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Seria Tolkien racista?

  • Criador do tópico Criador do tópico TorUgo
  • Data de Criação Data de Criação
Quando fazem essa afirmação/indagação sobre o racismo é sempre bom lembrar duas coisas:

O mundo de Tolkien não é um mundo inventado "de raíz" como Terramar da Le Guin ou Narnia de Lewis ( eis porque o problema é bem mais sério no caso dele, em Narnia) é um passado remoto do nosso próprio mundo e, do mesmo jeito que Tolkien pretendia que o nível tecnológico da Terra-Média fosse uma proto Idade Medieval ou crepúsculo da Idade Antiga, ele também pretendia que as relações geopolíticas do Noroeste da TM tb refletissem o que acontecia ( ou viria a acontecer) nesses períodos posteriores no Mundo Primário, nosso Mundo Real.

A Europa foi mesmo assolada por invasores vindos do sul e do leste, fenícios,persas mouros, turcos, tártaros, hunos, etc , etc durante toda essa fase e o mundo de Tolkien remete esse antagonismo milenar pro passado de nosso mundo primário onde Oriente e Ocidente sempre viveram às turras, com o Oriente e Sul sendo os agressores até o início da virada, por assim dizer, que começou com Alexandre o Grande da Macedônia.

Então, o mundo de Tolkien, nesse particular, reflete arquétipos, modelos estereotipados do imaginário medieval que eram reais no período medieval da Europa e até mesmo no fim do domínio de Roma, mas isso não significa que o próprio Tolkien acreditava neles, ou que ele achava mesmo que essas idéias tinham "aplicabilidade" pro mundo contemporâneo ipsis literis, muito pelo contrário, apenas que tais conceituações eram "a realidade" do mundo retratado naquele momento "histórico" em particular, e com muita justiça, aliás, se formos encarar a história humana com imparcialidade.

Um indivíduo romano tinha mesmo N motivos pra ser racista contra, por exemplo, um tártaro ou mongol ou um fenício ou etrusco mas,na verdade, tais preconceitos não vinham, em primeiro lugar, da cor da pele ou características fisiológicas mas, sim, do posicionamento geopolítico dos tais indivíduos. A "desculpa" racial pro "racismo", na verdade, como acontece até hoje, vem DEPOIS dos fatos geopolíticos e econômicos. Era a atitude destrutiva e "bárbara" dos indivíduos do Leste e Sul ao enfrentarem os indivíduos do Ocidente que os tornavam alvos de preconceito, claro que, depois, a coisa virou toma lá da cá, porque como dizem por aí, o ódio gera o ódio ( como Tolkien bem disse no Akhalabêth onde surgiu rivalidade entre clãs e famílias em Númenor.

Além de tudo isso, a melhor resposta:Sauron dominou o Leste e o Sul como um ser encarnado imortal durante, aproximadamente, 6000 anos, mesmo quando não encarnado ou fisicamente presente, essas regiões estiveram sob sua "sombra" e de seus servidores durante quase duas eras do Mundo.

E, mesmo antes disso, Morgoth já tinha provocado a Queda dos Homens lá no Leste distante e só alguns poucos arrependidos vieram como refugiados pra Beleriand.

Essa "sombra" de Morgoth e Sauron,como sabemos, inclui, ademais, influência mental e espiritual (vide Cartas e Notas do Osanwë Kenta), não dominação ao ponto de eliminar o livre-arbítrio mas sugestão "tentadora" perniciosa virtualmente irresistível com o passar do tempo ( vide os exemplos de Húrin Thalion e dos numenorianos que, segundo as cartas, foram "controlados" por Sauron usando o Anel do Poder). Ele "gastou" energia subcriativa pra corromper Númenor.

Logo, os habitantes do leste e do sul da TM ficaram mais expostos a isso desde que os Valar abandonaram o Leste depois da destruição de Almaren lá na Era das Lâmpadas ou das Estrelas. O que os tornaram susceptíveis à corrupção foi isso: a exposição não mitigada à zona de influência morgothiana e sauroniana ( quase como uma radiação de mal que vem do Elemento Morgoth e da contaminação da Oré, o "coração profundo" da humanidade), e não a cor de suas peles, o formato de seus olhos e outros caracteres "étnicos".

