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Só porque você não consegue ver o gato significa que o universo vai se dividir em dois? E se a mesma experiência fosse feita em um aquário? Apesar da probabilidade do gato morrer ou continuar vivo serem as mesmas, o fato de você saber o resultado eliminaria a possibilidade de criar o universo paralelo?
E o ponto de vista do gato na caixa, pra ele não existem duas possibilidades, é o que o Snaga disse, quem cria a probabilidade é a mente da pessoa e isso faria o universo dividir em dois? Isso é muito viajem pra minha cabeça.
Em outro universo eu não respondi esse tópico
Só a semântica dos mundos possíveis consegue explicar o fato de que nós podemos pensar hipoteticamente, e até viver em um mundo de hipóteses.
A existência dos universos da Interpretação dos Muitos Mundos ainda carrega as leis físicas. Ou seja, nada de Magneto ou Jean Grey.
Mas você só pode pensar as leis físicas com as construções lógicas que a sua linguagem constrói. E sem as construções de sentido com Mundos Possíveis, não haveria nem passado, nem futuro. Nem previsão do tempo, nem leis físicas de explicação da realidade. Ou das hipótese. Enfim.
Mas o comportamento probabilistico da mecanica quantica não está relacionado com variáveis ocultas. Esse é o argumento dos cientistas que refutam o comportamento probabilistico da mecanica quantica. É uma interpretação diferente e que tem suas próprias particularidades estranhas (tão estranhas quanto abandonar o determinismo).
Na verdade, isso é tudo questão do observador. É preciso um observador para determinar a função de estado. Até haver um observador, até a informação sair de dentro da caixa, só podemos falar em probabilidade. Imaginem que o dono do gato vai abrir a caixa, se o gato estiver morto, ele ficará triste, se o gato estiver vivo ele ficará alegre; mas novamente para determinar o estado do dono do gato é preciso haver um segundo observador (um amigo do dono do gato). Se o gato estiver morto, o dono do gato estará triste, e o amigo irá consolá-lo; se o gato estiver vivo, o dono estará alegre e o amigo irá chamá-lo para a gandaia. E assim vai (...), cada probabilidade deve ser quebrada por um observador.... Cada ocorrido tem a mesma probabilidade de acontecer
Mas o fato de que o estado deve ser determinado por um observador torna a coisa ainda mais complicada, pois o fato de observar também pode alterar, e aí entra a Incerteza de Heisenberg, ou seja somente o fato do dono ter que abrir a caixa para ver o estado do gato, pode alterar o estado que estaria o gato se o dono abrisse a caixa em outra determinada condição.
Então, segundo a interpretação dos muitos mundos, poderíamos concluir: se o observador abre a caixa em um determinado instante ele ira constatar que o gato está vivo ou morto, mas o fato do dono abrir a caixa também pode (ou não) alterar o estado do gato, então: haverá um universo em que o gato está vivo e outro em que o gato está morto; mas o observador também altera o estado do gato, então haverá um universo em que o gato estaria vivo, mas está morto por causa do dono, e outro que o gato estaria morto mas está vivo por causa do dono. Vai haver um em que o gato está vivo e o dono ficou alegre, e outro em que o gato está vivo mas o dono ficou triste pois o gato caga na casa inteira e o dono pretendia matá-lo. E assim vai ....
O que é complicado é que para determinado evento pode haver uma série de variáveis escondidas, e logo só podemos falar da probabilidade do que vai acontecer, pois mesmo que você possa determinar um n conjuntos de variáveis, ainda pode haver n+1 conjuntos de variáveis. Fisicamente só interessa os resultados (gato vivo ou gato morto, triste ou alegre, apoio emocional ou gandaia ...) então perguntas do tipo "o gato estaria vivo se o dono o abrisse a caixa um tempo depois?" são sem sentido experimental. A Interpretação dos Muitos mundos ainda não possui provas, suficientes, experimentais para ser dada como uma lei, é só uma interpretação (muito criticada por sinal, mas adorada pelo Discovery Channel) baseada em estudos de funções de estado.
