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[L] [Ingwë][Da Morte de Laracna]

[Ingwë][Da Morte de Laracna]

Almarë!

segue ai um conto meu, meu primeiro conto aqui!
Espero que gostem, e por favor, opiniões sinceras!

Da Morte de Laracna

A sombra havia passado, mas ainda era muito cedo para ser de toda esquecida, orcs ainda viviam perambulando pelas terras inóspitas, a maior parte em grupos, e como a natureza dessa raça maldita é violenta e cruel, até mesmo com outros orcs, quando esses grupos se encontravam, muitas vezes se destruíam, afinal todos os líderes de grupos de orcs queriam se tornar reis de grandes ajuntamentos e, foi assim, que os próprios orcs aceleraram sua extinção.

Mas, havia mais seres escuros naqueles tempos, alguns até que nunca estiveram sob o domínio de Sauron e, um desses, havia sido ferido mortalmente, durante a Guerra do Anel por um pequeno, tão renomado por seus feitos quanto o próprio Frodo Bolseiro, e este era Samwise Gamgi, que feriu a última das filhas de Ungoliant, Laracna; todavia não era seu destino morrer pelas mãos de um hobbit, então, ela se foi e permaneceu por muito tempo em Torech Ungol, a Toca de Laracna, cuidando de sua malícia e miséria, e em lentos anos de escuridão se curou de dentro para fora, reconstruindo o aglomerado de olhos, até poder, com fome mortal, armar mais uma vez suas horripilantes ciladas nas fendas das Montanhas da Sombra como está dito no Livro Vermelho, é disso que fala esta história e também de como numa dessas armadilhas, ela acabou encontrando sua perdição.

Mas, agora, ela saía com menos freqüência de sua toca, pois apesar de não servir a Sauron e odiar o fato de ele a chamar de “minha gata”, eles tinham um pacto feito sem palavras nem encontros, mas que o tempo selou: ela se escondia em suas montanhas e vivia sob a proteção de sua escuridão e ele lhe dava alguns orcs em troca de ela não permitir a passagem de ninguém por Cirith Ungol, porém, a escuridão agora se fora, e ela temia a luz do Sol e também os valentes homens de Gondor, Ithilien e Rohan, que muitas vezes, entravam em Mordor para destruir os últimos orcs remanescentes, e preferia esperar até que algum orc ou homem perdido entrasse em suas moradas.

O primeiro senhor de Ithilien fora Faramir, último regente de Gondor, e os seus descendentes ainda governavam aquele belo feudo, que voltou a ser verde como nos tempos de paz, antes de o Senhor dos Anéis habitar em Mordor pela primeira vez, e no ano 274 da Quarta Era do Sol, Beregon II, filho de Húrin III, filho de Thorondir II, filho de Turgon II, filho de Faramir, era senhor de Ithilen, e o capitão da Companhia Branca era Oropher, filho de Bragon, filho de Marnil, filho de Bergil, filho de Beregond, primeiro capitão da Companhia Branca, que manchou de sangue Rath Dínen, a rua Silenciosa, para salvar Faramir, entretanto, o rei Elessar o perdoou, mas ele teve de deixar a Guarda da Cidadela de Minas Tirith, indo servir à Faramir em Ithilien.

E nesses dias, Beregon II e Oropher eram mais do que um senhor dos homens e o capitão de sua guarda pessoal, eles haviam sido criados juntos, pois Ioreth, esposa de Bragon morrera ao dar a luz, e o senhor Húrin concedeu que o filho do capitão de sua guarda fosse criado como um filho seu e, assim, os dois cresceram como irmãos.

Foi nessa época que uma pequena companhia de homens de Ithilien, que vagava por Mordor, foi atacada por um grande grupo de orcs proscritos, e teria sido derrotada não fosse pela ajuda inesperada dos homens do leste, que agora viviam próximos ao Lago Núrnen, terra que lhes foi cedida pelo rei Elessar.

Depois de vencida a batalha, não houve comunicação entre os dois povos, pois eles eram do Leste distante e haviam sido feitos escravos pelo senhor do Escuro e trazidos à força até as forjas e masmorras de Mordor, de modo que falavam uma língua totalmente diferente de qualquer uma que os homens de Ithilien já tinham ouvido, mas também não falavam a língua negra de Mordor, pois odiavam o horror dos sons daquela língua maldita.

