Aqui poderia entrar também a Maldição de Mandos e a maldição de Isildur sobre os mortos de Erech. Ambos não tinham nenhum poder para causar o que a profecia previa, mas a fizeram por um ato intuitivo. Mandos, por sua própria natureza (e não precisava ser lá tão inteligente para prever o resultado da rebelião dos noldor, da busca pelas silmarilli e da luta do Morgoth), mas no caso de Isildur o negócio beiraria a quase uma intuição divina, uma profecia que revelara a vontade do próprio Eru de alterar o destino natural que aqueles mortos teriam.
Justamente, não era "previsão" como se diz de uma visão do futuro que existe e simplesmente se antevê; era uma dedução por parte do Mandos. Vendo um povo tão insensato, impulsivo e sem tato como eram (ou estavam) a maioria dos Noldor naquela rebelião, principalmente Fëanor, cheio de arrogância, não era difícil "prever" que ele morreria em breve. Isso porque ele estava indo enfrentar Melkor, numa terra desconhecida, povoada por pessoas e seres desconhecidos, etc. Mandos conhecia Melkor, sabia que era uma luta impossível de ser vencida - pra ele era uma "previsão" muito simples, e os Noldor chamaram isso de "maldição".
Essa informação está no Comentário sobre o diálogo de Finrod e Andreth, tem traduzido aqui na Valinor mesmo.
O caso do Isildur é diferente. Envolve uma questão bem mais complicada que é Homens, cujo destino cabe só a Eru, viverem em Arda por milhares de anos, ficarem presos ali. É óbvio que Isildur não tem poder pra isso. A única explicação que existe é que Eru interferiu naquele caso. Não existe um trecho que explique isso, mas é simplesmente a única possibilidade.
A existência do livre-arbítrio em Tolkien é algo questionável e nem de longe simples. Geralmente isto é concluído a partir da prevalência da noção de livre-arbítrio no catolicismo, mas uma análise razoável da obra leva a evidências da noção oposta, o destino, e mesmo dentro do catolicismo há tendências (minoritárias) a considerar essa noção oposta. Além disso, não é porque é uma noção católica que Tolkien acreditaria ou colocaria em sua obra. Católicos também discordam sobre assuntos do tipo.
Tolkien afirmou categoricamente nas Cartas, mais de uma vez, que as criaturas que têm espíritos têm livre-arbítrio. Isso não se discute, por causa disso. O argumento do catolicismo vem a ser só um (grande) reforço.
O que dá trabalho é raciocinar se Eru, por ser Eru, tinha completa ciência do futuro, mesmo havendo livre-arbítrio. Mas é o tipo de pergunta que eu não fico mais pensando por muito tempo, simplesmente porque já percebi que não tem resposta. =P
<link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CBERNAR%7E1.WIN%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w

unctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w

ontGrowAutofit/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify; text-indent:19.85pt; mso-pagination:none; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:EN-GB; mso-fareast-language:RU; layout-grid-mode:line;} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]-->
Carta 181 disse:
But the One retains all ultimate authority, and (or so it seems as viewed in serial time) reserves the right to intrude the finger of God into the story: that is to produce realities which could not be deduced even from a complete knowledge of the previous past, but which being real become part of the effective past for all subsequent time (a possible definition of a 'miracle'). According to the fable Elves and Men were the first of these intrusions, made indeed while the 'story' was still only a story and not 'realized' ; they were not therefore in any sense conceived or made by the gods, the Valar, and were called the Eruhíni or 'Children of God', and were for the Valar an incalculable element: that is they were rational creatures of free will in regard to God, of the same historical rank as the Valar, though of far smaller spiritual and intellectual power and status.