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Garr - A Criação

Kai'ckul, como sempre, não alterou seu tom de voz:

- Compreendo. É assim que tu desejarias que fosse, Horfael. Gostarias que eu realmente fosse seu inimigo, que eu fosse seu condenador. Se assim fosse, você poderia destilar toda fúria contra mim. Mas você sabe que essa não é a verdade, e isso lhe causa ainda mais decepção, pois não tem como discutir comigo. Estarias rindo de prazer sincero se pudesse discutir com Samael ou Aracnel, ou qualquer dos outros, e internamente te contorces por que não sou como eles.

- Nada sabes sobre o Sonhar e seu mestre. Não desejo ser senhor de ser vivo algum. Sei que poderia ter cada entidade viva sob meu domínio, se assim desejasse. E é por isso que eu, Kai'ckul, tornei-me o mestre dos Sonhos: por não desejá-lo.
- Graças a mim tu serás eternamente poderoso entre os mortais, é o que afirma. E eu confirmo. E esse é seu ponto fraco. Sabes que se fosse de minha vontade, ser algum lhe procuraria, ou a qualquer outra divindade. Mas também sabes que não irei fazê-lo, e como isso reforça ainda mais minha posição de neutralidade, sua angústia aumenta.
 
Samael
Olhando com uma esperança incomum para Nor'jahall, Samael lhe fala:
"Pai, sua generosidade é infinita, e o pedido que nos concede é apenas uma pequena amostra do amor que sente por nós. Como deves saber, eu tenho um desejo que guardo no âmago de meu ser, o qual tinha a esperança de lhe pedir no dia em que todos lhe prestassemos conta, e se de tal eu pudesse ser considerado digno."
"E meu desejo também é definido pelo amor. Entretanto, talvez esteja dentro das restrições a que os impôs. Como bem sabes, a fome eterna atormenta minha irmã Andriel, levando-a à insanidade, ao ponto de ter me obrigado a aprisioná-la, para evitar maiores desgraças. Nada nesse universo me faria mais feliz do que vê-la livre dessa fome, de maneira que também possa zelar pelo destino de Garr, ao invés de destruí-la, em sua loucura. Não sei se isso por si só restituiria sua sanidade, e caso atendesse meu pedido, ficaria uma vez mais eternamente grato, se à ela fizesse esse favor."
"Sei que tal desejo pode me ser negado, dadas as restrições que nos passou, mas tampouco posso deixar passar qualquer oportunidade de vê-lo atendido. É algo que lhe imploro de todo o meu coração, Pai. Por favor, salve minha irmã de sua aflição."
O Deus da Morte colocava todas as suas esperanças naquilo. Era seu maior desejo, seu maior sofrimento, e ainda assim em nada se comparava ao que sua irmã sentia. Ele rezava para que enfim pudesse ver um sorriso naquele rosto que conhecera apenas a agonia até agora.

Nor'Jahall olha impassível para Samael enquanto este faz a sua demanda, ao concluir Nor'jahall pondera o pedido, pois ele excedera os parâmetros que havia imposto ao solicitar o bem ou o mau de outro que não o próprio Finerim, mas para tudo se tem jeito. E o Criador olha para o filho.

Samael meu filho, infelizmente eu não posso lhe conceder esse pedido pois ele viola os limites que eu impus ao fazer minha oferta.

Porém eu também disse que iria fornecer-lhes as ferramentas para seus desejos.

E assim Nor'Jahall se agacha próximo a Samael e estende seu braço em sua direção e abre a mão. Do nada começa a brotar uma luz que se transforma em um orbe onde Samael vê a si mesmo.

Para que tu tenhas o que desejas deverás se esforçar.

E o orbe começa mostrar imagens do cosmos além da criação.

Ao final desta era eu enviarei um espirito de pureza a esse mundo.

Samael vê um corpo de luz se dirigindo a Garr. E começa ter visões de várias partes do planeta.

Essa entidade encarnará como um habitante de Garr do qual você deverá localizar por intermédio dos dons especiais que ele possuir. Ele será um Avatar de Pureza.
Ao encontrá-lo você deve fazê-lo efetuar a passagem de bom grado, daí então você deverá imbuí-lo junta a essência de sua irmã e eles serão UM, daí então ela estará livre de sua agonia.

E Nor'jahall fecha a mão com a visão se desfazendo perante os olhos de Samael.


Hallgrimr
Hallgrimr ao ver Nor'jahal se admirou com a luz emanada por ele, e naquele momento imaginou como seria bom se todos os seres de Garr pudessem para sempre verem essa incrivel luz divina, e sem pensar fez seu pedido.

Meu pai, sinto que não sou digno de qualquer presente, pois nada ainda fiz pela jovem Garr, porem o que mais desejo é a felicidade dos Mortais, e creio que somente entenderão a verdadeira felicidade ao conhecerem sua luz, meu pai. Se pudesse pedir, pediria ter um pouco de sua luz e que essa luz eu pudesse compartilhar com todos os Filhos dos Finerim.

Assim terminou Hallgrimr, olhando Nor'jahal nos olhos, não por falta de respeito, mas por admiração ao Criador.

Observando atenciosamente o Finerim, Nor'jahall não demora em responder.

Vejo que és praticante da generosidade, se assim o for, que sua forja sempre seja guiada pela bonança, Hallgrimr.

Nor'jahall une as mãos e vagarosamente começa a abrí-las e uma luz começa a preencher o espaço vago entre estas. O espectro toma forma e se materializa numa forma retângular e se revela uma caixa. Feita de algum material de cor prateada, porém bem mais reluzente que o metal e com uma trava em cada vértice, na caixa havia
desenhos em alto relevo de uma forja e instrumentos do ofício, uma alegoria feita a Hallgrimr.