Então, um homem do grupo foi mandado a Ithilien para relatar os acontecimentos a Beregon, que ficou muito surpreso e feliz pelo fato dos homens de Núrnen terem, finalmente, conseguido se livrar do medo que sempre os acompanhou desde que os pais de seus pais foram feitos escravos de Mordor, depois de vencidos em batalha por se recusarem a pagar tributos a Sauron e por agora estarem ajudando nas últimas investidas contra os orcs.

No dia seguinte, uma comitiva composta por Beregon, alguns nobres e a Companhia Branca, chefiada por Oropher, deixou Ithilien e partiu em direção ao acampamento onde haviam ficado as tropas de Ithilien e as forças dos homens de Núrnen.

Em um dia de trote rápido, chegaram ao local onde antes havia ficado Morannon, o Portão Negro de Mordor, e montaram seu acampamento numa fenda das Ered Lithui, a nordeste de Udûn, mas não conseguiram permanecer ali por mais de três horas, pois demorariam muitas eras até que um homem entrasse em qualquer região de Mordor, exceto Nurn que foi reconstruída pelos orientais e se tornara uma terra bela, sem sentir um medo nostálgico cair sobre seus ombros.

Voltaram à trilha e estavam passando por Boca Ferrada na terceira hora depois do nascer do Sol, mas Beregon decidiu que não parariam para descansar aquele dia, de modo que continuaram a marcha de forma ininterrupta e chegaram com o cair da noite ao que fora um acampamento de orcs a sudoeste de Orodruim.
 
Lá, se amontoavam os escombros de um acampamento podre e sem estrutura, onde viviam muitos orcs, e que agora jazia sem vida nas sombras de Mordor, numa parte a noroeste do acampamento, onde não havia casas e coisas sujas de orcs estavam os homens de Ithilien e Núrnen.

A Companhia do príncipe de Ithilien chegou, Beregon vinha montado num esplêndido cavalo branco, presenteado a ele por Fréawine II, rei da Terra dos Cavaleiros, que mantinha uma grande amizade com o povo de Ithilien, pois a primeira senhora de Ithilien foi Éowyn, a Senhora do Braço do Escudo, irmã de Éomer, que foi quem sucedeu Théoden no trono de Rohan.

Beregon tentou alguma comunicação com o chefe dos homens de Núrnen, um homem forte e entroncado, de média estatura, vestindo roupas pesadas de couro, um elmo prateado com em símbolo estranho que Beregon pensou ser alguma mensagem na língua deles, trazia na cintura uma grande espada de um só gume, fina e comprida, e tinha um escudo de aço trabalhado com estranhas inscrições.

Mas, Beregon não o entendia e ele não entendia Beregon, então, Beregon se ajoelhou e colocou sua espada sobre os pés do homem, este entendendo o gesto, sacou sua espada e entregou o punho a Beregon, e assim, sem palavras, foram concretizadas a amizade e aliança entre Ithilien e os homens de Núrnen.

Então, o capitão dos homens de Núrnen montou e tocou uma longa nota numa corneta cinzenta que um de seus companheiros levava e todo seu grupo, de aproximadamente 250 lanças, foi para sudeste, voltando para casa com os corações mais leves por terem destruído mais orcs e feito uma aliança com os homens do oeste.

Beregon decidiu que passariam a noite ali, pois os orcs, se é que ainda restava algum por perto, não atormentariam aquela noite por medo dos homens de Núrnen, e que partiriam com o nascer do Sol e, depois, ele iria até Minas Tirith relatar os acontecimentos ao rei Ëarnil, filho de Elandor, filho de Eldarion, filho de Elessar Telcontar, que restaurou o governo dos reis em Gondor.

Porém, no meio da noite Beregon acordou e não conseguiu mais adormecer, estava perturbado, sentindo que não deveria retornar a Ithilien para depois ir a Minas Tirith, pois segundo o capitão do exército de Ithilien que foi atacado, os orcs pareciam se dirigir à Minas Morgul e Beregon temia que mais orcs já estivessem se juntando em Minas Morgul há algum tempo, e sentia que precisava ir a Osgiliath para advertir os homens de Gondor a não relaxarem na vigilância, assim como havia acontecido quando Sauron voltou a Mordor depois da Batalha da última Aliança.

