Por Eru, isso aqui tá pior do que cemitério.
Vamos a resposta.
Na época da preparação para a Copa rolava uma 'guerra de vaídades' entre Zico e Falcão. O primeiro era o maior craque do time do Flamengo, recém campeão mundial (1981) e o segundo já estava consagrado no Roma (não era ainda o Rei de Roma, mas já gosava de muito, muito prestígio). Esta rivalidade gerou discussões sobre o nome do capitão na Copa e sobre a numeração das camisas.
Zico e Falcão queriam a braçadeira de capitão. Depois, passaram a brigar pela camisa 10. Tudo ficaria resolvido se o Telê no início já tivesse dado o posto de capitão ao Falcão e a 10 ao Zico, mas como eu disse, a rivalidade era desde antes da Copa. Na época da inscrição para a Copa Telê deu ao time titular a numeração de costume e com isso o Cerezo ficou com a 5, primeiro homem do meio de campo. Sobravam a camisa 7 e a 10.
Depois de muita conversa resolveram que eram duas brigas distintas e era necessário resolver uma de cada vez. Assim, não houve dúvida ao dar a camisa 10 ao Zico, pois era com ela que ele jogava no Fla e Falcão nunca vestira este número. Então Telê perguntou ao Falcão se ele fazia questão da 5 e este respondeu que a 5 ficava bem com o Cerezo (que era muito amigo do Falcão), mas pediu para vestir a 15 (10 + 5 ?
) a despeito da 7.
Sobre a questão do capitão, ficou decidido pelos jogadores que não haveria clima se um dos dois recebesse a braçadeira. Assim eles (jogadores e comição técnica) decidiram que o Sócrates seria o melhor nome.
Essa história foi contada pelo Júnior (lateral do Fla e desta seleção) numa entrevista na televisão (não lembro se na ESPN-Brasil ou na SporTv) e deu margem a especulações se esta não seria a maior falha da seleção de 1982, esta 'guerra de vaídades' entre os craques. Júnior respondeu que provavelmente era, juntamente com a polêmica do Serginho x Roberto Dinamite, mas que nenhuma das duas era suficiente para para justificar a derrota no jogo para a Itália.