Tanto é que isso é verdade que os Numenorianos, que são a "raça humana" mais elevada do mundo de Tolkien ( porque sua casa reinante tinha o sangue de Lúthien e Melian e/ou se beneficiaram de sua influência e da proximidade de Aman), em sua maior parte, se corromperam com Sauron gastando lá uma fração do tempo usado pra perverter os Haradhrim e Sulistas, "só quarenta anos". E olha que eles tinham a vantagem não possuída pelos habitantes da TM de terem visto, pelo menos no passado, o poder dos Valar usado como proteção e salvaguarda deles próprios e moravam numa ilha erquida do mar e tornada fértil pelo poder dos Senhores do Ocidente e mesmo assim...

Eles se corromperam de um modo que nenhum easterling ou haradrim jamais se corrompeu e ousaram profanar o Reino Abençoado atacando os seus próprios benfeitores.

Mais a respeito do assunto aí nesse link pra fórum em inglês onde o tema foi debatido frutiferamente em tempos recentes.
A pergunta inclusive foi: Tolkien era Anti-Islã?

LOTR--- Anti-Islam?!
 
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E complementando a resposta do Snaga, Tolkien reflete de modo preciso o período de transição entre o fim do Império Romano e o início da Idade Média; onde praticamente toda a Europa foi assolada pelas invasões de tribos góticas, normandas, vândalas e hunos. Para o cidadão romano, qualquer cultura que não fosse inspirada nos valores legados pelos gregos e que não falasse o idioma e o latim, era considerada bárbara.

Mesmo que fosse a rica cultura celta, normanda, chinesa ou persa, todos eram povos não-civilizados. A definição de "racismo" que estamos acostumados a ouvir e estudar é recente e foi deixada por um cidadão de bigodinho escroto, cabelo lambido por vaca e que simplismente pregava o extermínio sistemático de pessoas que não se enquadravam na estirpe ariana. Os personagens mais próximos desta definição são Melkor e Sauron. Ambos desejam a destruição dos Filhos de Eru e, se possível, dos Ainur.

PS: Nussa. Nem li a resposta do Ilmarinen e acertei em parte dela :dente:
 
Os personagens mais próximos desta definição são Melkor e Sauron. Ambos desejam a destruição dos Filhos de Eru e, se possível, dos Ainur.

Sim, Ainur, sua própria "raça".

Já parece ter até livro sobre isso disponibilizado na NET, Tolkien , política e Racismo, tem um artigo bem bonzinho sobre isso aí.

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Tolkien and Politics a Third Way Special

E só pra vcs confirmarem que o Avatar dá ensejo ao mesmo tipo de discussão por motivos similares

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Sobre o antisemitismo Tolkien fala em uma das cartas. Inclusive ele se negou a declarar que não possuia sangue judeu para ter sua obra publicada na Alemanha

Mas como consta lá na nota de rodapé, ele escreveu 2 cartas, isso estava na carta não enviada, nada sabemos do conteúdo da carta enviada.

A definição de "racismo" que estamos acostumados a ouvir e estudar é recente e foi deixada por um cidadão de bigodinho escroto, cabelo lambido por vaca e que simplismente pregava o extermínio sistemático de pessoas que não se enquadravam na estirpe ariana.

Não, é um pouco mais antiga, vem do tempo das grandes navegações, século XIV e XV. Antes disso não existia esse conceito (pelo menos não baseado na cor).
 
Post perfeito do Ilmariem, mas tem um pequeno errinho. Os etruscos não eram povos barbaros e nem menos invasores do imperio romano, os etruscos eram os proprios romanos uma vez que roma recebeu grande influencia deles. Desde o tempo dos reis até a republica, a região dos etruscos vai ser conquistada bem no inicio da republica.
A respeito das similaridades da historia da terra media e a antiguidade tardia/ idade media, eu tambem concordo. E vou acrescentar que a batalha de minas tirith na guerra do anel é parecida com a batalha nos portões de roma na segunda guerra punica quando hanibal general de cartago vem com um exercito de elefantes atacar roma. Só corrigindo o exercito de elefantes de hannibal morre no vale do pó de doença, mesmo assim ele continua e causa maior alvoroço na peninsula italica.
Só lembrando que na epoca de roma não existia a ideia de ocidente e nem oriente, essa ideia vai surgir na idade media com a ideia de cristandade.
Agora mudando de assunto só senti a falta do reino de prestes joão pra a ambientação medieval da terra media do tolkien fica perfeita.
 
