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Autor de charge sobre Maomé é agredido na Suécia

Então não existe a liberdade de expressão pelo simples fato de que as pessoas ainda não aprenderam a dialogar? É mais fácil resolver tudo na base da ignorância do que conversarem ou então, no caso citado, responder da mesma forma, com alguma outra charge?

Desentendimentos existem, em qualquer lugar, aqui dentro do Fórum mesmo acontece diversas vezes, inclusive de ter posts mais "calorosos". Mas é preciso saber argumentar, é preciso saber que tudo que for dito terá uma consequência e não precisa ser na "base da porrada", até porque isso não resolve, é um tanto quanto "pré-histórico" esse tipo de atitude.

Concordo. Mas, não seria melhor se as pessoas escolhecem melhor o que dizer (nesse caso o que mostrar, e como reagir), para que não ofendesse ou até mesmo machucar a outros?
 
Concordo. Mas, não seria melhor se as pessoas escolhecem melhor o que dizer (nesse caso o que mostrar, e como reagir), para que não ofendesse ou até mesmo machucar a outros?

Geralmente as pessoas dizem o que querem, sem pensar sobre seus defeitos e consequências dos seus atos, nisso eu concordo com você. Mesmo assim, não justifica a atitude dos islâmicos de ameaçarem a vida do autor da charge ou atacá-lo. E é isso que está em questão.

Imagina se todos que se sentirem ofendidos por alguma coisa forem atacar os outros? Vamos resolver questões pessoais e religiosas banhados em sangue?

Acredito que antes de se ofenderem com alguma coisa, deveriam se perguntar se Maomé se ofenderia. Qual seria sua atitude? Ele mataria alguém por isso? Da mesma forma que é preciso pensar antes de dizer algo, é preciso pensar antes de agir.
 
Geralmente as pessoas dizem o que querem, sem pensar sobre seus defeitos e consequências dos seus atos, nisso eu concordo com você. Mesmo assim, não justifica a atitude dos islâmicos de ameaçarem a vida do autor da charge ou atacá-lo. E é isso que está em questão.

Imagina se todos que se sentirem ofendidos por alguma coisa forem atacar os outros? Vamos resolver questões pessoais e religiosas banhados em sangue?

Acredito que antes de se ofenderem com alguma coisa, deveriam se perguntar se Maomé se ofenderia. Qual seria sua atitude? Ele mataria alguém por isso? Da mesma forma que é preciso pensar antes de dizer algo, é preciso pensar antes de agir.

Queria esclarecer, que quando me refiro aos "islâmicos", quis dizer aos que professam o islamismo e não aos terroristas que ofereçam recompensas pela cabeça do Vilks. Por favor, não confundam. :lol:
 
Queria esclarecer, que quando me refiro aos "islâmicos", quis dizer aos que professam o islamismo e não aos terroristas que ofereçam recompensas pela cabeça do Vilks. Por favor, não confundam. :lol:

Estou falando de uma forma geral, até porque uns ameaçam, outros "compram" a briga, alguns atacam...no fim é tudo uma selvageria só.
 
Aqui vai uma teoria maluca:

Lembram das Cruzadas? Os caras estão dando o troco, acho eu.
 
Aqui vai uma teoria maluca:

Lembram das Cruzadas? Os caras estão dando o troco, acho eu.

"Lembram dos cruzados? Quando daremos o troco nos políticos?" :sacou: (só filosofando)

"Se você sabe que há cachorros na estrada e faz questão de pisar nos seus rabos não reclame de ser mordido."
Mao Mel

"Não faça aos outros o que você não quer que fuzilem você."
Ditado Popular Atualizado

" Religião, eu tenho a minha, você tem a sua e não discordaremos da de um Islãmico armado."

By Raphael Silvério
Não vou pro Céu, dei Ração a um Cachorro Santo
 
Os muçulmanos estão mais irados pelo fato de que a religião deles os proíbem de fazer imagens de Maomé, como no Judaísmo é proibido fazer imagens de Deus, é o caráter semita da religião, diferente do carater indo-europeu de quase todo o cristianismo, que nos permite fazer pinturas e imagens, vocês já viram alguma pintura judaica ou muçulmana? Eles não fazem, ou se fazem é em caráter secular, profano, mundano.
 
