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Sobre a importância da "massividade" e outras coisas.

Gostaria de ouvir um exemplo do por que Tolkien não é bom. Só 1 . E o que realmente é bom??? Há uns anos atrás fui ler um livro da Zíbia Gaspareto porque me disseram que era bom... pelo amor.... não cheguei nem à metade (minhas desculpas aos fãs de Zíbia)... a escrita é muito simplória... a linha de narração é fraca.. entendem??? desculpa aos fãs , novamente...

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Não se preocupe com isso não! Os fãs da Zíbia daqui do fórum, como o Bruce Torres, são bem abertos a críticas (não me lembro se era mesmo o Bruce Torres, mas sei que alguém do Meia Palavra adora a Zíbia).
 
Penso que as críticas a Tolkien são mais pela sua história ser a precursora do gênero moderno de fantasia do que qualquer outra coisa.

O próprio nome do gênero ("Fantasia") tem também uma conotação pejorativa. Ora, se é "fantasia", então não é realidade, não é maduro. É infantil.

Tolkien sofreu com isso. Lembro que li em alguma reportagem que um dos maiores desgostos dos críticos de literatura era a obra "Beowulf". É uma obra de milhares de anos (uma das obras mais antigas do mundo ocidental) e os críticos não conseguiam conceber a idéia que o autor, na época, poderia ter escrito algo mais "relevante", sobre a sociedade daquele tempo, etc. Mas ao invés disso ele escreveu um "conto de fadas", uma "fantasia". E que desperdício era isso na opinião da crítica. Então essa obra foi considerada infantil e sem grande relevância.

Foi Tolkien quem olhou com um olhar mais sério para a Lenda de Beowulf pela primeira vez. Ele que mostrou a importância literária que essa obra tem para o mundo ocidental. Tolkien ensinou que "contos de fadas" não são necessariamente para crianças. Não é porque O Senhor dos Anéis é uma obra que tem como personagens: magos, anões, elfos e hobbits que essa obra não é madura. Veja a profundidade desses personagens, veja como eles são humanos! Seus sentimentos, suas dificuldades, seus pensamentos, são puramente humanos. O que eles vivenciam na Terra-Média, nós vivenciamos no mundo real. As falas de Gandalf não são apenas bordões da "fada madrinha" para que a princesa não seja capturada pela bruxa ou o lobo mau, são sabedorias!

Além disso, Tolkien é um profundo crítico à Indústria. Está totalmente implícito na obra dele essa crítica. Penso o que ele diria, se fosse vivo, sobre as facilidades do mundo de hoje: comida congelada, carros populares, celulares e iphones e internet. Ele iria achar tudo "mágico", certamente. Mas perguntaria qual o custo disso para "Arda". Quanto o planeta não sofre para podermos construir nossos shoppings e estacionamentos? Penso que talvez, a Crítica Literária seja ferrenha com Tolkien justamente como uma resposta à crítica do autor pela Indústria. Afinal, o professor é o tipo de cara que acha que a verdade está nos livros, e não nos jornais.
 
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Pois é... Certamente ele notou que o automatismo acadêmico (o jogo de prestígio e orgulho) infectava e se transformava em uma indústria nublando a visão correta. E já naquela época as opiniões oficiais eram comercializadas mecanicamente.

Se um governo pode emitir opiniões oficiais e errar redondamente com custo de vidas, então o mesmo vale para a indústria mercenária da crítica "científica". Normalmente é o que gera grandes brigas no mundo da ciência (pra evoluir uma percepção o criador da inovação tem que derrubar um monte de egos). Por exemplo, se o autor original de Bewolf pudesse escolher entre uma redação real pouco inspirada que se misturasse às outras e com grandes chances de se perder e uma história inspirada que atravessasse gerações o que ele iria escolher? São essas nuances que fizeram críticos perderem a cabeça e não conseguirem admitir que a palavra madura pudesse também fazer parte da ficção (Ficção madura ou realista). Nessas horas é melhor dizer igual na música do que se fingir de cego igual a crítica mofada... a letra era "don´t give a damn about my bad reputation!". Quem se preocupa demais com a reputação tem o bom trabalho esquecido.

Go Tolkien!
 
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