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Autor da Semana Paulo Coelho

Li mais de um livro do Paulo Coelho, porque gosto de dar chance a um autor (todos eles tem um livro ruim), mas detestei todos.

Mas ainda acho que ele tem o mérito de fazer com que muitas pessoas comecem a apreciar a leitura. E eu falo de gente que nunca vai querer pegar um Leon Tolstoy, mas que muitas vezes seguirá em frente pulando para outro autor, ou simplesmente melhorando sua escrita, seu vocabulário, etc.
 
Na minha adolescência ele foi importante pra mim, por isso não me arrisco a falar mal da fonte onde bebi - fato que muito da minha curiosidade começou com as informações encontradas nos livros dele. Mas é superficial demais, sério. É bom pra começar, mas é tipo tabuada de 1.

Quando se fala em superficialidade se trata de coisas poucos estudadas, nada muito detalhista, aprofundado; só pelo fato de ser um escritor, lidar com histórias, personagens, cenários, transmitir uma idéia através da linguagem escrita não é nada superficial. Aliás todas as impressões que podemos ter da literatura de Paulo Coelho, como de qualquer outro autor, seja boa ou ruim, foi interiorizada, partiu de qualquer coisa, uma idéia antiga, uma viagem, um leitura, uma música, uma pedra, e isso é o mais interessante, esse processo de criação ligado a personalidade do autor.
 
Sempre acreditei no potencial do :coelho: para animar um tópico. Vejam só, o tópico já está HOT.

Por causa disso :coelho: a partir de agora :coelho: usarei o :coelho: no lugar das vírgulas. (sim :coelho: isso aqui foi metalinguístico. Foi didático :coelho: até :coelho: eu diria).

Edit.: IDEIA ABORTADA. EU SINTO NERVO DE OLHAR PARA ESSE TANTO DE COELHO. SÉRIO, NERVO, NÃO CONSIGO OLHAR, É MEIO REPULSIVO.
 
A meu ver o mérito do Paulo Coelho não é tanto pela qualidade dos livros dele, mas sim pelo quão acessível ele os fez e incentivou a leitura, tanto no Brasil quanto no exterior (reza até uma lenda que os livros dele traduzidos são melhores do que em português).
 
A meu ver o mérito do Paulo Coelho não é tanto pela qualidade dos livros dele, mas sim pelo quão acessível ele os fez e incentivou a leitura, tanto no Brasil quanto no exterior (reza até uma lenda que os livros dele traduzidos são melhores do que em português).

Já ouvi falar disso, e deve ser lenda. O que acho provável é que a maior parte dos brasileiros lendo em inglês não se apegam tanto a vocabulário, estilo etc.
 
Já ouvi falar disso, e deve ser lenda. O que acho provável é que a maior parte dos brasileiros lendo em inglês não se apegam tanto a vocabulário, estilo etc.
Eu fiquei pensando se na tradução eles não teriam corrigido os erros gramaticais que dizem ter.
 
Eu acho que erro gramatical é que é lenda. Porque né, editoras contam com revisores e tudo o mais. A não ser que proceda a história de que ele não permite que mexam uma vírgula do que ele escreveu - de qualquer forma, antes de ser um grande sucesso ele não tinha moral para isso, então pelo menos os primeiros livros não poderiam ter erros. Mas a versão de que os tradutores deram uma melhorada lá fora eu acredito, viu. Até porque os livros do Paulo Coelho são adotado em escolas francesas (não estou achando link da notícia, mas juro que quando li fiquei >>> :eek: ).
 
A primeira vez que eu peguei pra ler eu não me acostumei (não me prendia por minha idade), tipo que na época eu tinha uns 10 anos e não entendia muito de versos, poesia nem de histórias de vida. Por ser refratário a biografias e poemas eu era capaz de ignorar um Neruda em troca de ter na mão um volume de Pedro Bandeira ou da coleção Para se Gostar de Ler. Mas muitas garotas gostam de versos e poesia e as vivências e transformações são um dos focos dos livros em que esses temas me fascinam até hoje com muita intensidade, coisa que na época não entendia. O máximo que fazia era listinha de livros lidos por ano para escolher os que eu mais gostava.

