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Os Grandes Lagartos

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Este ensaio examina as características, atividades e sobrevivências dos dragões na Terra-média. Dragões eram também chamados de Urulóki ["serpentes de fogo"], grandes lagartos e lagartos de fogo. Foram criados pelo Senhor do Escuro Melkor, na Primeira Era. A primeira criatura deste gênero foi Glaurung, chamado de "pai dos dragões" [Silmarillion, Cap. 18]. Ele cresceu até se tornar grande em malícia e poder e cometer muita destruição e depredação contra as terras e exércitos dos inimigos de Morgoth. Embora não possamos assumir que todos os dragões tenham as mesmas características de seu monstruoso antepassado, os melhores detalhes que restaram se referem a Glaurung. </P>
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Características
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Cerca de um século após ter sido criado por Morgoth, Glaurung "...era ainda jovem e meio-crescido, pois longa e lenta é a vida dos dragões..." [Silmarillion, Cap. 13]. Fisicamente eram criaturas grandes, com rígidas "escamas" para proteção. Apesar de seu tamanho, podiam se mover rapidamente, no chão: </P>
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"Glaurung então passou Mablung, uma vasta forma na neblina; e o fez rapidamente. Pois ele ele um poderoso lagarto, mas mesmo assim, ágil." [Unfinished Tales 1 II] </P>
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Eles não se incomodavam com a luz do dia [ao contrário dos Nazgul e orcs, por exemplo] e possuíam uma visão extraordinária, a julgar por esta descrição de Glaurung: </P>
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"...o fulgor de seus olhos cruéis era mais aguçado que o das águias, e ultrapassavam a longa visão dos Elfos..." [Unfinished Tales 1 II] </P>
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Além da força de seus corpos, dragões tinham a habilidade mortal de cuspir fogo. Este poder era utilizado com grande eficiência em batalhas, onde apenas aqueles usando armaduras dos Anões podiam ficar firmes contra duas chamas. Entretanto, este poder não era inextinguível, como evidenciado por este comentário sobre Glaurung após ele ter expulso uma patrulha de Elfos de sua alcova em Nargothrond: </P>
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"Mas ele estava lento agora e escondido; pois os fogos nele queimavam baixo: grande poder havia saído dele, e ele deveria descansar e dormir no escuro." [Unfinished Tales 1 II] </P>
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Ao contrário das criações bestiais normais de Morgoth, eles eram criaturas inteligentes e tinham o poder da fala. Além disso eles possuíam o poder de controlar a mente de outras pessoas. </P>
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"...Glaurung conteve sua rajada, e abriu amplamente seus olhos de serpente e encarou Túrin. Sem medo Túrin olhou dentre deles enquanto erguia sua espada; e imediatamente ele caiu sob a magia de cegueira do olho sem pálpebras do dragão..." [Silmarillion Cap.21]. </P>
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Os descendentes de Glaurung tinham alguns poderes similares, como evidencia a tentativa de Smaug de colocar sua magia sobre Bilbo Bolseiro. Em sua conversação com Smau, a toda hora que o olhar do dragão varria o local onde estava escondido, Bilbo sentia vontade de se revelar. </P>
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"De fato ele estava em grave perigo de ficar sob a magia do dragão." [O Hobbit Cap 12] </P>
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Como dito, esta combinação de inteligência, força física e poderes malignos faziam dos Grande Lagartos uma dos mais poderosas criaturas da Terra-média. </P>
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Crescimento e Evolução na Primeira Era
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Morgoth criou mais dragões após Glaurung e através dos longos anos da Primeira Era seu número aumentou. Ao tempo da Nirnaeth Arnodiad, a Batalha das Lágrimas Incontáveis, um certo número de dragões existia junto com Glaurung. Com o poder dos Elfar e Homens quebrado, estas terríveis criaturas ficaram livrea para vagar por beleriand e além, embora não seja conhecido se algum permaneceu fora das Monatanhas de Ferro de Angband. Seu número continuou a crescer, e sua força foi utilizada por Morgoth no assalto a Gondolin. </P>
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"Finalmente... Morgoth estava pronto, e ele liberou sobre Gondolin seus Balrogs, e seus Orcs e seus lobos; e com eles vieram dragões da linha de Glaurung, e eles se tornaram agora muitos e terríveis." [Silmarillion Cap 23] </P>
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Após ter obtido tudo, menos o domínio completo de Beleriand, Morgoth experimentou uma nova linhagem de dragões que podiam voar. Embora concebidos como um modo de estender sua influência e buscar os refúgios escondidos de seus inimigos restantes, eles nãoforam revelados até a maré da guerra ser sido subitamente virada contra Morgoth pela intervenção dos Valar na Guerra da Fúria. Contudo, o poder liberado por esta nova linhagem de dragões era aterrorizante: ".. e para fora das profundezas de Angband foram lançados os dragões alados, que nunca haviam sido vistos; e tão repentina e destruidora foi o ataque desta terrível frota que os exércitos dos Valar foram recuados, pois a vinda dos dragões foi como um grande trovão, e raios, uma tempestade de fogo." [Silmarillion Cap 24] </P>
