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Harry Potter e o Cálice de Fogo (J.K. Rowling)

Lucas_Deschain

Biblionauta
[align=justify]Depois de tecer minhas humildes considerações acerca do primeiro e do segundo livros da saga de Harry Potter, permitam-me que lhes fale sobre o meu livro predileto da saga: Harry Potter e o Cálice de Fogo.

Quando comecei a ler os livros da Rowling, Harry Potter O Cálice de Fogo era o último que havia sido lançado, o fato de ter chegado no limiar da série até então me fez aproveitar mais esse livro, e talvez esse seja um dos motivos pelos quais eu gosto mais desse do que outros.[/align]

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Só uma correçãozinha: a idade é de 17 anos, não 18 (até porque, por "padrão", eles só ficam na escola até os 17).

Sobre o livro: só não gosto das (100) páginas finais. A J.K. se perde na hora de montar um clímax de ação. Além disso, o Voldemort é o pior vilão da história da literatura.
 
[align=justify]Valeu pela dica Rodrigo Lattuada. E não concordo inteiramente com você a respeito do Voldemort, o problema dele está em ele ser um vilão de livro infanto-juvenil, o que acaba tornando-o refém de um decoro ou um politicamente correto infantil.

O que cerca Voldemort é sinistro pra caramba, a aura de mistério que ronda ele é bem legal, mas ele fica vilão Scooby Doo quando vai agir. A reputação dele parece às vezes ser mais assustadora que ele mesmo. [/align]
 
Também comecei a ler HP quando esse livro foi lançado, :sim: e fiquei chocada com
a morte do Cedrico Digory,
eu não esperava, estava acostumada com o tom infantil dos outros livros.

O que me leva a discordar de vocês quanto ao Voldemort.
Nos livros anteriores ele era mesmo mais pura fama que proveito, mas em O Cálice de Fogo acho que ele começa a mostrar ao que veio, ou melhor, ao que voltou.

Lucas_Deschain disse:
Esse livro é meu preferido porque ele consegue expandir mais as fronteiras de Hogwarts – Hogsmeade- Alfeneiros – A Toca.

Você não mencionou a "Copa do Mundo de Quadribol", adorei aquele acampamento (com aqueles bruxos vindos do mundo todo), e as escolas convidadas para o Torneio Tribruxo despertam mesmo a nossa curiosidade pra saber sobre outras escolas de bruxaria.
 
É no Cálice de Fogo que o Voldemort se corporifica de novo, isso é o mais sinistro desse livro, ainda mais pela forma como ele faz isso.

[align=justify]Quanto ao Voldemort Clara, creio que o que eu e o Rodrigo queremos dizer (me corrija se eu estiver tomando de forma errada a sua opinião Rodrigo) é que há uma discrepância entre a reputação do Voldemort e o que ele faz nos livros do Harry Potter. Quando você vê que os bruxos nem ousam dizer o nome, chamando de Aquele-que-não-deve-ser-nomeado ou Você-sabe-quem, é criada uma aura negra gigantesca e densa em torno do personagem, já que, para nem dizer o nome dele, o cara deve ter sido alguém muito sinistro e aterrorizante.

Mas o que acontece quando ele vem é que essa aura não corresponde com as ações do personagem, parece que ele não é tão sinistro assim. Sei lá, essa é a minha opinião. Pode ser que justamente por conta da expectativa criada em torno dele, o que vemos depois acaba sendo menos do que o esperado. É o monstro da expectativa.

