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Miniaturas em RPG

Papa

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Miniaturas em RPG
O uso de miniaturas em jogos de RPG não é nenhuma novidade. Há muito tempo que os jogadores e mestres usam artifícios para representar seus personagens e criaturas nos mundos fantásticos.
No entanto a mecânica da quarta edição de Dungeon & Dragons atualmente conhecido como D&D 4e, trouxe uma nova realidade para o jogo. As miniaturas se tornaram componentes importantes de uma sessão de jogo.
Infelizmente elas trouxeram consigo uma essência mecânica que fez com que o jogo perdesse muito da interpretação que tanto agradava jogadores mais experientes. No entanto trazer miniaturas para a mesa de interpretação (roleplay) tem enormes vantagens. A primeira delas é facilidade com que as miniaturas encantam jogadores novos, atraindo mais aficcionados para o mesmo. A segunda é que o uso de miniaturas facilita posicionamentos, combates, magias, poderes. E finalmente miniaturas trazem maior realismo para o jogo.
É bem verdade que um jogo de RPG se caracteriza pela descrição, narração ou melhor dizendo interação dos jogadores e do mestre. Cabe ao mestre descrever o que os personagens vêem e sabem, e aos jogadores o que eles irão fazer.
Muitos jogadores e mestres confundem as coisas. Acreditam que o uso de miniaturas ou mapas impedem o uso da criatividade na narração. Na minha opinião, possuir algo tangível que representa o imaginário não deturpa em nada a narração. A história do que decorre em uma aventura ainda fica a trabalho do mestre, a descrição das criaturas não muda porque os personagens estão vendo uma miniatura. Alias descrever uma criatura enquanto os personagens a vêem em mesa pode inclusive aumentar o clímax da aventura.
Da mesma forma, jogadores que usam miniaturas para representar seus personagens se vêem como eles. Criam afeição pelo mesmo, e se dedicam mais em jogo.
Atualmente tenho 38 anos, e mestro D&D há mais de 20 anos. Minha primeira mesa de RPG possuía nada mais nada menos do que ONZE integrantes. Sim era um caos. Mas era super divertido e não poucas vezes tivemos que improvisar artifícios para posicionamentos e localização dos mesmos na mesa de jogo. E sempre acontecia aquele tipo de coisa. “Ei, eu não acabei de dizer que esta sala era 3x3?” “É ...” “Ok, e como os srs. Estão me dizendo que estão todos ai dentro?”
O que eu mais gosto em D&D é que junto com a evolução das pessoas, o jogo seguiu o mesmo caminho. Ok, sempre haverá quem diz, “eu prefiria muito mais a versão de 1.0”, bom, eu conheço muita gente que eu preferia também que tivesse ficado com sua versão pessoal de 20 anos atrás.
Nem tudo se evolui da maneira que queremos ou esperamos, mas a medida em que conseguimos acompanhar e expremer daquilo que gostamos o melhor, aprendemos a ver o jogo de forma mais “profissional” eu diria e atual. Nostalgia é bom pra se lembrar e se reviver, não para se ficar preso e estático.
Quando as miniaturas começaram a surgir na escala e com a visualização correta de D&D. As possibilidades no mundo do RPG se ampliaram demais. E aos poucos da mesma forma os desafios e as experiências pessoais de cada jogador seguiram pelo mesmo caminho.
Para mim hoje em dia é quase impossível me ver jogando RPG sem miniaturas, seria quase como trocar minha Palio Weekend onde toda minha família viaja confortavelmente e dirigir um Fusca 66 com todos expremidos. Até consigo ouvir minha filha Júlia falando “Pai acho que voltar pra este fusca não foi uma boa idéia.”
Eu sei que existem defensores das versões antigas de RPG, afinal da mesma forma existem associações de apaixonados por carros antigos.
Verdade seja dita, haverá sempre espaço para todos os admiradores de cada versão do jogo, mas dificilmente haverão novos jogadores para sistemas antigos.