Os muçulmanos estão mais irados pelo fato de que a religião deles os proíbem de fazer imagens de Maomé, como no Judaísmo é proibido fazer imagens de Deus, é o caráter semita da religião, diferente do carater indo-europeu de quase todo o cristianismo, que nos permite fazer pinturas e imagens, vocês já viram alguma pintura judaica ou muçulmana? Eles não fazem, ou se fazem é em caráter secular, profano, mundano.

Exatamente, a religião proíbe que ELES façam imagens, não significa que os outros não possam fazer uso de imagens relacionadas a sua religião.
 
O que eu não entendi é o que tem a ver Maomé com o corpo de um cão. Algumas pessoas buscam fazer charges para passar uma mensagem, mas a charge em si é completamente sem sentido. O cão representa alguma coisa no país desse jornalista ou no islamismo que eu desconheça?

O cão para os muçulmanos é um animal sujo. baixo, xingar alguém de cão é pior que no Brasil mandar para aquele lugar.

Exatamente, a religião proíbe que ELES façam imagens, não significa que os outros não possam fazer uso de imagens relacionadas a sua religião.

Aí é falta de respeito, nesse caso.
 
Um fato muito curioso é que, muito embora eles proíbam qualquer imagem de coisas sagradas, eles sempre fizeram algo que para mim é uma maneira de contornar o problema, semiologicamente falando. Recorreram a símbolos indiretos, como escritas estilizadas tanto para Deus como para Muhammad, etc.

E tanto a representação direta utilizada pelos povos indo-europeus em suas tradições religiosas originais quanto a utilização desses recursos para a driblagem da proibição talvez advenha da necessidade concreta que a Arte (tanto por meio de artistas individuais como pela criação artística coletiva que se desenvolve na cultura daquela sociedade) possui de responder ao desafio de contemplar esteticamente Deus, que seria a mais bela de todas as coisas.

Voltando ao assunto principal do tópico, acho que nesse caso o contexto majoritário do ambiente cultural deve ser o observado, por falta de algum outro critério melhor.
 
O cão para os muçulmanos é um animal sujo. baixo, xingar alguém de cão é pior que no Brasil mandar para aquele lugar.

Falta de respeito, então. Grotesca.

Thatá Rose disse:
Exatamente, a religião proíbe que ELES façam imagens, não significa que os outros não possam fazer uso de imagens relacionadas a sua religião.

Em parte concordo com você, mas desde que a liberdade de expressão não extrapole, porque aí você parte para outro caminho, que é o caminho do desrespeito e o escambau, levando em conta principalmente o que Morfindel Werwulf disse sobre a representação do cão.
 
A charge é essa, só para, tipo assim, sabermos sobre o quê estamos tentando discutir...

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Achei essa figura e tem mais algumas no mesmo estilo na internet.

Esse evento faz lembrar da charge publicada em 2006 vinculando Maomé ao terrorismo que trouxe violência, indignação, protestos e debate sobre o caso também.

Resumo aqui: http://www.ieei.pt/publicacoes/artigo.php?artigo=55
A Charge:
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Então, sabemos e foi dito que na religião islâmica é dogma não retratar Alá e seu Profeta. Que "cão" é uma ofensa grave. Que a religião muçulmana é extremamente vinculada à política, especialmente no Oriente Médio. Que já existe um sentimento contrário aos EUA e à Europa por concentrarem renda, poder e privilégios sobre o resto do mundo.

Diplomacia, já ouviram falar?

Sendo humor e sendo arte, podem e devem ser vistos com mais condescendência. Mas ética, empatia cultural e respeito mútuo não deveriam ser relativizados assim tão levianamente. Nada, absolutamente nada, justifica a violência reacionária de islâmicos radicais. Por que eles são apenas uma parcela do islamismo, não a totalidade. "Generalizar sempre é um erro". No entanto a provocação foi sim feita, e é óbvia, foi um teste da liberdade de expressão como o próprio autor e editores dos jornais em 2006 disseram. Caímos no perigo ético da liberdade extrema e invadir a liberdade alheia.

Ainda sobre a charge de 2006 publicada no jornal dinamarquês, um jornal iraniano, em contrapartida à charge do Maomé-homem-bomba, promoveu um concurso de charges sobre o Holocausto, um tema mais que delicado para o Ocidente e a Europa em especial. Poucos europeus cogitariam a hipótese de brincar com o fato. E se o fizesse, certamente seria duramente recriminado, provavelmente punido. Pimenta no dos outros, né?

