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[desafio de escrita] Baralho de palavras: Sentimentos

Escolha o próximo desafio...

  • Conto na 1ª pessoa, com o sexo oposto ao seu

    Votos: 0 0,0%
  • Baralho de Palavras: Escritores famosos

    Votos: 0 0,0%
  • Baralho de Palavras: Cores

    Votos: 0 0,0%

  • Total de votantes
    0
  • Votação encerrada .

JLM

mata o branquelo detta walker
Eae galerinha do bem

Em nosso terceiro "DESAFIO DE ESCRITA" saímos das sinas de continuações... há quem goste, há quem deteste. Agora a brincadeira segue um outro ritmo, mas antes o velho lembrete de como funcionam os desafios: a cada quinze dias (todo dia 26 e dia 11) será lançado um novo tópico de desafio, com os objetivos de exercitar o dom da escrita dos aprendizes de escritor, fomentar uma maior participação na seção Prosa do fórum e a troca de idéias, comentários e técnicas de escrita utilizadas nos desafios.

Para o próximo desafio, são as seguintes opções (mastigadinhas).

1. Conto na 1ª pessoa, com o sexo oposto ao seu - Este é simples, basta você definir o sexo do narrador diferente do seu (dãr). Como a maioria dos escritores iniciantes prefere a escrita na 1ª pessoa, é interessante ver como projetamos a nossa imaginação para pensarmos como um gênero diferente. Alguns escritores podem revelar pré-conceitos ou suposições errôneas, ou até mostrarem-se mestres na arte de disfarçar, Sim.
2. Baralho de Palavras: Escritores famosos - Funciona assim, será escrito o nome de um escritor, exemplo "Machado de Assis", e quem for o próximo a postar terá que escrever um texto em que o estilo lembre o escritor OU em que ele apareça na trama. Depois de escrever, o escritor sugere o nome de outro escritor, para que o próximo escreva sobre ele.
3. Baralho de Palavras: Cores - a mesma coisa do anterior, só que com cores. Será escrito o nome de uma cor, exemplo "fúcsia", e quem for o próximo a postar terá que escrever um texto em que ela apareça. Depois de escrever, o escritor sugere o nome de outra cor, para que o próximo escreva sobre ele.

A opção mais votada automaticamente será o tema do desafio seguinte, a segunda mais votada aparecerá na próxima enquete, e a terceira colocada sumirá do mapa.

E como não poderia deixar de ser, para que a brincadeira funcione, anote aí as regrinha desse desafio:

DESAFIO: Baralho de palavras: Sentimentos.

META: Será fornecida uma palavra que represente um sentimento humano. O próximo a postar deverá escrever um texto em que o sentimento apareça.

OBJETIVO: Treinar a imaginação criativa e escrever sobre um tema proposto por outra pessoa.

REGRAS PARA O DESAFIO:
1. Escreva quantas linhas quiser, com a formatação que desejar, este desafio é o mais liberal de todos feito até agora. Só não vale fugir do tema proposto (a palavra que representa o sentimento);
2. No final do seu conto, pule duas linhas e sugira em apenas uma palavra o sentimento para que o próximo a postar escreva sobre ele. Vou sugerir que a palavra apareça em vermelho e negritada, pra ninguém ter dúvida;
3. Para participar novamente no desafio, espere que outra pessoa poste depois de você. Aí você está liberado para participar novamente. O objetivo desta regra é fazer com que a sugestão dada por você vire um conto de outra pessoa, e não seu;
4. Só valem contos, microcontos, anedotas, cartas ou crônicas. Poesias estão fora, afinal, existem uma seção especialmente para elas no fórum, e não é aqui. Sei que sentimentos lembram poesias, mas controle-se, agora não é a hora, hehehhe;
5. Caso duas pessoas postem ao mesmo tempo a continuação da história, o próximo a dar sequência escolherá a quem seguir. Mas ele deve indicar no seu post a versão de quem escolheu.


Estas regras não irão banir ninguém, nem fazer com que você fique proibido de postar, nem algo deste tipo. Elas funcionam mais como uma orientação de boas condutas para que todos possam participar e apreciar a brincadeira.

DICA: Para evitar duplicidade de respostas (quando dois comentam no intervalo de segundos sem verem a resposta do outro), experimente 1º escrever o parágrafo no word, e quando for postar (copiar e colar o texto do word) dê um refresh (tecla F5) na página do fórum.

