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Com gás caro, inventor do PI vê crescer a busca por fogão a carvão adaptado

Fúria da cidade

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Com gás caro, inventor do PI vê crescer a busca por fogão a carvão adaptado


No Piauí, Cícero Moreira criou fogão adaptado para carvão em 2015, com alta do gás; novos aumentos elevaram procura agora - Cícero Romão

No Piauí, Cícero Moreira criou fogão adaptado para carvão em 2015, com alta do gás; novos aumentos elevaram procura agoraImagem: Cícero Romão

Uma roda de pneu, ferro para fazer grades de janelas, um cilindro de gás de geladeira, vergalhões e um fogão de cozinha. Com esses instrumentos, o metalúrgico piauiense Cícero Romão Lopes Moreira, 45, criou um fogão movido a carvão, em sua oficina em Campo Maior, cidade que fica a 78 km de Teresina.

A peça virou alternativa para a população local, e até de outros estados, que viu o preço do gás de cozinha subir além do que podia pagar. Este mês, a Petrobras anunciou aumento de 7,2% nos preços da gasolina e do gás de cozinha em suas refinarias. No Piauí, o botijão já é vendido de R$ 115 a R$ 120.
http://economia.uol.com.br/noticias...neficios-isencoes-gratuidades-para-idosos.htm
Segundo Moreira, as buscas pela peça completa (de três bocas, forno e churrasqueira), que custa R$ 250, estão tão aquecidas quanto no ano passado. A procura pelos fogões mais simples e mais baratos é que cresceu.

Nos últimos meses, Moreira viu a procura pelos chamados fogareiros ("fogões" com uma ou duas bocas) aumentar em torno de 50%. A peça com uma boca sai por R$ 50, já a de duas bocas custa R$ 65.

Fogão a carvão - Cícero Romão - Cícero Romão

Fogareiro de duas bocas é a peça mais buscada, segundo Moreira
Imagem: Cícero Romão

"Este ano já produzi mais de 100 fogões. Estou com 20 encomendas para fazer este mês do fogão a carvão, e agora aumentaram em mais de 50% os pedidos dos fogareiros e churrasqueiras como alternativa também, devido ao aumento do gás de cozinha", diz.

O metalúrgico garante que o fogão cozinha qualquer alimento, assa bolos, pães e outros pratos. Ele conta que já recebeu encomendas de vários municípios do Piauí, do Maranhão e também de Brasília.

A invenção do fogão a gás adaptado para o carvão surgiu em 2015, quando o botijão teve aumento de 15%, após 13 anos com preços congelados.

"Houve um aumento abusivo naquele ano, vi que a população estava reclamando muito e tive a ideia de montar esse fogão a carvão", conta.

A ideia veio de suas experiências em produzir grades de ferro para portões e janelas de casas, além de churrasqueiras e fogareiros. Moreira conta que precisa do fogão a gás de quatro ou seis bocas para transformá-lo em modelo a carvão.

"Antigamente, se fazia usando o barro, e adaptei para o fogão de metal", afirma.

Segundo o metalúrgico, o modelo foi patenteado em 2016. Ele produz em dois dias o fogão de forma artesanal, com ajuda de um soldador.

Com a dificuldade de encontrar materiais nas sucatas e o aumento do metal, Moreira conta que tem evitado pegar novas encomendas.

Ele disse que gasta cerca de R$ 130 para produzir o modelo mais completo, entre pintura, diária do soldador e compra do material.

Cliente diz que reduziu gastos em até 80%​

Fogão a carvão - Cícero Romão - Cícero Romão

Moreira precisa de um fogão a gás para adaptá-lo
Imagem: Cícero Romão

Gilmar Luz Moura, 41, comprou uma peça há dois meses para sua lanchonete em Campo Maior e diz que conseguiu reduzir os gastos com a cozinha entre 70% a 80%.

"O preço do gás está altíssimo. Usamos dois botijões no mês na lanchonete e gastamos R$ 240. Com o fogão a carvão, gasto R$ 36 no mês", conta.

Em Campo Maior, o botijão chega a custar R$ 120, enquanto o preço médio do saco de carvão é de R$ 18 e dura duas semanas para Moura. "Fiz um bom negócio, tenho certeza".

Elisangela Medeiros da Silva, 41, conheceu a invenção do metalúrgico e quis experimentar. Ela conta que cozinha arroz, feijão, carne, panelada, um cozido típico no Nordeste, e não tem tido problema.

"Além de acomida sair gostosa, ainda tenho redução de custo", diz.

 
Gás alto impacta principalmente quem precisa cozinhar do zero ao meio dia e a noite, todos os dias.

Quem vive em apartamento, especialmente os pequenos (família pequena) e pouco ventilados compensa antes aumentar a eficiência do aproveitamento do gás, já que lenha suja e produz bem mais monóxido de carbono.

Em casa quando vou cozinhar o feijão as porções são separadas para vários dias, o que dá para fazer o mesmo com carne e legumes não-temperados. Aí não precisa cozinhar do zero todo dia que demanda gastar mais gás do que apenas aquecer (defrost na pia + alguns minutos no fogo). Mas para quantidades maiores para muitas pessoas, a eficiência só aumenta incrementando também o armazenamento com um freezer a mais para fazer estoque (o que necessariamente gastar energia).

Anos 80s tínhamos uma geladeira pequena movida a querosene e não dependia de eletricidade.

Mas de maneira geral os preços dos combustíveis insdustrializados vão subir todos em crise energética global (a China está usando carvão, Biden está sendo chamado de novo Jimmy Carter da época da OPEP), incluindo álcool e a própria madeira e carvão que são a fonte mais básica de quem já não tem nada.
 
O carvão com toda certeza é mais barato, mas nem tudo é só economia. Tem toda a fumaceira gerada e a cozinha precisa ser bem preparada pra mandar isso pra bem longe.
 
Eu ando assustado com a quantidade de gente usando carvão e lenha como combustíveis domésticos e mais ainda com as notícias que tratam isso com naturalidade. Não só pela questão ambiental (se bem que não é nada perto das termelétricas que estão compensando a geração de energia), mas por todos os riscos envolvidos. Usar um treco desses aí na cozinha sem ventilação e chaminé adequadas é pedir pra morrer intoxicado por monóxido de carbono, com risco extra para quem desconhece/ignora que o carvão continua emitindo-o mesmo depois do fogo apagado (tem histórias bem sinistras com isso).


Por outro lado, fogões de indução podem ser uma alternativa... não que a energia esteja barata, mas a eficiência deles e o fato de se ter mais controle sobre o processo podem compensar. Sou fã do forninho elétrico também, mas o meu não é dos melhores e perde muito calor pro ambiente.
 
Fogão por indução é uma opção muito segura que simplifica drasticamente a cozinha. Só tem a desvantagem de depender de energia elétrica, mas quando se tem pressa de aquecer uma quantidade pequena de água ele compensa muito.
 

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