Toma Hallgrimr, aqui tem uma pequena fração da Luz de Garr, com ela podes fazer maravilhas além da imaginação no ofício, bem como criações destrutivas, use-a com sabedoria.

Anuradha

Anuradha olhou sem graça para o pai, era estranho pedir algo.
- Agradeço a sua oferta meu pai, e com a maior humildade peço que me conçeda uma forma de que minha criação e as futuras não dependam de minha energia para produzirem sua luz, que elas possam brilhar da mesma forma que outros astros que tu, meu pai, criastes. O senhor bem o sabes o quanto isso me atrapalha em certas ocasiões, e que ao passo que as coisas seguem logo não conseguirei contribuir para o crescimento de Garr. Se isso conceder-me ficarei imensamente feliz e grata, e se o puder sentirei-me da mesma forma. Mais uma vez obrigada pela gentileza.

Novamente a Finerim abaixou a cabeça e esperou.

Atento ao pedido de quem provavelmente era a mais bela e radiante de Garr, Nor'jahall anda na direção da filha e, sem nada proferir ele olha em seus olhos e levanta o dedo bem entre os seus olhos e os de Anuradha. E finalmente quebra o silêncio.

Se é luz que deseja, então que assim seja.

O indicador de Nor'jahall começa a brilhar.

Doravante toda criação tua terá um vínculo maior do que já têm com ti, Anuradaha. Uma vez sendo cria sua, a luz delas passará a ser eterna enquanto você viver. Não serão mais dependentes de tua presença, mas sempre estarão atreladas à tua origem, você.

Assim, Nor'jahall toca o peito de Anuradha e a luz se adentra na Finerim tornando-a mais radiante.

Anuradha, você passará a portar Aurília, o Coração da Iluminação, dele, toda luz imbuída em suas criaturas perdurará tanto quanto a portadora, e jamais se extinguirão.

E assim Nor'jahall abaixa sua mão e o grande brilho se adentra em Anuradha. Agora a Finerim podia sentir o Coração da Iluminação palpitar em seu corpo, do peito era possivel ver a luz que ele emanava de dentro, como se Anuradha possuisse uma das milhares de estrelas em seu ser.


Aracnel

Oh grande criador!, Unipotente, Uniciente e Unipresente pai. O meu pedido é bem singelo, não desejo Oniciência, Onipotência e Onipresença, pois julgo que só a ti ela deve pertencer.

-Peço-lhe humildemente que conceda a grande maioria de meus filhos inteligência, e aqueles que virão e que por algum motivo o qual desconheço não a terão.
Afinal poucos eu posso entregar essa grande dávida, assim sendo eles não mais agiriam por instinto e evitando-se mortes desnecessárias por parte deles.

Aracnel fazia uma grande reverência enquanto falava para seu pai.

Aracnel pedia por inteligência, um bem de extrema valiosidade e de não menor responsabilidade.

Muito bem. Se é inteligência que desejas para sua prole, então terás. Porém saiba que suas crias também carregarão um fardo, que é o da consciência, e doravante eles serão os responsáveis pelos próprios atos. E também se desenvolverão da mesma forma que as outras raças. sempre deverás observar seus atos!

E a partir daquele momento, os filhos mais dotados de Aracnel despertaram do sono da irracionalidade e poderiam rumar para ascensão de uma nova civilização.


Tulyas

Tulyas ao erguer sua cabeça ao escutar a oferta de seu pai pensa um pouco e responde:

"Pai, tu sabes que dentre os Finerim minhas criações são poucas, mas que extendo a todos com minha humildade. Sabes que meu maior apego é minha primeira cria. Uma coisa eu te peço, que palpita em meu coração... que minhas crias não pereça facilmente diante do poder de Horfael e sua magia. Que a magia não penetre sua carne nem corrompa sua mente como faz com os demais seres, mas sim que ela encontre dificuldades de agira sobre meus queridos 'filhos'."

Vejo que se preocupas muito com seu primogênito, um afeto que só um pai pode ter pelo filho.

Os olhos suplicantes de Tulyas não enganavam Nor'jahall, ele o conhecia, melhor do que o próprio Tulyas talvez pudesse imaginar.
E sendo ele um filho do Criador, era detentor dos mesmos direitos dos outros.

Sendo Kalfyra o primeiro dragão, é digno de uma coroa. E se assim você quiser, devem fazer por merecer.

E Nor'jahall mostra ao Finerim uma imagem de uma coroa, tão negra quanto a noite. Ela tinha o formato semelhante ao da cabeça do réptil com quatro chifres que
se projetavam para trás. Ela aumentava a majestade que já havia nessas criaturas.

Nas forjas da própria Garr eu coloquei An'Carion, a Coroa do Dragão. Ela concederá ao teu filho a proteção que procuras.

E Tulyas vislumbrou os confins da terra, com rios de lava e labirintos de cavernas

Mas cuidado, pois se mau compreendido, seu poder confunde a mente dos menos capazes e pode gerar sentimentos de discórdia como inveja, cobiça e ódio.

Vocês, porém, não podem ir buscá-la, pois ela só pode ser recuperada por alguém puro, que resista a tentação de possuí-la.
E quando esse campeão conseguí-la, seu dragão terá a proteção que deseja.

E assim Nor'jahall fecha a mão e sua visão desaparece no ar.


