Fúria da cidade
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Conhecido como "Patriarca da Independência", Bonifácio não se limitou apenas a política e foi o primeiro líder brasileiro a defender publicamente o fim da escravidão e o uso sustentável do meio ambiente, além de descobrir o Lítio
Bonifácio também se destacou na ecologia, ao propor o reflorestamento de um sexto das matas originais brasileiras para mantê-las preservadas - Foto: Benedito Calixto
Já usou o celular hoje? Está lendo esta matéria pelo smartphone? Tudo isso só é possível porque José Bonifácio de Andrada e Silva descobriu o lítio, principal elemento químico utilizado na fabricação das baterias dos atuais smartphones. Nascido há exatos 253 anos, em 13 de junho de 1763, o "Patriarca da Independência" é mais conhecido pela sua atuação política, mas deixou muito mais marcas na história pelo seu pioneirismo e descobertas em outros ramos.
Fluente em seis idiomas, ele atuou ao longo de seus 74 anos nas mais diversas áreas, passando pela mineralogia, ecologia, meteorologia até sua famosa atuação na política e nas horas vagas ainda era poeta. Nascido na cidade de Santos, litoral paulista, Bonifácio foi pioneiro na luta contra a escravidão, direitos dos indígenas e pelo uso consciente dos recursos naturais.
Entre seus grandes feitos, se destaca a descoberta do Lítio em 1800, na ilha de Utö, na Suécia. O mineralogista identificou o metal alcalino e mesmo após 216 anos, ainda é o único brasileiro a descobrir um elemento químico. Atualmente, o Lítio é utilizado para fabricação das baterias de celulares e tabletes.
Bonifácio também se destacou na ecologia, ao propor em 1823 o reflorestamento de um sexto das matas originais brasileiras para mantê-las preservadas. Sua preocupação era que um possível esgotamento da madeira pudesse gerar uma crise no mercado nacional de construção naval, que usava o produto para fabricação de navios e barcos. Outra ação a frente de seu tempo foi uma proposta, publicada durante a estadia em Portugal, que criticava a pesca predatória e descontrolada de baleias, na Europa. Ele alertava que a matança de fêmeas e seus filhotes poderia levar a rápida extinção do animal, que tinha seu óleo usado como combustível para lamparinas e lampiões.
Já no âmbito político, área que foi mais popular, ele fez muito mais do que lutar pela independência do Brasil. Poucos meses após o país romper seus laços com Portugal, Bonifácio, ocupando o cargo de deputado federal, propôs a Assembleia Geral Constituinte a integração dos índios à sociedade, além da abolição da escravatura juntamente com um plano para que os negros libertos fossem integrados ao mercado de trabalho. Para mostrar ao país que era possível manter uma fazenda rentável mesmo sem a mão de obra escrava, em suas plantações, em Santos, ele só usava trabalhadores livres. Seu Projeto de Lei não foi aceito no Congresso e repercutiu negativamente na elite brasileira. Este ato influenciou diretamente para que ele fosse preso e exilado na França, durante o primeiro reinado.
Depois da estadia forçada pela Europa, Bonifácio retornou ao Brasil em julho de 1829, e voltou a atuar na vida política. Em 1831, após D. Pedro I abdicar, ele assume a função de tutor dos príncipes, entre eles do futuro imperador D. Pedro II. Ficou poucos anos no cargo até ser acusado de tentar promover o retorno do antigo Imperador ao país. Preso e afastado da política brasileira, ele faleceu em 6 de abril de 1838, em Niterói (RJ), aos 74 anos.
Pantheon dos Andradas
Atualmente, suas cinzas estão no Pantheon dos Andradas, em Santos, juntamente com os despojos de seus irmãos Antônio Carlos, Martim Francisco e Patrício Manuel. O monumento, que foi inaugurado em 7 de setembro de 1923, no aniversário de 101 anos da independência, foi projetado e construído na Itália pelo escultor Rodolpho Bernardelli. O Pantheon está situado na Praça Barão do Rio Branco, s/nº, no Centro Histórico. O local funciona das 11h às 17h, de terça a domingo, mas nesta segunda-feira (13) abrirá normalmente. A entrada é franca.
