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Jeffrey Lee Parson é estudante e tem 18 anos.
Um adolescente de 18 anos foi detido hoje como possível autor da variante do temível vírus Blaster, que em poucos dias infectou centenas de milhares de computadores de todo o mundo aproveitando-se de uma falha do sistema operacional Windows. Por trás do vírus, também conhecido como MSBlaster ou LoveSan, pode estar Jeffrey Lee Parson, um estudante de 18 anos que utiliza o nick (apelido na internet) de teekid, conforme anunciou o FBI.
Segundo informações do FBI citadas pela agência espanhola de notícias EFE, vários agentes revistaram esta semana a casa de Parson e apreenderam sete computadores. John Hartingh, porta-voz do escritório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos em Seattle, disse que uma testemunha viu o adolescente fazendo testes com o vírus cibernético.
Por enquanto, não está claro se Parson é o autor do Blaster original ou das versões mais sofisticadas e daninhas, como Blaster.B, que foram criadas depois. Os investigadores não acreditam que o jovem seja o criador do worm original, acrescentou o Seattle Times. A suspeita é que ele tenha alterado a praga e criado então a variante que atacou computadores em todo o mundo usando uma falha do sistema operacional da Microsoft, o Windows.
Uma entrevista coletiva do escritório do FBI em Seattle, prevista para as 20h30 GMT (17h de Brasília), poderá esclarecer esta e outras dúvidas.
As diferentes versões do vírus causaram o colapso de grandes redes, como o Escritório de Veículos Motorizados do estado de Maryland, que teve que fechar seus escritórios durante um dia inteiro, a rede de informática da prefeitura da Filadélfia e vários departamentos da Universidade de Stanford, na Califórnia.
O vírus afetou mais de meio milhão de computadores em todo o mundo, conforme a companhia antivírus Symantec, e seu efeito foi tal que algumas informações inclusive o relacionaram inicialmente com os recentes blecautes no noroeste dos Estados Unidos e no Canadá, uma possibilidade que os especialistas descartaram posteriormente.
O vírus, que se aproveita de um "buraco" nos sistemas operacionais Windows XP e Windows 2000 da Microsoft, contém duas mensagens em seu código-fonte que chamaram a atenção dos especialistas: "Billy Gates, por que você permite que isto aconteça? Deixa de fazer dinheiro e conserte seus programas", em referência ao fundador da Microsoft, Bill Gates. A outra, de caráter pessoal: "Só quero dizer que te quero, San", um dos nomes do vírus.
O vírus tinha como objetivo saturar com mensagens a página da Microsoft em 16 de agosto num ataque conhecido tecnicamente como de "negação de serviço" ou DDoS. Este ataque transforma os computadores infectados, que não tenham limpado seus sistemas operacionais, numa espécie de "zumbis", que na hora programada começam a saturar com mensagens o mencionado site. No entanto, o gigante da informática, com sede em Seattle, evitou o ataque do vírus eliminando o endereço da Internet que seria alvo da ação do vírus.
A Microsoft pôs à disposição dos usuários os correspondentes remédios em seu site em meados de julho. Mas muitas pessoas, particularmente os usuários individuais - os mais afetados por este ataque -, não protegeram seus computadores e deixaram uma porta aberta ao vírus, que impede ou dificulta a execução simultânea de muitas tarefas.
Depois do Blaster vieram, em meados de agosto, dois novos vírus, uma variante mais daninha do verme Sobig e uma variação do próprio Blaster, chamada Nachi, que atacou as redes de corporações como o gigante da aeronáutica Lockheed Martin e a Air Canada.
Todos estes vírus criaram um colossal congestionamento no tráfego da rede, tanto que a companhia de segurança F-Secure disse que se tratava da pior semana quanto a vírus na história da Internet.
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