E a que você se refere quando fala de arte contemporânea?
E quero saber do essencial, os artistas e época especifíca, pra evitar mais "confusões".
Arte contemporânea, no meu entender, abrange tudo o que se produziu a partir do final dos anos 60 até hoje em termos de produção gráfica. Claro que não estou generalizando (até porque muitos artistas contemporâneos, no meu entender, não se enquadram estéticamente na definição atribuída a arte contemporânea, e muitos nem trabalham com pintura, mas com ilustração), mas muito do que se vê, no meu entender, é charlatanismo puro. Instalações de trapos (por favor, não me refiro a Lygia Clark ou Oiticica), casacos sensoriais com som estéreo, pinturas com bolinhas e barbantes que traduzem uma suposta angústia do eu interior e outras trambicagens...
Arte que tenta copiar referências do passado sem o valor ou a técnica empregados no original, releituras insossas, peças que parecem brincadeira de criança no maternal, você já deve ter visto muito disso por aí. Uma exposição de "arte do século XXI" que assisti no MNBA certa vez me deu raiva até...
Enfim, todas essas bodegas que vemos por aí tentando ser forçosamente revolucionárias demais mas na verdade soam como pretexto pra abdicar da técnica em nome de uma suposta genialidade inspiradora viajante se enquadram no meu julgo de arte contemporânea... Dá pra ver isso muito em alguns museus por aí...
Nomes, bom, não me dou ao trabalho de decorar nomes, mas um por exemplo que eu acho um tédio só é aquele Rogério Brito, que está fazendo sucesso nos EUA com uns bonequinhos estranhos e super-coloridos, um trabalho que copiou tudo do Liechenstein menos a originalidade, o talento e a beleza formal das peças, além de estilo e técnica... De artistas da vanguarda pós-moderna, contemporânea, pra falar a verdade, prefiro não gravar nomes... Não vale a pena....
Isso foi baseado na minha memória, puramente falando.
Inspiração como sendo a grande abragências dessas tantas interpretações subjetivas do que ela é.
E tambem citando as simples idéias bem sacadas que qualquer um com olhos funcionais sabe reconhecer.
Sobre a questão da arte apreciada por todos, aí recaímos na questão do bom senso. Bem, é claro que pessoas com um gosto mais apurado e percepção mais desenvolvidas podem apreciar pontos em comum num dado trabalho, perceber e valorar determinadas decisões estéticas, estilísticas, etc. Mas aí é que está... A idéia de "bom" é perigosa por recair sempre no consenso (um grupo acha algo bom), e a não ser que a técnica flua como diferencial, pra valorar a obra, tudo acaba tendo no achismo o imperativo classificatório. Não, não estou depreciando a inspiração, acho importante pra cacete... A questão é como definir a pregnância da inspiração em um quadro da forma absolutizante como podemos fazer com a técnica, entende?