Então, três horas antes do nascer do Sol, Beregon procurou Oropher e lhe disse que mandasse todos os homens de volta a Ithilien pelo norte, passando pelo Morannon, mas que separasse do grupo no máximo dois homens fortes e resistentes, para que eles pudessem viajar à maior velocidade possível em direção a Osgiliath.

Mas, Oropher se mostrou contra o desejo de seu senhor e lhe disse que se de fato ele tivesse razão e os orcs remanescentes estivessem se reunindo em Minas Morgul, seria muito arriscado que apenas quatro guerreiros viajassem ao encontro de sua fortaleza.

Beregon, entretanto, argumentou que não era seu intento atacar a fortaleza, mas passar por ela em segredo e rapidamente para alertar os homens de Osgiliath e depois seguir para Minas Tirith para relatar ao rei os acontecimentos envolvendo os homens de Núrnen.

Meio a contra gosto, Oropher ordenou que toda a tropa voltasse a Ithilien pelo Norte e chamou Brond e Amras, dois cavaleiros rápidos e silenciosos, e que podiam ser furtivos e imperceptíveis quando necessário, e voltou ao encontro de Beregon.

Beregon, então, relatou seus desígnios a Brond e Amras, e eles partiram cavalgando rápido pelas terras negras e poeirentas de Mordor em direção à Minas Morgul, pois antes de ir a Osgiliath, Beregon desejava saber se seus pressentimentos estavam corretos e mandaria Brond e Amras espionarem com muito cuidado os destroços de Minas Morgul.
Por volta da primeira hora após o meio-dia, chegaram aos destroços de uma torre de vigia de orcs, Cirith Ungol. Ela fora grande, apesar de ser pequena se comparada a Minas Morgul, e estava deserta, não se ouvia ou via nada por perto, então eles adentraram na torre, da qual só restava um pedaço do térreo em pé, e resolveram descansar um pouco ali, mas partiram logo, porém, não haviam andado nem uma milha quando uma sombra cobriu os corações de todos e os cavalos ficaram descontrolados, sendo que Brond e Amras foram levados para longe por seus cavalos e desapareceram estrada a fora, já o cavalo de Oropher derrubou o dono e fugiu de novo para as sombras de Mordor, correndo desesperadamente para o leste, o único que permaneceu firme foi Stybba, um Meara, que apesar de não descender diretamente de Scadufax fazia parte de sua alta linhagem, e que recebeu esse nome em homenagem ao pônei que por algum tempo carregou Holdwine, o Magnífico.

Então, Beregon colocou Oropher em sua garupa e seguiram, em frente, apesar de não saberem mais se estavam na direção certa, de modo que se perderam e não tinham mais noção de onde estavam, por fim, se viram num amplo espaço côncavo que do lado oeste tinha uma abertura na rocha levando a um túnel, e o lado leste de onde tinham vindo nada mais que uma escadaria tortuosa, mas eles já não sabiam onde era oeste e onde era leste, e foi isso que os salvou, pois senão teriam entrado naquele túnel na esperança de sair do outro lado das Ephel Dúath e teriam entrado em Torech Ungol, a Toca de Laracna, e não teriam chegado nem a Escada Tortuosa quando ela os pegaria.

Assim, deitaram-se exaustos e dormiram, depois não puderam dizer quanto tempo haviam ficado ali, se por umas horas, alguns dias, até um mês, mas quando acordaram era dia e estava claro, e Oropher disse que era melhor esperarem um pouco para ver se Brond ou Amras os encontravam, e assim fizeram, até que a noite caiu e eles adormeceram com a promessa de subir a trilha por onde tinham vindo com o nascer do dia.

Na primeira hora antes do nascer do Sol, Beregon acordou com o relincho de Stybba que havia saído correndo e fora com uma rapidez impressionante para a direção de Osgiliath e percebeu que Oropher não estava deitado a seu lado e olhando para o chão viu um rastro de um sangue amarelento que levava até a abertura do túnel, sacou então sua espada e com muito cuidado adentrou na escuridão.
 
