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TV Game of Thrones (8ª temporada) - CONTÉM SPOILERS

Os nortenhos provavelmente não rejeitam Daenerys, mas apenas reconhecem mais os feitos de Jon, que estão muito mais ao alcance deles do que os feitos de Daenerys.
 
A Daenerys sempre foi meio esquentadinha (queimou os Tarly just because enquanto dizia lutar contra a tirania etc.) e provavelmente vai fazer alguma merda monstra para que o mundo inteiro fique receoso de ela ser rainha. Já estão criando uma tensão entre ela e a Sansa desde o início da temporada também, que não vai resultar em coisa boa. Acho que a piromaníaca platinada vai dançar. Se não morrer, rainha não será. E ao fim e ao cabo da guerra, acho que morrem todos os dragões para que a linhagem dessa praga tenha um fim definitivo.
No mais, concordo com boa parte do que a Mellime e outros falaram. Tyrion out of character, importância idiota dada à Missandei (quem se importa com uma aia numa guerra pelos sete reinos?), a batalha nos navios foi a maior furada (ba dum tss) etc. Mas o primeiro dragão foi abatido de surpresa, não nos esqueçamos. Não é que tenha sido "muito fácil"... É que ataques-surpresa são pra isso mesmo. Ninguém esperava, nem o telespectador, nem muito menos a Dan. Para mim, foi perfeitamente crível. Aquela balestra gigante já tinha aparecido noutra temporada, e agora ela foi reproduzida em série e, num lance de mestre, conseguiu causar uma bela baixa no exército rival. A quantidade de balestras instaladas em King's Landing já deixa claro que o Drogo vai ser quase inútil (se o roteiro for verossímil).
 
Última edição:
A Daenerys sempre foi meio esquentadinha (queimou os Tarly just because enquanto dizia lutar contra a tirania etc.) e provavelmente vai fazer alguma merda monstra para que o mundo inteiro fique receoso de ela ser rainha. Já estão criando uma tensão entre ela e a Sansa desde o início da temporada também, que não vai resultar em coisa boa. Acho que a piromaníaca platinada vai dançar. Se não morrer, rainha não será. E ao fim e ao cabo da guerra, acho que morrem todos os dragões para que a linhagem dessa praga tenha um fim definitivo.
No mais, concordo com boa parte do que a Mellime e outros falaram. Tyrion out of character, importância idiota dada à Missandei (quem se importa com uma aia numa guerra pelos sete reinos?), a batalha nos navios foi a maior furada (ba dum tss) etc. Mas o primeiro dragão foi abatido de surpresa, não nos esqueçamos. Não é que tenha sido "muito fácil"... É que ataques-surpresa são pra isso mesmo. Ninguém esperava, nem o telespectador, nem muito menos a Dan. Para mim, foi perfeitamente crível. Aquela balestra gigante já tinha aparecido noutra temporada, e agora ela foi reproduzida em série e, num lance de mestre, conseguiu causar uma bela baixa no exército rival. A quantidade de balestras instaladas em King's Landing já deixa claro que o Drogo vai ser quase inútil (se o roteiro for verossímil).
Por mais que tenha sido uma surpresa, acertar 3 flechas seguidas num dragão voando não é algo simples ne? tanto que na segunda vez, lançaram um monte e só acertaram o drogo de raspão, mesmo ele voando em linha reta.
Foi muito forçado.
 
Não esqueça que o Viserion morreu em pleno voo, com um único dardo do Rei da Noite.
O alvejamento do primeiro bicho foi perfeitamente crível, vai. Justmente porque foi surpresa, e o dragão voava como num passeio, a baixa velocidade e distraído. E, depois do primeiro projétil — que trespassou o coração — ele já estava mais pra lá do que pra cá. Acertar as outras foi moleza. A forçação houve, sim, mas foi a Dan bancando a valentona até se encagaçar no último segundo. Ali, sim, o roteirista/diretor demandou muita benevolência do espectador.
 
