GrapeMidnight
Usuário
Eu fiz um post divagando no meu facebook sobre alguns comentários que tenho ouvido de colegas, mas acho que lá ninguém vai sequer ler, portanto trouxe pra cá. Sei que vários de vocês compartilharão de várias das minhas ideias.
Caso eu tenha me equivocado em alguma parte, aceito correções.
Segue aí:
"Eu estava pensando cá com meus botões como algumas pessoas subestimam a obra de Tolkien. A maioria (que provavelmente conhece apenas O Senhor dos Anéis e O Hobbit) vê como uma boa literatura, como livros clássicos, obrigatórios, mas nunca chegou a valorizar a profundidade e a complexidade da obra em si.
Há quem diga que são histórias para crianças (e algumas realmente são), e outros que reclamem da massividade, das descrições minuciosas dos lugares e pessoas, suas árvores genealógicas, suas canções.
Eu penso que, sem toda essa "massividade", a obra seria vazia. Se, na parte de "A Sociedade do Anel" em que eles estão chegando em Lórien e passam pelo riacho de Nimrodel, não tivesse rolado uma canção ou uma história a mais, pra mim o livro não teria a magia que teve quando li pela primeira vez aos 9 anos e que ainda tem ao ler agora, com 20.
A tristeza de algumas histórias, a magia, as lições de vidas que se podem tirar de cada uma das pequenas canções dos livros mais conhecidos, que provavelmente estão todas "explicadas" em outros livros, como O Silmarillion.
São essas coisas que me dão vontade de ir além e procurar outros livros, outras histórias, ouvir músicas e entrar em fóruns como o presadíssimo Valinor, por exemplo.
Me lembro muito bem de ler e reler a parte da canção de Beren e Lúthien que o Aragorn canta em alguma parte dos livros, e sempre imaginar na minha cabecinha de criança como teria sido a história dos dois, e quando eu finalmente pude lê-la em O Silmarillion por completo, o deleite foi centenas de vezes maior, e a emoção que a história me causou foi sem precedentes.
Da mesma forma como, em O Silmarillion, o breve relato da vida de Turin Turambar me deixa inquieta para ler o quanto antes Os Filhos de Hurin, bem como me sinto um pouco envergonhada por ainda não tê-lo feito.
O que eu quero realmente passar é que, nesta obra, está tudo entrelaçado, e você pode ter certeza de que nenhuma descrição "massante" está ali por acaso, e é essa a magia do mundo de Tolkien, porque é isso que nos faz sentir dentro daquele universo toda vez que abrimos um livro.
Se eu pudesse um dia trabalhar com essa literatura, eu seria a pessoa mais feliz do mundo, mas acho que tal emprego nem deve existir.
Enfim, divaguei demais no facebook."
Até mais amigos.
Caso eu tenha me equivocado em alguma parte, aceito correções.
Segue aí:
"Eu estava pensando cá com meus botões como algumas pessoas subestimam a obra de Tolkien. A maioria (que provavelmente conhece apenas O Senhor dos Anéis e O Hobbit) vê como uma boa literatura, como livros clássicos, obrigatórios, mas nunca chegou a valorizar a profundidade e a complexidade da obra em si.
Há quem diga que são histórias para crianças (e algumas realmente são), e outros que reclamem da massividade, das descrições minuciosas dos lugares e pessoas, suas árvores genealógicas, suas canções.
Eu penso que, sem toda essa "massividade", a obra seria vazia. Se, na parte de "A Sociedade do Anel" em que eles estão chegando em Lórien e passam pelo riacho de Nimrodel, não tivesse rolado uma canção ou uma história a mais, pra mim o livro não teria a magia que teve quando li pela primeira vez aos 9 anos e que ainda tem ao ler agora, com 20.
A tristeza de algumas histórias, a magia, as lições de vidas que se podem tirar de cada uma das pequenas canções dos livros mais conhecidos, que provavelmente estão todas "explicadas" em outros livros, como O Silmarillion.
São essas coisas que me dão vontade de ir além e procurar outros livros, outras histórias, ouvir músicas e entrar em fóruns como o presadíssimo Valinor, por exemplo.
Me lembro muito bem de ler e reler a parte da canção de Beren e Lúthien que o Aragorn canta em alguma parte dos livros, e sempre imaginar na minha cabecinha de criança como teria sido a história dos dois, e quando eu finalmente pude lê-la em O Silmarillion por completo, o deleite foi centenas de vezes maior, e a emoção que a história me causou foi sem precedentes.
Da mesma forma como, em O Silmarillion, o breve relato da vida de Turin Turambar me deixa inquieta para ler o quanto antes Os Filhos de Hurin, bem como me sinto um pouco envergonhada por ainda não tê-lo feito.
O que eu quero realmente passar é que, nesta obra, está tudo entrelaçado, e você pode ter certeza de que nenhuma descrição "massante" está ali por acaso, e é essa a magia do mundo de Tolkien, porque é isso que nos faz sentir dentro daquele universo toda vez que abrimos um livro.
Se eu pudesse um dia trabalhar com essa literatura, eu seria a pessoa mais feliz do mundo, mas acho que tal emprego nem deve existir.
Enfim, divaguei demais no facebook."
Até mais amigos.
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