(Off-topic mode on: Lembro que quando lia Harry Potter ficava pensando que, quando escrevesse meu livro (coisa que ainda vou fazer, hehe) ia fazer com que meu vilão não ficasse falando demais, mas sim que cumprisse logo o que tinha que fazer, fosse atear fogo num vilarejo, fosse executar algum opositor. Só depois que percebi que aqueles diálogos que antecedem batalhas, execuções ou o último estágio de um plano maligno são uma das paradas mais legais para se escrever. Acho que o escritor gosta de saborear aquele momento também, hehehe. Off-topic mode off)[/align]
 
O problema é que em Harry Potter bastam duas palavrinhas pra matar alguém com um feitiço. Se fosse uma história comum poderiam haver perseguições e coisas do tipo... só que no caso de HP não dá pra ficar enrolando. O Voldemort não podia apenas tentar matar o Harry logo de cara nos primeiros livros sem ficar falando o tempo todo, porque senão ele provavelmente conseguiria, hehe.

tanto é que eu achei o final do último livro super forçado
 
Clara disse:
... e as escolas convidadas para o Torneio Tribruxo despertam mesmo a nossa curiosidade pra saber sobre outras escolas de bruxaria.

O mais divertido disso tudo é quando o Rony afirma existir uma escola de bruxaria no Brasil. Gosto das referências da Rowling às terras tupiniquins. :dente:

Esse é o meu HP favorito, também. Ele reúne os elementos que mais me agradaram na série toda, o Torneio Tribruxo, a Copa Mundial de Quadribol, o Baile de Inverno (com o qual começaram as paixonites entre os personagens, como disse o Lucas) e...
o renascimento de Voldemort.
Entre os mistérios existentes na saga, o do Cálice é o que tem melhor desenvolvimento, e sua solução me deixou bem surpreso. Como já afirmei em outro tópico, o livro faz uma ponte legal entre a magia dos livros anteriores e o clima sombrio dos seguintes (do qual, entretanto, o terceiro livro já havia dado sinais).
 
O que eu não gosto no Voldemort é que o texto dele é muito ruim. Ele é caricato demais, nunca soa como uma parte "orgânica" da história. Aliás, o grande problema da série é a perda de coerência interna com o passar dos livros; com o avançar da história, os livros mudam o tom (ok, deveria ser assim mesmo), mas a J.K. às vezes não toma cuidado de manter as histórias dos outros livros consistentes com os elementos que ela vai acrescentando. Normalmente, cada novo livro tem a história aumentada em escala, mas o quarto e o sétimo, por exemplo, me parecem meio forçados. Como um zoom digital, que aumenta a história mas deixa ela cheia de quadradões de pixels. E eu acho que ela conduz muito, muito mal as cenas de ação.

Voltando ao Voldemort, acredito firmemente que ele deveria ter sido mostrado o mínimo possível. E quando aparecesse, não agisse igual a uma menina histérica. Existem formas muito mais eficientes de conduzir a tensão do que jogar o vilão "na tela" pra todo mundo ver. Aliás, ela fez isso magnificamente no terceiro livro, com o Sirius Black.

E concordo com a Trillian: o Avada Kedavra é muito banal pra ter um efeito tão devastador.
 
pitaco de fora (de quem nao leu o livro ok) e flooder: vilão que é vilão TEM que ficar explicando todo o porque pra dar tempo de salvar o mocinho...po..nunca viram Batman? :P Ok...modo flooder off XD
 
[align=justify]Essa espécie de "masturbação" de poder, meio megalomaníaca de massagear o próprio ego na véspera do sucesso me irritava muito, mas com o tempo fui abstraindo e até achando divertido. Acontece que muitas vezes esse é o recurso que o autor tem (embora esteja longe de ser o único) de mostrar o outro lado do plano ou da história no sentido de amarrar pontas soltas e conferir sentido a história.

Embora possa parecer meio surreal monólogos explicativos de maquinações maléficas na "vida real", é uma estratégia de levar ao conhecimento do leitor algo que pode ter ficado meio confuso. Esse solilóquio acaba pondo os pingos no i's, eles às vezes até são epifânicos, mas acho que eles são bem melhores quando os planos (refiro-me a plano como as ações e decisões do vilão e sua forma de agir no sentido de alcançar seu(s) objetivo(s)) já foram desvendados e ele explica suas motivações. Para alguns pode parecer piegas ou meio bobo, mas a tentativa do vilão de explicar seus comportamentos, suas ações e decisões, enfim, mostrar "racionalmente" o porque daquilo tudo é um barato.