Bem, para começar, vai um sentimento fácil de escrever por ser um dos mais escritos e declamados de todos os tempos. Vamos ver quem se aventura a contar uma história que tenha

[size=xx-large][align=center]AMOR[/align][/size]
 
bem, depois de 15 dias de total silêncio no tópico, resolvi deixar um post de misericórdia, como o primeiro e o último(?) deste desafio internacionamente desconhecido de todos.

meu post sobre o amor é este:

VENDO LIVRO RARO

se lerem ele vão perceber q não é um bicho-papão assim escrever sobre sentimentos. então, se alguém for desencavar este tópico daqui alguns anos e quiser dar sequência, o próximo sentimento para se escrever é:

[size=xx-large]INVEJA[/size]
 
Fala JLM, ótima idéia a desse desafio. Como esse tópico pode estar abandonado assim? Bom, vamos lá:

[size=medium]O conto sobre aquele que leu mais do que deveria[/size]

Eram três da manhã quando Nicolas acordou. Ele sentia uma extrema dor de cabeça. Durante o dia e a noite, ficou lendo. Leu tudo o que pôde sobre tudo. Pode-se dizer que os últimos 267 dias tinha feito a mesma coisa e durante 267 acordou às três da manhã, mentalmente exausto. Aonde queria chegar, nem ele sabia, tinha um propósito, mas já o havia esquecido. Começou prometendo-se fazer isso apenas algumas tardes. Logo o número subiu para 50, não podia parar agora, não é? Depois de passado o meio cento, de lá era um pulo para deixar as dezenas, e assim por diante. Lia três livros por semana, dois jornais por dia e mais uma dezena de revistas, boa parte delas científicas.

Podia lembrar de sua vida anterior a este desafio, mas sentia vergonha. Era uma pessoa fútil, superficial. Gostava de videogame, assistir televisão, ficar na praça de bobeira com os amigos. Tudo isso era uma perda de tempo. Três e meia da manhã e seus olhos estavam em brasa, sentia a chama do conhecimento arder dentro de seu crânio, a luz do puro esclarecimento transbordar por seus olhos. Levantou-se e foi até a janela. O prédio vizinho era um mosaico de cores, cada apartamento apagado tinha a televisão sintonizada em um canal diferente, que brilhavam e apagavam em momentos diversos. Era tarde demais para Nicolas, tarde demais. Não poderia assistir aos programas banais, não poderia achar graça das piadas dos comediantes ou achar uma mulher apenas bonita, sabendo ser tão burra. Às quatro horas, depois de assistir àquele espetáculo de superficialidade alheia, voltou a deitar, morto de inveja.

Por que havia feito isso consigo mesmo? Simples: queria ficar milionário em um programa de perguntas e respostas. “Ah droga”, pensou. Sua inscrição tinha sido aceita, mas ele estava 100 dias atrasado. Esqueceu-se do propósito depois de tantas histórias que colocou na mente, outro deveria ter sido chamado para preencher a sua vaga na participação do programa de TV. Frustrado, pobre e com dívidas em todas as livrarias da cidade, ele resolveu seguir até o dia 300, já que estava quase lá.


[align=center][size=large]DESESPERO[/size][/align]
 
boa história, farfael. ainda + pq deixou o sentimento bem implícito.
 
Cara é uma das propostas que você lançou que eu mais gostei. Não encerre a proposta, pois as férias escolares prolongadas me ocupam ainda mais. Mais um tempinho, ok?
 
as propostas ñ tem fim, kuizy. ficarão abertas como uma corrente por tempo indeterminado, bastando seguir as regras.
 
Desespero.

Ela senta calada, em frente ao espelho. Os olhos, outrora úmidos, refletem o vazio. Nenhuma lágrima. Passou o tempo das lágrimas. Na mesa à sua frente, objetos impregnados de lembranças que ela queria esquecidas, uma rachadura no vidro do porta-retratos.

Do outro lado do espelho, ela observa. Mais uma alma se junta ao seu reino. Lágrimas de humor aquoso rolam por sua face, enquanto os ratos vagueiam nas brumas a seus pés. Ela não se sente feliz nem triste... É só mais um dia de trabalho

A escova passa por seus cabelos num movimento mecânico, uma vã tentativa de não-pensar, não-sentir. As últimas palavras ecoam em sua mente. Foram as últimas...para sempre. Uma ruptura que ela queria esquecida, uma rachadura na máscara de suas paixões.