Última edição:
Havia uns rochedos e os barcos não estavam visíveis.
Além disso, a "velocidade de cruzeiro" em baixa altitude dos dragões facilitou a mira.
Só acho... rs
 
Então vamos la, se o rochedo tampava os barcos, logo também tampava a visão de quem tava no barco, logo eles só saberia exatamente onde o dragão estava, apos ele sair de trás dos rochedos (isso é uma lei física básica)
O dragão estava devagar: Devia ta a o que? 20Km hora? Atirar com uma arma, que é pequena e fácil da manusear, em um ser humano que corra numa velocidade menor que essa, é um trabalho nada fácil para soldados que treinam exaustivamente isso, imagina pra uma balista, pesada, pouco precisa, em um tempo de reação baixo? O quanto e em o que o Greyjoy ficou treinando para dar aquele tiro certeiro?
E outra o NK é um ser mágico, só isso explica uma força e uma precisão fora do comum, além do fato da própria arma dele ser mágica.

Por mais que seja fantasia, o mínimo de credibilidade precisa ser mantido.
 
Ai, que tédio. :lol: Você está errado no objeto de sua implicância (a segunda parte da cena é que é problemática). Ou ao menos, para a manter a consistência, você deveria implicar com quase tudo na série. A começar, se o assunto é física, pelo fato de os dragões não serem anatomicamente viáveis para o voo. Ok, ok, você vai dizer que são mágicos e tal, isso sempre funciona como um curinga, mas então eles não precisariam bater as asas também né? Ainda quanto à física, é preciso considerar mais do que só a velocidade absoluta: também o tamanho do alvo e a distância. Um objeto que se mova a 20km/h perto de nós parecerá mais rápido que se estivesse longe. Ao menos de longe será possível estimar a trajetória e antecipar o tiro. Se você for ao YouTube encontrará diversos exemplos de como é possível acertar objetos em movimento no ar, com arco e flecha. Daí sempre restará a desculpa de que o Euron não teve o "treinamento necessário" etc. Contudo, se essa queixa prosperasse, você teria de implicar que o Bron não tinha treinamento suficiente para dar um tiro de raspão no Jaime com a balista; nem a Arya treinou os anos necessários para arremessar flechas e facas com aquela precisão sobre-humana (aliás: seria possível mesmo com cem anos de prática?). Mas essa é uma característica recorrente na fantasia: exibições de habilidade sobre-humana, quando a personagem é importante, para contrastar com os soldadinhos comuns. São os equivalentes modernos dos heróis da tradição épica, embora não sejam, a rigor, semideuses. E no fim das contas tudo pode resumir-se a isso aí. São heróis entre homens comuns. Mas enfim... Não quero me alongar demais nisso, vai desviar o tópico para uma questiúncula bem irrelevante no contexto geral. #paz :tchaumam:

** Posts duplicados combinados **
Em tempo:
Fui só eu que notei (claro que não, duh, é apenas retórico) que o Jaime não empenhou a sua palavra para o Bron naquele diálogo?
Estou prevendo que ele matará o mercenário duas-caras quando surgir a oportunidade, já que o Bron abusou da boa vontade dos Lannister e já não serve a mais nenhum propósito na série. E o Bron decerto cobrará a "dívida" com aquela cara de pastel dele, e o Jaime lhe dirá: "Ahá, seu otário, eu não prometi nada; foi o Tyrion! Agora morra." Algo assim. Eu acho. :lol:
 
Eu também achei que a Missandei deveria ter agarrado a Cersei quando pôde e se atirado lá de cima com a rainha louca. Ela sabia que estava prestes a ser executada, e a Cersei estava coladinha nela, soprando em seu ouvido. Os punhos da Missandei estavam algemados, mas rolava se agarrar na roupa e puxar a vaca junto para o chão.

