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A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikakushi, 2001)

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    21
Eu amei esse filme, essa cena que o(a) Folco descreveu é uma das melhores. Vão lanças em breve um outro, com o mesmo tipo de animação japonesa, chamado O Castelo Animado, vi o trailler e gostei. Só não sei se é do mesmo diretor, tô doida pra ver.
 
Shantideva disse:
Eu amei esse filme, essa cena que o(a) Folco descreveu é uma das melhores. Vão lanças em breve um outro, com o mesmo tipo de animação japonesa, chamado O Castelo Animado, vi o trailler e gostei. Só não sei se é do mesmo diretor, tô doida pra ver.

é do mesmo diretor, Hayo Miyazaki, mas eu achei bem inferior, embora eu até tenha gostado do filme. É lindíssimo de se ver, tem um gama de personagens mágicos e estranhos e criaturas bizarras (algumas meio parecidas com A Viagem de Chihiro), mas o filme não vai muito além disso, se tornando uma sucessão de acontecimentos sem um centro que os una e mantenha o interesse o filme inteiro.
É um Viagem de Chihiro repetido, sem ter a mesma atmosférica mágica e hipnotizante deste.
 
Eu finalmente vi A Viagem de Chihiro. Gostei bastante, especialmente daquele dragao. E tenho uma dúvida. O filme "Princess Wananoke" (em inglês) é pelo mesmo cara?
 
Jedi Solo disse:
Eu finalmente vi A Viagem de Chihiro. Gostei bastante, especialmente daquele dragao. E tenho uma dúvida. O filme "Princess Wananoke" (em inglês) é pelo mesmo cara?
É sim, mas na verdade se chama "Princess Mononoke". =]
E é bem foda. Melhor que Chihiro. Mas eu preciso rever ambos.
 
É sim, mas na verdade se chama "Princess Mononoke".

Ah, faz 5 anos que eu vejo... :disgusti:

E eu achei "Princess" mais interessante. A coisa toda dos deuses e demônios foi muito fod*. Para o meu gosto, foi melhor que Chihiro.
 
Sobre os Extras.

O mestre levou no bom humor, mas não deixei de sentir tristeza em ver ele tentando fazer-se entender para a jovem equipe, e não conseguindo. Lembrou-me da força e do entusiasmo de Tezuka Osamu, e de Kazuo Koike, nos seus trabalhos antigos que ainda hoje empalidecem os animes/mangas atuais.

Há um extra onde Mestre Miyazaki com toda a paciencia explica como ele quer que Haku movimente-se quando está agonizando. Como uma lagartixa todos entenderam.

Mas começa a ficar triste quando ele pergunta se alguém já viu como uma cobra cai de uma arvore, e nunca ninguém viu. Que se você aperta demais uma enguia, ela vai se retorcer violentamente.

E o mais triste foi ele explicando como Sen colocaria o remédio na boca do dragão "é como a gente faz quando abre boca de um cachorro e enfia remédio lá".

Nenhum daqueles jovens desenhistas com menos de 20 anos teve cachorro na vida. Um deles teve um gato "gato não serve".

Meu deus! Gente que resolveu escrever histórias em quadrinhos, mas NUNCA viveu realmente! Como é que pretendem contar belas histórias se nunca viram nada do mundo, nunca sentiram algo no mundo?

As palavras do editor brasileiro na edição final de Lobo Solitário ressoam em minha mente "um monte de gente autista achando-se o máximo, mas que revelam-se anêmicos quando comparados com Kazuo Koike"
 
Meu deus! Gente que resolveu escrever histórias em quadrinhos, mas NUNCA viveu realmente! Como é que pretendem contar belas histórias se nunca viram nada do mundo, nunca sentiram algo no mundo?

As palavras do editor brasileiro na edição final de Lobo Solitário ressoam em minha mente "um monte de gente autista achando-se o máximo, mas que revelam-se anêmicos quando comparados com Kazuo Koike"

Por sorte, eles ainda não escrevem. Só que o futuro acaba ficando reservado a uma galeria de animes sem nenhuma beleza, apenas histórias toscas sendo feitas com grande tecnologia. Sei que sempre aparece algum perdido com uma boa dose de inspiração para dar ânimo e fazer alguma coisa boa, mas a tendência é esses tipos serem cada vez mais raros.
 
Não entendi direito, vcs estão dando opiniões pessoais ou estão citando algum outro texto?
 
Stu disse:
Não entendi direito, vcs estão dando opiniões pessoais ou estão citando algum outro texto?

