Um terceiro tema cresceu terno e doce, um singelo murmúrio de sons suaves em melodias delicadas; mas ele não podia ser subjugado e acumulava poder e profundidade. E afinal pareceu haver duas músicas evoluindo ao mesmo tempo diante do trono de Ilúvatar, e elas eram totalmente díspares. (...) No meio dessa contenda, na qual as mansões de Ilúvatar sacudiram, e um tremor se espalhou atingindo os silêncios até então impassíveis, Ilúvatar ergueu-se mais uma vez e sua expressão era terrível.(...) Então, falou Ilúvatar e disse: - Poderosos são os Ainur, e o mais poderoso dentre eles é Melkor; mas para que ele saiba e saibam todos os Ainur, que eu sou Ilúvatar, essas melodias que vocês entoaram, irei mostra-las para que vejam o que fizeram. E tu Melkor, verás que nenhum tema pode ser tocado sem ter em mim sua fonte mais remota, nem ninguém pode alterar a música contra a minha vontade. (...) Silmarillion pag. 5 e 6