Morfindel Werwulf Rúnarmo
Geofísico entende de terremoto
Até o fim do ano, pedestres que passarem em frente ao palácio da Polícia Civil, em Porto Alegre, poderão se deparar com uma placa da prefeitura com inscrições como "Aqui houve tortura".
O município e a ONG Movimento Justiça e Direitos Humanos assinaram ontem convênio para sinalizar locais da cidade que abrigaram crimes cometidos por agentes do regime militar (1964-1985).
Um presídio desativado e uma praça que sediou uma unidade militar também deverão receber sinalização. No atual palácio da polícia, funcionou o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), um dos órgãos da repressão.
O movimento também quer colocar placas em frente a dois quartéis do Exército ainda em funcionamento. O convênio prevê que o município bancará os custos dos memoriais, enquanto a entidade, liderada pelo ativista Jair Krischke, ficará responsável pela pesquisa histórica.
O prefeito José Fortunati (PDT) afirmou que a iniciativa permitirá que o povo "conheça o que aconteceu nos anos de chumbo" em um momento em que a Comissão da Verdade acaba de ser instaurada pelo governo federal.
Para Krischke, o projeto, batizado de "Marcas da Memória", se contrapõe à iniciativa dos militares de dar o nome de presidentes do regime a equipamentos públicos.
O projeto de identificação foi inspirado em ações realizadas no Uruguai e na Argentina. Ativistas produziram até catálogos com centros de repressão militar em Buenos Aires e em Montevidéu.
Há duas semanas, militantes de esquerda encenaram torturas em frente a uma casa usada pelo Dops em Porto Alegre e colaram adesivos com inscrições como "Aqui nessa rua pessoas foram torturadas e mortas". O local também está na lista dos que deverão ser sinalizados.
Fonte
O município e a ONG Movimento Justiça e Direitos Humanos assinaram ontem convênio para sinalizar locais da cidade que abrigaram crimes cometidos por agentes do regime militar (1964-1985).
Um presídio desativado e uma praça que sediou uma unidade militar também deverão receber sinalização. No atual palácio da polícia, funcionou o Dops (Departamento de Ordem Política e Social), um dos órgãos da repressão.
O movimento também quer colocar placas em frente a dois quartéis do Exército ainda em funcionamento. O convênio prevê que o município bancará os custos dos memoriais, enquanto a entidade, liderada pelo ativista Jair Krischke, ficará responsável pela pesquisa histórica.
O prefeito José Fortunati (PDT) afirmou que a iniciativa permitirá que o povo "conheça o que aconteceu nos anos de chumbo" em um momento em que a Comissão da Verdade acaba de ser instaurada pelo governo federal.
Para Krischke, o projeto, batizado de "Marcas da Memória", se contrapõe à iniciativa dos militares de dar o nome de presidentes do regime a equipamentos públicos.
O projeto de identificação foi inspirado em ações realizadas no Uruguai e na Argentina. Ativistas produziram até catálogos com centros de repressão militar em Buenos Aires e em Montevidéu.
Há duas semanas, militantes de esquerda encenaram torturas em frente a uma casa usada pelo Dops em Porto Alegre e colaram adesivos com inscrições como "Aqui nessa rua pessoas foram torturadas e mortas". O local também está na lista dos que deverão ser sinalizados.
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