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Mas como consta lá na nota de rodapé, ele escreveu 2 cartas, isso estava na carta não enviada, nada sabemos do conteúdo da carta enviada.



Não, é um pouco mais antiga, vem do tempo das grandes navegações, século XIV e XV. Antes disso não existia esse conceito (pelo menos não baseado na cor).

Na verdade, é mais recente, trata-de da crença pseudo científica da superioridade de certas raças, que surgiu no século XIX.

Para um nobre europeu, até a idade moderna, um africano nobre tinha muito mais valor do que um plebeu branco, por mais escandinavo que este fosse.
 
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Realmente o racismo propriamente dito vem no seculo XIX, com a ideia de eugenia ou sei lá ideologia racial. Antes disso não tinha, pelo menos adequado ao conceito de racismo "classico"que vai acontecer pós seculo XIX.
 
Na verdade, não é fato de haver poucos brancos maus no "SDA" (obra mais conhecida e, portanto, a mais citada) que provoca suspeitas, mas o fato de não haver nenhum moreno, ou oriental, entre os good guys.

Como disse o Eregion3, um Preste João tolkieniano viria bem a calhar, e ele poderia muito bem ser sulista para ficar menos óbvio.
 
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Post perfeito do Ilmariem, mas tem um pequeno errinho. Os etruscos não eram povos barbaros e nem menos invasores do imperio romano, os etruscos eram os proprios romanos uma vez que roma recebeu grande influencia deles.

Bom, embora tenha havido grande influência, miscigenação de raças e sincretismo religioso ( nomes de deuses etruscos correspondem a análogos gregos e romanos como a Artume etrusca que era similar a Ártemis grega e à Diana romana), de sorte que os etruscos são uma das "bases" formadoras de Roma, os etruscos não eram romanos no sentido estrito do termo, e não foram "absorvidos pela civilização romana, eles eram um povo não indo-europeu, não tinham língua aparentada com nada que se fala na Europa hoje, assim como os bascos na Espanha. Eles haviam vindo do leste da Anatólia na Turquia ( pelo menos o substrato governante que parece ter imposto a sua cultura sobre habitantes autóctones da Itália, ) e se estabeleceram na Península Italiana , governando os então atrasados proto-romanos como uma elite que, praticamente, os escravizava. Sua chegada foi posterior aos habitantes originais celto-ítalos da Bota Italiana.

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Quando houve a sublevação romana contra esses "invasores" do Leste, lembrando aqui que, ainda na teoria mais difundida, os próprios indo-europeus também eram imigrantes orientais, embora parte dessa tese esteja sendo revista hoje em dia, os romanos, praticamente, "genocidaram" seus algozes etruscos ao ponto de não ter restado vestígio de sua língua escrita e muito menos uma Pedra de Roseta pra decifração do idioma.

Etruscos-A cultura que Roma destruiu

Vide aí:História e Liberdade-Os etruscos
Origens

A origem dos etruscos permanece uma incógnita, embora existam várias teorias a respeito. Duas delas são as que têm maior peso:

1.A teoria orientalista, proposta por Heródoto, que crê que os etruscos chegaram desde Lídia por volta do século XIII a.C.. Para demonstrá-lo baseiam-se nas supostas características orientais da sua religião e costumes, bem como que se tratava de uma civilização muito original e evoluída comparada com os seus vizinhos.

