Ana Lovejoy
Administrador
Diretor: Gen Sekiguchi
Roteirista: Taku Tada
Com: um monte de japa que nunca vi mais gordos e Vinnie Jones.
Plot: o de sempre cinco histórias de pessoas que não tinham nada a ver se mesclam.
Trailer:
***
Assisti ontem e adorei. Escrevi sobre ele hoje cedo no Hellfire:
Roteirista: Taku Tada
Com: um monte de japa que nunca vi mais gordos e Vinnie Jones.
Plot: o de sempre cinco histórias de pessoas que não tinham nada a ver se mesclam.
Trailer:
***
Assisti ontem e adorei. Escrevi sobre ele hoje cedo no Hellfire:
2004 foi realmente um bom ano para o cinema. Alguns dos meus filmes favoritos de todos os tempos saíram nesse ano, como por exemplo Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Kill Bill, o remake de Madrugada dos Mortos, etc. E aí passam cinco anos e descubro que tem mais coisa daquele ano que eu ainda não conhecia, caso do filme japonês Survive Style 5+. Confesso desde já: o que conquistou minha curiosidade sobre o filme foi principalmente o fato de estar no top50 de filmes de terror do IMDb. Mas verdade seja dita, Survive Style 5+ não é um filme de terror. Você tem praticamente todos os gêneros possíveis em um só filme, com uma pitada de fantasia e nonsense.
A idéia básica você já viu antes, tenho certeza, com Magnólia, 21 Gramas, Crash, Babel, etc.: pessoas que não têm nada a ver uma com as outras cujas histórias se embaralham. A diferença de Survive… com relação aos outros filmes é justamente a fantasia e o nonsense, óbvio não só na história, mas nos cenários, nas personagens, no figurino. É uma história moderna, que se passa em uma cidade moderna. Mas as cores são tão fortes que em alguns momentos parece que você está em um sonho (por exemplo, a casa do cabeludo que tenta matar a esposa).
E o legal é que é um filme insano, mas muito bem humorado. Temos lá os 5 estilos de sobrevivência (ou 5 sub-histórias, digamos assim). A primeira é de um marido que simplesmente não consegue matar a esposa (que parece também disposta a matá-lo). A segunda é uma publicitária que tem as idéias mais bizarras sobre propagandas. Aqui o filme salta para a quarta, que é um assassino profissional com o que seria seu chefe e ao mesmo tempo tradutor (o assassino é interpretado por Vinnie Jones, que já tem uma longa galeria de personagens grandões e ameaçadores). A quinta é um trio de ladrões. Finalmente, a terceira, é de uma família feliz que conseguiu convites para ir a um show de hipnotismo.
As relações das histórias são às vezes até um pouco forçadas (a publicitária transa com o hipnotizador, por exemplo), mas o assassino no final das contas funciona como o fator comum e ao mesmo tempo como a chave para compreender sobre o que é o filme no final das contas. Sempre que encontra alguém, ele pergunta: QUAL É SUA FUNÇÃO NA VIDA?O que em alguns momentos rende diálogos impagáveis, especialmente por causa das expressões do Jones. Fica então claro aqui a velha história do “todos temos uma função na vida, agindo nas dos outros”, mas claro, com muito senso de humor.
Com o ritmo é bem rápido no final das contas você é tragado e fica curioso para saber o desdobramento de cada uma das histórias. Confesso que minha favorita, talvez por ser a mais louca, é a do marido e da esposa - algumas situações ali eram simplesmente hilariantes. A mais fraquinha é a dos ladrões, embora eu tenha rido bastante com a repetição de um elemento ao longo da história (um olha para o outro com uma música brega tocando de fundo).
Parece que jogaram Tarantino e Guy Ritchie (nos bons tempos de Snatch) no liquidificador e jogaram trocentos litros de tintas de todas as cores para fazer o filme. A trilha sonora muitas vezes dita de fato o ritmo da ação, não está ali só como “música de fundo” (aliás, as escolhas das músicas são ótimas. Muitas eu não conheço, mas a conclusão com I Will Survive na versão do Cake ganhou meu coração). Divertidíssimo, procure por esse filme que vale MUITO a pena assistir.
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