Zyon

Zyon ouve o que seu pai fala e se surpreende. Não esperava receber tal dádiva do Criador, então começou a pensar o que era de sua necessidade.

Estava tão concentrado, tentando pensar em algo para receber, que nem ao menos ouviu os pedidos de seus irmãos. Seus filhos eram extremamente velozes e incapazes de invelhecer. Brevemente, pretendia negociar o tempo de vida das crias dos Fanwës com Samael. Era o Deus da Guerra. Possuía o respeito dos mortais e uma poderosa espada. O que mais ele poderia ansiar?

Foi então que Zyon teve uma idéia e, subtamente, se dirigiu ao seu pai:

- Ó Poderoso Nor'jahall, nosso pai e criador dos criadores, agradeço-lhe por este presente, sendo mais uma prova de sua infinita generosidade.

Não necessito de uma arma pois, como Deus da Guerra, possúo poder ofencivo suficiente. Também não necessito de armadura, pois meus raios cumprem tal tarefa com extrema eficássia. Um meio de transporte também tenho, já que meus Fanwës são capazes de viajar na velocidade de um raio.

O que realmente necessito e lhe peço neste instante é algo que venho procurando há um tempo, mas não fui capaz de achar algo satisfatório em nenhum canto de Gärr. Gostaria de uma liga metálica duradoura, leve e virtualmente indestrutível, pois gostaria de oferecer maior proteção para minhas primeiras crias. Não sou capaz de criar algo do tipo, pois meu poder não é direcionado a isso, e os metais não são minha área de atuação, porém uma vez que eu possuir esta preciosidade, poderei embebê-la com meu poder, fazendo-a reagir com o corpo dos Fanwë, não os retardando ou impedindo-os de alguma maneira.

E, como tal recurso poderia vir a ser de extrema utilidade, não só para mim, mas para todos os Finerim, imploro mais uma vez para sua infinita generosidade. Como pode ser necessário o uso deste metal em quantidade, se possível, gostaria que criasse uma mina em um dos aposentos de meu castelo com tal preciosidade.

Mais uma vez agradeço, meu pai.

Zyon desejava a matéria-prima para a produção de armaduras para suas míticas águias, e assim o teria.

Então eu lhe presenteio com o Nel'Térion, um material mais resistente que a escama de um dragão e mais leve que a fria brisa do inverno no raiar da primavera.
Elas serão um aparato digno das suas Fänwes e seu brilho mostrará o esplendor delas quando voarem fulgurosas pelos céus.

Na casa de Zyon, nos cômodos mais inferiores e pouco acessíveis surgem as reservas do Nel'Térion para o Finerim.

Se bem trabalhados, esse metal poderá ser transformado em inúmeras maravilhas além da imaginação.
 
Última edição:
Kaiken aguardava ansioso o término do pronunciamento, havia procurado pelo cavaleiro negro mas este estava dormindo um sono sem sonhos e não esboçava nenhuma necessidade de esperança. Restava apenas aguardar que o grande pai não precisasse mais dele para que Kaiken pudesse correr de volta ao seu divertimento, era o que o Finerim mais queria naquele momento.
 
Aracnel responde em agradecimento:

Sim meu pai, apartir de agora não mais meus filhos estarão tão ligados totalmente a mim, agora eles terão uma maior liberdade, agirão por sua própria conta, conviverão em sociedade com as demais raças, desenvolverão o comércio e a tecnologia e evoluirão como qualquer outra raça dotada de inteligência. A nova raça se denominará Infestos .
 
Última edição:
O finerim ficara de certa forma recentido e decepcionado, pois obtivera o que queria, porém talvez nunca conseguisse alcançar tal dádiva.

Mesmo assim ele observava Nor'jahal com respeito e saudosamente ele agradece:

"Obrigado, pai. Pela dádiva que me entrega. Serei eternamente grato por atender ao meu pedido e compreender meu carinho por minha criatura."
 
Encantada com aquela luz, superior a tudo que já vira e criara, sorrio de contentação e olhando para o pai disse:
- Obrigada eternamente por essa dádiva. Palavras não descrevem com exatidão o quanto estou grata e o senhor bem o sabe.
Então juntando as mãos e encostando-as no peito abaixou a cabeça e murmurou "Namastê".
 
Hallgrimr recebe a grande caixa com ambas as mãos, e a contempla com alegria, imaginando as maravilhas que construiria com essa luz vinda direta do Pai. Então uma visão veio-lhe a mente, a visão de um Mestre Dverg, mais forte e bondoso que todos antes dele, e em seu peito um cordão, e no centro do cordão uma pedra com o brilho de Nor'jahall, depois outra visão lhe veio à mente, dessa vez era uma espada, e em sua lamina estava a mesma luz que emanava da pedra, tão bela quanto a ultima, e ela estava com quem parecia ser um humano, porem não sabia se bem o que nem quem era. Outras coisas lhe vieram a mente naquela estranha visão, porem foi tudo turvo e confuso, e pouco conseguia distinguir. Porem entregou a caixa a Eldrinn, seu mais fiel servo e amigo, e lhe mandou que tomasse conta dela como se fosse a própria vida de Garr. Pensou então quem entre os humanos seria escolhido para ter a luz de Nor’jahall, e quem entre os Dvergar seria digno de tal posse, também pensou nos Finerim, e para quem daria aquela luz, porem já teve idéia de quem, e sorriu, imaginando o destino que caberia aos herdeiros da Luz do Criador.
 
