato, a semelhança de Sul e Sudeste, aos olhos de quem busca oportunidades exibe a todos que são economias atraentes pois estão formadas e amadurecidas e possuem tendências nítidas e firmes de crescimento com pressão de atração que chega até a países ao redor como Bolívia e Paraguai.

A economia forte das regiões Norte e Nordeste tem se concentrado ainda na área de fronteira de expansão dos negócios. Isto é uma espécie de desbravamento de mercado, com formação de hábitos de consumo que até então nenhum habitante da região conhecia e empurrando a imaturidade para mais longe. É como tentar convencer um habitante local de que ele pode lucrar ainda mais com o novo sistema. E como a resistência é grande o capital inicial fica emperrado um tempo até dar retorno em quem deseja inserir um hábito novo na região. A logística é cara, o risco é alto e o cidadão é arisco. FHC dizia que o brasileiro é um caipira. Podemos dizer que quanto mais para o interior, mais isso afeta os negócios.

Desconfio que os empresários que vêm investindo na África devem enfrentar esses mesmos desafios de desbravamento do consumidor (e por tabela, de um cidadão ainda imaturo).
 
Sociedades são como idiomas e como organismos vivos. Por isso o uso de uma palavra que descreve parte de um ciclo de vida para um povo é apropriada e não deve haver discriminação a não ser aquela que as pessoas trazem junto delas. Assim como nos idiomas e nas criaturas vivas, as sociedades das regiões podem formar crianças grandes diante de um tempo que está a frente delas.

Na verdade, sociedades, ou a macrocultura global, é mais que isso: é um conjunto de indivíduos [culturas] que evoluem de forma diferenciada para suportar suas devidas condições.

E é temerário dizer que o brasileiro é um povo jovem. Nenhum povo do mundo é mais novo ou mais antigo que o outro, e Pedro Álvares Cabral não era um necromante nível 20 que fez os tupiniquins brotarem da areia e darem início à brasilidade.

Somos produto da mistura das experiências milenares de povos africanos enormemente distintos entre si, povos indígenas igualmente heterogêneos e europeus ibéricos, além de uma grande contribuição de europeus de outras partes a partir do século XX.

Como explicitei no meu primeiro post, eu nunca disse discordar que, se o objetivo for um modelo de democracia representativa e bem-estar social, então tudo bem, o termo encaixa.

Mas absolutizar essa imaturidade é dizer que o atual modelo de Estado e de política representaria um ponto final na história, que só se pode medir por aí, seria tão absurdo quanto falar sobre o fim da evolução natural. Eu concordo que talvez seja o melhor que nós tenhamos hoje, mas quem garante que o Brasil não possa fazer surgir um novo paradigma, que consiga suprir melhor nossas demandas sociais e de bem-estar?

Aliás, o País tem totais condições de criar seu próprio modelo, coeso e de altos ganhos sociais para lidar com seus problemas.
 
É um povo jovem e em mais de um sentido. Principalmente por causa das fontes oficiais escritas. A documentação de fenômenos geo-climáticos das terras ocupadas na américa do sul tem um histórico curto e as testemunhas oculares têm relatos escritos que não ultrapassam os 500 anos.

É que ser brasileiro significa se orientar pelo estado e pelas histórias das testemunhas que não vão além das grandes navegações. Antes disso eram todos estrangeiros. A sociedade brasileira, como bloco oficial e soberano é um sistema jovem principalmente por atrasar em muitas coisas, na abolição, na independência, nas reformas sociais. É como se todas as gerações de políticos desde o descobrimento fosse composta por muitos "Peter-pans" que atrasassem o amadurecimento. É claro que imaturidade tem a ver com um processo que caminha para o futuro e é possível um povo permanecer nela até evoluir sua estrutura ou escolher sumir (conforme preconiza a evolução). Para um povo só há duas opções, continuar ou desistir. Fugir ou lutar. Aqueles que amadurecem escolheram lutar.
 
É um povo jovem e em mais de um sentido. Principalmente por causa das fontes oficiais escritas. A documentação de fenômenos geo-climáticos das terras ocupadas na américa do sul tem um histórico curto e as testemunhas oculares têm relatos escritos que não ultrapassam os 500 anos.