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A batalha subitamente centrou-se nesta luta entre os Grande Lagartos e as criaturas livre do ar, mas a maré foi virada pelo heroísmo de Eärendil e os Valar foram triunfantes. </P>
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"Antes do nascer do sol Eärendil matou Ancalagon o Negro, o mais poderoso dentre o exército de dragões, e atirou-o do céu; e ele caiu sobre as torres de Thangorodrim, e elas foram quebradas em sua queda. Então o sol surgiu, e os exércitos ods Valar prevaleceram, e quase todos os dragões foram destruídos..." [Silmarillion Cap 24] </P>
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Como foi registrado, a maioria dos Grande Lagartos foram mortos na Guerra da Fúria... mas a Terra-média não ficou livre da sua raça por muitas eras. Pois alguns sobreviveram ou fugiram para o leste para além das ruínas do reino de Morgoth. </P>
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As Segunda e Terceira Eras
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Temos pouco ou nenhum registro das atividades dos Grandes Lagartos na Segunda Era. Sua presença continuada referenciada por uma descrição no Akallabêth sobre os anos escuros do Homem na Terra-média entre a Queda de Beleriand e as viagens dos Numenorianos para a Terra-média: </P>
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"...e os homens ficaram nas sombras e foram incomodados por muitas criaturas malignas que Morgoth criou no seu tempo de domínio: demônios, e dragões e outras bestas..." [Akallabêth] </P>
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Foram cerca de cinco mil anos de registros vacilantes de atividades de dragões, entre a Guerra da Fúria e a próxima ataque documentado de dragões. Sem dúvida existiu atividade nesse meio tempo, embora talvez em terras das quais nenhum registro tenha chegado aos Eldar ou Numenorianos. </P>
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A despeito do espaço nos resgistros, é possível especular que os Grande Lagartos espalharam-se a leste, além das Terras Oestes da Terra-média. Existe uma pista indireta dada pela seguinte passagem em "Sobre os Anéis de Poder e a Terceira Era": </P>
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"É dito que a fundação de cada um dos Sete Tesouros dos Reis Anões de antigamente foi um anel de ouro; mas todos estes tesouros foram saquedos há muito e os Dragões os consumiram, e dos Sete Anões alguns foram consumidos no fogo e alguns Sauron recuperou." [Silmarillion, Anéis de Poder] </P>
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Os "Sete Tesouros" são presumivelmente associados com as sete Casas dos Anões, das quais apenas duas deleas ficavam no Oeste [a de Durin, a casa principal, era Khazad-dûm, enquanto que as mansões de belegost e Nogrod na Primeira Era, nas Ered Luin, formavam a outra Casa]. Se a lenda dos Sete Tesouros for verdadeira, então as mansões dos Anões no leste da Terra-média foram afligidas por dragões em vários momentos da metade da Segunda Era e da Terceira Era [se utilizarmos a cronologia dos "Anéis de Poder..."] </P>
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Os Grandes Lagartos reapareceram com certeza nos registros dos Homens em cerca de 200 da Terceira Era, no Norte distante, que foi perturbado por estas criaturas pelo restante da Era. O primeiro vislumbre vem de um conto dos Rohirrim sobre suas antigas terras nos Vales Superiores do Anduin: </P>
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"Muitos senhores e guerreiros, e muitas belas e valentes mulheres, são nomeadas nas canções de Rohan que continuan a relembrar o Norte. Frumgar, elas dizem, foi o nome do capitão que conduziu seu povo para Éothéod. De se filho, Fram, dizem que ele matou Scatha, o grande dragão das Ered Mithrin, e a terra teve paz dos grandes lagartos desde então." [Senhor dos Anéis, Ap. A] </P>
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A mudança dos Homens do Norte para Éothéod seguiu a derrota de Angmar em 1975, então este pode ter sido o lugar da morte de Scatha no primeiro século do terceiro milênio. A paz não resistiu muito tempo, pois após a perda de Khazad-dûm para o Balrog em 1981, o povo de Durin fixou-se em novas terras, entre elas Erebor e as Montanhas Cinzentas. A subsequente disputa entre Fram e os Anões sobre o tesouro de Scatha poderia implicar que, ao tempo da morte do dragão, o povo de Durin já havia estabelicido minas, mansões e riquezas em suas novas moradias nas Montanhas Cinzentas. Contudo, o novo reino Anão eventualmente atraiu interesses malignos dos dragões do norte, como recontado no Vilho Vermelho do Marco Ocidental: </P>
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"Mas Thorin I seu filho retirou-se e foi para o Norte para as Montanhas Cinzentas, onde a maioria do povo de Durin estava agora se reunindo; pois estas montanhas eram ricas e pouco exploradas. Mas existiam dragões nas vastidões além; e após muitos anos eles se tornaram fortes de novo e se multiplicaram, e fizeram guerra aos Anões, e saquearam seus trabalhos. Finalmente Dáin I, junto a Frór seu segundo filho, foi morto na porta de seu salão por um grande lagarto de gelo." [Senhor dos Anéis, Ap. A] </P>