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Raiva dessa gente que morre quieta. >:(
 
a verdade é que o George R.R. Martin estivesse no comando ainda pelo menos um dos 4 (Arya,Jon,Daenerys ou Sansa) morreriam naquela batalha. Como todo filme e série só tá morrendo segundo escalação/personagem não tão importante :osigh:
 
ELES FIZERAM DE NOVO: D&D E AS PERSONAGENS FEMININAS EM GAME OF THRONES
Publicado em 7 de maio de 2019

Oito anos, oito temporadas e — até o momento — setenta e três episódios nos trouxeram até aqui. Game of Thrones, série inspirada por As Crônicas de Gelo e Fogo escritas por George R. R. Martin, se transformou em um dos programas mais lucrativos da HBO. Criada por David Benioff e Dan Weiss, a série conta a história de Westeros, os jogos de poder entre as famílias que comandam o continente e tudo o que vem no pacote (inclusive dragões e lobos gigantes) (inclusive não tanto quanto gostaríamos) — mas isso tudo você já sabe mesmo que não acompanhe o programa. Game of Thrones caiu tanto no gosto popular que é fácil conhecer o enredo da série e dos episódios mesmo sem tê-los assistido, e debater teorias é uma diversão à parte para os fãs.

Antes de ser fã da série, sou fã dos livros, mas tentarei separar uma mídia da outra nesse texto. Sei que são meios diferentes para contar a mesma história, e isso não me incomoda — nem nunca incomodou. Leio livros e assisto séries e filmes baseados neles desde que me lembro, e nunca menosprezei um em detrimento do outro. O grande problema com Game of Thrones não é apenas se afastar de seu material base, visto que o próprio Martin já se manifestou publicamente a respeito da difícil arte de adaptar livros para outras mídias como cinema e televisão, mas os grandes furos de roteiro perpetrados pela dupla David e Dan, principalmente no que tange às suas personagens femininas e seu desenvolvimento. E isso não é de hoje.

Atenção: o texto contém spoilers!

Ambas as mídias — livro e série — são violentas, isso é um fato. São mortes e batalhas acontecendo em sucessão, reviravoltas e traições, que por vezes é preciso parar um ou dois minutos para tomar fôlego e lembrar se determinado personagem permanece vivo ou não. Ninguém está a salvo em Game of Thrones e isso nós sabemos desde o momento em que o honrado Ned Stark (Sean Bean) foi decapitado logo no início da trama. Violência é uma constante no universo criado por George R.R. Martin, mas na adaptação feita por D&D há requintes ainda piores — e maiores — de crueldade.

Quer crueldade maior do que colocar na boca de Sansa Stark (Sophie Turner), a menina que foi abusada psicológica e fisicamente, vendida e estuprada, que ela só se tornou a pessoa forte de hoje em dia por conta dos abusadores que passaram por sua vida? Que Joffrey (Jack Gleeson), Mindinho (Aidan Gillen) e Ramsay (Ian Rheon) foram os responsáveis por transformá-la de passarinho assustado à Lady Stark de Winterfell? Para David Benioff e Dan Weiss — e tantos outros roteiristas—, uma mulher só pode se reerguer e se tornar forte após passar por um sem número de abusos, inclusive estupro, e ser grata por isso. Tal narrativa é típica de roteiros escritos por homens que não conseguem enxergar que a força de uma mulher não precisa, necessariamente, advir de traumas ou abusos; ela pode ser naturalmente resiliente, como no caso de Sansa.

Ainda adolescente, ela sobreviveu à Porto Real, à Joffrey e à Cersei (Lena Headey), e a todas as maquinações da corte. Soube se portar e ouvir, soube ver e aprender enquanto usava a fantasia de passarinho quebrado e desprotegido, e isso não lhe foi ensinado por ninguém. A narrativa do estupro é um recurso muito usado na cultura pop para construir personagens femininas que precisam demonstrar força ou crescimento, assim como para mover a narrativa adiante, algo para mostrar que a personagem feminina em questão tem motivos para agir da maneira que age, para partir em busca de vingança ou ser “difícil” — algo não destinado aos personagens masculinos, ou você já viu algum personagem do Liam Neeson sendo estuprado em algum de seus filmes para justificar o roteiro? Pois é. Eu também não.

Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), enquanto isso, perdeu metade de suas tropas — além de Sor Jorah (Iain Glen) — e não é tão amada ou bem recebida no Norte quanto pensou que poderia ser. O Rei da Noite foi derrotado, mas ela não vê ninguém a felicitando por ter ficado no Norte e lutado — não, no lugar disso ela precisa ver Tormund (Kristofer Hivju) exaltando o fato de que Jon (Kit Harington) montou em um dragão, algo que Daenerys vem fazendo desde que Drogon tinha tamanho suficiente para carregá-la, e que, apenas por isso, seria seguido por quem quer que fosse. Fica bem claro que o roteiro preguiçoso de D&D vem construindo a narrativa de Rainha Louca para Daenerys, desenhando a trajetória da Targaryen com base na loucura de seu pai, Aerys II. O curioso, para dizer o mínimo, é que Cersei não é chamada de Rainha Louca por ninguém mesmo após ter explodido o Septo de Baelor com boa parte das famílias nobres de Westeros dentro (adeus Tyrells) e a Fé Militante, e se sentado no Trono de Ferro em total plenitude sem ninguém pra reclamar — não era Margaery Tyrell (Natalie Dormer) amada pelo povo? Como a morte da jovem pode ter passado sem uma revolta por parte da população que tanto a amava? O conflito e a falta de coerência no roteiro permanece o mesmo se formos parar para pensar em como a família Tyrell era poderosa em Jardim de Cima e não foi enviado um mísero soldado de lá, clamando por vingança por seus familiares mortos. A essa altura, por exemplo, era a cabeça de Cersei que deveria estar presa em uma estaca nos muros da Fortaleza Vermelha.

Por meio dessa narrativa da crescente loucura em Daenerys — experimente perder dois de seus dragões, metade de seus exércitos, seu mais devotado conselheiro e protetor, e sua melhor amiga em pouco tempo e tente ficar são no processo — David Benioff e Dan Weiss dão início a mais uma desestruturação de trama e personagem, principalmente quando colocam Jon Snow como o único capaz de conter o “ímpeto de uma mulher poderosa que não consegue mais controlar suas emoções”. O legado de loucura e morte de Aerys II sempre retorna à mente de Daenerys visto que ela não quer trilhar o mesmo caminho do pai — seu comportamento, aliado à sua solidão, fizeram com que até mesmo seus conselheiros, Tyrion (Peter Dinklage) e Varys (Conleth Hill), conspirassem a respeito do direito de Jon ao trono em detrimento de Dany por ele ser, nas palavras de Varys, “moderado, comedido”, um homem, algo mais aceitável para os lordes de Westeros, alguém que amenizaria os piores impulsos de Daenerys.

Outro momento completamente fora de propósito para Daenerys, em “The Last of the Starks”, reside, também, na súplica feita por ela a Jon; se conhecesse realmente Jon — ainda mais que clama amá-lo —, Daenerys saberia que Jon não poderia viver em uma mentira, portanto esconder sua verdadeira origem jamais passaria pela cabeça dele, ainda que não queira se sentar no Trono de Ferro. Daenerys vem sendo desconstruída pedaço a pedaço, deslegitimando sua trajetória e crescimento durante toda a série, apenas para conveniência de roteiro – o problema não é fazer de Daenerys uma Rainha Louca, é fazê-la por interesse da trama, enaltecendo outro personagem, Jon Snow, para isso. Game of Thrones não é mais o que costumava ser.