É que ser brasileiro significa se orientar pelo estado e pelas histórias das testemunhas que não vão além das grandes navegações. Antes disso eram todos estrangeiros. A sociedade brasileira, como bloco oficial e soberano é um sistema jovem principalmente por atrasar em muitas coisas, na abolição, na independência, nas reformas sociais. É como se todas as gerações de políticos desde o descobrimento fosse composta por muitos "Peter-pans" que atrasassem o amadurecimento. É claro que imaturidade tem a ver com um processo que caminha para o futuro e é possível um povo permanecer nela até evoluir sua estrutura ou escolher sumir (conforme preconiza a evolução). Para um povo só há duas opções, continuar ou desistir. Fugir ou lutar. Aqueles que amadurecem escolheram lutar.

Então a única fonte de transmissão cultural é a existência de uma historiografia escrita? Acho que não é por esse meio que se transmite nem 20% da experiência cultural de um povo. Religião, valores ético-morais, modos de comportamento, temperamento, estrutura da famíia e daquela sociedade em geral... tudo isso se transmite de maneira primariamente hereditária.

Por exemplo: a lei é escrita, e nós aceitamos o que está escrito como de grande importância. Mesmo no Brasil que, para os padrões ocidentais, vê pouca importância na palavra escrita e muito na falada.

Mas isso só funciona porque a cultura daquilo que está escrito e, portanto, é memorizado de forma bastante clara fora da cabeça humana, sem recorrer a subjetividades, é altamente seguido. Só funciona porque nossos pais ou a educação formal nos ensinam este valor, então continua havendo subjetividade na experiência.

Quanto à questão de o Brasil ser sempre um país "atrasado" na criação de um Estado ocidental moderno... discordo em partes. A maior agilidade dos vizinhos em abolir a escravidão não se deve ao mérito, na minha opinião (com a sólida exceção dos Estados Unidos, que mesmo assim o fizeram relativamente tarde), mas a fatores como a existência de poucos escravos e/ou a pressão inglesa. Nas questões de emancipação e de reforma social, concordo que a cultura brasileira devesse ter mais agressividade.

Mas o País nem sempre ficou absolutamente para trás. A fundação de vários aspectos do Estado brasileiro moderno, sob Getúlio Vargas, aconteceu em aproximado sincronismo com o resto do mundo. Tivemos personalidades inovadoras. O Pró-Álcool foi inovador na época do choque do petróleo. Nossa atual moeda e sistema financeiro possuem estruturas em alguns pontos bem particulares do Brasil, e alguns destes aspectos nos ajudaram a mitigar o impacto da corrente crise financeira mundial.

Essa história da maturidade absoluta ou não de um povo é balela. Somos um povo comum, que, como a maior parte dos povos globalizados, que tanto contribuem como sofrem influências, nas devidas proporções das influências de cada um, nas práticas desta sociedade mundial. E linearizar a história do desenvolvimento humano é também decretar o "fim da história" e dizer que o modelo de sociedade não possa sofrer grandes mudanças.
 
Então a única fonte de transmissão cultural é a existência de uma historiografia escrita? Acho que não é por esse meio que se transmite nem 20% da experiência cultural de um povo. Religião, valores ético-morais, modos de comportamento, temperamento, estrutura da famíia e daquela sociedade em geral... tudo isso se transmite de maneira primariamente hereditária.

Por exemplo: a lei é escrita, e nós aceitamos o que está escrito como de grande importância. Mesmo no Brasil que, para os padrões ocidentais, vê pouca importância na palavra escrita e muito na falada.

Mas isso só funciona porque a cultura daquilo que está escrito e, portanto, é memorizado de forma bastante clara fora da cabeça humana, sem recorrer a subjetividades, é altamente seguido. Só funciona porque nossos pais ou a educação formal nos ensinam este valor, então continua havendo subjetividade na experiência.

Quanto à questão de o Brasil ser sempre um país "atrasado" na criação de um Estado ocidental moderno... discordo em partes. A maior agilidade dos vizinhos em abolir a escravidão não se deve ao mérito, na minha opinião (com a sólida exceção dos Estados Unidos, que mesmo assim o fizeram relativamente tarde), mas a fatores como a existência de poucos escravos e/ou a pressão inglesa. Nas questões de emancipação e de reforma social, concordo que a cultura brasileira devesse ter mais agressividade.

Mas o País nem sempre ficou absolutamente para trás. A fundação de vários aspectos do Estado brasileiro moderno, sob Getúlio Vargas, aconteceu em aproximado sincronismo com o resto do mundo. Tivemos personalidades inovadoras. O Pró-Álcool foi inovador na época do choque do petróleo. Nossa atual moeda e sistema financeiro possuem estruturas em alguns pontos bem particulares do Brasil, e alguns destes aspectos nos ajudaram a mitigar o impacto da corrente crise financeira mundial.