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É interessante notar a referência a um "lagarto de gelo", uma variante de dragão adaptado às vastidões geladas. O trecho "eles fizeram guerra aos Anões" também é significativo, implicando que os dragões estavam agindo de acordo. Anteriormente, apenas nas campanhas de Morgoth ouvimos falar de dragões operando em conjunto, apesar de sua atração por tocas pessoais e tesouros indicar uma natureza individual. </P>
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Embora os eventos descritos nesta passagem pareçam próximos, eles são separados por séculos, no Conto dos Anos: </P>
<P class=CorpoTexto>2210 Thorin I deixa Erebor, e vai ao norte para as Montanhas Cinzentas onde a maioria do povo de Durin agora se reune. 2570 A este tempo Dragões reaparecem no Norte e começam a afligir os Anões 2589 Dain I morto por um Dragão </P>
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O padrão dos eventos sugere que os dragões presentes nas Vastidões Norte foram vencidos após a morte de Scatha, mas, vários séculos após a chegada do povo de Durin às montanhas, eles estavam envolvidos em um novo mal devido à sua sede por tesouros [mas talvez também pelo desejo de defender sua terra de criação] e tiveram sucesso em saquear as mansões dos Anões das Ered Lithum. Seu sucesso é indicato pelo recuo dos Assentamentos dos Anões da área após a morte de seu rei: </P>
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"Não muito depois o povo de Durin abandonou as montanhas Cinzentas." [Senhor dos Anéis, Ap. A] </P>
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O resto do norte aproveitou apenas uma pequena pausa [relativamente aos dragões] das depredações dos Grandes lagartos. Por menos de dois séculos após a fuga dos Anões, os reinos de Vale e Erebor caíram vítimas do terror do último grande dragão, Smaug. </P>
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"...o rumor das riquezas de Erebor de espalhou e alcançou os ouvidos dos dragões, e finalmente Smaug o Dourado, o maior dos dragões daquele tempo, levantou-se e sem aviso veio contra o Rei Thrór e desceu à montanha em chamas." [Senhor dos Anéis, Ap. A] </P>
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É interessante perceber que uma vez que Smaug deu segurança a sua nova toca seus ataques às terras ao redor declinaram nos próximos cento e setenta anos ao ponto dos moradores da Cidade do Lago puderam prosperar e mesmo considerar a existência do dragão como uma lenda. Isto sugere um ciclo nas atividades dos dragões, uma vez que atingiam a maturidade, de intenso desejo de adquirir tesouros, seguidas por períodos de descanso vigilante do qual eram distraídos apenas pela necessidade de comida, companheira ou defender suas posses. </P>
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Sobrevivência Além da Terceira Era
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A saga de Bard de Esgaroth matando o dragão é contada em todo lugar. Nossas descrições dos Grandes Lagartos chegam a um fim não muito mais tarde, quando a terceira Era termina. A este tempo uma mudança veio sobre a raça dos dragões. Seja por evolução natural ou pela morte dos poderosos criadores, os membros desta raça sentiram falta do poder de seus criadores. O decllínio é aludido por gandalf em uma conversa com Frodo: </P>
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"Foi dito que o fogo dos dragões poderia derreter e consumir os Anéis de Poder, mas não resta nenhum dragão na terra cujo fogo seja quente o suficiente..." [Gandalf a Frodo, Senhor dos Anéis] </P>
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Este declínio, seja em longevidade, poder ou conhecimento, não é incomum entre as raças da Terra-média. A despeito disso, fica claro nas palavras de Gandalf que os dragões sobreviveram para perturbar as eras futuras: a possível existência dos dragões no leste da Terra-média também foi sugerido, e os dragões que espantaram os Anões das Montanhas Cinzentas continuam em posse de suas tocas e livres para procriar. As gerações futuras irão gravas os nomes, feitos terríveis e mortes destes Grandes lagartos. </P>
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Para sair do tratamento pseudo-histórico do título até aqui, o que temos como "fato" que a sobrevivência dos Grandes Lagartos não é um acidente pelo que foi dito ou não no Senhor dos Anéis. Para J.R.R. Tolkien, a descrição dos dragões na terra-média providenciou um pano de fundo para sua presença nos contos dos Homens mais tarde, cono no épico Beowulf. Tal artifício proporcionou uma continuidade imaginária da história entre a Terra-média e nossa própria história e lendas. E por esta razão é claramente necessário que os dragões tenham sobrevivido à derrota da Sombra e ao fim da Terceira Era. </P>
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"Eles [Dragões] não pararam; pois estiveram ativos em tempos tardios, próximos ao nosso." [J.R.R Tolkien, Carta 144]</P>
Tradução de Fábio Bettega
 

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