Acho que a melhor fase dele vem a partir das Valquírias, apesar de Brida ser um depoimento divertido também. O Alquimista é uma história direcionada a um tipo de viajante e quem precisou mudar muitas vezes de vida em várias cidades sob empregos estressantes entende melhor a história (lembro que fizeram uma lista de profissões estressantes e na época eu trabalhava ao mesmo tempo nas 3 mais estressantes da lista, mudando várias vezes de estado pra estudar e trabalhar).

As releituras também abrem partes da história para o entendimento de trechos do livro que antes faziam pouco ou nenhum sentido (como ocorre no Tolkien). Tem coisa que li em Sai baba, Paramahansa Yogananda ou Osho que batem com o livro apesar de o foco ser romance como ocorre na literatura espírita. Acho que por isso os franceses curtem o material, tem um livro em francês da Collete chamado Mes Apprentissages sobre uma atriz que precisa mudar radicalmente de vida e fala principalmente sobre mudança ou transformação no meio da estrada (O Raul Seixas era uma mutação ambulante), acho que por essa cultura do francês e de terem raízes místicas antigas, além do autor ter uma casa por lá (devia ter amigos no mercado editorial) influenciou na europa. O próprio Lavoisier e a tal da transformação sempre foram matéria de estudo dos franceses...

Alguns títulos dele considero muito bons, outros acima da média, alguns razoáveis/médios. Entre O Alquimista e o Demônio e Senhorita Prym eu li todos (7 livros) terminando mais recentemente O Aleph (para quem é fã vai curtir). Se for comparar com alguém como Ray BradBury tem contos dele como a Bruxa de Abril que são melhores que alguns livros do Paulo como Veronika ou o Demônio e Srta Prym. Já outros contos são inferiores e a qualidade no autor de porte é difícil manter, mesmo Shakespeare tem livro dele que só a crítica está pronta para reler sempre e sentir prazer. Apesar de eu curtir Alquimista me divirto e relaxo tanto com as Valquírias quanto com O Hobbit do Tolkien.

Alguns dividem os livros em uma fase mais obscura voltada para a negatividade e bruxaria egoísta e outra mais luminosa em que ele usa o dom da escrita com mais harmonia e se volta para uma fé positiva. PElo que li a fase do Diário de Um Mago já se percebe que ele tenta ficar mais leve em relação ao que fazia anteriormente que era usar técnicas psíquicas e místicas de forma errada. Já nas Valquírias melhora bem porque na história ele conta que recebeu o troco da escuridão de volta e aquilo que ele tinha feito de ruim no passado precisou encontrar um caminho para se redimir. Acho que o melhor dos livros são os momentos de redenção e de virada (os norte americanos devem curtir mais essas partes porque combina com eles, diferente das mudanças de vida dos franceses). As viradas de sorte devido ao trabalho e esforço em SdA e O Hobbit são semelhantes as de O Alquimista. Aquele que se esforça é digno da recompensa.
 
mas aí é culpa da revisão feita pela editora. ou vcs realmente acreditam que todo autor manda os manuscritos perfeitos e sem qualquer erro?

Talvez apenas José Saramago.

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Paulo Coelho tem seus méritos sim, foram ele e a tia Rowling que me ensinaram a gostar de ler. E também minha mãe, que me deu os livros de presente.
 
Amiguinhos do Meia Palavra, venham comentar no tópico do MELHOR ESCRITOR BRASILEIRO. :rofl:
 
Gente, vocês estão de sacanagem com a minha cara. Gastaram uma semana do ano com o Paulo Coelho? Aquele que reduziu Ullysses a um TUÍTE? Gente? OI?
 

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