Essa história da maturidade absoluta ou não de um povo é balela. Somos um povo comum, que, como a maior parte dos povos globalizados, que tanto contribuem como sofrem influências, nas devidas proporções das influências de cada um, nas práticas desta sociedade mundial. E linearizar a história do desenvolvimento humano é também decretar o "fim da história" e dizer que o modelo de sociedade não possa sofrer grandes mudanças.

Não é balela. Tudo que foi descrito, todas essas estruturas formam um sistema chamado Brasil. Da teoria de sistemas, quando um sistema está incompleto ele é naturalmente imaturo. É só perguntar quantos pedaços faltam na estrutura social, política e econômica?

Isso significa que o povo ainda está se acostumando a viver consigo mesmo em praticamente tudo que concerne a nação. A própria constituição é de 1988 e povo e os políticos não a obedecem porque a nação ainda não amadureceu a aplicação das leis.

Mesmo que os indivíduos de um povo transmitam muito mais do que é registrado, uma sociedade é algo diferente, moldada em termos estritos, que funciona e possui objetivos e equilíbrios próprios. O cidadão nacional é uma criança. Quando o Lula fala que o povo tá esperto isso diz mais sobre a capacidade de conversa dos políticos do que sobre a realidade.

O cidadão hoje deseja, mas não sabe como abordar o "desejar" e por não ter sedimentado os valores da vida pública que no Brasil é imatura expressa essa incompletude na forma de caos social. Algo que é abundante em sistemas jovens, imaturos ou prematuros. Um adolescente caminha em uma linha a beira do precipício. É um risco que contamina todos os setores, desde o medo de pegar um ônibus ao risco de ir ao banco sacar dinheiro.
 
Não é balela. Tudo que foi descrito, todas essas estruturas formam um sistema chamado Brasil. Da teoria de sistemas, quando um sistema está incompleto ele é naturalmente imaturo. É só perguntar quantos pedaços faltam na estrutura social, política e econômica?

Isso significa que o povo ainda está se acostumando a viver consigo mesmo em praticamente tudo que concerne a nação. A própria constituição é de 1988 e povo e os políticos não a obedecem porque a nação ainda não amadureceu a aplicação das leis.

Mesmo que os indivíduos de um povo transmitam muito mais do que é registrado, uma sociedade é algo diferente, moldada em termos estritos, que funciona e possui objetivos e equilíbrios próprios. O cidadão nacional é uma criança. Quando o Lula fala que o povo tá esperto isso diz mais sobre a capacidade de conversa dos políticos do que sobre a realidade.

O cidadão hoje deseja, mas não sabe como abordar o "desejar" e por não ter sedimentado os valores da vida pública que no Brasil é imatura expressa essa incompletude na forma de caos social. Algo que é abundante em sistemas jovens, imaturos ou prematuros. Um adolescente caminha em uma linha a beira do precipício. É um risco que contamina todos os setores, desde o medo de pegar um ônibus ao risco de ir ao banco sacar dinheiro.

É o que eu disse sobre imaturidade absoluta e relativa: se a imaturidade do sistema Brasil for em relação ao estímulo, ao input "garantir um Estado ocidental moderno, de democracia representativa e bem-estar social" eu posso concordar, a resposta ao sistema não atingiu um ponto de estabilidade, não deu uma solução completa para o problema. Em maior ou menor grau, todos os países do mundo são incompletos no quesito.

Mas o próprio input "Estado ocidental moderno" é a saída de um outro sistema, aquele que discute o que é o correto, do ponto de vista da ética e da coesão social.

Mas em relação a vários problemas da humanidade, todas as nações são igualmente imaturas, todas as sociedades estão reagindo constantemente a uma série de demandas em constante mudança. Temos pontos em que somos mais maduros que os outros. Nossas eleições não são melhores do que a zona completa que é o sistema eleitoral norteamericano? Será que nosso sistema financeiro, da experiência recente, não se mostrou mais maduro no quesito "filtrar crises de liquidez" que o do mundo desenvolvido tradicional? E qual povo está mais preparado a viver num sistema sem o Estado para ditar as regras, nós brasileiros ou os somalis que convivem com isso há mais de 20 anos? Certamente, pese os problemas sociais lá, no quesito "sevirômetro num mundo sem governo" eles desenvolveram toda uma cultura própria.