Mas o interessante é que as miniaturas poderão facilmente se adaptar a qualquer sistema.
No entanto miniaturas em jogo de RPG possui um problema grave que o RPG no geral não possuía, ou se possuía, era a um custo diluivel. É...Custo. Valor. Money. Dim-dim. E Yes, isto é de fato um problema.
A grande maioria dos antigos jogadores, possuía o livro básico, vários papeis, cada um possuía seu dado viciado para rolar apenas 17 ou mais, e a maioria das mesas possuía um mestre muito camarada que não se importava de comprar livros, e arcar com o material necessário para o jogo ao custo do próprio salário.
Muitos eram xerocados. Atualmente são baixados na net, em pdf (um sistema de finalização de arquivos post script que meio que virou uma espécie de leitor de livros, por conta do Acrobat Reader) e então impressos.
Até ai, o jogo possuía um valor, um cash e vai lá.
Mas ai chegou a 4e, e droga da necessidade de se ter MINIATURAS!
Lá se foi o bolso do mestre. Antes preparado para imprimir umas cositas no final de semana, agora ainda teria ele que arcar com as miniaturas?
Este é o grande dilema. Bom eu digo que não. Acredito sinceramente que mestres e jogadores devem arcar com as despesas em conjunto. Afinal a diversão é de todos. Se as despesas forem divididas a diversão pode ser muito maior e o resultado final bem mais apreciável.
Uma grande sacada quando se inicia o processo para se obter miniaturas de maneira mais coerente, é iniciar comprando apenas o extritamente necessário. Minis para os personagens de jogador ( é essencial) e minis de monstros padrões. Se você não tem muita verba para gastar não invista em um Aspecto de Demogorgon que é extremamente lindo e carissimo, mas que seus jogadores não irão nem passar na frente do templo neste século (e olha q ele recém começou).
Procure monstros comuns, e principalmente que podem ter varias funções. Por exemplo, uma miniatura de goblin pode também ser usada para representar um kobold, um foulspawn, um diabrete, entre outros.
Da mesma forma um lobo, pode ser um lobisomen, um lobo metamorfo, um worg, ou lobo do inverno. E assim por diante.
Este tipo de atitude pode lhe economizar muito dinheiro. E você não precisa ter um acervo tão grande de minis.
Dê uma olhada na aventura que vai mestrar, na campanha que vai conduzir e observe que tipo de criaturas você vai precisar e corra atrás delas.
Um ponto negativo na aquisição de minis juntamente com seu grupo de jogadores, é que eles podem vir a querer ver no que você tem investido o dinheiro deles, e você pode ter que acabar revelando algumas criaturas surpresas para eles. Para evitar isto você pode ir comprando aos poucos e adquirindo apenas as minis necessárias para determinado dia. Com isto seus jogadores sempre veriam seu investimento junto com o período em que investiram. Isto no entanto pode ser ruim, se você não tiver nenhum vendedor de minis por perto e ter que arcar por exemplo com fretes.
Outra sacada interessante é procurar por miniaturas comuns e repetidas, elas costumam ter valores bem irrisórios. Mas não se engane. Muitas miniaturas comuns são muito procuradas e por conta disso faltam no mercado. E na lei da oferta e mercado, possuem seu valor elevado. Acredite quando você resolver comprar minis e usar esta frase: “Olá, sou um mestre querendo adicionar miniaturas ao jogo, procuro apenas minis baratas, de orcs, goblins, kobolds, quanto mais pelo menor preço, melhor.”, tenha em mente 2 coisas: Primeiro; estes orcs, goblins e kobolds todos querem e não vão sair barato. Segundo; existe muita coisa mais legal do que orcs, goblins e kobolds por valor mais barato do que os mesmos.
Retirei este texto do meu blog, achei que ia ser bacana postar ele aqui.
abs,
papa
 