E, por último, mas não menos importante, chegamos ao destino de Missandei (Nathalie Emmanuel). Por mais dolorida que tenha sido a morte de Rhaegal em “The Last of the Starks” —Euron Greyjoy (Johan Philip Asbæk) ter se transformado em um exímio atirador é realmente uma conveniência de roteiro impressionante nada se compara ao tratamento dado à Missandei por parte de D&D: a única mulher negra com falas em Game of Thrones foi morta como ferramenta de roteiro, instando tanto Daenerys quanto Verme Cinzento (Jacob Anderson) a buscarem por vingança, entrando em uma espiral de fogo e sangue — principalmente quando a última palavra proferida por Missandei, Dracarys, reforça essa ideia. Como se Daenerys não tivesse motivação o suficiente para retirar Cersei do trono, sua trajetória precisa ser reafirmada por meio da morte da única mulher não-branca da série? Parece que para D&D, é exatamente isso de que Daenerys precisa para entrar em modo total madness, concluir sua narrativa como a Rainha Louca e queimar Porto Real até não sobrar nada, civis ou exércitos inimigos. Missandei, colocada novamente em correntes, é apenas uma peça no jogo de David Benioff e Dan Weiss — um jogo, diga-se de passagem, que não parece muito inteligente no momento.

Brienne (Gwendoline Christie) e Arya (Maisie Williams), por enquanto, não destoaram tanto do arco narrativo que foi construído para elas ao longo dos anos. Enquanto Brienne tem sua primeira noite com Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) e é deixada por ele praticamente na sequência quando o cavaleiro parte em busca de Cersei, Arya declina a proposta de casamento de Gendry (Joe Dempsie), agora lorde de Ponta Tempestade. Apesar da construção de Brienne na série não focar tanto em seu desejo de ser vista como uma mulher comum — é só lembrar de como Brienne amou Renly Baratheon (Gethin Anthony) —, é perfeitamente aceitável vê-la chorar por Jaime. Ser uma cavaleira e uma lutadora poderosa não quer dizer que ela não possa, também, desejar ser amada por um homem — ainda que um tão problemático quanto Jaime. Para o Regicida, resta o benefício da dúvida e de que todo aquele discurso sirva para proteger Brienne, deixando-a em Winterfell enquanto ele parte para o Sul em busca do pescoço da irmã. E Arya, heroína de Winterfell, nunca quis ser uma lady, e não será um pedido de casamento que a fará mudar de ideia.

“The Last of the Starks” nos mostra, mais uma vez, que David Benioff e Dan Weiss não sabem fugir dos estereótipos quando o assunto é escrever personagens femininas — ou escrever um roteiro que seja. Ou essas personagens se odeiam e estão uma contra a outra, promovendo uma rivalidade feminina desnecessária, ou estão sendo subjugadas por homens sem metade do talento delas. Mulheres poderosas passam a ser consideradas loucas, mulheres traumatizadas são frias. A pouca diversidade da série é jogada no lixo por uma conveniência de roteiro, construções de personagens são completamente ignoradas por plot device e o resultado é um episódio fraco para uma série de escolhas narrativas ruins e pobres. No momento, nos resta aguardar os dois episódios restantes da derradeira temporada de Game of Thrones e que George R.R. Martin possa redimir seus personagens quando finalizar seus originais. A série de David Benioff e Dan Weiss é um eco distante do que foi quando estreou em 2011, uma versão esvaziada de alma de algo que eu verdadeiramente adorava.
 