E não, uma sociedade não precisa ser baseada necessariamente na escrita. A crença na lei e nos contratos escritos provém da cultura, e não o contrário. O Japão feudal possuía uma cultura própria que fazia a sociedade seguir certas regras com grande parte da população sendo analfabeta. Quando o xogunato Tokugawa proibiu a luta com armas de fogo entre os senhores feudais, a ordem foi obedecida e o arcabuz realmente encostado.

O Estado é apenas um de vários aspectos da vida de um cidadão.

E tudo é parte de um sistema global. Aqui ou em Burkina Faso pode estar surgindo uma resposta melhor para os problemas da Terra ou uma nova ética a ser seguida, resposta essa que, se existe, vai emergir explosivamente na hora apropriada.

Nossa história tem pontos de estabilidade. De rigidez nunca. A cultura e a técnica são sempre plásticos. O mundo é um lugar muito, muito dinãmico e nada linear.
 
em escala economico-social des da época coloniam o brasil é dividido,pois depois do ciclo da cana o eixo economico brasileiro esteve voltado mais para o sedeste e sul,fazend que a maioria dos investimestos sejem realizados nesses locais,mas fisicamente o brasil NUNCA vai se dividir!!!
 
em escala economico-social des da época coloniam o brasil é dividido,pois depois do ciclo da cana o eixo economico brasileiro esteve voltado mais para o sedeste e sul,fazend que a maioria dos investimestos sejem realizados nesses locais,mas fisicamente o brasil NUNCA vai se dividir!!!

claro, fisicamente vai ser meio dificil, até porque o Brasil ta bem no meio de uma placa tectonica =x


o meu grande medo é justamente isso: Começa assim
xenofobia é crime, mas pare pra pensar quantas pessoas não a cometem principalmente na internet por achar que não vão ser punidas, isso é uma discução que cabe ao outro topico, mas o que eu quero trazer aqui é que com esses atos não são só as vitimas da xenofobia que são atingidos, isso pode dar inicio a algo maior, e o que eu temo é justamente que o resultado possa vir a ser essa divisão que estamos falando nesse topico
o simples fato de votar em um ou em outro candidato nao vai dividir o brasil, ninguem vai falar, entao tá, quem quer ser governado pelo presidente A mora no lado X e quem quer ser governado pelo presidente B vai pro lado Y
o que eu quero dizer é que essa divisao na votação causa essa richa entre as pessoas do mesmo pais, o que acaba sendo generalisado para as pessoas de uma determinada região, que acaba se tornando xenofobia, e por ai vai, até que se instale uma guerra civil
e esse caso da xenofobia contra os nordestinos é infelizmente apenas um dos casos de xenofobia que pode dar surgimento a esse caus, ainda temos contra gay, negros, etc... tudo isso nós encontramos com muita frequencia no brasil hoje
imagina só um apartaide no braisl hoje? pode parecer no minimo ridiculo a ideia, mas e se acontacer? não necessariamente com negros, mas e se os gays forem proibidos de morar no mesmo bairo que os heteros ou coisas do tipo?
a propria lei brasileira traz um certo preconceito quando proibe homosexuais de adotarem filhos, não é todo mundo igual perante a lei? porque a lei os diferencia entao?
 
Última edição:
Acabei de ver esse tópico e o site. Nossa, que absurdo... fui só eu a perceber que não foi o Nordeste o grande responsável pela eleição da Dilma, porque NÃO HOUVE um grande responsável ( a não ser os marqueteiros e a popularidade gigantes do governo Lula, que, em verdade, foi um governo muito bom)?

O Brasil inteiro falou, votou justamente e fica esse discursozinho de neo-nazista de merda e burguês filho da puta. Nossa, cara, que ódio eu to sentindo agora! To tremendo até...

Porra, esse desrespeito não tem o menor propósito. É preconceito e discriminação por algo que não existe, que não influenciou de verdade. Como se pode ter uma democracia saudável em um país que ama a imposição, absolutismo, ditadura de opinião.

Ótimo, vou mudar de país pq não concordo com as ideias da Dilma. Faça-me o favor...

Custa ser sincero? Honesto? Pois eu sou descendente de holandeses loiros de olhos azuis, de índios vermelhos e cabelos pretos, de escravos africanos e de judeus israelenses e tenho muito orgulho de cada uma dessas etnias e de minha origem pernambucana!!!! Foda-se o resto...
 

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