Estão dando as opiniões deles. Por que tu entendeu de outra forma? :think:

Sobre os Extras.

O mestre levou no bom humor, mas não deixei de sentir tristeza em ver ele tentando fazer-se entender para a jovem equipe, e não conseguindo. Lembrou-me da força e do entusiasmo de Tezuka Osamu, e de Kazuo Koike, nos seus trabalhos antigos que ainda hoje empalidecem os animes/mangas atuais.

Há um extra onde Mestre Miyazaki com toda a paciencia explica como ele quer que Haku movimente-se quando está agonizando. Como uma lagartixa todos entenderam.

Mas começa a ficar triste quando ele pergunta se alguém já viu como uma cobra cai de uma arvore, e nunca ninguém viu. Que se você aperta demais uma enguia, ela vai se retorcer violentamente.

E o mais triste foi ele explicando como Sen colocaria o remédio na boca do dragão "é como a gente faz quando abre boca de um cachorro e enfia remédio lá".

Nenhum daqueles jovens desenhistas com menos de 20 anos teve cachorro na vida. Um deles teve um gato "gato não serve".

Meu deus! Gente que resolveu escrever histórias em quadrinhos, mas NUNCA viveu realmente! Como é que pretendem contar belas histórias se nunca viram nada do mundo, nunca sentiram algo no mundo?

As palavras do editor brasileiro na edição final de Lobo Solitário ressoam em minha mente "um monte de gente autista achando-se o máximo, mas que revelam-se anêmicos quando comparados com Kazuo Koike"

Chega a ser tragicômica essa cena dele tentando explicar coisas que deveriam ser tão corriqueiras para a equipe jovem. A experiência de vida deles parece ser das mais capengas, voltados muito mais para as coisas "práticas" do mundo moderno (tv, ambiente virtual, consumismo) e sem a mínima noção de uma experiência real, do mundo físico, em teoria extremamente comum. Chega a ser patética e dar pena a cena onde a equipe vai até uma clínica veterinária para fazer "pesquisa de campo" com um cachorro. Afinal, quem nunca teve um bichinho de estimação ou admirou a Natureza por alguns instantes? O triste é saber que a resposta para essa pergunta vem tendendo cada vez mais a ser "aparentemente muita gente".

Lukaz Drakon disse:
Por sorte, eles ainda não escrevem. Só que o futuro acaba ficando reservado a uma galeria de animes sem nenhuma beleza, apenas histórias toscas sendo feitas com grande tecnologia. Sei que sempre aparece algum perdido com uma boa dose de inspiração para dar ânimo e fazer alguma coisa boa, mas a tendência é esses tipos serem cada vez mais raros.

Realmente, vai ser triste demais o dia em que o Miyazaki nos deixar, pois simplesmente não há um "herdeiro" atualmente. Vai ser perdida uma coisa que apenas poucos conseguem colocar pra fora e criar uma obra de arte a partir disso, tal como o Tezuka fazia. A morte deste também já foi um desânimo tremendo, mas na vez dele ele ainda tinha deixado gente como o Miyazaki por aqui, para dar conta do recado. Mas os dois pertencem a outro mundo, à outra geração que tinha que lidar de frente com a realidade no dia-a-dia, não atrás da tela de um computador, e com isso adquiriram algo que simplesmente não há como ser aprendido assistindo ou lendo a respeito: vivência, pura e simples. As obras do Tezuka e do Miyazaki não são o que são por mero acaso.

Se não há muita esperança para os que vêm por aí, pelo menos as obras desses grandes vão permanecer por aqui, para servir de consolo.
 
Realmente, vai ser triste demais o dia em que o Miyazaki nos deixar, pois simplesmente não há um "herdeiro" atualmente. Vai ser perdida uma coisa que apenas poucos conseguem colocar pra fora e criar uma obra de arte a partir disso, tal como o Tezuka fazia. A morte deste também já foi um desânimo tremendo, mas na vez dele ele ainda tinha deixado gente como o Miyazaki por aqui, para dar conta do recado. Mas os dois pertencem a outro mundo, à outra geração que tinha que lidar de frente com a realidade no dia-a-dia, não atrás da tela de um computador, e com isso adquiriram algo que simplesmente não há como ser aprendido assistindo ou lendo a respeito: vivência, pura e simples. As obras do Tezuka e do Miyazaki não são o que são por mero acaso.

Se não há muita esperança para os que vêm por aí, pelo menos as obras desses grandes vão permanecer por aqui, para servir de consolo.

