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Sideways - Entre Umas e Outras (Sideways, 2004)

Tisf

Delivery Boy
Sideways

972443.jpg


Direção: Alexander Payne

Elenco: Paul Giamatti; Sandra Oh; Thomas Haden Church; Virginia Madsen

Sinopse: Dois amigos decidem viajar para um vinhedo no interior da Califórnia antes do casamento do personagem de Giamatti e se metem em problemas com vinhos e mulheres.

O diretor é o mesmo do filme Eleição e apesar de ter arrecadado pouco por lá, tô bastante ancioso pelo filme. Adorei o Eleição e nesse ele roteiriza também.
 
Dizem q o Paul Giamatti estava até cotado para ganhar alguns prêmios pela performance dele.
A crítica estava falando muito bem do filme..até onde eu pude constatar.
 
O ruim é que já estreiou faz um tempinho por lá. Talvez só venha estreiar se começar a ser indicado pra prêmio, isso se não for direto pra locatora. :tsc:
 
Tisf disse:
O ruim é que já estreiou faz um tempinho por lá. Talvez só venha estreiar se começar a ser indicado pra prêmio, isso se não for direto pra locatora. :tsc:

Ainda bem que eu já vi no cinema, então. :drink:
 
Tisf disse:
O ruim é que já estreiou faz um tempinho por lá. Talvez só venha estreiar se começar a ser indicado pra prêmio, isso se não for direto pra locatora. :tsc:

Sim, com a vitória no Globo de Ouro, a estréia dele foi antecipada! E vai pros cinemas!!

Dia 4 de fevereiro!
 
Como eu já esperava, o filme não é nada demais...

Os personagens até são interessantes, o Paul Giamatti tá num papel legal, mas não merecia tanto uma indicação quanto por "American Splendor". Quem realmente tá legal no papel é a Virginia Madsen, mas infelizmente ela tem muito pouco tempo de tela. Acho que precisaria de mais tempo pra desenvolver a personagem.

A fotografia é bonita, o roteiro é legal, e a trilha sonora é bem interessante. Mas é aquele tipo de filme que não é nada demais mesmo. Closer merecia muito mais a indicação.
 
Eu acho que vai feder. Se não tivesse sido indicado ao Oscar em coisas, hm, importantes (etc) e tido tanto fuzuê, provavelmente eu nem iria me interessar.
 
Não fede não. É um filme com uma proposta interessante, contar as aflições da meia idade fazendo comparações com marcas de vinho e em formato de road movie. Só não é naaaada original, e nem é motivo pra tanto fuzuê mesmo...

Meia idade por meia idade, sou mais o Bill Murray em Encontros e Desencontros.
 
Peregrin disse:
Quem realmente tá legal no papel é a Virginia Madsen, mas infelizmente ela tem muito pouco tempo de tela. Acho que precisaria de mais tempo pra desenvolver a personagem.

Eu achei que ela foi desenvolvida mais do que suficiente. Aliás, a cena onde os dois conversam na varanda teve o monólogo mais sincero que eu vi em 2004 no cinema - é quase impossível transmitir sentimento quando a personagem está declarando paixão por algo que não seja outro personagem, e nesse caso trata-se de uma situação mais complexa ainda: é um flerte disfarçado de dissertação sobre vinho, ou vice-versa.

No geral eu discordo de você; definitivamente o filme tem "algo de mais", esp. considerando a antítese entre os comportamentos dos protagonistas: cada um está tentando se apegar desesperadamente a partes irrecuperáveis de suas vidas que são objetivamente opostas; ou seja, Jack tem medo porque o casamento iminente significa nunca mais conhecer uma pessoa pela primeira vez e se apaixonar, e Miles tem medo porque seu casamento acabou e ele não quer passar por esse processo de novo.

Além disso obviamente há várias situações e diálogos hilários, i.e. "Did you drink and dial?" (quote que eu enviei pro IMDB logo depois de ver o filme).

69*

*É bem possível que aumente quando eu rever.
 
Eu achei que ela foi desenvolvida mais do que suficiente. Aliás, a cena onde os dois conversam na varanda teve o monólogo mais sincero que eu vi em 2004 no cinema - é quase impossível transmitir sentimento quando a personagem está declarando paixão por algo que não seja outro personagem, e nesse caso trata-se de uma situação mais complexa ainda: é um flerte disfarçado de dissertação sobre vinho, ou vice-versa.

Sim, essa conversa é um dos pontos altos do filme. Chega a ser agonizante a situação dos dois...
Só que eu ainda acho pouco aproveitada a personagem. Talvez por eu tê-la achado a mais interessante do filme, queria que ela aparecesse mais, tivesse mais chance de se mostrar em tela. Ou talvez a abordagem dela não tenha sido tão boa; acabou se destacando mais do que os protagonistas.

No geral eu discordo de você; definitivamente o filme tem "algo de mais", esp. considerando a antítese entre os comportamentos dos protagonistas: cada um está tentando se apegar desesperadamente a partes irrecuperáveis de suas vidas que são objetivamente opostas; ou seja, Jack tem medo porque o casamento iminente significa nunca mais conhecer uma pessoa pela primeira vez e se apaixonar, e Miles tem medo porque seu casamento acabou e ele não quer passar por esse processo de novo.