Feliz por ter seu pedido relizado, Zyon agora tinha uma coisa a menos para se preocupar. Porém, agora se tornava necessário pedir favores para outro finerim além de Samael, o que deixava Zyon inquieto. Como já estava ajoelhado, o finerim levantou-se, desfincou sua espada da terra e reabsorveu-a. Com uma grande reverência, disse à seu pai:

- Pai, lhe agradeço com toda minha alma pela incrível generosidade para comigo e com meus irmãos. Pouco ainda fizemos em Gärr e muito ainda nos aguarda, portanto ainda não somos dignos de tais presentes. Mais uma vez, obrigado.
 
NOR'JAHALL

O deus-pai recebe os agradecimentos de todos os seus filhos, porém ele ainda tinha um assunto pendente. Ele deveria fazer valer eternamente na mente dos Finerim aquele momento.

Nor'Jahall se agacha e toca com a palma da mão esquerda o solo da colina onde todos se encontravam e fecha os olhos. Por um tempo o ambiente emudece, o próprio vento parou de soprar e os pássaros de cantar em respeito a concentração do mestre.

Até que um crescente furor começa a tomar conta da terra, vindo de muito profundo. Logo se forma um tremor que vai crescendo, crescendo e adquirindo força, até que a terra começa a gritar e o chão se eleva a uma velocidade incrível. Os Finerim olham em volta e observam os arredores ficarem cada vez menores e mais distantes enquanto aquele lugar em que pisavam os elevava. Em dado momento se forma um planalto, em seguida um platô, um morro, uma montanha, não parava de crescer.

Após muito, enfim, havia acabado. Os Finerim olham a volta e são capazes de ver a terra por centenas de quilômetros. Uma montanha havia se formado onde antes era uma humilde colina. Concluído sua obra, Nor'Jahall se levanta novamente, imponente, austero e olha nos olhos de cada um.

Aqui eu crio Nor'Modan, a Montanha do Mestre. Ela servirá como um lembrete da minha passagem por esse mundo e do que aconteceu hoje.
É o legado que deixo para Garr, a mais alta de todas as montanhas que hão de existir nessa terra.


E agora eu os deixo para que tratem de seus assuntos

E assim Nor'Jahall se eleva formando um fluxo de vento e neve por onde passa, e os céus tornam a se abrir para a passagem de seu senhor. E os portões se fecham e são selados por um raio. E uma brisa gélida passa por cada um dos Finerim.

E assim foi a retirada de Nor'Jahall do mundo de Garr.
 
Assim que o pai desaparece Kaiken se vira agilmente danjdo o primeiro salto que corta o céu em direção a seu recêm acordado objetivo, o finerim encontrou o cavaleiro negro em pé ao lado de uma fogueira com o pequeno demônio escondido entre as pernas...

- Vai continuar escondido pequeno covarde?
- Pohhw! Você viu a mmmontanha crescer? É o fim do mmmmundo, os lordes da escuridão finalmmmente vieram. HYAKAKAHHHHH KIAKIAHHHH!!!

- Seu humor muda tão rapidamente quanto a sua insubordinação... Do que me chamou?
- Her... Messssstree, chamei de messsstreee.

Sem hesitar Pow Rt. desenbainhou a espada de lâmina negra e com um golpe decepou o braço do pequeno demônio que caiu no chão gritando e praguejando de modos que não podem ser escritos aqui.

- SSSSSSeeeeeeeeeeuuuu MMMMMMMMMMMMALDITO. MMMMALDITO SSSSSSEJA!!!!!

Kaiken se aproximou da fogueira e se sentou, estava fascinado com a reação dos dois ao poder de seu pai.
Pow Rt. Pegou um galho e espetou no braço recêm arrancado do demônio segurando-o no fogo. Minutos depois Pow Rt. comia a carne por uma abertura na parte debaixo do elmo enquanto que o demônio encostado na árvore olhava para o lugar onde o braço deveria estar.

- Diga-me escravo, qual lorde da escuridão você seguiria?
- Por queeeeeeeeee arrancou o mmmmeu braço. Por que?
- Irá nascer outro, se continuar reclamando eu serei realmente mal e cortarei o que restou.
- Ma mmmas. Por quê MMMMMESTRE?

Verdade seja dita a expressão falsa de mansidão do demônio tentando arrancar a resposta de Pow era convincente. Kaiken conseguia sentir o ódio que estava no coração da pequena criatura naquele momento e por isso aquela encenação era muito divertida para Kaiken que não entendia muito bem as relações dos seres de Garr.

- Você não pegou meu almoço hoje, e me chamou pelo nome.
- Mas não encontrei nenhummma fruta ou animmmal por perto.
- Eu senti o cheiro da fruta que você comeu escondido, só não cortei seu braço antes porque estava distraído com meus pensamentos.
- Fruuuuuuta? Owwww... Perdão Mmmestre.
- Qual lorde você esperava?
- Horfael!!!

O sorriso diabólico no rosto da criatura indicava a total admiração que tinha por aquele que havia sido aprisionado pelos finerim.

- Horfael... Mas este não é coisa dos magos?
- Sim, mmmas Horfael é mmmal, ele é um verdadeiro MMMestre da escuridão. Chegaram mmmuitos boatos no inferno, há outros commmo eu que o seguem.
- Tantos demônios mais fortes e você escolheu uma entidade malígna dos humanos.
- Você é mmmeio hummmano, não escolheu Horfael?
- Meu início no inferno foi problemático pela minha aparência diferente dos demais. Apesar de uma certa proteção das bruxas eu experimentei mais dor do que você, fechar os olhos era a única coisa que me alentava então escolhi aquele que levaria o mundo à plena escuridão, mas depois do meu primeiro encontro com meu pai eu soube que eu nunca seria inteiramente da escuridão, meu pai me concedeu o poder que vocês mais temem, a luz.
- A Maldita LUZZZZZZZZZZZZZ!!! Você é servo de Annnnnuradha! Que nojo.
- Você não tem capacidade para compreender isso escravo. Tenho a luz mas ela me foi passada diretamente por meu pai. Sou senhor de mim mesmo, eu não sirvo a ninguém.

