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O ridículo Tom Bombadil

O que você acha do Tom?

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  • Não acho ridículo mas não gosto

  • Gosto, mas foi bom ter ficado fora do filme

  • Adoro o Tom! Tom Bom Tom Bombadillo!


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Clara

Perplecta
Usuário Premium
O Cracked publicou um artigo sobre como o fato de alguns filmes não serem fiéis aos respectivos livros, dos quais foram adaptados, foram benéficos à obra.

São seis exemplos (que podem ser vistos aqui) e em sexto lugar está o nosso querido (?) Tom Bombadil, com comentários sobre a sua total inutilidade para a história, sua personalidade estranha (e às vezes até assustadora) além das coisas estranhas faz e fala, como a sua cantoria de gosto duvidoso e os conselhos que dá, tipo aquele de os hobbits rolarem pelados na grama, quando são salvos das criaturas tumulares. :lol:

(O texto todo é em inglês, desculpem! Não consigo traduzir tudo isso. =/ )


"Tolkien's Lord of the Rings defined the fantasy genre so hard that it'd have been stupid for all the other fantasy writers in the world not to rip him off, but it's also probably one of the least-cinematic novels you'll ever find this side of Ayn Rand. See, as we've already pointed out, Tolkien wasn't actually a novelist at all; he was a stodgy old linguistics professor with an awesome pipe habit who basically wrote the books as a support system for his made-up Elf languages.

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Even in military uniform, he looks like the world's biggest nerd.

A fake language dictionary disguised as an epic fantasy novel, as you can imagine, doesn't exactly lend itself to the big screen. So, for the sake of streamlining the story, a lot of elements had to be tweaked or outright abandoned. For example, the book version drags on for six chapters after Gollum takes his swan-dive into the volcano, and before it's over, we see Saruman acting like a small-time mafioso in the Shire before ending up on the wrong end of a shiv. So, yeah -- the infuriating multiple endings in Return of the King: That's real. But what they left out was much weirder, such as the part where Merry and Pippin almost get eaten alive by an angry tree but are saved by a dancing, prancing forest-dweller who calms down the tree by singing to it and then lures the bewildered hobbits back to his secluded shack in the woods.

Tom enjoys long walks in the woods, wearing a blue coat with stylish yellow boots, singing, flitting about like a wood-nymph-hobo and rescuing wayward travelers from angry trees. Oh, and when he talks, he sounds like this:

"Hey dol! merry dol! ring a dong dillo!

Ring a dong! hop along! fal lal the willow!

Tom Bom, jolly Tom, Tom Bombadillo!"

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"Ring a ding dello! The darkness demands tears and shrieking sacrifice! Ring a derry dol!"


In Chapter 7, Tom takes the hobbits (who inexplicably don't run in the opposite goddamn direction the second he opens his mouth) back to his home, where they are greeted by Tom's shockingly hot blonde wife, who serves them what "seemed to be clear cold water, yet it went to their hearts like wine and set free their voices."

Then it's off to bed for the hobbits, who are ominously warned, "Heed no nightly noises!" which has to be the most terrifying piece of bedtime advice you can possibly hear from a man whose facial hair looks like it has unspeakable sexual appetites of its own. Frodo, predictably, is plagued by terrible dreams all night and wakes up to Tom shouting, "Ring a ding dillo! Wake now, my merry friends! Forget the nightly noises! Ring a ding dillo del!"


Originally, Tom Bombadil has nothing to do with Lord of the Rings; Tolkien first wrote about him years earlier, portraying him as a sort of nature-spirit. He lifts out of the story so easily that even people who have read Lord of the Rings tend to forget about him. Who Tom is and why he lives in the woods are never fully explained; he's supposed to be "oldest and fatherless," so theories are that Tom may be God, or some kind of avatar of Middle-earth. You can read Lord of the Rings as an allegory for World War II, in which case Tom Bombadil represents the spirit of pacifism and noninvolvement. Which, as we all know, makes for bitching action movies.

In Tolkien's own words: "Tom Bombadil is not an important person -- to the narrative. I suppose he has some importance as a 'comment.' I mean, I do not really write like that: he is just an invention (who first appeared in The Oxford Magazine about 1933), and he represents something that I feel important, though I would not be prepared to analyse the feeling precisely. I would not, however, have left him in, if he did not have some kind of function."


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"Or maybe it was all that pipe weed."

There you have it: The writer himself isn't prepared to commit to an answer about why the fuck this happened.
 
A presença do Tom no texto como escolha acertada a ser deixado fora do filme é inquestionável, eu pelo menos concordo totalmente com isso.
Agora, apesar de engraçado o cara fala umas coisas que não dá pra crer.
Ele diminui pra caramba o Tolkien como escritor. Ok, o Silmarillion é pesado, não está nem perto de ser um romance convencional, mas o Senhor dos Anéis é outra história. Agora dizer que o cara escreveu um livro de mais de 1000 mil páginas no decorrer de décadas apenas e unicamente para criar um background para suas línguas e ridículo.
Chamar de o SdA de "dicionario de língua inventada disfarçado de romance de fantasia épico" é fazer o professor se revirar em fúria no seu belo túmulo em Oxford.
A crítica aos múltiplos finais do livro já são mais aceitáveis. Não que eu concorde em hipótese alguma, mas dá pra entender que algumas pessoas possam ter dificuldades com isso.
Agora, o que Tolkien ia achar do cara chamar o livro de alegoria da Segunda Guerra? Se vê claramente o quanto ele conhece a respeito da obra.
O Tom Bombadil em si... esse pode ser zoado!
:P
 
Eu li o capítulo do Tom só da primeira vez em que li a Sociedade do Anel traduzida e depois quando li o livro no original. Hoje, em cada releitura, eu pulo o capítulo dele. Acho um porre.
 
