A morte de Boromir no filme, mais do que no livro, é algo que me comove e me marca profundamente. Obviamente, lendo o livro a gente tem espaço para imaginar como foi a morte de Boromir, como ele lutou. Mas o filme mostra, dá uma ideia de como teria sido a luta de Boromir em seus últimos minutos de vida.
Mas essa cena em particular, dos últimos momentos de Boromir, cada um de nós, imagino, entende sem pensar. Reagiríamos instintivamente defendendo nossos amigos e o que é certo. Isso fez Boromir. E a cena no filme é dirigida com exímia maestria por um apaixonado pelas obras de Tolkien que é PJ. Geralmente quando sinto algo que me inquieta de uma maneira imensuravelmente positiva, acabo querendo escrever a respeito e é justamente neste momento que as palavras me fogem. Expressar o inexpressável de uma cena das mais tristes da trilogia, cuja carga emocional testa a cada um de nós quando nos é impossível passar incólumes, como se o que vemos não fosse apenas ficção. Mas não é, a Arte é o retrato da vida. Tudo o que sentimos vendo ao filme, em particular, a cena ao qual me refiro, é a exata sensação que teríamos vivendo os acontecimentos do filme.