2.A teoria de autoctonia, proposta por Dionísio de Halicarnasso, que considerava os etruscos como oriundos da península Itálica. Para argumentá-la, esta teoria explica que não há indícios de que a civilização etrusca tenha se desenvolvido em outros lugares e que o estrato lingüístico é mediterrâneo e não oriental. Em suas Antiguidades Romanas (livro I, capítulo 25) Halicarnasso considera que "(...)o povo etrusco não emigrou de parte alguma e sempre esteve aqui"..
Outra teoria, já descartada, foi a de uma origem "nórdica", defendida em finais do século XIX e primeira metade do século XX; era baseada somente em parafonias, na similitude da sua autodenominação (rasena) com a denominação que os romanos deram a certos povos celtas que habitavam a Norte dos Alpes, no atual Leste da Suíça e Oeste da Áustria: os ræthii ou réticos.

A teoria atualmente mais fundamentada de certa forma sintetiza as de Heródoto e Dionísio de Halicarnasso: considera-se, por vários traços culturais (por exemplo, os alfabetos), um forte influxo cultural derivado de alguma migração procedente de sudoeste de Anatólia, mais precisamente desde o território que os gregos chamaram Karya (Cária), tal influxo cultural ter-se-ia estendido sobre povos autóctones situados na que atualmente é a Toscana Talvez as respostas se encontrem na cultura de Villanova, representada por cerca de 100 tumbas encontradas na povoação de Villanova de Castenaso, em Bolonha, possíveis antecedentes da cultura etrusca. Por volta do século VII a.C. existiam doze cidades-estado independentes que se atribuem a Tarcão, filho ou irmão de Tirreno.[1]

Esta tese da origem oriental dos etruscos é a mais conhecida na Antiguidade, tanto que os poetas latinos, principalmente Virgílio, designam frequentemente os etruscos pelo nome de Lydi.[1]
Dos Etruscos ao Nascimento de Roma (1500 - 470 a. C.)

Porém, as suas origens são complexas. A hipótese mais plausível é a de que os Etruscos chegaram vindos da Ásia ocidental, durante os períodos conturbados que se seguiram ao colapso dos impérios hitita e micénico e estabeleceram-se em Itália, onde se misturaram com a população nativa (vilanoviana), já estabelecida.
Esta hipótese é a mais provável, na medida que a língua etrusca apresenta estreitas afinidades com as escritas orientais e porque existe uma série de características nas cerimónias religiosas etruscas que encontram o seu paralelismo no Oriente.
Assim, a civilização etrusca resulta de uma evolução mais geral e não de uma migração.

Ou seja, a civilização como um todo, que era uma confederação de povos, foi produto de uma mistura de um povo que era, sim, imigrante com um substrato mais numeroso de "proto- romanos" da Toscana que se aculturaram, mais ou menos como o povo do México se miscigenou com os espanhóis num grau muito maior do que aconteceu aqui.

Com certeza, no entanto, muito do que se convencionou associar aos romanos veio da influência etrusca, inclusive, a maioria dos pontos distintivos que eles tinham com os gregos, provavelmente o gosto pelo morticínio que parece ser muito mais arraigado entre os romanos ( vide a ênfase e prestígio diferentes dos quais Ares e Marte, sua contraparte romana, gozavam nas respectivas civilizações).
 
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Na verdade, não é fato de haver poucos brancos maus no "SDA" (obra mais conhecida e, portanto, a mais citada) que provoca suspeitas, mas o fato de não haver nenhum moreno, ou oriental, entre os good guys.

simplesmente porque orientais ou morenos não faziam parte do contexto dos "bons, já que todos esses vieram fazer parte da estória como seguidores de Sauron. Mas a priori não eram maus, apenas inimigos.
 
simplesmente porque orientais ou morenos não faziam parte do contexto dos "bons, já que todos esses vieram fazer parte da estória como seguidores de Sauron. Mas a priori não eram maus, apenas inimigos.

Eu também vejo as coisas desta forma, mas nem todo mundo pensa assim.
 
Hilário, colei lá no meu blog:

Da carta de Tolkien:

Mesmo assim, suponho que sei melhor do que a maioria das pessoas qual é a verdade sobre esse absurdo “nórdico”**. De qualquer modo, tenho nesta Guerra um ardente ressentimento particular — que provavelmente faria de mim um soldado melhor aos 49 do que eu fui aos 22 — contra aquele maldito tampinha ignorante chamado Adolf Hitler (pois a coisa estranha sobre inspiração e ímpeto demoníacos é que eles de modo algum aumentam a estatura puramente intelectual: afetam mormente a simples vontade), que está arruinando, pervertendo, fazendo mau uso e tornando para sempre amaldiçoado aquele nobre espírito setentrional, uma contribuição suprema para a Europa, que eu sempre amei e tentei apresentar sob sua verdadeira luz. Em nenhum outro lugar, incidentalmente, ele foi mais nobre do que na Inglaterra, nem inicialmente mais santificado e cristianizado.....