Ter variedade do mesmo tipo de miniatura faz da sessão de jogo muito mais vivida e emocionante. Você adiciona personalidade aos oponentes/coadjuvantes dos heróis. Repetindo o que acabei de dizer acima, a diversificação não é necessária, MAS é fantástica.
Para ilustrar isto, eu montei abaixo uma vila goblin.
Conheçam Unha na Neve. Uma vila goblin que pode se constituir em um grande desafio para seus heróis.
Em primeiro lugar não vou discutir, história, plano de fundo, função, ou criar uma aventura na vila. Não é isto que quero.
...pelo menos não hoje.
Vou deixar isto para a criatividade dos mestres. Meu objetivo é mostrar como as miniaturas podem enriquecer os jogos. Imaginem a situação, o grupo de heróis encontra-se em uma posição elevada, e observam abaixo toda a cena retratada. Agora você como mestre narra as cenas e momentos principais, mas não diz nada além. Deixe os jogadores fazerem as perguntas. Não deixe que eles apontem para a miniatura X e peçam “o que é isto”, peça que observem e perguntem o que estão vendo e descrevam a cena. Você vera que seus jogadores vão “viajar” rapidamente, trazendo uma veracidade e vivacidade ao jogo surpreendente.

gob06.jpg


“O que esta acontecendo com aquele grupo de goblins posicionados naquele local, entre as tendas próximo ao lago na parte sul da tribo” pergunta de jogador.
“Vocês notam que eles estão realizando exercícios de combate. Existe um instrutor goblin que vocaliza sons agressivos, e a cada um deles o grupo reage.” Narração de mestre.
“E quem é aquele goblin de cajado próximo a fogueira envolto na fumaça?” “E tem mais de um...Olhem naquelas outras fogueiras...” dialogo entre jogadores.
Imagine todo o poder que as miniaturas e sua visualização traz ao jogo, e agora imagine, seus jogadores tendo que escolher a tarefa de “aparecer e dialogar”; “invadir”; “atacar”; “resgatar”; e o que mais sua imaginação puder criar, sem que para isto você tenha a necessidade de descrever cada bloco separadamente.
Bem, é isto que eu acredito que as miniaturas adicionam aos jogos de RPG.
Abraços,
Papa

mais imagens podem ser vistas no meu blog.
 
Não sei se todo mundo conhece a coleção de Tiles da Wizards.
Eu realmente acho elas muito boas.
Iniciei hoje no meu blog uma série que vai falar de Tiles e mapas, tando para RPG como para minis.

Iniciei com Desert of Athas.
athas01.jpg


Para quem não tem interesse em ir pra lá, vou dar um resumão do que tenho lá.
Esmiucei todo Tiles de Desert of Athas, explicando como funciona, quantos vem, o sistema de encaixe e de junção de peças 3D.

Finalizando com a imagem postada aqui onde aconselho aos jogadores adquirirem além dos tiles, mapas. Estes mapas servem como base para você alterar com o uso de tiles ganhando grande versatilidade em seus jogos.

abs,
Papa
 
Eu gosto de usar tiles e mapas oficias, mas acho um investimento muito grande e, para mim, não compensa o custo benefício.

Eu fiz um mapa quadriculado em A3, plastifiquei, e agora posso desenhar qualquer obstáculo, objeto, terreno difícil no mapa com marcador de lousa.

Acabou o encontro, só limpar e tenho um mapa novinho novamente :)
 
Eu gosto de usar tiles e mapas oficias, mas acho um investimento muito grande e, para mim, não compensa o custo benefício.

Eu fiz um mapa quadriculado em A3, plastifiquei, e agora posso desenhar qualquer obstáculo, objeto, terreno difícil no mapa com marcador de lousa.

Acabou o encontro, só limpar e tenho um mapa novinho novamente :)

Ola Anwel,

Sim, esta é uma prática comum, inclusive citei ela no texto do meu blog.

Tenho um amigo, que fez inclusive o seguinte. Imprimiu um banner com os quadrados oficiais, depois fixou ele em uma mesa (a da propria sala) após comprou um plastico transparente e fixou o mesmo por cima do banner. E ele como vc tambem usa, hidrocor para ir desenhando as salas e encontros.

Fica com certeza muito bom, e principalmente economico.

Inclusive eu tambem tenho um mapa quadriculado em branco que uso para encontros menores, mas todos os encontros importantes eu já aplico os cenários.

Mas isto com certeza não torna o meu jogo mais divertido do que o seu, apenas diferente.

abraços,
Papa
 
Tenho um amigo, que fez inclusive o seguinte. Imprimiu um banner com os quadrados oficiais, depois fixou ele em uma mesa (a da propria sala) após comprou um plastico transparente e fixou o mesmo por cima do banner. E ele como vc tambem usa, hidrocor para ir desenhando as salas e encontros.

Ah essa idéia é bem legal.
Queria ter uma mesa estilo tabuleiro de Go, com o quadriculado na própria madeira. Se possível com desenhos de dragões, anões e elfos ao redor do tabuleiro.

Jogar nela seria bem legal!
 

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