Pior é que se ampliarmos o foco, dá para perceber que isso não está só ocorrendo com os animes. Se não fosse a Pixar, os desenhos e animações estariam num patamar incrivelmente tosco e sem graça.
 
Po.
Sem essa coisa de fim do mundo, né?

O mundo evolui, as experiencias mudam assim como as histórias.
Sem esse complexo de que tudo que passou é 1000 maravilhas e tudo que vem pela frente é uma tragédia.

O Makoto Shinkai fez histórias com temas pra lá de atuais ou futurísticas e nem por isso deixou de ter uma sutileza e beleza magnificas. A ponto de eu ter 3 dos seus trabalhos na parte de cima da minha prateleira de animes.
 
Ninguém disse que não existem mais coisas boas. Claro que existem, um número considerável (embora a grande maioria do que seja produzido continue sendo ruim, como em qualquer mídia). Mas atualmente, do nível do que o Miyazaki faz, não tem, lamento.
 
@Reinhard

Eu viajei um pouco. É que já tinha um tempo que vi os extras no dvd e acabei confundindo umas coisas =]


Tem um filme novo de animação feito pelo estúdio Miyazaki porém sob o comando do filho do Miyazaki. Alguém já assistiu? Está nos cinemas mas ainda não apareceu por aqui. Mas pelo que li na internet o pessoal não andou gostando muito.
 
É o Tales from Earthsea, do filho do próprio Hayao, Gorō Miyazaki, baseado na série Earthsea da escritora de fantasia Ursula K. Le Guin. O filme é uma adaptação livre de alguns livros da série e, por tentar colocar história demais em tempo de menos e de modo simplificado, não ficou lá essas coisas. Na parte técnica é impecável, mas no enredo...

Serviu basicamente para criar uma mancha no Ghibli. A própria Ursula torceu o nariz pro filme, e olha que ela tinha esperanças de que saísse algo tão bom quanto o material produzido pelo pai dele. Nem o próprio Hayao era a favor do filho fazer o filme, pois achava que ele ainda não estava pronto para tal. Isso que dá fazer birra e não ouvir os pais e prova que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. :g:
 
Última edição:
Ninguém disse que não existem mais coisas boas. Claro que existem, um número considerável (embora a grande maioria do que seja produzido continue sendo ruim, como em qualquer mídia). Mas atualmente, do nível do que o Miyazaki faz, não tem, lamento.
Concordo que ele fez VÁRIAS obras fantásticas.
Mas não vejo todas as obras dele assim tão maravilhosas. Esses 2 ultimos mesmo eu achei fracos (Viagem de Chihiro e Castelo Animado). Assim como achei Porco Rosso abaixo.
Esses 3 não fazem parte da prateleira de cima dos meus animes. E olha que eu não assisti tantos assim.

E até ja disse também que as minhas 2 produções preferidas da Ghibli não foram dirigidas por ele.



De qualquer forma, eu discuti mais a questão dessa visão meio retrô que só dá pra fazer esses bons desenhos se espelhando no passado, em fazendas, vivencias rurais, etc.
O mundo já mudou faz um bom tempo.



PS: Eu to com esse desenho aí novo do filho do Hayao no PC. Estou tentando arranjar uma hora pra assistir.
Vale a pena?
 
De qualquer forma, eu discuti mais a questão dessa visão meio retrô que só dá pra fazer esses bons desenhos se espelhando no passado, em fazendas, vivencias rurais, etc.
O mundo já mudou faz um bom tempo.

Não é se espelhando no "passado" no sentido de tirar coisas de como a vida era "antigamente", e sim em ver o que foi produzido antes, aprender com quem veio antes, coisa básica de se fazer. E isso porque essa gente que veio antes tinha sim uma experiência de vida diferente e não necessariamente no sentido bucólico da coisa (até porque a maioria desses nem morava no campo). Digamos que as coisas hoje estão mais "fáceis" e o tipo de experiência que se adquire (quando de fato é adquirida), é meio deficiente se comparada com o que se adquiria antes. Isso vale em qualquer lugar do mundo, é algo comprovado por pura análise das sociedades.

PS: Eu to com esse desenho aí novo do filho do Hayao no PC. Estou tentando arranjar uma hora pra assistir.
Vale a pena?

Como eu disse, a animação é linda, claro, mas a história é bem cheia de furos e apresentada de um modo confuso e corrido. O Gorō escolheu mal a obra pra adaptar e/ou mesmo não era hora de ele fazer isso.
 

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