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Assaltante é atropelado pela própria vítima em SP. [+Leia o primeiro post]

Bom, como prometido no primeiro post vou colocar aqui minhas impressões.

Nosso modelo de segurança pública é ineficiente, vou além, ele é falido.
Ele deixa brechas para a impunidade, ou quando pune, não reabilita.

Não vou citar a correlação da entrada no mundo do crime com questões sociais, só poderia fazê-lo se só houvessem bandidos de classes sociais baixas, mas como todos sabem isso não é verdade.

Em relação ao caso específico, eu faria exatamente o mesmo. Isso se eu não engatasse a ré pra passar por cima de novo e a primeira de novo(em ciclo) até eu me cansar ou estourar a caixa de marchas do carro. Pode até parecer uma visão Maquiavélica do contexto, mas quando você está em uma guerra(bandido X você), você tem que usar todas as variáveis de terreno e oportunidade contra seu adversário.

Quando você simplesmente deixa acontecer, você faz parecer fácil e faz com que o ciclo comece novamente.

Quem sabe o rapaz tenha aprendido uma triste lição.
 
Há quem diga que não reagir é o melhor, mas num contexto onde se matam pessoas que não tem nenhuma reação no momento do assalto, apenas por pura maldade, eu prefiro pelo menos morrer tentando me defender.
 
Não vou citar a correlação da entrada no mundo do crime com questões sociais, só poderia fazê-lo se só houvessem bandidos de classes sociais baixas, mas como todos sabem isso não é verdade.

Em relação ao caso específico, eu faria exatamente o mesmo. Isso se eu não engatasse a ré pra passar por cima de novo e a primeira de novo(em ciclo) até eu me cansar ou estourar a caixa de marchas do carro. Pode até parecer uma visão Maquiavélica do contexto, mas quando você está em uma guerra(bandido X você), você tem que usar todas as variáveis de terreno e oportunidade contra seu adversário.

Quando você simplesmente deixa acontecer, você faz parecer fácil e faz com que o ciclo comece novamente.

Quem sabe o rapaz tenha aprendido uma triste lição.

Kurt falou tudo o que eu iria dizer em poucas linhas, mas sem a minha maldita prolixidade. Eu teria feito a mesma coisa que o advogado, sem um pingo de dó.

Na delegacia? 'Ops, na hora do calor escapou o pé da embreagem, seu delegado'...
Esse moleque vai pensar duzentas vezes antes de sair fazendo merda de novo. Dane-se.
 
Quando o estado não dá conta de fazer nada, não prende, não pune, não reabilita, o cidadão de bem que é vítima do bandido e da omissão do estado acaba tendo que ter essa atitude. Dou toda a razão a vítima.
 
Bem, considerando as respostas sobre o que a maioria faria, parto do pressuposto que ninguém acha que o sujeito deve ser punido. Fico pensando quantas outras injustiças justificariam uma tentativa de homicídio.

Quando o estado não dá conta de fazer nada, não prende, não pune, não reabilita, o cidadão de bem que é vítima do bandido e da omissão do estado acaba tendo que ter essa atitude.

Na boa, isso ficou parecendo descrição de algum filme de vingança do Mel Gibson.
 
Sim pessoal... O Estado não está tomando conta... Então as pessoas acabam tendo que se defender mesmo...
Hoje se um bandido rouba e vai pra cadeia , logo logo ele é solto. Mas se ele mata e fica na cadeia a família ganha bolsa vagabundo assassino por cada filho. Ou seja, é muito mais "negócio" matar depois do assalto.
Na primeira vez que fui assaltada em Mordor , ops, São Paulo, o cara quebrou meu vidro e enfiou quase o corpo todo dentro do meu carro.. Eu gritei como uma desesperada e acelerei o carro. Mas não adiantou, o cara conseguiu pegar minha bolsa...Mas ele foi tão idiota que ele fez isso numa rua que tinha várias pessoas saindo da faculdade... vários caras saíram correndo atrás dele e pegaram minha bolsa.
Sei que foi errado eu reagir mas essas coisas a gente não controla. É difícil falar e depois viver a situação...