Não se via nada lá dentro, e se ouvia apenas um leve ruído de grilos que haviam ficado para fora cada vez mais distante, então uma pedra rolou atrás dele e se virando ele viu apenas um monte de pontos luminosos se apagando, e ficou imaginando que tipo de seres cruéis espreitavam naqueles túneis sombrios.

De repente, tropeçou no que pensou ser uma pedra e quase caiu, mas viu que era Oropher que estava ali, todo sujo daquele sangue amarelado que ele vira na entrada do túnel, e Oropher estava acordado apesar de fraco e disse:

-A grande aranha das lendas ainda vive...
-O que? perguntou Beregon
-À noite decidi me arriscar dentro do túnel para ver se achava algum curso d’água para encher nossos cantis e ela me atacou, desferiu dois golpes contra mim mas errou, e eu consegui lançar minha espada contra seu corpo, acho que feri seu ventre e então ela fugiu, não por medo, acho que ela sabe que você está aqui.
-Aquelas luzes que eu vi agora pouco...
-São os olhos dela, os olhos do monstro, acerte neles, acerte os olhos, os olhos...

A fala lhe morreu nos lábios e Beregon percebeu que o sangue daquele monstro era venenoso, pois Oropher havia desmaiado, então Beregon conseguiu levar o amigo para fora de novo, e o deitou num canto da cavidade, então ele viu que o monstro o seguira e agora o fitava com seus muitos olhos.

Era uma grande aranha negra, com as patas arqueadas sob o peso do ventre volumoso que agora expelia um fétido líquido amarelo, e seus muitos olhos eram como estrelas brancas num céu negro, mas Beregon percebeu que a simetria do desenho dos olhos era quebrada, pois alguns olhos não tinham correspondentes do outro lado, e sim cicatrizes feitas por uma lâmina élfica em outros tempos.

De um pulo ela avançou e ficou frente a frente com Beregon e ele viu que escorria saliva de sua boca monstruosa, ela tinha fome, e estava disposta a devorar Beregon e Oropher ali mesmo, de uma só vez.

Então, Beregon saltou para o lado a fim de distanciar o monstro de seu amigo que jazia desmaiado ao lado, e segurou firme no punho de sua espada, o monstro avançou sobre ele, e com um golpe de uma de suas patas o derrubou no chão e saltou sobre ele, mas ele ergueu sua espada e fincou-lhe no ventre já ferido.

Ela, porém, não se abalou muito, pois as aranhas são diferentes dos dragões, e seu ponto fraco não é o ventre e sim os olhos, ela então ergueu sua pata e desferiu um poderoso golpe, mas Beregon foi rápido e desviou a cabeça, e quando ela ia tentar de novo parou com um guincho e saiu cambaleando, pois Oropher havia acordado e vendo que ela ia matar o amigo saltou sobre ela com sua espada e enterro-a nos olhos do monstro mais fundo do que qualquer um jamais fizera.

Ela se debateu e tentou fugir, mas Beregon, como se movido por uma força mais antiga do que ele próprio e ouvindo ecos de vozes passadas em uma língua que ele pouco conhecia saiu de baixo do monstro e começou a cortar-lhe os olhos com uma fúria indomável, ele e Oropher destruíram o aglomerado de olhos dela e agora nem em uma era inteira ela poderia reconstruí-los.

Então, ela caiu, derrotada, a última das filhas de Ungoliant jazia sob os pés de dois guerreiros com nunca se viu, pois não eram movidos apenas pelo desejo de matar um ser maligno, e sim pelo desejo de proteger um ao outro, assim como acontecera quando Sam Gamgi a feriu para proteger Frodo, só que desta vez eram dois, e o amor entre eles era muito grande, de modo que mesmo sem ter um objeto poderoso como o frasco de Galadriel, derrotaram-na e jogaram seu corpo fétido dentro de Torech Ungol, e ali ele permaneceu até que apodrecesse e se misturasse a terra, e até o fim ali nada floresceu.