O que quero dizer, e fazendo o meu julgamento do caso, nenhum dos dois está certo: nem o artista pela falta de delicadeza e respeito e menos ainda o protestante, pela agressão.

Agressão em nome da religião praticada pelos muçulmanos é grandemente recrimanda, posta como ameaça. Mas as agressões e mortes por brigas de futebol ou de política estão aqui, entre nós. A comparação é porca, talvez descabida, mas existem aproximações. São fundamentalismos. E todo fundamentalismo é prejudicial pela intolerância e intransigência que acarretam.

Não entendi onde a Dinamarca entra na história, mas acho que você deve ter confundido as monarquias.

Ah, mas dá um desconto pra Prímula, isso é comum. Muita gente, por exemplo, confunde Hamlet com William Wallace, super normal.
 

Anexos

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Pensando bem, você está certo, Kainof. Existe um erro mútuo de ambos os lados.

O problema que eu continuo vendo é como imputar legalmente o lado que supostamente agrediu primeiro, eles estando num ambiente onde o objeto do humor não é algo sagrado para a maioria absoluta das pessoas, por mais que as tentativa de ofensa ao outro seja mais do que clara nas duas charges. Por outro lado, este próprio argumento parece entrar em contradição com a própria democracia, que prevê a liberdade cultural, diferente da ditadura da maioria.
 
O que quero dizer, e fazendo o meu julgamento do caso, nenhum dos dois está certo: nem o artista pela falta de delicadeza e respeito e menos ainda o protestante, pela agressão.

Exatamente. Resumiu e explicou muito bem. Mas é aquela velha história. Você sabe que eles são fanáticos, sabe que eles são esquentados, sabe que reagem a tudo que os ofenda de modo violento. Então sabendo de tudo isso, você cria uma charge em que ofende diretamente a essas pessoas e depois se surpreende e depois faz um escândalo quando tem uma reação digna do que esperava?

Nada justifica a violência contra o próprio. Mas na minha opinião está mais que na cara que o chargista provocou o acontecido intencionalmente.

Sinceramente?

Uma provocação contrária iria motivar mais um ataque ocidental nos mesmos parâmetros. Entrando em um círculo vicioso até que um dos lados estourasse. E todos sabemos como é o efeito bola de neve, iria ser bem pior do que foi agora. Lembrando que a Primeira Guerra Mundial (exemplo extremo, eu sei) estourou justamente quando um dos lados se sentiu afetado diretamente e intencionalmente. Então, se não vai acrescentar nada construtivo a ação, então é melhor nem fazê-la.

E que vão todos esfriar a cabeça em um bar bebendo uma cerveja gelaaaaaaaaaaaada. Coisa que eu gostaria de fazer agora e não posso devido a uma garganta inflamada.

DAMMITT!!! ¬__________¬
 
E que vão todos esfriar a cabeça em um bar bebendo uma cerveja gelaaaaaaaaaaaada. Coisa que eu gostaria de fazer agora e não posso devido a uma garganta inflamada.

DAMMITT!!! ¬__________¬

Álcool é haraam. Um muçulmano praticante não iria tomar a tal cerveja nunca.
 
A charge é essa, só para, tipo assim, sabermos sobre o quê estamos tentando discutir...

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Achei essa figura e tem mais algumas no mesmo estilo na internet.

OH My FucRei God! Ele recebe para fazer isso? Contrata EU. Eu desenho melhor que isso.

Anyway, sempre esqueço quem é Willian Wallace, apesar do nome ser bem conhecido.

By Raphael Silvério
Seven Years - Children Picture
 
O problema que eu continuo vendo é como imputar legalmente o lado que supostamente agrediu primeiro, eles estando num ambiente onde o objeto do humor não é algo sagrado para a maioria absoluta das pessoas, por mais que as tentativa de ofensa ao outro seja mais do que clara nas duas charges.

Quer dizer a exigência de adaptação da religião muçulmana dentro de um país laico, livre e democrático? (palavras adoradas pelo liberalismo)
É, complicado, já que as charges foram feitas e publicadas na Suécia e a agressão foi na mesma Suécia. As leis e permissões de um país devem ser respeitadas. No entanto, esse mesmo país está inserido dentro de um contexto, mais do que nunca, global.

