Morfindel Werwulf Rúnarmo
Geofísico entende de terremoto
Parece coleira de cachorro, mas é uma mochilinha com alça, que prende a criança à mãe. A cena, que começa a ficar mais comum em capitais do país, gera olhares tortos e também curiosidade.
A mochila-coleira é usada há décadas nos EUA, na Europa e no Japão. Aqui, ainda é novidade, embora seja vendida em grandes lojas para bebês há cerca de dois anos.
Larissa Lieders com a filha Olivia, que usa uma espécie de "mochila coleira"
A culinarista Marisa Abeid, 32, de Sorocaba, admite que, à primeira vista, o acessório parece "estranho".
Mas conta que usou um modelo de braço (ligando o pulso da criança ao do adulto) no filho Pedro, de três anos, quando ele tinha um ano e meio.
O instrumento só causa polêmica por falta de hábito, para a pediatra Maria Aurora Brandão, 63, do Hospital São Luiz. Ela "encoleirou" os filhos 40 anos atrás, em uma viagem a Portugal.
A arquiteta Larissa Lieders, 32, comprou a mochila para sair sossegada com a filha Olivia, de quatro anos.
A publicitária Lica Ribeiro, 30, ouviu coisas como "Parece cachorro" e "Só falta dar ossinho", ao circular com o filho Pedro, de três anos e meio, "acorrentado" a ela.
De acordo com Ricardo Halpern, presidente do departamento de pediatria do comportamento e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, o acessório só vale para lugares com aglomeração.
Já a psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão diz que a guia é uma comodidade para pais que querem olhar outras coisas que não os filhos.
Roseli Caldas, professora de psicologia da Universidade Mackenzie, concorda.
Segundo Caldas, a criança precisa mais do toque da mãe do que de fita que a prenda.
Fonte
A mochila-coleira é usada há décadas nos EUA, na Europa e no Japão. Aqui, ainda é novidade, embora seja vendida em grandes lojas para bebês há cerca de dois anos.

Larissa Lieders com a filha Olivia, que usa uma espécie de "mochila coleira"
A culinarista Marisa Abeid, 32, de Sorocaba, admite que, à primeira vista, o acessório parece "estranho".
Mas conta que usou um modelo de braço (ligando o pulso da criança ao do adulto) no filho Pedro, de três anos, quando ele tinha um ano e meio.
diz a mãe, que se sentia mais segura assim. Ela pretende usar o mesmo artifício com o mais novo, João, de sete meses."Num piscar de olhos, ele sumia",
O instrumento só causa polêmica por falta de hábito, para a pediatra Maria Aurora Brandão, 63, do Hospital São Luiz. Ela "encoleirou" os filhos 40 anos atrás, em uma viagem a Portugal.
"É uma questão de segurança."
A arquiteta Larissa Lieders, 32, comprou a mochila para sair sossegada com a filha Olivia, de quatro anos.
Às vezes, segundo a mãe, Olivia fica irritada com a coleira. Na semana passada, aprendeu a se livrar dela."Ela corre pela rua, em supermercados e lojas. Se estou carregando sacolas, tenho que largar tudo e ir atrás."
A publicitária Lica Ribeiro, 30, ouviu coisas como "Parece cachorro" e "Só falta dar ossinho", ao circular com o filho Pedro, de três anos e meio, "acorrentado" a ela.
"A primeira reação das pessoas é criticar. Mas criança não quer pegar na mão, quer explorar as coisas. A mochila é segurança para a gente e liberdade para eles."
De acordo com Ricardo Halpern, presidente do departamento de pediatria do comportamento e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria, o acessório só vale para lugares com aglomeração.
"Não causa nenhum prejuízo à criança se usado de forma adequada."
Já a psicóloga e colunista da Folha Rosely Sayão diz que a guia é uma comodidade para pais que querem olhar outras coisas que não os filhos.
"Querem ter filhos, mas agir como se não tivessem. Alguns podem perceber, depois, que passou o tempo de dar as mãos aos filhos, e não aproveitaram."
Roseli Caldas, professora de psicologia da Universidade Mackenzie, concorda.
"Para sermos práticos, deixamos de lado a afetividade."
Segundo Caldas, a criança precisa mais do toque da mãe do que de fita que a prenda.
pergunta."Esse limite que depende de uma "coleira" não prepara para o desenvolvimento. A voz de comando da mãe tem que valer. Se a criança não construiu essa noção de autoridade, como será no futuro? Que fita a mãe usará na adolescência?",
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