Damasco o Gollum disse:
Agora sobre o chavão de que criança que sofre abuso sexual, cresce homosexual, é balela...
O que ocorre é ter uma propensão em virar pedófilo no futuro.
Mas até aí, é algo que é "normal" (não que eu goste), pois uma vez que aquele que o abusou muitas vezes já ficou velho e enterrado e não pode mais pagar por seu crime, faz com que as pessoas descontem no lado errado.
Explico:
Muitos de nossos avós queriam que nossos pais trabalhassem, casassem, etc., obedecendo as escolhas deles (avós).
O que ocorre é que os pais frustrados por uma vida (e por vezes cara-metade) que não escolheram tentam compensar isso, "fazendo de tudo pelos filhos", como se o filho pudesse consertar/compensar aquilo que lhe foi negado.
Não falo apenas de pessoas com 30 anos, mas considerando também muitos pais adolescentes (e que repetiram a dose, digo gravidez). Não raro pode-se ouvir jovens dizendo que querem ter um filho para "completar" a vida deles.
O que implica numa responsabilidade que o bebê não pediu...
Isso porque o dever de uma mãe é amar o seu filho (porque ele não pediu para nascer), mas isso NÃO implica que o bebê deva amar seus pais.
Pois, se a relação amorosa é saudável, nutrida por respeito, amor será consequëncia (meu pai é foda! minha mãe é o máximo), mas se esta relação for doentia, nutrida por chantagem emocional "você não sabe o que sacrifiquei por você" blablabla temos que a criança se torna uma vítima de um crime insidioso!
E como isso também implica em ter de viver sob escolhas que não suas, a criança de hoje já sonha em "ter sua própria família", e com isso, também deposita em filhos sequer nascidos suas esperanças!
Ou seja, muitos pais jovens emulam o mesmo erro que nas próprias palavras dos próprios jovens é monstruoso! (o de ficar depositando esperanças e sonhos SEUS nos filhos!)
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Outro exemplo é quando pais tem um dia horrivel no trabalho e como não podem revidar no chefe, descontam nos filhos.
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Mas como eu disse tudo isso é "normal".
Afinal, devemos ter em mente que até pouco tempo atrás, crianças não tinham direitos, e que muitos pais já obrigavam suas filhas a casarem com 10 anos.
Me lembro de uma parte de Romeu e Julieta. A mãe de Julieta dizendo no baile: Julieta, você já tem 14 anos! Quatorze anos! Com a sua idade eu já tinha dois filhos e com outro na barriga, menina! Tome juízo e case logo.
Mas como mostrei, tudo isso conspira para uma vida frustrada, onde se depositam sonhos e esperanças em outra pessoa. Algo totalmente doentio. E isso era o considerado "normal".
Então vejo o homossexualismo como algo até saudável, uma vez que ao ESCOLHER seu caminho (e não aceitar a decisão de outros) tenho esperanças de uma quebra do ciclo vicioso insidioso que mencionei.
Pois se o indivíduo escolheu seu caminho, e errou os seus erros, não mais terá a frustrante raiva acumulada por ter de pagar por erros de outrem, e assim quem sabe, as chances de reproduzir a mesma opressão diminuem. (ou seja, fazer o que seus pais fizeram com seus filhos)
Se essa propensão em saber resolver o problema real, ao invés de ficar descontando em quem não tem nada a ver - e pior - em quem você devia proteger!, dos homossexuais puder ser pensada em vários outros níveis sociais, quem sabe a gente não sai desse inferno?