Ficaram quietos finalmente e se deitaram para dormir. Kaiken se deitou e ficou olhando para as estrelas, pensou em Horfael, Anuradha e Aracnel e como seus poderes estavam presentes na vida daqueles seres. O céu de Garr estava próximo a mudar com a presença da lua prisão mas tudo o que o Finerim se importava naquele momento era o que aconteceria quando aqueles dois acordassem.
 
Última edição:
Aracnel vê a obra de seu pai e se impressiona, e, assim que ele desaparece ele retoma seu racicínio e completa:

-Devemos acabar logo essa prisão, tenho muito a fazer, meus filhos agora evoluirão como como qualquer outra raça dotada de inteligência suficiente para isso, muitos continuarão sob a terra, outros sobre a terra, alguns na água, dependendo de suas características.
Não temos tempo para pensar, precisamos agir!
 
Hallgrimr vê a montanha com assombro, e naquela hora viu onde seria o lugar de sua primeira Grande Obra. Ele usaria a Luz do Pai para fazer cinco obras, que seriam as maiores de suas criações. Ele então se despediu dos irmãos e com Eldrinn partiu para os Salões de Fogo. No coração do mundo o Deus da Forja começou seu trabalho, e cada um lhe veio como uma visão na mente, e em pouco tempo a visão tomou forma pelas marretadas de Sloegrinn, e pelas chamas de Eldrinn. Cinco objetos foram formados com a Luz de Nor’jahall, e eles eram A Esfera, A Espada, O Colar, O Anel e O Cetro. Cada um fora feito com um intuito diferente, e cada um era singular de sua maneira. A Esfera era o que melhor espalhava a luz de Nor’jahall, e ela era para ficar no topo da grande Nor’modan, servindo como lembrança a todos os Finerim e todos que tiverem o poder para subir a grande montanha, do poder e da beleza do Criador de Mundos. A Espada fora feito para um rei dos homens, e somente um com amor ao seu povo e à luz poderia carregá-la, outro que assim tentasse sentiria como se ela pesasse sempre mais do que ele pudesse agüentar, e a luz o queimaria e sua mão se escorregaria. O Colar era para o Senhor dos Dvergar, e com isso garantiria que os Filhos do Fogo nunca esqueçam da luz do Criador. O Anel seria um presente a Anuradha, pois Hallgrimr muito a estimava, pois eram de elementos correspondentes, por ele ser a Chama compreendia e amava a beleza e a importância da Luz. O ultimo dos seus trabalhos era o Cajado da Morte, o Cajado da Luz, criado para seu irmão Samael, para que as almas ao se encontrarem na escuridão da morte, encontrassem a luz de Nor’jahall para acalmá-los, fazendo-os se desprenderem mais facilmente da vida. Todos esses presentes Hallgrimr preparou, porem sabia que nem todos poderia dar de qualquer jeito e de imediato, pois um Finerim não deve aparecer e agir de forma direta sobre os mortais.

Logo foi devolta à Montanha Sagrada e lá criou um pilar da própria rocha da montanha, e fez ela de tal forma que nenhum mortal pudesse a quebrar, e somente um dos Finerim pudessem retirar a Grande Esfera da Luz. Esta foi colocada em cima do pilar, para iluminar a todos que a contemplasse, e sempre que um se encontrava em sua luz, sentia paz e tranqüilidade, e muitas vezes achava a resposta para suas perguntas. Muitas vezes Hallgrimr teria voltado para essa montanha em busca da sabedoria de Nor’jahall, e era através da Esfera que vinha suas maiores idéias.

Depois de por a Esfera em seu devido lugar, voltou-se para a luz de Anuradha, foi até ela e lhe entregou o Anel.

”Pois sua luz é de imensa beleza, minha irmã, mas maior ainda será com a luz do Pai, tome este presente como um sinal de meu apresso.”

Logo depois desceu para as terras de Samael, e todo o lugar se iluminou com a luz de Nor’jahall, proveniente do Cetro. Entregou-a então o Deus do Fogo, para seu irmão, e disse:

”A luz que existe na sua obra, meu irmão, não é visto pelos mortais, que só enxergam medo e escuridão. Dou-lhe então esta luz, para mostrar a beleza de seu reino, e criar a paz nos corações de quem assim você julgar merecedor. Tome este presente, como sinal de meu afeto.”

A Espada e o Colar Hallgrimr manteve consigo, e planejava como o entregaria para os Dois Reis, e muito discutiram ele e Eldrinn nos corredores do Palácio de Fogo.
 
Horfael não estava nem próximo da impotência, durante sua custódia no reino dos sonhos de Kai'ckul. Enquanto ele aguardava pacientemente, sua influência se espalhava através das sombras do mundo mortal.

E ele ouviu seu nome pronunciado com louvor por uma cria ignóbil em um covil negro. E um sorriso lhe cruza a face.

Diante do meio-demônio Pow, surge uma visão inesperada. Surge uma névoa verde pálida, trazida por um vento repentino. Essa névoa se coagula, e toma a forma de um cão maior que qualquer homem. Seus olhos brilham como pontos amarelados na escuridão, e sua voz profunda traz um desejo irresistível de se libertar dos grilhões impostos pela lucidez. Era Horfael falando através de Kezef, o Cão do Caos. E ele suspirava para a mente do meio-demônio. Apenas Horfael e Pow ouviriam aquela conversa.

