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Pelé morre aos 82 anos

Descanse em paz, ídolo.

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Esse texto magistral do Douglas Martins sintetiza o que é ser santista em qualquer época na nossa relação com o Rei:

Pelé, Alter Ego.

Fui um súdito. Fui descobrindo que habitava – melhor seria dizer “orbitava”, Pelé aos poucos. Pelé foi um centro de gravidade da infância de meu tempo. Nada seria indiferente a Ele. Todos desejávamos ser Pelé.
Sabíamos que não seríamos. Pelé era o próprio sonho. Todos nos achávamos Pelé porque sabíamos que ninguém seria. Todos andávamos nos campinhos com um Pelé Alter Ego. Não importava ser bom ou ruim. Nosso Alter Ego Pelé nos acompanhava. E protegia.
Na rua Antonio Bento de Amorim, uma reta que liga a Vila Belmiro ao Marapé, em 1970 saltei, dei estrela, entrei em transe com o Brasil tricampeão. Pelé resumia tudo. Eu e meus amigos, minha rua, meu bairro, meu país. Pelé nos definia.
Estudei no Azevedo Júnior e fui uma das crianças que paravam o racha ao lado da Vila para dar passagem à Mercedes chapa 1000. Largávamos o jogo para correr atrás do carro até entrar no Estádio.
Ali ficávamos porque ele chegava para treinar. Subia antes de todos no gramado e chutava por cima da barreira de pau. Chegava o goleiro. Ele treinava o goleiro. Iam chegando os demais. Carlos Alberto, Edu, Clodoaldo... Eu vi. Ele entrava na roda.
Vivi Pelé. Eis que o Alter Ego de minha infância me acompanhou na adolescência, juventude e depois, vida afora, sempre. Descobri o Pelé imortal. Fui tocado por essa revelação brasileira. Pelé jamais morrerá. É uma divindade dos templos gramados.
Hoje, tenho a notícia que Edson, a encarnação de Pelé, concluiu sua jornada como todos nós, um dia, concluiremos. Somos mortais. Essa é nossa angústia. Alguns dentre nós, sabe-se lá porquê, são escolhidos por divindades para andar sobre a Terra.
Edson partiu como naquele dia na Vila quando foi aos quatro cantos do gramado, diante da torcida que repetia sem parar seu nome. Ouvi de minha casa olhando o clarão do estádio e ouvindo tudo pelo radinho de meu pai.
Pelé! Pelé! Pelé!...
Pelé, o deus negro nos acompanha. Falo com autoridade. Descobri ao longo da vida que essa divindade não acompanhava apenas os moleques pobres descalços do Marapé. Pelé é o Alter Ego do meu país. Sou testemunha de Pelé.
Adeus Edson!
Obrigado!
#pelé

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Descanse em paz, Majestade. Será sempre o Rei da Vila e do Brasil, e nenhum santista, nenhum brasileiro, mesmo quem nunca te viu jogar, vai esquecer o que você foi para o futebol e para o Brasil.
 
Pelé foi um dos principais responsáveis por fazer do Brasil o país do futebol. Em civilizações passadas, isso seria motivo suficiente para que seu nome fosse adorado e os poetas compusessem poemas grandiosos para eternizar as suas façanhas!
 

Infelizmente precisou dessa forma pra Bauru, vulgo "Sanduba City", onde meus avós maternos moravam bem próximo numa cidade vizinha a ela (Arealva) e toda vez que passeava por Bauru era como se o Pelé quase nunca tivesse tido nenhuma importância pra cidade.

Tá certo que o BAC, o "Baquinho" como clube de futebol e berço futebolístico do Pelé não existe mais, mas as memórias jamais devem ser apagadas.
 
Hora de restaurar tudo o que há de gravado do "Seu" Edson. Restaurar, colorizar e exibir continuamente.
E a tecnologia atual já permite filmes de baixa resolução ficarem muito bons.

A se lamentar que uma boa parte dos mais belos gols do Pelé foram perdidos de acervos de emissoras que frequentemente viviam tendo incêndios.
 
Como eu disse lá no tópico sobre a derrota da Seleção, o jogador brasileiro moderno tem uma mentalidade muito diferente de antigamente. Hoje o foco é em outras coisas...


Não podem nunca mais reclamarem de reconhecimento popular, porque quando tem patrocínio ou regalias em eventos:

Quando não tem:
 
Como eu disse lá no tópico sobre a derrota da Seleção, o jogador brasileiro moderno tem uma mentalidade muito diferente de antigamente. Hoje o foco é em outras coisas...


Não podem nunca mais reclamarem de reconhecimento popular, porque quando tem patrocínio ou regalias em eventos:

Quando não tem:
Vergonhoso mesmo, embora não totalmente inesperado.
 
Pelé não ganhou 3 copas sozinho, mas o fato é que a geração dele abriu portas gigantescas pra turma do Tetra e Penta terem contratos milionários e uma vida financeira absurdamente tranquila.
 
Pelé não ganhou 3 copas sozinho, mas o fato é que a geração dele abriu portas gigantescas pra turma do Tetra e Penta terem contratos milionários e uma vida financeira absurdamente tranquila.
Sobre as 3 Copas, isto com toda certeza. Ele não venceu sozinho. Ouvi que em 62 ele estava machucado e pouco jogou a Copa do Mundo. Tanto que no canto da torcida o Mané que é ovacionado.

Sua geração contribuiu muito mesmo para o futebol no geral. Como mostra esta pesquisa no vídeo abaixo, o futebol se tornou o esporte mais popular a partir de 1964, justamente 2 anos depois do Brasil levar o bi campeonato mundial. E com a super popularização do esporte ao longo dos anos, isto atraiu muito mais investimento e mídia, o que fez com que os salários dos jogadores aumentassem de forma gigantesca.

Eu particularmente não gosto de comentar o salário dos jogadores. Eu acho um absurdo sem igual o montante de dinheiro que eles recebem para correr atrás da bola.

 

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