Eu acho que não dá pra concluir uma fórmula, do gênero: "O roteiro é melhor que a arte". Há casos e casos.
Há as que realmente primam pela arte e ficam nessa mesma, deixando o roteiro em segundo plano. Eu compraria uma revista que tivesse capa e desenhos de encher os olhos desconhecendo completamente premissa, roteiro, autor, etc., porque é o que mais chama atenção, além de ser algo fácil de reconhecer. É a capa e os desenhos que fazem alguém levar uma HQ que desconhece. Não dá tempo, numa primeira olhada, de saber se a história é interessante e coesa, ou os personagens bem-estruturados e tudo o mais, mas dá pra ver se você curte o desenho ou não.
Por exemplo: A Paixão de Arlequim, de Gaiman e Bolton. Muito bonito e chamativo. Ou Origem, de Jenkins, Kubert e Isanove. Eu certamente teria corrido comprá-la se me dissessem que é uma boa história sobre o Wolverine, mas eu comprei antes de saber qualquer coisa sobre quem ou o quê porque a arte
chamou a atenção. (

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Mas é óbvio que a arte não se aguenta sozinha numa HQ. Alguns números, e se o roteiro não for bom, o desinteresse vem normalmente.
O contrário é mais bizarro e independente. Uma história legal e muito mal desenhada precisa vir com carta de referência e indicação de alguém pra despertar algum interesse, mas depois disso a chance de largar a revista no meio é consideralvelmente menor. Veja só as primeiras edições de Sandman: o desenho é, pelo menos pra mim, muito feio mesmo. Mas o a história é suficiente pra relevar isso isso e continuar comprando e lendo.
Ou seja, embora uma boa arte tenha uma vantagem inicial, uma boa história tem mais chance de que eu continue acompanhando (isso é claro desconsiderando casos em que ambas existam, esses não estão em questão).
By the way, esse segundo Hellboy é horrível.
