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Cândido, Voltaire

Anica

Usuário
Lá no tópico Top10, Lordpas disse:

E vontade absurda de reler Cândido \o/.

E é engraçado, mas toda vez que penso em Cândido, sinto o mesmo (não importa quantas vezes já tenha lido). Quando Voltaire escreveu Cândido, ele queria contestar o a idéia do melhor dos mundos possíveis de Leibnitz. O que acontece é que com o humor (assustadoramente atual) do Voltaire faz das aventuras do otimista Cândido mais do que uma sátira às teorias do filósofo, mas uma crítica à humanidade (não direi nem 'sociedade', porque se a crítica cabe bem até nos dias de hoje...).

Para os que já conhecem Cândido e gostam tanto quanto eu ( :mrpurple: ), deixo aqui a dica: leiam Zadig. A estrutura é bem parecida (cada capítulo uma aventura diferente), mas aqui Voltaire parece ainda mais afiado.
 
Exatamente, o que mais surpreende é que Cândido vai ser sempre atual.

E olha que a publicação é lá de 1700 e alguma coisa. E sem dúvida alguma o personagem de Pangloss tem um significado bem pessoal para mim e a balela do "melhor dos mundos", creio que o contraponto entre ele e o velho sábio em cima da cabeça de Cândido fazem a idéia de Voltaire bastante clara: não existe o melhor dos mundos, muito menos o pior. Apenas um mundo a ser enfrentado.

E tirando todos esses aspectos que eu fico todo empolgado falando :g:, tem ainda a última frase de Voltaire: "Tudo isso é muito bonito - respondeu Cândido -, mas o que é preciso é cultivar o nosso jardim".

:grinlove:
 
Eu tenho uma pequena e surrada edição dessa obra aqui em casa. Mas não fiquei satisfeito com ela. Vocês têm alguma indicação de uma boa e completa versão para o português de "Cândido"?

Anica disse:
uma crítica à humanidade (não direi nem 'sociedade', porque se a crítica cabe bem até nos dias de hoje...).

Isso porque, além de criticar um pensamento filosófico que ainda mantém ramificações na atualidade. A crítica de Voltaire é profunda, atinge as estruturas mentais humanas, que pouco modificam em suas bases com o atravessar dos anos. Somente uma obra assim pode resistir ao tempo com tamanha impressão. O que torna Voltaire ainda maior, e para mim, o prenúncio dos romances existencialistas do século XX.
 
A minha versão é Martin Claret daquelas com capas que dão medo, etc. Mas diz "texto integral" e custa menos que 10 royals.

O pessoal tem uma cisma com pocket, mas eu realmente não tenho parâmetros pra fazer uma avaliação.
 
Lordpas disse:
O pessoal tem uma cisma com pocket, mas eu realmente não tenho parâmetros pra fazer uma avaliação.

Nem eu. Sou tronco na correnteza...

O meu é um pocket também. Nem lembro a Editora pré-histórica. É de um papel amarelo com textura de jornal que dá medo. Absorve toda a umidade do dedo, parece uma esponja ultra-eficiente...
 
Olha, como nunca li Cândido no original, não posso falar de qualidade de tradução. Mas levando-se em conta que é na realidade uma novela, e não um romance, então é bem provável que mesmo os pockets tenham o texto integral sim.
 
Oi

Então, o meu pocket do Cândido é da L&M, e não ficou ruim a tradução (acho). Ainda estou namorando uma edição da Martins Fontes, mas não sei ainda se devo comprar.
 
Esse é mais um livro da espécie : " Toda vez que você lê, nota algo diferente".

Só Voltaire pra escrever uma obra-prima dessas. Um dos livros com que mais gargalhei.huahuahuahuha.
 

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