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O Senhor dos Anéis foi , em parte, criado pra "reabilitar" a mitologia nórdica que Tolkien considerava ter sido cooptada pelos nazistas para seu próprios fins insanos. Era um antídoto pra cooptação nazista do Anel do Nibelungo do Wagner e uma reinterpretação cristã simbólica do mito que tinha sido transformado por Wagner numa apoteose proto-socialista do homem novo niestszcheano

Quem quiser entender os detalhes do imbróglio e da apropriação nacionalista de Tolkien sobre o mito nórdico lerá com proveito:

Two rings to rule them all: a comparative study of Tolkien and Wagner.
 
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O que falta é bom senso, para ver a obra de Tolkien como o próprio Tolkien recomenda, no prefácio do "SDA", ou seja, como narrativas de lendas. Ora, se são lendas e não fatos históricos comprovados, eu posso muito bem extrapolar o contexto da obra e imaginar que havia reinos sulistas e orientais que pouco se lixavam para Sauron, Gondor, Rohan, Eldar etc e tentavam levar a vida da melhor forma possível. Simples assim.
 
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E, certamente, havia. Tolkien disse em HoME XII que os Feiticeiros Azuis, provavelmente, mesmo tendo falhado, no fim das contas, foram responsáveis por minar parte da base de poder de Sauron no leste e sul, garantindo que, no fim da Terceira Era, ele não detivesse o poderio militar que possuía no fim da Segunda Era.

Detalhe interessante: Tolkien falou que os Feiticeiros Azuis podem ter começado a fazer isso já na Segunda Era tendo vindo antes dos demais, junto com Glorfindel.

Uma curiosidade relativa ao plural do termo numenoriano pra feiticeiro, zigur, o plural dual usado pra um par era zigurat ( plural normal, mais de dois, zigirim-HoME IX), lembrando, intencionalmente, os zigurates templos sumério-babilônicos da Mesopotâmia. Se for verdade, os Valar mandaram um zigurat pro leste da Terra-Média pra fazer frente a outro apóstata construtor de Zigurate ( literal),Sauron, construtor da Torre Negra.

What is known about the Blue Wizards?
[This supplements question V.E.2 of the Tolkien FAQ.]
The Tolkien FAQ discusses most of what is known about the other two Istari (out of five). As explained there, the essay on the Istari in Unfinished Tales tells us that their names in Valinor were Alatar and Pallando, and that they went into the east of Middle-earth and did not return. In that essay and in Letter #211, Tolkien suggests that they may have failed in their missions, though he never said that was certain.

A small amount of new information on the Blue Wizards appeared in the "Last Writings" section of The Peoples of Middle-earth. One interesting point is that Tolkien seems to have considered the idea that Saruman "was letting out a piece of private information" when he revealed their existence by mentioning "the rods of the Five Wizards" in The Two Towers.

In another passage, Tolkien gives other names for the Blue Wizards, "Morinehtar" and "Romestamo" ("Darkness-slayer" and "East-helper"), and suggests that the Blue Wizards came to Middle-earth in the Second Age (much earlier than the other Istari) in the company of Glorfindel (for which possibility see question III.B.7). In this writing, he is considerably more optimistic about their success:

They must have had very great influence on the history of the Second Age and Third Age in weakening and disarraying the forces of East ... who would both in the Second Age and Third Age otherwise have ... outnumbered the West.
 
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Acrescenta-se ao ambiente da obra ter influenciado o autor o fato de uma parte de Ea ter sido construída para refletir o nosso mundo.