A presença do Tom no texto como escolha acertada a ser deixado fora do filme é inquestionável, eu pelo menos concordo totalmente com isso.
Agora, apesar de engraçado o cara fala umas coisas que não dá pra crer.
Ele diminui pra caramba o Tolkien como escritor. Ok, o Silmarillion é pesado, não está nem perto de ser um romance convencional, mas o Senhor dos Anéis é outra história. Agora dizer que o cara escreveu um livro de mais de 1000 mil páginas no decorrer de décadas apenas e unicamente para criar um background para suas línguas e ridículo.
Chamar de o SdA de "dicionario de língua inventada disfarçado de romance de fantasia épico" é fazer o professor se revirar em fúria no seu belo túmulo em Oxford.
A crítica aos múltiplos finais do livro já são mais aceitáveis. Não que eu concorde em hipótese alguma, mas dá pra entender que algumas pessoas possam ter dificuldades com isso.
Agora, o que Tolkien ia achar do cara chamar o livro de alegoria da Segunda Guerra? Se vê claramente o quanto ele conhece a respeito da obra.
O Tom Bombadil em si... esse pode ser zoado!
:P

Por outro lado, acho que faz sentido dizer que é um livro muito difícil de se adaptar (assim como A Revolta de Atlas, de Ayn Rand). Na prática, PJ precisou fazer muitas escolhas difíceis. Algumas fizeram bastante sentido, outras não. Tipo, deletar Tom Bombadil e o Expurgo do Condado foram boas decisões.
 
Bombadil ia alongar o filme sem muita necessidade e seria difícil de fazer sem parecer ridículo e o Expurgo do ponto de vista cinematográfico era impraticável.
Ainda não vi a adaptação de Atlas Shrugged. O livro é tao estupendo que estou até meio receoso com os filmes mas verei em breve.
 
Eu ainda acho curioso como Tom Bombadil consegue gerar tantas reações negativas. XD Para mim, não cheira nem fede, mas o encontro com ele gera uma das passagens que eu acho essenciais no primeiro livro: a armadilha das criaturas tumulares e o aparecimento daquela semente de coragem em Frodo.

"There is a seed of courage hidden (often deeply, it is true) in the heart of the fattest and most timid Hobbit, waiting for some final and desperate danger to make it grow. Frodo was neither very fat nor very timid; indeed, though he did not know it, Bilbo (and Gandalf) had thought him the best Hobbit in the Shire. He thought he had come to the end of his adventure, and a terrible end, but the thought hardened him. He found himself stiffening, as if for a final spring; he no longer felt limp like a helpless prey."
 
até hj eu espero um extra em dvd do expurgo do condado, seria genial ... ou mesmo um filme a parte ...

Agora tom bombadil, pra mim, as falas deles só ficaram menos estranhas quando li em ingles, e dá até pra sentir o ritmo dos versos...

Quanto à crítica, salvando o gosto pessoal, acho q para criticar alguma coisa é necessário ter um conhecimento maior do que superficial para se ensaiar alguma coisa, e acho q o cara não tem mesmo ...
 
Quanto à crítica, salvando o gosto pessoal, acho q para criticar alguma coisa é necessário ter um conhecimento maior do que superficial para se ensaiar alguma coisa, e acho q o cara não tem mesmo ...
Eu já tive impressão de que ele conhecia o livro sim.

Alguns trechos me fizeram rir, como o do Saruman mafioso depois da destruição do anel.
 
Ele deve ter lido, mas certamente não compreendeu vários meandros da narrativa e não sabe de certos detalhes da concepção da obra.
 
Ah sei lá cara, em um texto onde há a nítida intenção do exagero, como parece ser o caso desse daí, não dá para afirmar categoricamente qualquer coisa.
 
Talvez não realmente. Não dá pra afirmar realmente.
Se ele tem um conhecimento maior da obra, deixou meio de lado escrevendo um texto mais acessível a todos público leitor.
Mas ainda assim, a parte da alegoria foi fail.
 
Olha, a respeito de alegorias eu prefiro não colocar a mão nesse vespeiro hehehe. Apelo para usuários realmente estudiosos da obra do professor, como o caso do @Ilmarinen.
 
J.R.R. Tolkien disse:
“I cordially dislike allegory in all its manifestations, and always have done so since I grew old and wary enough to detect its presence. I much prefer history – true or feigned– with its varied applicability to the thought and experience of readers. I think that many confuse applicability with allegory, but the one resides in the freedom of the reader, and the other in the purposed domination of the author.”
 
Eu sei, conheço esse texto aí hein. Mas o professor sempre negou outras coisas, como a influência da mitologia céltica em suas obras e no entanto...

Até tem um interessante tópico a respeito do assunto:

http://forum.valinor.com.br/topico/influencia-celtica-e-irlandesa-relacao-de-amor-e-odio.96761/

Eu imaginei que conhecesse, só coloquei para referência mesmo. A questão da alegoria eu acredito que ele negava pois para ser alegoria deve ser concebida como alegoria e dessa forma construída pelo autor. O que não é o caso visto o quanto ele não gosta desse tipo de coisa.
Esse tópico de mitologia celta vou devorar mais tarde em casa e comento. Gosto por demais de mitologia celta e isso deve ser interessante de ler.
 

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