Há 3 meses atrás eu estava saindo aqui do condomínio onde moro e vi um carro sendo sequestrado... vi uma mulher sendo jogada pro banco de trás e o carro acelerando todo desgovernado. Fico pensando em viver uma situação dessas com a minha filha... e é por isso que eu digo que se tivesse a oportunidade (como um ladrão idiota passando na frente do carro com ele ligado) eu seria até capaz de mata-lo. Antes ele do que dar a oportunidade para ele enfiar uma bala na minha filha ou em mim. Pra mim, bandido bom é bandido morto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Na boa, isso ficou parecendo descrição de algum filme de vingança do Mel Gibson.

Mas é isso mesmo.

Vc lembra daquele seriado do final dos anos 80 e início dos 90 que era bom pra caramba dos Estados Unidos chamado JUSTIÇA FINAL? A lógica é a mesma.

 
Última edição por um moderador:
aeHOOOOOOOOOOOOOOO

Me invocaram, e cá estou! haha!

Então, relação entre diferença social e criminalidade existe, claro. Eu, como materialista histórico, vejo nas relações economicas as maiorias das causas de ações e reações na sociedade.
Evidencias e pesquisas sobre isso sobram, algumas mais deterministas, outras menos, mas quase todas apontam que quanto maior a desigualdade, maior os indices de violencia.

Peguem, por exemplo, as grandes metropoles brasileiras: Elas são uma contradição per si, bairros maravilhosos, mansões e condominios que vc não ve com a mesma frequencia quase nenhuma outra metrópole no mundo, e logo ali, pouco depois, favelas e barracos pessoas sendo agredidas, violentadas em seus direitos quase diariamente por um estado que não valoriza a vida deste individuo.

É muito dificil imputar valor moral quando um individuo, mesmo que nunca tenha sido rico, sempre teve sua vida valorizada, seja pela escola, pela familia, ou mesmo pela sociedade, por acabar se encaixando em padrões socialmente mais inclusos do que outros. Outra coisa é uma pessoa que nunca foi valorizada com isso, como pessoa, que sempre teve a sua vida desprezada por professores, atendentes médicos, cidadãos acima da piramide social e que sofre e sofreu diariamente com discriminação e violência por parte do estado.

Entender a complexidade da vida das pessoas desprezadas pela sociedade e marginalizadas pela cidade não tem nenhum cunho de "perdoar", mas sim de compreender o que leva algumas pessoas a terem tanto desprezo pela vida do outro.
Acreditar que enrijecendo a repressão é uma forma de mudar é um erro, pois quanto mais violento o estado for, mais violenta será a resposta dos que sofrem com tal violencia.

Existem alguns países onde a desigualdade e a marginalização são até maiores que o Brasil, e a criminalidade é menor, como a Índia, por exemplo, porém é importante ressaltar o carater cultural dessa nação, que é pacifista e a própria Índia nunca declarou nenhuma guerra desde que se constituiu como estado.

Muitos imaginam o brasileiro como um homem pacifico, mas isso é um engano. Sérgio Buarque e Darcy Ribeiro concordam queo brasileiro é "cordial", mas não no sentido de cordialidade como educação, mas sim como "aquele que age pelo coração". Somos fruto dos escravos humilhados e castigados como também somos furtos do carrasco e do capataz que castigava e humilhava. O brasileiro é capaz de atos de empatia e de violencias de extrema crueldade, isso é herança cultural dos tempos coloniais, mácula que se repete nos atos do governo, que ainda enxergam na repressão, na marginalização e no encarceramento as saídas para tal situação.
 
Bem, considerando as respostas sobre o que a maioria faria, parto do pressuposto que ninguém acha que o sujeito deve ser punido. Fico pensando quantas outras injustiças justificariam uma tentativa de homicídio.

