Anwel
Nazgûl Cavaleiro
Já vi muita gente confundir RPG de Mesa e RPG eletrônico, usualmente tomando partido de um ou de outro sem ter claro na cabeça o que cada um representa.
Postei no meu blog um artigo com minhas ponderações sobre o tema, espero que sirva de serventia à alguém:
Link do post blog: RPG tradicional e RPG eletrônico
Postei no meu blog um artigo com minhas ponderações sobre o tema, espero que sirva de serventia à alguém:
Em outro post já destrinchei o que é o RPG tradicional, mas ainda não escrevi nada sobre o eletrônico, ou mesmo sobre as diferenças destes. Por mais incrível que possa parecer, há muita confusão escrita (ou falada) por aí, onde podemos ler (ou ouvir) comparações das mais absurdas, usualmente baseadas no gosto pessoal ou em pré-conceitos. Minha intenção com esse post é justamente esclarecer àqueles que não tem as diferenças entre os dois jogos tão claras na cabeça.
Se você já leu o tópico “O que é RPG” (linkado acima), vai compreender o que direi agora: RPG eletrônico não é RPG. RPG (Role playing game) é um jogo de interpretação de personagens. RPG eletrônico (e aqui estou incluindo MMORPG) não pode ser caracterizado assim. Porque?
Porque a partir do momento que no jogo você é limitado nas suas ações, de forma que você só pode ir até onde aparece uma barreira invisível de “fim de mapa” ou ainda há bonecos/personagens que ficam repetindo que perderam seu gatinho e te recompensam se você o encontrar, você está jogando um jogo eletrônico. Quando você tem um determinado número de ações que seu personagem pode fazer (o que usualmente não inclui atacar o arauto da vila, ficar pelado ou mesmo puxar o bigode de um NPC qualquer), você está sujeito ao que o jogo te permite, e não o que a sua imaginação te possibilita.
Num RPG de mesa esses limites não existem. Você pode atacar o arauto da vila, ficar pelado e puxar o bigode de um NPC (mas sofrerá as consequências disso). Os limites só aparecerão quando um sistema é escolhido (lembrando que é possível jogar sem sistema), e, mesmo assim, eles são diferentes, limitantes no sentido de simplificação ou de equilíbrio entre os personagens.
Todavia, não é porque esses limites existem, que o RPG eletrônico é pior que o RPG tradicional. Mesmo porque, consigo ver várias características positivas que existem naquele e não neste: principalmente imagens e sons (que a mim agradam bastante).
O meu ponto é: RPG eletrônico e RPG tradicional são jogos totalmente diferentes, que, ao meu ver, não são passíveis de comparações diretas. Por isso a minha afirmação lá no começo do post. A nomenclatura “RPG eletrônico” me incomoda, afinal, pra mim, isso não é RPG! Porque não usar um outro termo pra esse tipo de jogo? “EG – Exploration Game” ou algo parecido?
Já joguei RPGs eletrônicos fantásticos, com enredos e personagens que muito me agradaram (de cabeça lembro de Chrono Cross, Final Fantasy VII e Fable). Mas não dá pra comparar jogar Final Fantasy VII no PSX com uma sessão de Exalted num RPG de mesa. Nem mesmo jogar WoW no PC com um jogo de D&D num domingo. Cada um tem suas limitações e características únicas.
Então por favor, não seja descerebrado e diga que RPG de mesa é muito melhor que esses “joguinhos infantis” da geração internet, ou o contrário, dizer que Exploration Game (ou iéééah!) é melhor que RPG porque você pode ver o dragão que você está matando.
Bom senso meus caros, bom senso!
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