Etienne qual o seu curso e faculdade?
Mas o papel da física é buscar a explicação desse fato que você cita ter acontecido. Trabalhar com os fatos macroscópicos apenas é papel dos engenheiros -P).Veja bem: é você que está dizendo isso. Ou seja, é um pensamento de um ser vivo.
Mesmo que no Big Bang não houvesse vida, os fatos estão sendo interpretados só porque você está sugerindo essa interpretação.
Mas lá, no moemento mesmo, o que aconteceu, aconteceu. Indepentende se a probablidade empurrou uma particular pra lá ou pra cá.
Não sei se estou me fazendo entender, mas o que me importa no fim das contas é o fato. E o fato é único, independente de probabilidades.
Esse é o experimento de quantum eraser.Só porque você não consegue ver o gato significa que o universo vai se dividir em dois? E se a mesma experiência fosse feita em um aquário? Apesar da probabilidade do gato morrer ou continuar vivo serem as mesmas, o fato de você saber o resultado eliminaria a possibilidade de criar o universo paralelo?
Explicar o fato. Sim, isso eu concordo!Mas o papel da física é buscar a explicação desse fato que você cita ter acontecido.
Aiya, eu estudo na UFABC, estou fazendo Bacharelado em Ciência e Tecnologia, mas depois vou me formar em Química!!! Muito loco né, mas eu adorei Física Quântica, por sinal terie prova daqui à pouco...
O que é preciso entender é que, diferente da física clássica, a física em questão trata de objetos intrinsecamente probabilísticos, isto é, não se trata de uma probabilidade referente e existente apenas em relação ao nosso desconhecimento do resultado, e sim de uma probabilidade intrínseca ao próprio objeto. O gato, no experimento mental, é uma combinação dos dois estados, e não que ele estivesse desde sempre em um estado, e o experimento só pudesse reconhecer esse estado posteriormente. Talvez outro exemplo seja o princípio de Heisenberg, que entrelaça, grosso modo, as incertezas de duas grandezas, como momento e posição, de forma que o produto dessas seja maior que uma constante determinada – quando você determina a posição de uma partícula, você aumenta a incerteza de seu momento; mas, de novo, não é uma questão meramente experimental, de conhecer bem ou mal essa partícula, e sim que você está alterando o objeto probabilístico (aumentando a incerteza de umas das grandezas ao diminuir a outra) ao submetê-lo ao experimento.
Estou tendo Fundamentos da Química esse semestre, mas a aula na prática é de Mecânica Quântica - porém a aula parece mais um documentário, quase sem matemática alguma, o professor faz uma grande exposição das idéias e fatos históricos ou mesmo curiosidades a respeito da época e dos físicos em questão. Não deve ser muito útil para aprender de fato Mecânica Quântica, mas é muito divertido.
Alguém aí leu Praticamente Inofensiva, do Douglas Adams? O livro trata deste assunto, entre outros.
Alguém aí leu Praticamente Inofensiva, do Douglas Adams? O livro trata deste assunto, entre outros.
Eu não entendo nada de mecânica quantica, ao meu ver a situação com a caixa aberta ou fechada continua igual, a única coisa que muda é que não vendo o gato morrer ou permanecer vivo nós vamos ficar supondo coisas, não constatando fatos.Esse é o grande erro que normalmente se faz quando se estuda mecanica quantica.
A caracteristica probabilistica não é limitação experimental, é intrinseco ao sistema.
Não é que ele tenha 50% de estar vivo e 50% de estar morto em absoluto. Ele está em um estado que entrelaça as 2 situações.
Eu não entendo nada de mecânica quantica, ao meu ver a situação com a caixa aberta ou fechada continua igual, a única coisa que muda é que não vendo o gato morrer ou permanecer vivo nós vamos ficar supondo coisas, não constatando fatos.
Tem como me explicar esse estado entrelaçado de forma simples?
É disso que eu discordo, o que acontece com o gato não depende de um observador.Apenas no instante em que alguém abre a caixa e confere o estado do gato é que ele colapsa, por assim dizer, para um estado vivo ou morto.