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Denethor, antes de mais nada, era o governante de Gondor. Tinha por obrigação cuidar de suas fronteiras (muitíssimo ameaçadas na época), dos interesses de seu povo, assim como qualquer governante deveria fazer. O aparente problema é que Denethor não era um líder "bonzinho".
Está claro que Denethor queria permanecer como governante de Gondor, mas para isso era preciso que Gondor existisse. Se Gondor caísse, não haveria mais "Povos Livres na Terra-média".
Está claro que Denethor queria permanecer como governante de Gondor, mas para isso era preciso que Gondor existisse. Se Gondor caísse, não haveria mais "Povos Livres na Terra-média".
Porque sempre é dito que Gondor era o último bastião (reino, existência, biscoito do pacote e por aí vai) de todos povos livres e que se caísse tudo estaria perdido?
[...] Bom, ou reconhece-se tal poder [de Gandalf] como o fez Húrin perante Melian, ou então segue-se a linha que Ar-Pharazôn adotou, cresce-se em orgulho e em tolice. Infelizmente por suas “politicagens” Denethor acreditou que também Gandalf assim o era, e vemos nesse caso em que se assemelham Denethor e Sauron, incapazes que são de se abstrair de sua visão de mundo.
[...]O orgulho é o verdadeiro Senhor do Escuro nas obras de Tolkien, não Sauron, não Melkor, mas não fosse o orgulho, as sementes lançadas por eles seriam infrutíferas.[...]
Não é possível ver semelhanças entre Sauron e Denethor apartir das informações dessa nota? Sauron por medo - e por que não por orgulho também - não pediu perdão aos Valar, e quando permaneceu na TM e viu que sua influência e poder eram grandes entre outras criaturas, seu orgulho só aumentou e ele se proclamou o Senhor do Escuro, título outrora de seu Senhor, Melkor-Morgoth.Quando Morgoth foi derrotado pelos Valar finalmente ele [Sauron]abandonou sua aliança; mas por causa de medo apenas, ele não apresentou-se aos Valar ou implorou por perdão, e permaneceu na Terra-média. Quando ele descobriu quão grandemente seu conhecimento era admirado por todas as outras criaturas racionais e quão fácil seria influenciá-las seu orgulho tornou-se ilimitado. No fim da Segunda Era ele assumiu a posição de representante de Morgoth. No fim da Terceira Era (embora na verdade muito mais fraco que antes) ele proclamou ser Morgoth retornado.
Concordo com vários pontos do primeiro post, mas não enxergo Denethor como esse homem tão mesquinho e fraco como temos impressão em algum momento.
Mas temos que ver pelo lado também, por mais difícil que seja. Ele governou Gondor em um dos períodos mais negros da Terra-Média, absolutamente sozinho e lutando diariamente contra o Inimigo enquanto os outros povos se mantinham em segurança, não é tão difícil aceitar o modo como ele se fechou exclusivamente para o seu povo.
Claro, isso não justifica algumas de suas atitudes posteriores, mas também acho errado diabolizá-lo tanto assim.
Denethor, antes de mais nada, era o governante de Gondor. Tinha por obrigação cuidar de suas fronteiras (muitíssimo ameaçadas na época), dos interesses de seu povo, assim como qualquer governante deveria fazer. O aparente problema é que Denethor não era um líder "bonzinho".
Talvez existia um forte desconforto, digamos assim, sobre o fato de Gondor sucumbir exatamente no período da sua regência. Provavelmente ele se incomodou com o reaparecimento de um rei, mas defender suas terras e seu reino ainda o preocupava mais.
Está claro que Denethor queria permanecer como governante de Gondor, mas para isso era preciso que Gondor existisse. Se Gondor caísse, não haveria mais "Povos Livres na Terra-média".
Denethor deve ter sofrido com o fato de que durante a sua regência Gondor chegou mais perto de sucumbir a Sauron, e mesmo assim se manteve firme. E depois de todo esse sofrimento, chega Aragorn e assume o trono. Proteger o trono pra outro não fazia parte dos planos de Denethor, o que eu considero compreensível, já que a Casa dos Regentes defendeu Gondor por tanto tempo, pra depois que o mal se for, a Casa dos Reis retomar o poder. Pelo longo tempo de provações pela qual os Regentes passaram, Denethor os consideravam como detentores por direito do trono de Gondor, o que eu não ouso questionar. Afinal, ser rei deve ter suas vantagens.
Mas toda a política equivocada de Denethor não o qualifica para a cruz, pois a pesar de tudo, ela se mostrou eficiente. Seu único problema era querer anular o poder dos reis, e tornar os regentes os legítimos Reis de Gondor.