Ai, que tédio. :lol: Você está errado no objeto de sua implicância (a segunda parte da cena é que é problemática). Ou ao menos, para a manter a consistência, você deveria implicar com quase tudo na série. A começar, se o assunto é física, pelo fato de os dragões não serem anatomicamente viáveis para o voo. Ok, ok, você vai dizer que são mágicos e tal, isso sempre funciona como um curinga, mas então eles não precisariam bater as asas também né? Ainda quanto à física, é preciso considerar mais do que só a velocidade absoluta: também o tamanho do alvo e a distância. Um objeto que se mova a 20km/h perto de nós parecerá mais rápido que se estivesse longe. Ao menos de longe será possível estimar a trajetória e antecipar o tiro. Se você for ao YouTube encontrará diversos exemplos de como é possível acertar objetos em movimento no ar, com arco e flecha. Daí sempre restará a desculpa de que o Euron não teve o "treinamento necessário" etc. Contudo, se essa queixa prosperasse, você teria de implicar que o Bron não tinha treinamento suficiente para dar um tiro de raspão no Jaime com a balista; nem a Arya treinou os anos necessários para arremessar flechas e facas com aquela precisão sobre-humana (aliás: seria possível mesmo com cem anos de prática?). Mas essa é uma característica recorrente na fantasia: exibições de habilidade sobre-humana, quando a personagem é importante, para contrastar com os soldadinhos comuns. São os equivalentes modernos dos heróis da tradição épica, embora não sejam, a rigor, semideuses. E no fim das contas tudo pode resumir-se a isso aí. São heróis entre homens comuns. Mas enfim... Não quero me alongar demais nisso, vai desviar o tópico para uma questiúncula bem irrelevante no contexto geral. #paz :tchaumam:

** Posts duplicados combinados **
Em tempo:
Fui só eu que notei (claro que não, duh, é apenas retórico) que o Jaime não empenhou a sua palavra para o Bron naquele diálogo?
Estou prevendo que ele matará o mercenário duas-caras quando surgir a oportunidade, já que o Bron abusou da boa vontade dos Lannister e já não serve a mais nenhum propósito na série. E o Bron decerto cobrará a "dívida" com aquela cara de pastel dele, e o Jaime lhe dirá: "Ahá, seu otário, eu não prometi nada; foi o Tyrion! Agora morra." Algo assim. Eu acho. :lol:

Vamos lá, da mesma forma que eu disse, o arco e flecha é uma arma leve e de fácil manuseio, o que é completamente diferente de uma balista.
Um objeto longe pode até não aparentar a mesma velocidade,, mas se torna um alvo menor, o que torna a precisão do tiro com uma arma pesada muito menor.
Ele podia até fazer a estimativa do tiro, porém isso aumenta o tempo de reação que é algo importantíssimo em um ataque surpresa, principalmente quando se tem uma frota inteira.
Quanto ao treinamento, que eu saiba a Arya treinou e muito, primeiro com espadas, depois foi treinada por um grupo de assassinos por um bom tempo. Quanto ao Bron, ninguém disse que os erros começaram agora, o Bron em si é praticamente um erro.
E você erra no fato do que é ser um herói e um soldadinho. Heróis tem todo uma jornada de construção, como a Arya teve, o Jon também, e até outros personagens como o Theon, um vilão também passa por uma jornada, como a própria Cersei, e não o Euron,
Quanto a anatomia dos dragões e a forma como eles voam, é algo que já é comum a fantasia medieval, é um conceito pré estabelecido, faz pate da cultura popular.

Esses tipos de detalhes é que diferencia grandes aventuras de novelas da globo, onde as coisas podem simplesmente mudar por vontade dos diretores ou roteiristas.
A série, mesmo quando te surpreendia, fazia isso dentro de uma lógica interna, como a morte de muitos personagens importantes, volta e meia dava uma escorregada, sim, mas coisas de bem menos impacto.
.Na verdade a temporada tem cometido tantos erros que tem recebido mais críticas que o normal, e até o Martin resolveu dar declarações para se desvincular o máximo possível.

Um edit para comentar a postagem da Clara

Concordo principalmente com a parte da Daenerys, o roteiro da série está fluindo de uma forma completamente esquisita agora, ta tudo muito brusco, não há uma real construção dos eventos, é tudo muio rápido e jogado. A morte de 99,99% dos dothraki de forma completamente atabalhoada foi um jeito muito conveniente de dar um fim para um povo que tava longe de casa lutando pela rainha deles, que irá governar uma terra estranha (pelo menos para eles). O fim dado aos White Walkers foi muito besta para tudo que a série construiu e assim vai seguindo a temporada.
 