Fonte
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Taí uma curiosidade e um lado científico do JB que poucos conheciam.
Bonifácio também se destacou na ecologia, ao propor o reflorestamento de um sexto das matas originais brasileiras para mantê-las preservadas - Foto: Benedito Calixto
Já usou o celular hoje? Está lendo esta matéria pelo smartphone? Tudo isso só é possível porque José Bonifácio de Andrada e Silva descobriu o lítio, principal elemento químico utilizado na fabricação das baterias dos atuais smartphones. Nascido há exatos 253 anos, em 13 de junho de 1763, o "Patriarca da Independência" é mais conhecido pela sua atuação política, mas deixou muito mais marcas na história pelo seu pioneirismo e descobertas em outros ramos.
Fluente em seis idiomas, ele atuou ao longo de seus 74 anos nas mais diversas áreas, passando pela mineralogia, ecologia, meteorologia até sua famosa atuação na política e nas horas vagas ainda era poeta. Nascido na cidade de Santos, litoral paulista, Bonifácio foi pioneiro na luta contra a escravidão, direitos dos indígenas e pelo uso consciente dos recursos naturais.
Entre seus grandes feitos, se destaca a descoberta do Lítio em 1800, na ilha de Utö, na Suécia. O mineralogista identificou o metal alcalino e mesmo após 216 anos, ainda é o único brasileiro a descobrir um elemento químico. Atualmente, o Lítio é utilizado para fabricação das baterias de celulares e tabletes.
Bonifácio também se destacou na ecologia, ao propor em 1823 o reflorestamento de um sexto das matas originais brasileiras para mantê-las preservadas. Sua preocupação era que um possível esgotamento da madeira pudesse gerar uma crise no mercado nacional de construção naval, que usava o produto para fabricação de navios e barcos. Outra ação a frente de seu tempo foi uma proposta, publicada durante a estadia em Portugal, que criticava a pesca predatória e descontrolada de baleias, na Europa. Ele alertava que a matança de fêmeas e seus filhotes poderia levar a rápida extinção do animal, que tinha seu óleo usado como combustível para lamparinas e lampiões.
Já no âmbito político, área que foi mais popular, ele fez muito mais do que lutar pela independência do Brasil. Poucos meses após o país romper seus laços com Portugal, Bonifácio, ocupando o cargo de deputado federal, propôs a Assembleia Geral Constituinte a integração dos índios à sociedade, além da abolição da escravatura juntamente com um plano para que os negros libertos fossem integrados ao mercado de trabalho. Para mostrar ao país que era possível manter uma fazenda rentável mesmo sem a mão de obra escrava, em suas plantações, em Santos, ele só usava trabalhadores livres. Seu Projeto de Lei não foi aceito no Congresso e repercutiu negativamente na elite brasileira. Este ato influenciou diretamente para que ele fosse preso e exilado na França, durante o primeiro reinado.
Depois da estadia forçada pela Europa, Bonifácio retornou ao Brasil em julho de 1829, e voltou a atuar na vida política. Em 1831, após D. Pedro I abdicar, ele assume a função de tutor dos príncipes, entre eles do futuro imperador D. Pedro II. Ficou poucos anos no cargo até ser acusado de tentar promover o retorno do antigo Imperador ao país. Preso e afastado da política brasileira, ele faleceu em 6 de abril de 1838, em Niterói (RJ), aos 74 anos.
Pantheon dos Andradas
Atualmente, suas cinzas estão no Pantheon dos Andradas, em Santos, juntamente com os despojos de seus irmãos Antônio Carlos, Martim Francisco e Patrício Manuel. O monumento, que foi inaugurado em 7 de setembro de 1923, no aniversário de 101 anos da independência, foi projetado e construído na Itália pelo escultor Rodolpho Bernardelli. O Pantheon está situado na Praça Barão do Rio Branco, s/nº, no Centro Histórico. O local funciona das 11h às 17h, de terça a domingo, mas nesta segunda-feira (13) abrirá normalmente. A entrada é franca.
Fonte
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Taí uma curiosidade e um lado científico do JB que poucos conheciam.