Gozações à parte, Alê... Todo ato de violência, no calor do momento é motivado por uma ação de involuntária, portanto é algo instintivo. Isso excetua, é óbvio, o ato de violência sob premeditação, como um sociopata faria.
Isso vai da tendência individual de cada um. Pessoas de sangue mais quente, ou até mesmo calmas que explodem diante de um momento de tensão - o que meu pai chama de sujeito 'louco manso' - tendem a reagir de formas extremas.

Num momento de extremo perigo ou desespero, é comum a pessoa reagir de uma forma que lhe é comum à sua personalidade: umas entram em histeria e gritam, outras falam incontrolavelmente, outras ficam em choque, outras correm... E outras descem o braço, ou ficam tão cegas de ira que só param quando sentem gosto de sangue. Conheço gente assim na realidade. Acredito que trata-se dos tais 'gatilhos' que disparam determinados comportamentos diante de determinadas situações-chave, como já discutimos anteriormente. Sendo esta uma ação puramente instintiva e pouco afetada pelo pensamento racional, não há como julgar com exatidão uma pessoa que sente uma vontade incontrolável de matar o seu algoz num momento crítico.

Isso também reflete, normalmente, a postura do indivíduo no próprio ato de enfrentar a vida. Pessoas com tendências a se sentir vítimas sofrem mais de estresse pós-traumático e depressão do que pessoas consideradas de mais 'atitude e postura' que, independente de reagir ou não de forma violenta, tendem a superar melhor aos traumas. Ou seja, continuo não condenando o advogado. Eu aposto que eu teria feito o mesmo, mesmo sendo burrice reagir num momento desses: por algum motivo estúpido, ao contrário de toda razão, meu cérebro insiste em disparar o gatilho do 'se for pra cair, eu caio em pé que nem gato e mato na dentada' a me encolher e chorar. :lol:
 
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Eu aposto que eu teria feito o mesmo, mesmo sendo burrice reagir num momento desses: por algum motivo estúpido, ao contrário de toda razão, meu cérebro insiste em disparar o gatilho do 'se for pra cair, eu caio em pé que nem gato e mato na dentada' a me encolher e chorar. :lol:

E eu volto a insistir no mesmo ponto. Há bandidos matando independentemente de reação, apenas por maldade, como no caso daquela dentista que virou tocha humana por que tinha pouco dinheiro na conta corrente. Se é para morrer de qualquer jeito é preferível tentar lutar e levar o bandido junto ou até conseguir sobreviver.
 
E eu volto a insistir no mesmo ponto. Há bandidos matando independentemente de reação, apenas por maldade, como no caso daquela dentista que virou tocha humana por que tinha pouco dinheiro na conta corrente. Se é para morrer de qualquer jeito é preferível tentar lutar e levar o bandido junto ou até conseguir sobreviver.

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:lol:

Concordo, porque eu tenho grande tendência a reagir assim. A parte ruim disso é pensar no enorme risco de o tiro sair pela culatra e, graças a algum movimento mal calculado, a gente acordar tetraplégico num hospital com uma bala alojada na medula.
 
#vaicurictha :lol:

De qqr forma...

Seiko disse:
meu cérebro insiste em disparar o gatilho do 'se for pra cair, eu caio em pé que nem gato e mato na dentada' a me encolher e chorar

Pior que sou assim tbm... só vou reparar depois que reagi. Com o ladrão que tentou me assaltar recentemente e eu reagi foi meio assim tbm.
 
Re: Assaltante é atropelado pela própria vítima em SP. [+Leia o primeiro post]

Galerinha do mal, faz sentido ser relativista com o advogado e justificar o ato como "calor do momento", mas n faz sentido ser relativista com o bandido, certo?

Lembrando que o advogado estava fora de perigo qdo executou o ato.
 
Mas é isso mesmo.

Vc lembra daquele seriado do final dos anos 80 e início dos 90 que era bom pra caramba dos Estados Unidos chamado JUSTIÇA FINAL? A lógica é a mesma.


Ou então ir pelo estilo Charles-Bronson-Desejo-de-Matar de resolver as coisas. Embora haja muita gente que fala que não, mas no fundo sempre há alguns que gostariam de agir como ele.

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