Por exemplo, na Suécia eu posso cuspir na tua cara e ofender a tua mãe. Posso, mas se o fizesse, certamente eu sofreria consequências nada agradáveis. Mesmo que as ofensas à tua mãe fossem em forma de poesia sarcástica. Sei lá se dá pra entender ou se a analogia tem uso. Mas é aquela máxima tarimbada de "a minha liberdade termina onde começa a tua". Tem de haver limites, eles são importantes.

Um país pode reclamar a outro quando aspectos culturais próprios de si mesmo são desrespeitados, como é o caso apontado. Reclamar, não interferir. Mas nenhum país se pronunciou, porque medidas foram tomadas: a charge existe, ela não excluída, apagada ou coisas do tipo, todos que quiserem saber dela, terão acesso, mas ela não foi extensamente divulgada e foi impedida de entrar em exposições: foi censurada. Temos uma imagem muito ruim da palavra "censura" no país pelo uso arbitrária feito dela durante a ditadura, mas isso não quer dizer que ela não pode ser mais usada e tudo pode ser divulgado à revelia.

Trajetória do caso: charge foi publicada -> islâmicos se ofenderam com ela -> a charge deixou de ser divulgada -> fundamentalistas não se deram por satisfeitos e juraram o artista de morte -> ele foi agredido -> virou motivo de alarde. Alardes que vão se juntar à contrução de uma imagem dos povos islâmicos como ameaçadores para o Ocidente e dos povos ocidentais como ofensivos para o Médio Oriente. Taí um bom motivo para um guerra, essa forma de governar tão ultrapassada...

O certo é que não existe fórmula: isso pode e isso não. É preciso sensibilidade, empatia e, claro, a espera das reações contrárias ou favoráveis dos interdialogadores.

Então sabendo de tudo isso, você cria uma charge em que ofende diretamente a essas pessoas e depois se surpreende e depois faz um escândalo quando tem uma reação digna do que esperava?

Exatamente. E faz cara de santo. :lol:
"Manhê, ele me bateu sem eu fazer nada pra ele". :anjo:

Usou da liberdade de expressão pra provocar, irritar e apontar o dedo depois para a intolerância. Caso óbvio de busca dos holofotes.

Sem querer justificar a violência, claro. Mas ela tem de ser problematizada, porque ela tem uma causa (a charge ofensiva) e existe uma construção histórica para que desembocasse nesse extremo.

Pois virou comum a acusação dos islâmicos como agressores por pouca coisa. Xiita é sinônimo de radicalismo e violência burra, como o foram os Vândalos até serem incorporados ao léxico. Mas existe todo um desenvolvimento histórico e de choque cultural que não é posto em debate. Simplesmente elegemos a cultural ocidental (Oeste Europeu e EUA) como correta, superior e tudo que contrarie e se rebele é algo a ser eliminado, hoje não mais pela força, mas pela homogeinização cultural. O tempo passa, mas as cabeças continuam as mesmas...

OH My FucRei God! Ele recebe para fazer isso? Contrata EU. Eu desenho melhor que isso.

E ele iria expor as suas obras em conhecidas e respeitadas galerias de arte da sofisticada Escandinávia, não fosse a reação islâmica contrária à obras...
Ou seja, tu não entende nada de arte. Os suecos é que são evoluídos.

Anyway, sempre esqueço quem é Willian Wallace, apesar do nome ser bem conhecido.

Ah, tudo bem, Hamlet e Shakespeare sofrem de um mal ainda pior.



PS: Nhá, ninguém vai ler esse post, mas gostei de escrever ele, foi quase catárquico, como nos velhos tempos...
 
Opa, foi mal, não especifiquei quem é quem. Eu quis dizer os autores da charge sofrerem pena legal ou qualquer coisa por isso. Algumas coisas estão meio que fora de alcance da esfera legal. As consequências que as pessoas sofrem são extrajurídicas, como a referida perda de reputação, censura nas exposições, etc.
 
A questão é simples! Basta não publicarem nenhuma charge que tenha a ver com o Islamismo, porque qualquer coisa é motivo para ofendidos e a partir daí disseminarem a violência.

Se eu fosse um cartunista pensava duas ou até mil vezes antes de publicar algo que envolva nações que tenham como religião o Islamismo.

Tá bom, estamos dentro de um mundo ocidental onde a liberdade de expressão deve prevalecer....

...bom, deixa pra lá...
 

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