"Então é verdade que tu não temes o poder do Deus Insano, pequeno demônio mortal?" A forma do cão se aproximou do meio-demônio, sentindo o cheiro de sua alma. "Pois saiba que me deves tua patética existência a meu poder, pois fui eu quem tornou aquela que o pariu o que ela realmente era. E parte de teu poder veio do meu poder, lembra-te disto quando fores dormir da próxima vez. Nossos interesses podem ser coincidentes, ou então tu podes querer cruzar-me o caminho. A escolha é exclusivamente tua, mas não te esqueças que Horfael não é ingrato àqueles que o ajudam..."

Com isso, a forma de Kezef desvanece com uma brisa gélida. Mas antes de remover sua consciência do Cão do Caos, Horfael concede um pequeno prêmio a uma criatura ignóbil, aquela que invocou o nome do Deus Insano e trouxe sua atenção à conversa entre um mestre e seu escravo. E este pequeno prêmio é poder, compreensão, e um pequeno lembrete de que certas coisas têm um preço. Quando acordar, o pequeno demônio começará a se tornar cada vez mais insano.
 
Ao ouvir as palavras de seu Pai, Samael se curva perante ele, e o agradece, do fundo do seu coração:

"Não tenho palavras para descrever a felicidade que sinto, meu Pai, por saber que terei um meio de livrar minha irmã do mal que a aflige. Serei eternamente grato por esse presente, mais do que poderia me expressar com palavras."

Quando Nor'Jahall ergueu Nor'Modan, e então se despediu de todos os Finerim, Samael se pronunciou perante seus irmãos:

"Bom, acredito que agora devemos dar início à construção da prisão. Sugiro que, primeiramente, todos aqueles que forem contribuir com algum material, ou com alguma outra coisa que necessitem buscar, o façam. Enquanto isso, eu irei até meu reino e procurarei pelo local ideal para o trabalho, assim como pela parte ideal para ser transformada em uma das matérias-primas da prisão."

"Tal se dará rapidamente, e então mandarei um aviso a todos, para que saibam que, assim que desejarem, podem ir até meu reino para dar início ao trabalho."

"Se nada mais precisar ser discutido então, descerei até minha morada, para dar início ao processo."

Se despedindo então de cada um de seus irmãos, a imagem de Samael se desvanesce lentamente, enquanto adentra em Nifelheim.

Sentiente de que tudo se encontrava em ordem em seu reino, o deus deixa sua essência percorrer cada um de seus cantos, e, em um mero segundo, ele já tinha o conhecimento de que necessitava.

Um par de grandes asas negras se abriu em suas costas, e em uma mera fração de segundo, ele se encontrava nos céus que rodeavam a maciça cadeia de montanhas brancas e colossais, nos confins de seu reino. A Cordilheira da Condenação, como fora nomeada por seus servos.

Demarcava o limiar de seu reino, e se tratava de um caminho praticamente sem volta para qualquer alma que viesse a adentra-la. Além de ser um terrível labirinto, no qual apenas Samael e seus servos mais poderosos ou de maior responsabilidade sabiam se guiar, algumas das almas perdidas haviam, com o tempo, se degenerado em criaturas espectrais vorazes, devorando os espiritos desafortunados que ali fossem parar.

Erguendo sua mão direita, o Deus da Morte observa enquanto parte de Nifelheim estremecia violentamente, e várias das pálidas montanhas se erguiam, deixando enormes crateras que em breve seriam preenchidas com a areia do deserto ao seu lado.

Centenas dentre as gigantescas montanhas agora pairavam no ar, inertes, suspensas pela vontade do senhor daquele lugar. Juntando suas mãos num gesto rápido e forte, elas então colidiram umas com as outras, com uma força incrível, e cujo impacto foi sentido mesmo no palácio da divindade, no centro de seu reino.

Com um aceno da mão da Samael, a enorme nuvem de poeira se dissipou, deixando um monstruoso amontoado esférico de uma das manifestações "fisicas" mais brutas do material espectral de Nifelheim. Algo parecido com uma semi-esfera de marfim, meio oca, e com uma leve e pálida luminescencia, mais assustadora do que bela.

Assim que contemplou a estrutura, o Deus da Morte sentiu que sua primeira visita havia chegado, apesar de antes de seu aviso. Imediatamente, sua figura se fez diante de seu irmão Hallgrimr, curioso acerca do motivo que o trouxera ali tão cedo.

Quando seu irmão o presenteou com o Cetro, que continha a luz sagrada de Nor'Jahall, Samael se ajoelhou perante seu irmão, o agradecendo:

"Não tenho palavras para expressar minha gratidão, meu irmão. Certamente herdou a generosidade de nosso Pai, como poucos ou nenhum dentre nós. Farei com que esse presente seja util aos mortais que entrarem em meu reino, em tempo integral."

Subindo até a torre mais alta de seu palácio, e comandando-a a se erguer ainda mais, como uma gigantesca espiral que se levanta do solo, ele então foi até sua ponta mais alta, e nela fixou o Cetro, cuja luz se espalhou então por todo o seu reino.

Descendo até seu irmão, ele continuou:

"Agora a luz de nosso Pai será visível em todo e qualquer canto de Nifelheim, e qualquer alma que venha até meus domínios conseguirá enxerga-la e sentir seu conforto, sevindo também como um eterno e vigilante farol, mostrando a direção a ser seguida para que possam dar continuidade às suas existências."