As almas desesperadas se consomem, pensa ela, sem conseguir se desvencilhar de seus próprios sentimentos, numa autofagia incontrolável. Insaciável. Ela apenas observa. Ali, do outro lado do espelho...

[size=medium][align=center]DESEJO[/align][/size]
 
Lelolelélêlegal disse:

Lelolelélêgal (o coisa diifícil de escrever)

não sei se cabe muito bem, mas: Ira:

Homenagem à Cidade do Pecado II

"Iiish". Algo saiu muito errado. De todos os avisos, o único importante não foi ouvido. As vermelhas madeixas tornam-se negras durante o passo, o destaque nos olhos somente. O sangue branco.

Pousam no chão, numa explosão laranja, pedaços de homens cruelmente assassinados. Eles mereciam. Ela não sente pena. Afaga a Beretta 9mm, o cano ainda fumegante. Alguns destes restos, que já se somaram num homem, não deveriam estar aqui. Um brilho prateado, o único erro.

O guerreiro prova seu valor. Ele sempre foi dela, e nunca será. Uma paixão como essa não tem lugar no mundo real. O fogo que se intensifica sem morrer, luta insana de dois corpos. O Guerreiro e a Valquíria. O erro deve ser consertado. A batalha final se aproxima.

_"Eu sempre a amei".
_ "É, sempre. E nunca"


DESEJO
 
Aê, que bom que o tópico pegou no tranco! E o nick do Lelo é um saco de escrever mesmo, só faltou usar trema! :P

Pena que não vi a enquete antes, pois a opção que ganhou para o próximo desafio eu não achei tão legal...
 
Farfael disse:
Pena que não vi a enquete antes, pois a opção que ganhou para o próximo desafio eu não achei tão legal...

apesar do px desafio ter sido escolhido na enquete, ele ñ aconteceu. afinal, se este daqui ñ obteve participação alguma, ñ fazia sentido continuar só postando desafios ao vento, ñ?

ao todo, foram 3 desafios postados. se estes "ressucitarem" o interesse do pessoal, talvez a sequencia retorne. vai depender de v6.
 
O que você não entendeu? Um indica o tema do próximo texto. O próximo escreve o seu micro conto com aquele tema, e indica outro tema. Os temas tem que ser sentimentos...
 
O Pêndulo
Adorei teu mini-conto Lelo! Em poucas linhas vc conseguiu não só usar a palavra, como demonstrar todo o sentimento (desespero) que acredito, leva uma pessoa a cometer um ato como esse. :clap:

A gente pode só elogiar os contos? Se não puder me avisem, pq agora já foi! :timido:
 
Lelolelélêlegal disse:
Não seria bom que cada participante (e outros foristas que desejassem fazer) apontassem um ponto forte e um ponto fraco do último texto postado? Assim, os escritores teriam um parâmetro do que estariam acertando ou errando para poder se aperfeiçoar, já que esse é um dos objetivos do tópico

isso já pode ser feito. só ñ é obrigatório.

eae, ngm vai continuar com o tema escolhido pela kika?
 
Gostei de todos aqui, em especial o do Pêndulo. Gostei mais desse desafio do que dos outros, dá uma liberdade maior por não ter que depender da linearidade.

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DESEJO

A primeira coisa que me chamou atenção foram suas pernas. Elas eram de um comprimento obsceno, brancas e reluzentes. Quinn e suas pernas. Ela surgiu na sala usando apenas uma calcinha preta, discreta, e uma blusa também preta, "fuck the quinn" estampado em grandes letras brancas. As pernas eram finas, elegantemente finas. Enquanto ela caminhava era possível ver os músculos delinearem-se sob a pele em linhas sutis, marcantes. Natali seguiu-a com os olhos, de seus frágeis calcanhares, subindo pelas canelas, até a carne de suas coxas, até onde a pele se escondia por debaixo da calcinha de lycra, até onde elas se juntavam e uma bela bunda surgia, como dois pomos graciosos e macios, subindo e descendo à medida que ela andava. Natali teve vontade de mordê-los.