Já a outra parte do universo de Ea funciona com regras próprias. Por exemplo, quando se compara o corpo físico e o espiritual das criaturas livres de Eru, do ponto de vista espiritual elas não teriam o que invejar umas nas outras pois Eru as concedeu com dons originais, entretanto do ponto de vista físico deturpado continuamente por Melkor que corrompia a matéria do mundo ocorreu uma diminuição da estatura em povos que vinham mais tardiamente (Vanyar x Teleri, Edain amigos dos elfos x povos do leste). De maneira que no mundo de Tolkien existe uma batalha nítida que permite a ocorrência coerente com as regras do universo da existência de povos com corpos mais deturpados e que na história são mesmo inferiores fisicamente. É possível dizer que o que poderia haver de racismo praticado pelos povos nos combates da Terra Média é mais marcante que no nosso mundo pelo bem da ficção que estamos lendo.

A marcante diferença é notada quando se compara a eficiência do corpo de um habitante definitivo do mundo (um elfo) com o de um habitante temporário (humano). Dentro do mundo o segundo corpo é pior do que o primeiro porque Melkor o tornou pior (destruindo a memória que permitiria o uso tranqüilo dele) e se torna igual em condições apenas no nível de Eru que apesar de consertar as coisas os humanos só perceberiam isso depois de morrer, diferente de outros povos livres que tinham mais tempo.
 
E, certamente, havia. Tolkien disse em HoME XII que os Feiticeiros Azuis, provavelmente, mesmo tendo falhado, no fim das contas, foram responsáveis por minar parte da base de poder de Sauron no leste e sul, garantindo que , no fim da Terceira Era ele não detivesse o poderia militar que possuía no fim da Segunda Era.

Mas o poder militar de Sauron na Terceire Era seria maior e mais poderoso não?
 
Não, não era. O poder pessoal dele já havia tido tempo de se regenerar e até crescer para ficar muito maior do que era no fim da Segunda Era depois dele se gastar pra corromper Númenor, mas ele ainda não havia reerigido sua base de poder militar no Leste como tinha acontecido antes, pelo menos, certamente, não na escala que se viu no fim da Segunda Era, onde, na prática, os servidores de Sauron mantiveram o Leste e Sul dominados enquanto ele esteve fora.

Mesmo assim, o próprio Tolkien diz que ele perdeu a Guerra da Última Aliança porque não esperou seu poder se recuperar pela raiva de ver que Isildur e Elendil escaparam carregando um rebento da árvore branca e fundaram um reino na frente de Mordor tendo a porra da árvore como estandarte.

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Especulações Fanfiqueiras dão conta que Sauron tinha uma rixa pessoal com Yavanna Kementári por causa de Aulë, seu antigo mentor; "pessoal" do mesmo jeito que era o imbróglio envolvendo Melkor, Elbereth e Manwë. Coisa muito provável, dados os comentários de Tolkien ( Mitos Transformados-HoME X) a respeito do fato deles terem casado dentro de Arda, e a falta de paciência "mecânica" de Sauron com as mazelas das formas de vida "caóticas"; então ver um rebento de Ninloth florescendo bem na frente de Mordor foi demais pro seu senso de decoração...

Vide aí: Terrible Alchemy

Clássico da premiadíssima Tyellas, que é premiada como ensaísta tolkieniana também com textos traduzidos na Valinor e laureados lá fora.

"I do not wish it," Sauron said, to the air. He seemed to spin, like a flame turning in on itself, then funneling down into the ground as a line of fire. Then he was gone.
But not vanished; gone below. He span down below the shell of earth-stone into the well of fire beneath Arda's skin. And there, he glowered. For Sauron felt diminished, not fulfilled, by the long work done and the stewardship he had been offered. Nurturing was less important to this spirit of fire than doing and ordering. Sauron's thought was bitter towards uxorious Aulë. Leave him to his dull pleasures, Sauron thought. He would have our work be undone into chaos, mountains marring perfect sediments, roots mazing the layers of soil, spangling rocks with crystals and ore-veins all anyhow. Let him be the seedbed of his wife Yavanna if that is all he wishes. Let him make bagatelles with Ulmo - Ulmo whose own realm of the seas is unquestioned, but who intrudes into Manwe's sky and Aulë's earth with his water. There is another.