Mas, quando ela foi atirada dentro de Torech Ungol ainda estava viva, e relembrou toda sua vida, desde o nascimento em Ered Gorgoroth, e os anos de juventude que passou em Nan Dungortheb, o Vale da Morte Horrenda, onde ela e muitas de suas irmãs, além de sua mãe, Ungoliant, espalharam o terror a elfos e homens e ameaçaram a fronteira setentrional do reino de Doriath, até que Ungoliant, gigantesca, mas com cada vez mais fome, comeu a suas filhas, sendo que Laracna foi um das poucas que escapou, e fugiu sem destino para o leste, indo fazer seu ninho nas Ephel Dúath, de onde nunca mais saiu.

Se tivesse ficado em Nan Dungortheb, teria visto que sua mãe, em sua fome mortal, acabou por devorar a si própria, e teve assim seu fim, e teria sabido que se não tivesse sido morta por dois valentes guerreiros, seu destino não seria diferente, devoraria muitos em sua vida medíocre e no final acabaria como a mãe, devorando a si própria.

Então, fechou os últimos olhos que lhe sobraram e morreu, seu espírito se elevou e circundou sua toca na forma de uma névoa cinzenta, depois subiu aos céus e foi desfeito pelo vento que vinha do oeste.

Os dois saíram então do túnel, um se apoiando no outro, cambaleantes e cansados, porém felizes de terem saído vivos, e se deitaram ao lado da entrada do túnel e ficaram olhando para as estrelas, por fim adormeceram, e foi assim que Elrold, capitão de Osgiliath e Brond e Amras os encontraram, dormindo num sono profundo, em parte pelo cansaço em parte pelo veneno de Laracna, e eles foram levados a Minas Tirith, e foram curados pelo rei.

Ficaram, então, sabendo que Brond e Amras, depois de terem conseguido controlar os cavalos, se viram já diante das ruínas de Minas Morgul, e nem precisaram espionar, pois os orcs gritavam e riam, xingavam e falavam em meio a balburdia que lhes é peculiar.

Apressaram-se, então, a ir até Osgiliath, e lá chegaram em dois dias, e um exército comandado por Elrold veio com eles e rechaçou os orcs, não mais que 300, e depois Elrold, convencido por Brond e Amras, decidiu ir até as ruínas de Cirith Ungol para procurar por Beregon e Oropher, apesar do medo que sentia pela simples menção daquele nome de mau agouro.

Encontraram no caminho com um belíssimo cavalo branco, era Stybba, e este os guiou até o local em que havia deixado seu mestre e partido em busca de ajuda, eles foram facilmente localizados, todavia, como não acordavam, os homens decidiram leva-los a Minas Tirith para receber os cuidados do rei, e Stybba não permitiu que nenhum homem o montasse, mas foi o tempo todo ao lado da carroça que levava seu dono.

Quando já estavam recuperados e lhes foi permitido sair das casa da cura, foram ter com o rei, e ele lhes disse que haveria uma festa em Minas Tirith para comemorar a vitória sobre um dos últimos exércitos de orcs, mas depois que eles lhe contaram sobre tudo que ocorreu, o rei falou e disse:

-Sendo assim, mandarei chamar os senhores dos homens de Núrnen e a festa também celebrará a derrota de Laracna e a valentia e coragem de Beregon e Oropher, os matadores da Aranha!

No dia previsto, chegaram os homens de Núrnen, e para a surpresa de Oropher, traziam junto com seus animais o cavalo que Oropher achou que jamais veria novamente quando este fugiu em disparada para o leste, e o rei falou com eles, pois era um mestre nas tradições e tinha algum conhecimento, apesar de pouco, sobre a língua dos homens do leste.

Então, os dois receberam diademas com o símbolo da casa de Isildur que o próprio rei atou-lhes a testa com filetes de prata, e ao senhor de Núrnen foi ofertada uma espada e um elmo como os usados pelos homens de Gondor em sinal da amizade e aliança nascida entre os dois povos.

E foi assim que a Terra-Média se viu liberta de um grande mal, e que a Quarta Era do Sol pôde transcorrer mais tranqüila pela morte de Laracna e pela união dos Homens de Núrnen ao povo de Gondor e Ithilien.
 

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