"Gostou de alguma coisa aí embaixo, companheira?", perguntou Quinn.

Natali lentamente levantou a cabeça, encarando os olhos vermelhos e desafiadores de Quinn. Ela arqueou as sobrancelhas e perguntou: "E então?"

Yoko se apressou e disse: "Quinn, Natali. Natali, Quinn".

"Prazer, companheira", disse Quinn, com um sotaque incontestavelmente britânico, estendendo-lhe a mão como uma rainha a seus súditos.

"O prazer é todo meu", retrucou Natali, com um sorriso no rosto, acariciando a mão dela. "Esta é sua casa?"

"Sim", respondeu Quinn, "to-da e-la", e continuou andando, dando reboladas - propositadamente, como Natali não pôde deixar de notar.

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CULPA
 
Comentário a parte: não seria legal se a gente fizesse um desafio de escrita seguido por um desafio de "quebra-cabeças"? Algo do tipo, juntar as partes que outras pessoas escreveram e de algum jeito transformar em um conto, preenchendo as lacunas, sei lá... só uma ideia q me ocorreu... preciso desenvolvê-la melhor.
 
Escondida. Diminuta. Esbranquiçada. Esquelética. Tétrica. Fedorenta. Vulgar. Suja. Simples. Estranha. Feia. Careca. Nariguda. Enrugada. Cadavérica. Doente. Mal conseguia levantar a mão, ou erguer-se do banco, quando chamaram seu número. Gambitos finos. Pés fragéis. Mal conseguia equilibrar-se na bengala, quanto mais caminhar até o balcão. Din-don fez novamente o sinal. Seu número piscou mais uma vez no painel eletrônico. Alguns chiaram e resmungaram, outros ainda disseram em voz alta: velha decrépita, vamos que eu tenho hora. Mas a coitadinha arrastava os pés o mais rápido que podia, um atrás do outro, sem pressa porque realmente não podia, realmente não podia, se fosse mais rápido iria desmontar. O bilhete tremia entre seus dedos e a cara cheia de pelancas se contorcia em tiques nervosos e espasmos involuntários. A cada dois passos espirrava, tossia amarelo no lenço. Mal conseguia falar. Chegou ao balcão e entregou o bilhete à moça indiferente.
- Não é aqui, me desculpe.
O painel fez din-don mais uma vez e um jovem moleque já chegou empurrando.
Anotou o outro endereço. As costas arqueadas. A cabeça balançando. Mal conseguia se queixar das dores para si mesma. A garganta seca. O ventre roncava. O vestido mal lavado. O chinelo carcomido. Um crucifixo que tinha, roubaram.
Saiu à rua. Sol forte. Fechou os olhos. Barulho. Multidão. Fumaça. Encostou-se como pôde a uma pilastra. Suspirou. A mão coçava. Estendeu a palma para ver o que era. Acharam que pedia dinheiro. Um homem veio e cuspiu nela.

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VAIDADE
 
Dizem que por ser um cadáver, não deveria me preocupar com a aparência, mas discordo plenamente. Acho tão cafona aqueles zumbis que tem a pele de um azul esverdeado e ficam por ai com suas tripas caindo pelo chão. Aceito de bom grado os grunhidos e a repetição da palavra “miolos”, mas ficar usando a mesma roupa o tempo todo já uma tremenda falta de estática. Antes de morrer e começar esse processo de decomposição natural, eu era um estilista famoso. Tinha as maiores modelos desfilando com as minhas roupas e sempre estava com um bofe chiquerrimo do meu lado. Não sei se posso viver (ou seja lá o que for isso) em meio a esse desleixo dos meus colegas de condição. Você não precisa estar vivo para ser vaidoso e querer estar bem com seu visual, porque a aparência é tudo nesses tempos de epidemia. Ser um morto vivo na moda cria um diferencial. Quando vou atacar um vivo, não saio mancando e grunhindo feito um porco com desejos sexuais, vou dançando os passinhos de Triller que, depois da morte do nosso querido MJ, voltou a ser sucesso nas pistas de dança. A destruição da raça humana pode parecer um assunto bobo, mas é de suma importância e em todos os eventos sociais de grande divulgação, a melhor roupa é aquela que mostra a sua atitude Por isso fica ai meu protesto: zumbi sim, feio nunca!

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