Que venha o filme ou minissérie de streaming...
Uma minissérie de Operação impensável seria sensacional. Tem umas coisas muito bonitas, que me lembraram, muito, meu rascunho de romance (QUE NÃO É UM ROMAN À CLEF. SOCORRO, DEUS!), as partes de interação iniciais, de início de namoro/relacionamento, sabe? Até peguei meu rascunho, no qual não mexo há séculos, para dar uma olhadinha. Senti saudade de umas passagens lá.
Meus protagonistas são Pedro e Bia. Um trechinho procês verem: (Sim, mandei um "olha procê vê", porque eu sou mineira, uai).
"— Felicidade é uma coisa superestimada.
— Acha mesmo?
— Não. Só estou tentando fazer com que você se sinta melhor.
— Acho que não está funcionando. Tem alguma outra ideia?
— Sempre teremos o sexo, a pizza e o Led Zeppelin.
Nunca tivemos essa conversa, embora eu estivesse sempre desconfortável por estar feliz, e ele percebesse isso. Acho que não deu certo porque nunca tivemos essa conversa. Sempre tivemos essa conversa. Terminou por isso. Na realidade, nunca tivemos nada. A gente nunca tem nada. Nem as malditas palavras que vomita como se estivesse de ressaca. Talvez a vida seja isso, uma ressaca prolongada. A gente continua a beber do cálice da vida na esperança de rebater a ressaca, mas não adianta, nada melhora.
É errado não viver um grande amor. Não um amor romântico, não um amor que salva, mas um amor que, quando termina, nos deixa à beira do abismo. Não para cair, mas para sair de lá. Todo mundo precisa passar uma temporada no abismo. Todo mundo tem um grande amor, armazenado, na memória. Pedro é como um livro comprado e empilhado, como tantos outros, na biblioteca. Vi o título e, naquele momento, me apaixonei por ele. A paixão logo foi sufocada pela quantidade de livros nas prateleiras. Preciso vomitar. Não, palavras, não, é o cachorro-quente que não caiu bem."