Toda vez que penso isso me lembro de dois vilões que gosto muito: Coringa explicando sua completa loucura, seu niilismo e seu total desapego ao mundo no sentido em que busca "escrotizar" com classe mesmo.

Aquele assassino (Woody Harelson, não lembro o nome de cabeça agora) do Assassinos por Natureza, explicando que para ele era matando que ele se sentia vivo, era coberto de sangue que ele botava sentido na sua existência. Aquilo é macabro para além de qualquer explicação.

Acho que isso o que falta no Voldemort, ele te aterroriza mais nas sombras do que quando se mostra mesmo.

Enfim, espero não ter tergiversado muito.[/align]
 
eu to achando um saco. estou em 17% (algo em torno de 100 páginas) e NADA de realmente empolgante aconteceu. nada. uma embroção só aquela coisa do torneio, e uau, agora tem a black mark ou algo que o valha. tinha começado tão bem aparecendo o voldemort e tudo o mais, achava que esse livro prometia mais.

e aí me falaram que o livro todo é essa embromação, e que lá para o fim é que a coisa esquenta e fica legal. só que tipo, ler umas 500 páginas para depois a coisa engrenar? eu tenho mais o que ler na minha vida, né. por enquanto harry vai para a estante e só volto a pegar quando não tiver outro livro para ler. blé. decepcionante.
 
[align=justify]O problema de "engrenar a história" é uma coisa um tanto recorrente na Rowling, às vezes ela demora muito para levar o Harry para Hogwarts para as coisas começarem a acontecer. Os passeios de Ford Anglia e na Toca são legais, mas às vezes ela força a barra, embora, eu goste bastante daquela parte da Copa de Quadribol Anica. Enfim...[/align]
 
Anica

O torneio de que você falou é a Copa?

Em caso afirmativo, ainda há muito a acontecer entre a parte em que você interrompeu e o final. E pode acreditar: a história engrena muito antes do fim. Discordo de quem te falou que é só embromação.
 
Alisson disse:
Anica

O torneio de que você falou é a Copa?

Em caso afirmativo, ainda há muito a acontecer entre a parte em que você interrompeu e o final. E pode acreditar: a história engrena muito antes do fim. Discordo de quem te falou que é só embromação.

Engraçado, eu achei que ela estava falando do Torneio Tribruxo, principalmente daquela parte da escolha dos participantes,
que ninguém entendeu como o Harry foi escolhido (nem ele) e da campanha pró Cedrico e "Potter Fede" que o Draco promoveu.
Essa parte dura várias páginas e teve um pouco de enrolação sim, pelo que me lembro.

Já a parte da Copa de Quadribol achei que foi bem emocionante, principalmente na final tumultuada
com os Comensais da Morte invadindo e apavorando geral.
 
[align=justify]Eu sou muito fã de Harry Potter (mas pretendo parar com a obsessão, antes dos 30 haha), e acho o Cálice de Fogo meio chato. Mas não tenho moral para dizer que é por causa da "enrolação", já que eu AMO A ordem da Fênix. XD

Tirando a conjuração da Marca Negra na Copa de Quadribol e o Torneio Tribruxo propriamente dito (e falo, especificamente, dos três "momentos"), o livro é meio "morno". Entretanto, se analisarmos o livro como parte de um todo (a série/saga/whatever Harry Potter), ele acaba ficando interessante, por ser bastante "teórico".
Os alunos são apresentados às Maldições imperdoáveis. Maldições que já fazem parte de suas vidas desde antes que eles pudessem entender a complexidade delas. Os alunos conhecem o lendário Moody. Etc.


Mas, sinceramente, não force a leitura, Anica. Deixe o livro em um canto, mesmo. E vá se desintoxicar, lendo outras coisas. Depois, retome a leitura, já sem a pressão das expectativas alheias (aposto que você leu/ouviu, incontáveis vezes o "É o melhor da série! É o meu preferido!". Eu sei porque eu disse isso quando você estava lendo "O prisioneiro de Azkaban". :rofl:). A leitura vai fluir melhor.[/align]
 

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