Após terminar sua fala, o Deus da Morte fecha então seus olhos, e o ambiente ao redor de ambos desvanesce rapidamente, dando lugar a um gigantesco e aparentemente infindável deserto, o que se mostra diferente apenas pelas alvas montanhas em um horizonte, e pela vívida e eterna luz do Cetro, do lado oposto. Um grande disco de marfim se estende sob os pés de ambos, proporcionando uma superfície lisa e plana em meio às dunas.

Apontando para a massiva rocha fantasmagórica que flutuava no céu, ele fala:

"Aquela será matéria-prima que fornecerei para a prisão. É o material mais resistente, e que posso tirar em tamanha quantidade, de meu reino."

"E este será o local em que trabalharemos na construção do cárcere de Horfael. Longe de qualquer habitante de meus domínios, evitando assim qualquer interferência com eles ou por parte deles."

"Irei agora convocar o restante de nossos irmãos, para que possamos dar início ao trabalho. Caso ainda não esteja pronto, ou se tiver que tratar antes de um assunto mais urgente, sugiro que se apresse."

Terminando sua última fala com um leve sorriso, o Senhor dos Mortos fecha seus olhos, tocando então as mentes dos demais Finerim que escolheram ajudar na tarefa, lhes falando:

"Meus irmãos e irmãs, peço perdão pelo incômodo em suas mentes, mas já fiz todas as preparações de que necessitava. Aqueles dentre vocês que já estiverem prontos e desejarem descer até meu reino, fiquem à vontade. Serão trazidos imediatamente até minha presença, no local em que construiremos a prisão. Aguardarei pacientemente suas vindas. Até breve."

Abrindo novamente seus olhos, e se virando para seu irmão Hallgrimr, ele espera, pacientemente...

Off: perdão pela demora, e pela enrolação que a falta do meu post causou. Enfim, tentei resumir as ações dele, e a coisa no final ficou meio largada, pois perdi metade do post devido a um erro do explorer, daí não tive paciencia pra reescrever direitinho, e nem revisar.

Enfim, está aí. :lol:
 
Um outro dia surgia e Pow Rt. despertava chutando o demônio planície abaixo...

- GRaaaaaaaaahhh. Por quêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêêê...
- Traga água para seu mestre lacaio preguiçoso.

E assim após alguns minutos o pequeno demônio regressava com uma folha grossa com água até a metade. O Cavaleiro negro apenas molhou os dedos na folha e os colocou debaixo do elmo, ele não precisava de mais que aquilo.

- Hoje sonnnnnnhei bemmmm. Tive ummmmmma visão de innnnnferno.
- O que me intriga é que também sonhei, sonhei com seu deus me dizendo um monte de bobagens.
- Sonnnnnnhou com Horfael?
- Eu nunca havia sonhado antes mas não importa, só queria saber o que está me irritando.
- Massssss...
- Vamos logo, tenho que ver meu pai.

E pegando o pequeno demônio pelo rabo Pow Rt. Continuou a caminhada. Kaiken o seguiu por mais de duas horas ouvindo o demônio espernear tentando se soltar até que ao avistarem as torres do castelo Pow Rt. o soltou.

- Chegamos!

Andando mais rápido eles atravessaram os portões da cidade e encontraram um cenário de morte... Havia silêncio na cidade, os habitantes estavam caídos no chão cobertos de sangue, pareciam ter sido mastigados por algo. Partes das casas estavam destruídas e o chão estava revirado como se algo tivesse saido da terra.

- COMMMMMMIDA! HYAKAKAHHHHHHH, QUE BELA CIDADE!!!

Quando o pequeno demônio pulou em cima de um dos corpos, o cavaleiro negro o puxou novamente pelo rabo, com sangue e um pedaço de carne na boca ele reclamou.

- QUERO COMMMMMER!
- Depois, temos que ir até o castelo. Você só vai comer depois que eu souber onde estão meus pais.

Kaiken sorriu, já sabia o que havia acontecido ali, o finerim não sabia o que havia acontecido no sonho do Cavaleiro Negro mas o fato é que a presença dele ao lado de Pow Rt. anulavam o poder de Horfael. Enquanto Kaiken estivesse com aquela criatura tudo estaria bem.
 
Que deixa interessate Raphael S. posso me meter e já me metendo (no bom sentido é claro kkkkk)

Pouco tempo depois da inteligência se concedida aos filhos de Aracnel, alguns se tornaram seres pacíficos e começaram a erguer suas moradias e um novo reino, outros decidiram seguir o caimnho contrário, a maldade dominou seus seres e o cuidado pedido por seu para a Aracnel para com seus filhos tinha sido deixado um pouco de lado em decorrência da construção da prisão de Horfael.

Um grande contigente de insetos vindos do subsolo decidiu espalhar seu reino tentar montar um império, não estavam satisfeitos coma vida que Aracnel tinha lhes dado no subsolo. E se organizaram em pequenos batalhões sob o comando de Aracos um Aranea (criatura aracnidia que podia tomar formas diferenciadas até muito semelhante as humanas) e cavaram de baixo para cima. Para a infelicidade do local que eles insurgiriam por debaixo do solo.

Ocorre que eles insurgiram no meio de uma cidade a qual desconheciam, mas não pensaram duas vezes e partiram para cima dos moradores com grande violência, grandes escorpiões aranhas e centopéias que chegavam a altura de um homem se espalharam e iniciaram um massacre a pequena cidade, mulheres, crianças, velhos e soldados não foram poupados, cassas foram invadidas e destruídas, reviradas em busca de algo que eles julgamvam valioso.

