Ao mesmo tempo que reclamo da falta de exposição de outras culturas, penso no porquê que um autor seria obrigado a cumprir cota - isso, sim, me pareceria algo ruim.
Há autores que já fazem isso, que encaram como um desafio o romance histórico de outros povos ou grupos oprimidos - Conn Iggulden, por exemplo. Mika Waltari, EL Doctorow, James Michener, Howard Fast...
(Tenho problemas sérios com Leon Uris - o posicionamento político dele salta aos olhos e o cara não sente nenhuma empatia pelas personagens. E Clavell tinha uma agenda claramente orientalista, mais realçando a exoticidade asiática que contando a história per se, mas elogio a capacidade dele de criar tramas elaboradas.)
E como outros aqui já comentaram - e até onde li sobre -, Cornwell não está preocupado em exaltar o passado, mas em contar a história dos pequenos, daqueles que, para o bem ou para o mal, ajudaram a moldar a História (que clichê!) - nem coadjuvantes mas mesmo elenco de apoio, como o Alatriste de Pérez-Reverte.
Se fosse mero enaltecimento de uma figura nacional ideal - e isso não anda em voga em literatura há décadas! -, aí tenderia a pensar a crítica mas precisaria ler pra verificar se é isso mesmo. Por ora, confio nos depoimentos dos demais leitores.