Última edição:
Mas eu nunca neguei que a série estivesse toda errada, há muito tempo e mais ainda na oitava temporada. :dente:
Por isso mesmo é que me espanta toda essa preocupação com a súbita expertise do Euron, quando há zilhões de outros defeitos para se focar.

Quanto à Daenerys, ela desde o início vinha tentando se distanciar do fantasma que pairava sobre ela, por conta do rei louco, o que por si só já mostra que havia ali um esforço consciente de não sucumbir à raiva e às soluções violentas. Mas não é de hoje que ela toma atitudes bruscas, impensadas. Por exemplo, ter mandado queimar o chefe da Casa Tarly e o seu herdeiro, apenas porque sim. Havia plenas condições naquele contexto de somente prendê-los. Ela também parecia desequilibrada e vingativa já em Meereen. Como se lê neste resumo:

Daenerys conta que mandou Daario e seu exército para retomar Yunkai e matar todos os mestres remanescentes por lá. Jorah lembra que se Ned Stark tivesse tomado a mesma atitude quando ele próprio vendeu escravos, ele não estaria ali para aconselha-la. Daenerys recua e ordena que Jorah diga para Daario levar Hizdahr zo Loraq com ele, para que os mestres de Yunkai sejam avisados para se submeter às regras dela. (Fonte: aqui)

Pode estar havendo certa brusquidão no andamento do roteiro, por causa da pressa de fechar a série, ninguém nega isso, mas ninguém em sã consciência diria que a Dan era um cândido anjinho. Ela já vinha precisando de conselheiros para controlar seu ímpeto piromaníaco. O resto é wishful thinking.
 
Então vamos la, se o rochedo tampava os barcos, logo também tampava a visão de quem tava no barco, logo eles só saberia exatamente onde o dragão estava, apos ele sair de trás dos rochedos (isso é uma lei física básica)
O dragão estava devagar: Devia ta a o que? 20Km hora? Atirar com uma arma, que é pequena e fácil da manusear, em um ser humano que corra numa velocidade menor que essa, é um trabalho nada fácil para soldados que treinam exaustivamente isso, imagina pra uma balista, pesada, pouco precisa, em um tempo de reação baixo? O quanto e em o que o Greyjoy ficou treinando para dar aquele tiro certeiro?
E outra o NK é um ser mágico, só isso explica uma força e uma precisão fora do comum, além do fato da própria arma dele ser mágica.

Por mais que seja fantasia, o mínimo de credibilidade precisa ser mantido.

Basicamente "lazy writing". E tem sido ruim assim desde a sexta temporada.
 
Eu vi uma teoria, claro, ela me fez pensar em algo bem interessante.

"
First was the classically existential evil; detached, cold, and meaningless…
but an unambiguous adversary coming to end everyone.
The other, that no one sees until it’s too late, the blindspot…
is the fire within.
It’s the personal, the passionate, the unbridled stallion that requires reflection… questions of what it means to be human, the costs of winning. Invested and life-giving, fire germinates and inspires - begs to be embraced.
Yet left unchecked, it will grow out of control and tragically consume.
Extinguishing a blaze makes it no less beautiful to behold,
demanding appreciation.

But a song needs balance, harmony.
"

NESSE contexto, esse final faz sentido.

Edit.

seguindo a poética, assim como o dragonglass (algo criado pelo fogo) mata o nightking (gelo), o X (algo criado pelo gelo) mata a vingança pessoal, passionalidade, daenerys (fogo)
 
Última edição por um moderador:
Eu notei algumas semelhanças (em questões como desenho de produção, cenografia, efeitos visuais) entre a batalha do episódio 5 e a batalha de Minas Tirith em Return of the King.