O que Tolkien disse oficialmente sobre sexo entre os elfos

Camas Quentinhas são Gostosas – Sexo e Libido nos trabalhos de Tolkien



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Não, não era. O poder pessoal dele já havia tido tempo de se regenerar, mas ele ainda não havia ainda reerigido sua base de poder militar no Leste como tinha acontecido antes, pelo menos, certamente, não na escala que se viu no fim da Segunda Era, onde, na prática os servidore de Sauron mantiveram o Leste e Sul dominados enquanto ele esteve fora. Mesmo assim, o próprio Tolkien diz que ele perdeu a Guerra da Última Aliança porque não esperou seu poder se recuperar pela raiva de ver que Isildur e Elendil escaparam carregando um rebento da árvore branca.


Vide aí: Terrible Alchemy

Não entendi! Sauron não esperou seu poder se recuperar com a queda de Númenor? Tipo alguma falta de paciência? Ansiedade?

Quantos anos se passaram da queda de Númenor até chegar a Guerra da Última Aliança?


Uma vez tinha visto em outro tópico sobre as comparações das forças de Sauron na Segunda Era com a Terceira Era. Se não me engano o usuário Feanor (administrador) tinha postado alguns números comparativos e deu a entender que as forças da TE eram maiores que da SE.
 
A força militar não era. Sem dúvida nenhuma. Tolkien disse que TODAS as raças menos os elfos se dividiram na época da Guerra da Última Aliança, incluindo formas de vida não falantes. Se quiser saber o que há de canônico a respeito da matéria consulte dos Anéis do Poder e da Terceira Era no Silmarillion e os apêndices do SdA.

From Imladris they crossed the Misty Mountains by many passes and marched down the River Anduin, and so came at last upon the host of Sauron on Dagorlad, the Battle Plain, which lies before the gate of the Black Land. All living things were divided in that day, and some of every kind, even of beasts and birds, were found in either host, save the Elves only. They alone were undivided and followed Gil-galad. Of the Dwarves few fought upon either side; but the kindred of Durin of Moria fought against Sauron.

Ele levou,presumivelmente, quase um século pra recriar seu fána destruído em Númenor mas, mesmo reencarnado, devia ter esperado mais cem anos antes de atacar Gondor. Ao que parece, ele fez isso o mais rápido possível depois de se recorporar. Grande erro do Senhor das Trevas ( Tolkien disse isso explicitamente no Dos Anéis do Poder e da Terceira Era)

Confira as datas aí Wikipedia-Timeline of Arda

c. 3265 - Sauron becomes Ar-Pharazôn's court advisor.
c. 3280 - Isildur steals a fruit from Nimloth. The White Tree is felled and burnt in Sauron's Temple thereafter.
c. 3300 - Sauron establishes himself as High Priest of Melkor, "Lord of the Dark"; Elendili are openly persecuted and sacrificed to Morgoth
3310 - At Sauron's instigation, Ar-Pharazôn begins building the Great Armament.
3318 - Birth of Meneldil, fourth child of Anárion and last man born in Númenor
3319 - Ar-Pharazôn sets foot on Aman; the World is Changed: Aman and Tol Eressëa are removed from Arda, Númenor is drowned, and the world is made round; Elendil and his sons arrive on the shores of Middle-earth
3320 - Founding of Gondor and Arnor by Elendil and his sons, Isildur and Anárion; Umbar as realm in exile founded by Black Númenóreans. Sauron returns to Mordor.
3429 - Sauron attacks Gondor, conquers Minas Ithil and burns the White Tree; Isildur flees to Arnor while Anárion defends Osgiliath and Minas Anor
3430 - The Last Alliance of Elves and Men is formed
3434 - The Last Alliance crosses the Misty Mountains; Sauron's forces are defeated in the Battle of Dagorlad; Siege of Barad-dûr begins
3440 - Anárion is slain
3441 - Elendil and Gil-galad face Sauron in hand to hand combat, but they themselves perish; Isildur takes the shards of his father's sword Narsil and cuts the One Ring from Sauron's finger. Sauron's physical form is destroyed and the Barad-Dûr is razed to the ground. In the aftermath of the War, many Elves of Gil-galad's following depart to Valinor: end of the Noldorin realms in Middle-earth.
 
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