Se tem um título regular em toda a história da DC que eu posso chamar sem sombra de dúvidas de "o meu preferido", tem que ser o dos Novos Titãs na fase inicial de Marv Wolfman e George Pérez.
Claro que eu estou desconsiderando qualquer coisa da Vertigo e as fases esporádicas do Batman que eu acompanhei (do Batman eu sempre gostei mais de one-shots e minisséries), etc - a questão é que em termos de super-heróis, tradicionalmente falando, pouca coisa se iguala à energia e criatividade dos primeiros anos dos Novos Titãs, que estão sendo republicados em formato encadernado pela Panini (o Vol. 1 já está nas bancas).
O que me atraiu tanto para esse título na época foi praticamente a mesma coisa que me atraiu pros X-Men na fase pós-Fênix: a interação entre os personagens quando em suas identidades "reais" era tão ou mais importante do que seus confrontos contra supervilões. Eu conseguia acreditar que aquelas pessoas eram seres humanos, e apesar de hoje em dia as primeiras histórias parecerem um tanto ingênuas, ainda resistem bem o suficiente pra tornar a leitura altamente viciante.
Foi extremamente nostálgico ler as primeiras histórias (que já eram uma introdução à Saga de Trigon), e eu espero que a Panini siga essa publicação com tantos ou mais volumes quanto eles dedicaram ao Demolidor na fase Miller. Tem tanta coisa que merece ser republicada que eu fico até com medo deles pararem antes de chegar em uma das minhas histórias preferidas.
Esse primeiro volume traz uma excelente introdução escrita pelo próprio Wolfman em 98, onde ele começa falando brilhantemente sobre o estapafúrdio conceito dos sidekicks, e segue explicando o que o levou a criar o título e quais foram suas principais preocupações na construção das histórias.
Alguns pensamentos esparsos e aleatórios:
- A relação do Ciborgue com o pai dele é meio exagerada, mas é gratificante ver um personagem tendo alguma relação com seus pais.
- Ainda sobre o Ciborgue, origens dramáticas não são novidade, mas a do Ciborgue além de dramática é irônica: o sonho dele era ser o melhor atleta de todos, e agora com seu corpo robótico ele é tão bom que não pode competir.
- O choque cultural da Estelar com os costumes da Terra é explorada de forma brilhante. Há alguns ecos da Tempestade quando se juntou aos X-Men (principalmente na cena da piscina), mas o que é realmente interessante é a sua filosofia de "ame seus amigos, destrua seus inimigos", que no entendimento dela é exatamente o contrário do pensamento terrestre, onde as pessoas desconfiam dos amigos e tem piedade com os inimigos.
- É interessante como Robin, Kid Flash e Moça-Maravilha têm jeitos distintos de lidar com o estigma de viverem na sombra de heróis clássicos - Kid Flash quer ser um jovem normal, Robin tenta constantemente provar que pode se virar sem o Batman, etc. Talvez a Donna Troy seja a mais apagada dos três (ou mesmo do grupo), mas nem todo mundo é cheio de conflitos, então até isso faz sentido.
- A Ravena é a minha heroína preferida da DC de todos os tempos.
- Comprem, IMO.
Claro que eu estou desconsiderando qualquer coisa da Vertigo e as fases esporádicas do Batman que eu acompanhei (do Batman eu sempre gostei mais de one-shots e minisséries), etc - a questão é que em termos de super-heróis, tradicionalmente falando, pouca coisa se iguala à energia e criatividade dos primeiros anos dos Novos Titãs, que estão sendo republicados em formato encadernado pela Panini (o Vol. 1 já está nas bancas).
O que me atraiu tanto para esse título na época foi praticamente a mesma coisa que me atraiu pros X-Men na fase pós-Fênix: a interação entre os personagens quando em suas identidades "reais" era tão ou mais importante do que seus confrontos contra supervilões. Eu conseguia acreditar que aquelas pessoas eram seres humanos, e apesar de hoje em dia as primeiras histórias parecerem um tanto ingênuas, ainda resistem bem o suficiente pra tornar a leitura altamente viciante.
Foi extremamente nostálgico ler as primeiras histórias (que já eram uma introdução à Saga de Trigon), e eu espero que a Panini siga essa publicação com tantos ou mais volumes quanto eles dedicaram ao Demolidor na fase Miller. Tem tanta coisa que merece ser republicada que eu fico até com medo deles pararem antes de chegar em uma das minhas histórias preferidas.
Esse primeiro volume traz uma excelente introdução escrita pelo próprio Wolfman em 98, onde ele começa falando brilhantemente sobre o estapafúrdio conceito dos sidekicks, e segue explicando o que o levou a criar o título e quais foram suas principais preocupações na construção das histórias.
Alguns pensamentos esparsos e aleatórios:
- A relação do Ciborgue com o pai dele é meio exagerada, mas é gratificante ver um personagem tendo alguma relação com seus pais.
- Ainda sobre o Ciborgue, origens dramáticas não são novidade, mas a do Ciborgue além de dramática é irônica: o sonho dele era ser o melhor atleta de todos, e agora com seu corpo robótico ele é tão bom que não pode competir.
- O choque cultural da Estelar com os costumes da Terra é explorada de forma brilhante. Há alguns ecos da Tempestade quando se juntou aos X-Men (principalmente na cena da piscina), mas o que é realmente interessante é a sua filosofia de "ame seus amigos, destrua seus inimigos", que no entendimento dela é exatamente o contrário do pensamento terrestre, onde as pessoas desconfiam dos amigos e tem piedade com os inimigos.
- É interessante como Robin, Kid Flash e Moça-Maravilha têm jeitos distintos de lidar com o estigma de viverem na sombra de heróis clássicos - Kid Flash quer ser um jovem normal, Robin tenta constantemente provar que pode se virar sem o Batman, etc. Talvez a Donna Troy seja a mais apagada dos três (ou mesmo do grupo), mas nem todo mundo é cheio de conflitos, então até isso faz sentido.
- A Ravena é a minha heroína preferida da DC de todos os tempos.
- Comprem, IMO.