Mas isso é muito explícito no filme. Tão explícito que ele chega a comparar a vida dos dois personagens aos tipos de vinho, como se isso fosse necessário pra gente perceber que eles são extremos opostos de uma mesma situação. Não achei uma abordagem nada sutil, nem original, e talvez por isso mesmo o filme não tenha me parecido nada demais.
 
Peregrin disse:
Eu achei que ela foi desenvolvida mais do que suficiente. Aliás, a cena onde os dois conversam na varanda teve o monólogo mais sincero que eu vi em 2004 no cinema - é quase impossível transmitir sentimento quando a personagem está declarando paixão por algo que não seja outro personagem, e nesse caso trata-se de uma situação mais complexa ainda: é um flerte disfarçado de dissertação sobre vinho, ou vice-versa.

Sim, essa conversa é um dos pontos altos do filme. Chega a ser agonizante a situação dos dois...
Só que eu ainda acho pouco aproveitada a personagem. Talvez por eu tê-la achado a mais interessante do filme, queria que ela aparecesse mais, tivesse mais chance de se mostrar em tela. Ou talvez a abordagem dela não tenha sido tão boa; acabou se destacando mais do que os protagonistas.

Ok, então você ficou querendo mais, mas isso não é necessariamente um defeito do filme, visto que o roteiro segue um ponto de vista exclusivamente masculino - observe que ela é inexistente no primeiro ato e praticamente some nos minutos finais - as personagens femininas só existem durante o retiro dos protagonistas; não há ligação direta com a "vida real" deles, e esse é justamente o ponto (a resolução ainda reforça isso). Simplesmente não tinha mais espaço pra ela.

No geral eu discordo de você; definitivamente o filme tem "algo de mais", esp. considerando a antítese entre os comportamentos dos protagonistas: cada um está tentando se apegar desesperadamente a partes irrecuperáveis de suas vidas que são objetivamente opostas; ou seja, Jack tem medo porque o casamento iminente significa nunca mais conhecer uma pessoa pela primeira vez e se apaixonar, e Miles tem medo porque seu casamento acabou e ele não quer passar por esse processo de novo.

Mas isso é muito explícito no filme. Tão explícito que ele chega a comparar a vida dos dois personagens aos tipos de vinho, como se isso fosse necessário pra gente perceber que eles são extremos opostos de uma mesma situação. Não achei uma abordagem nada sutil, nem original, e talvez por isso mesmo o filme não tenha me parecido nada demais.

Não entendi. Você queria que fosse mais "sutil", mas isso não é exatamente justo. Não há nada de errado com uma abordagem explícita, desde que seja honesta, ainda mais em se tratando de uma comédia. E eu não senti que os temas foram jogados na minha cara, ainda mais porque o filme é mais sobre pessoas do que sobre temas, dizendo tudo que tem que dizer em poucas cenas e deixando bastante espaço para as situações se desenvolverem.

(Anyway, seu filme preferido de 2004 não foi Kill Bill: Vol. 1? Eu dificilmente chamaria qualquer coisa naquele filme de "sutil", então o que é isso? Dois pesos, duas medidas?)

Quanto à originalidade, eu diria que isso também não é uma obrigação, mas o filme é original sim, não extraordinariamente original, mas o suficiente pra se tornar único, esp. porque ele parece não levar seus gêneros muito a sério, apostando muitas vezes num humor offbeat e desconstruindo o ritmo a cada instante - ele começa animado, depois dá uma relaxada geral enquanto o Jack vai esticando cada vez mais a situação e de repente os conflitos explodem todos de uma vez, levando quase instantaneamente a um epílogo extremamente taciturno.

Eu acho estranho você ter gostado tanto de, digamos, Moça Com Brinco de Pérola, e não ter achado Sideways nada demais. Pelo menos o último está dizendo alguma coisa, e não é dolorosamente previsível.
 
Eu gostei muito do filme. Meio que salvou meu dia.
Tipo que eu me vi quase que totalmente no Milles. Até comentei com meu amigo que aquele seria eu no futuro. :mrgreen: :roll:
Me deixou um tanto depressivo e pensativo, coisas que só sinto quando vejo esses filmes mais, digamos, "experimentais".
E achei melhor que Closer, até pq identifiquei mais com algumas cenas e o próprio personagem.
 
.plück. disse:
Me deixou um tanto depressivo e pensativo, coisas que só sinto quando vejo esses filmes mais, digamos, "experimentais".

Wow, se "Sideways" é experimental, o Stan Brakhage deve ser algum tipo de forma de vida alienígena.

Ou você quer dizer no sentido que os personagens experimentam vinho?
 
:lol:

Quis dizer que é um filme que VOCÊ experimenta, como uma série de acontecimentos que te fazem refletir e por vezes, se sentir no lugar do personagem.
Mas isso no meu caso, é claro.
 
.plück. disse:
:lol:

Quis dizer que é um filme que VOCÊ experimenta, como uma série de acontecimentos que te fazem refletir e por vezes, se sentir no lugar do personagem.
Mas isso no meu caso, é claro.

É que isso está bem longe do significado do termo "experimental". Filmes experimentais são aqueles que utilizam técnicas novas, de eficácia não-comprovada.
 

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