Outro fator a ser levado em consideração é o Tempo. Ainda que os elfos e Istari saibam quem é realmente o Inimigo, a passagem dos séculos é inclemente para com os homens. Gondor, além do cerco incessante de Mordor, também enfrentou em diversas ocasiões centenas de outros pequenos reinos que eram aliados, mas que passaram a reinvidicar a soberania por Gondor entre as Casas Reais.
E o resultado de tantas desavenças foi o lento declínio de Gondor e o esquecimento do significado das antigas tradições, estas resgatadas pelo verdadeiro herdeiro do trono ao fim da guerra contra Sauron.
Mas ele foi um governante a frente de seu tempo, se posso colocar assim. Fez o que de mais útil e necessário para Gondor naquela época. E não é de se espantar que tudo tenha acontecido de tal forma, que no fim ele tenha enlouquecido. Os outros Regentes governaram "numa boa" (apesar de que nada era tão numa boa assim)! O cerco sobre Gondor se fechou justamente no governo e regência dele. Além do mais, o tal do Herdeiro apareceu na mesma época.
[...]
O que o impediu de fazer uma aproximação política com os outros reinos dos Homens e reforçar seus laços de amizade para com os Elfos e Anões? Mesmo sabendo que os Elfos já estavam de partida desde a Segunda Era e que os Anões aparentemente só se interessassem com seus próprios assuntos, todos já enfrentavam, de certa forma, um inimigo em comum cada vez mais poderoso.
Tivesse feito algo nesse sentido, Denethor teria ficado mais tranqüilo em relação ao auxílio que viria de Rohan, saberia que os Elfos tinham também problemas com Sauron e não poderiam ajudá-lo antes de resolver a sua situação e até mesmo os praticamente desconhecidos Homens de Valle e que Anões de Erebor ficariam firmes contra qualquer tropa de Sauron.
Com base nos argumentos acima, chego a pensar que Denethor, inconscientemente, fez com que Gondor fosse vista como a única prejudicada tanto por sua importância política como por sua posição geográfica e que só atingiu esse "status de lutar sozinha contra o Mordor" por não tentar uma aproximação com os outros reinos.
Primeiramente você já parou para pensar que essa disputa de poder se dava por meio de dois regentes que na prática não estavam nem aí para seus senhores? Ou seja, Denethor e Sauron, claro que guardada as devidas proporções, pois um era humano e outro era um maia.
Ambos controlavam duas superpotências, Gondor e Mordor. Ambos tinham posse de um palantíri. Ambos tinham o controle de grandes domínios geográficos pela Terra média, e ao mesmo tempo queriam mais e mais poder. Quando digo (eles querem o poder) essa questão do poder, isso é independente da condição de cada um, Denethor em decadência em virtude de sua cegueira e dedicação de ficar horas e horas concentrado no palantíri e sendo enganado por Sauron. Sauron queria o domínio nas mãos e já tinha uma grande potência nas mãos. Ambos representavam a luta entre o bem e o mal, independente da cegueira de Denethor, mesmo que ele saindo vencedor se tornasse o novo Senhor do Escuro. Era uma guerra política, ideológica...
Realmente há essa questão, mas a diferença básica, acredito, está no fato de Denethor saber da existência de um herdeiro do trono de Gondor, e mesmo assim negar o direito desse herdeiro de reivindicar o que era seu por direito. E há uma série de fatores para isso, a meu ver, que acabou fazendo de Denethor alguém orgulhoso o bastante para se achar o único Senhor de Gondor.
Isso mostra a falta de bom senso, de educação, de quebra de ritos e tradições, de ética.Denethor é um personagem trágico, e sua trajetória de vida, suas perdas, o contexto político e social em que assume o poder, contribuíram para que ele "perdesse a linha". Mesmo conhecendo Aragorn, na época que este servia o pai de Denethor, Ecthelion, como o nome de Thorongil, o Regente não via valor algum no Herdeiro de Isildur. Até o encarou nessa época como a um rival. Mais tarde declara que não há mais nobreza e dignidade na raça dos Guardiões do Norte, e só isso já bastava para ele negar o trono a Aragorn. O uso da palantír, e as visões deturpadas que Denethor tinha por meio dela, perpetradas por Sauron, só veio a piorar esse quadro.
Já Sauron, como diz Tolkien na Carta #183, como "Deus-Rei", já nem devia mais se considerar o representante de Morgoth, seu "regente", mas sim o próprio retornado, tamanho era seu orgulho e consciência de sua superioridade como imortal, "ser angélico". Morgoth era, ou parecia, inalcançável, enquanto que o Herdeiro de Isildur já marchava em direção à Minas Tirith.
Ambos controlavam duas superpotências; e como diz o ótimo artigo escrito pelo Fëanor da Equipe Valinor, sobre Denethor (e que só conheci depois de abrir esse tópico): "Denethor chegou a ver a si mesmo como o oponente primário de Sauron, e ele entendeu o conflito como sendo entre Mordor e Gondor, ao invés de incluir toda a Terra-média".