Se o episódio anterior foi marcado pela imprevisibilidade, esse abraçou o que seria - e foi - um clichê: a destruição de Porto Real pela Dany.

No mais, tudo soçabrou para o imprevisível: Jaime morrendo abraçado com Cersei, Arya deixando de lado sua ânsia vingativa, abraçando o lado salvadora ...

Que Arya se voltará a Daenerys é quase inevitável: é a última missão (o que dá a entender ser a última cena, o início de uma missão) de alguém cuja lista de mortes zerou de repente.

Outro fim se desenha claramente: com Cersei e Jaime mortos (provavelmente) , Tyrion não terminará seus dias sem companhia, a não ser que os roteiristas não gostem mesmo dos Lannister, a ponto de enterrar mais uma Casa...
 
Nem vou colocar meu pareceres sobre o episódio pq nem vale a pena.

Eu notei algumas semelhanças (em questões como desenho de produção, cenografia, efeitos visuais) entre a batalha do episódio 5 e a batalha de Minas Tirith em Return of the King.

Se o episódio anterior foi marcado pela imprevisibilidade, esse abraçou o que seria - e foi - um clichê: a destruição de Porto Real pela Dany.

No mais, tudo soçabrou para o imprevisível: Jaime morrendo abraçado com Cersei, Arya deixando de lado sua ânsia vingativa, abraçando o lado salvadora ...

Que Arya se voltará a Daenerys é quase inevitável: é a última missão (o que dá a entender ser a última cena, o início de uma missão) de alguém cuja lista de mortes zerou de repente.

Outro fim se desenha claramente: com Cersei e Jaime mortos (provavelmente) , Tyrion não terminará seus dias sem companhia, a não ser que os roteiristas não gostem mesmo dos Lannister, a ponto de enterrar mais uma Casa...

Se a Daenerys não matar o Tyrion, os roteiristas precisam ser banidos, na verdade ele já devia ter sido morto ne? Teve uma traição as claras na noite anterior e ele nem preso foi, mas releva isso (já relevou tanto). Ai beleza, no dia seguinte ela destroi uma cidade inteira pq ali ninguém a ama, mesmo com o fato dela nunca nem ter dirigido a palavra a nenhum morador do local, dessa forma, como pode ela perdoar um traidor?
 
Se o episódio anterior foi marcado pela imprevisibilidade, esse abraçou o que seria - e foi - um clichê: a destruição de Porto Real pela Dany.

No mais, tudo soçabrou para o imprevisível: Jaime morrendo abraçado com Cersei, Arya deixando de lado sua ânsia vingativa, abraçando o lado salvadora ...

Que Arya se voltará a Daenerys é quase inevitável: é a última missão (o que dá a entender ser a última cena, o início de uma missão) de alguém cuja lista de mortes zerou de repente.

Outro fim se desenha claramente: com Cersei e Jaime mortos (provavelmente) , Tyrion não terminará seus dias sem companhia, a não ser que os roteiristas não gostem mesmo dos Lannister, a ponto de enterrar mais uma Casa...

Se a Daenerys não matar o Tyrion, os roteiristas precisam ser banidos, na verdade ele já devia ter sido morto ne? Teve uma traição as claras na noite anterior e ele nem preso foi, mas releva isso (já relevou tanto). Ai beleza, no dia seguinte ela destroi uma cidade inteira pq ali ninguém a ama, mesmo com o fato dela nunca nem ter dirigido a palavra a nenhum morador do local, dessa forma, como pode ela perdoar um traidor?

Fizeram um comentário, basicamente a ideia da Daenerys pode ter sido nunca ter conquistado Westeros, talvez apenas destruir King's Landing e aqueles que destruíram ela e a familia dela, e no final voltar para essos, talvez o relacionamento dela com o Grey Worm deixa isso como uma possibilidade evidente. Além das ultimas palavras da Missandei.
 

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