Aracos já era um dos poucos seres filhos de Arcnel que nasceu dotado de inteligência antes mesmo de Norj'ral conceder a inteligência a eles e, quando tomou o pátio ele subiu no teto de uma das casas e falou no idioma dos insetos:

-Esse é o início de um novo tempo, nosso senhor Aracnel nos prendeu durante muito tempo em seu reino, mas agora encontramos a liberdade, mas, não podemos deixar de segui-lo por isso, afinal ele fez para a nossa sobrevivência e o nosso bem. Algo aconteceu e todos vocês despertaram um dom que poucos dos filhos de Aracnel possuiam e, sendo assim, devemos aproveita-lo. Boatos de que os humanos conviviam em organização liderados por um homem sempre chergaram a meus ouvidos e para tomar a cidade devemos destruir seu comandante. Nessa luta esses humanos mataram muitos de nós e nosso exército foi reduzido. Ainda há mais e nenhum deve sobreviver, afinal são alimentos! e devem ser tartados como tal.

Aracos vira-se e observa o castelo e esplana para seus seguidores:

-Vejam!, lá, naquele grande castelo é onde os grandes lideres devem ser encontrados, devemos seguir para lá e acabar de uma vez por todas com os humanos remanescentes, lá também está o maior contingente de defesa e já somos poucos, não usamos indumentarias usadas por eles, nem suas armas, mas apenas nossas carapaças e armas naturais, ainda etamos caminhando nesse sentido..

Dito isso ele desce pela parede como subiu, parecia que estava sob o solo e as paredes eram retas.

Ao chegar ao castelo um grande contingente de homens os esperavam e depois de uma grande batalha apenas Aracos e cerca de cinco dos insetos estavam com ele, eram três aranhas grandes, um escorpião grande e um louva-deus grande, todos banhados pelo sangue dos homens, Aracos estava com um senhor e uma senhora como refém amordaçados e amarrados com sua teia para quem sabe tentar alguma chantagem com o rei e utiliza-los como escravos.

Então eles adentraram ao castelo e se dividiram em três grupos de dois para abrangerem uma cobertura melhor.
 
Enquanto a Lua Vermelha estava sendo preparada, os Spioradmóra, principais servos de Hallgrimr, os Grandes Espíritos da Terra e do Fogo, se reuniram em conselho.

Entre eles, estavam os lideres do Conselho do Fogo e do Conselho da Terra, grandes mestres entre os Spioradmóra. A língua do povo do fogo era a mais parecida com a língua original de Hallgrimr, porem muitos do povo da terra já inventaram seu próprio dialeto, e por serem mais numerosos, deram nome aos grupos de espíritos, chamando-os Spioradmóra, Os Grandes Espíritos. Mas entre si os mais antigos dos Espíritos de Fogo chamam o povo de Rikandiar, que tem o mesmo significado de Spioradmóra. Os espíritos mais antigos entre os Espíritos da Terra ainda tem nomes na língua do Fogo(como ela é agora chamada), porem muitos usam pseudônimos quando estão entre os de sua própria raça.

De qualquer forma, os Spioradmóra reuniram os dois grandes conselhos, por ordem de Hallgrimr, e quem liderava era Eldrinn, a Chama Branca, servo principal do Deus da Forja.

Sloegrinn era o líder do Conselho da Terra, enquanto um certo Fasthuger comandava o Conselho do Fogo.

Todos estavam sentados em uma sala, criada na própria rocha do local, e era circular, como também era assim que as mesas eram distribuídas, subindo cada vez mais andares, até chegar a ter mesas a vários metros do chão. No centro da sala estava Eldrinn, e em cima de uma mesinha estava A Espada, a qual Eldrinn chamou de Hvíturdaga, a Luz do Amanhecer.

Todos sussurravam entre si, uns com mais calma, outros de forma mais fervorosa. Mas no final todos se calaram quando Eldrinn se pronunciou.

’’Está em meu conhecimento...’’ O silencio caiu na sala. ‘’Que a prisão está para ser feita. Os Allherrar(como chamavam os Finerim)receberam a visita do Grande Criador, e dele receberam vários presentes. Entre eles foi dada ao Allherra da Forja, Hallgrimr, a Luz do Criador...’’ Todos pareciam atônitos, sussurros rápidos e altos voltaram a aparecer por todo salão.

’’Sim, sim, uma responsabilidade imensurável.’’ Disse Eldrinn, causando de novo o silencio. ’’E de Hallgrimr Bálbiarg recebemos uma tarefa de responsabilidade igualmente grande...’’

’’Acharmos e prepararmos os mortais a receberem a dádiva da Luz.’’ De novo muitos sussurros, e algumas vozes de protesto. Entre eles, estava Sterkandir Paiseancroí, o maior rival de Eldrinn no comando do Conselho Maior, e talvez o Spioradmór que mais contestava as idéias de Hallgrimr.

’’O Senhor das Chamas está enlouquecendo?’’ Disse Sterkandir, usando o titulo de senhor das chamas de forma pejorativa, deixando aparentar que Hallgrimr não era senhor dos Espíritos da Terra. ’’Entregar armas de tamanho poder e magnificência a simples mortais?!’’

Todos se calaram, a voz de Sterkandir vibrou por todo salão, Sterkandir tinha o mesmo poder de Eldrinn de manter uma multidão atentos a sua palavra.

’’Não creio em tamanho ultraje! Como pode o ‘’Presenteador’’ esquecer tão facilmente de seus mais importantes e fieis servos?! Como pode aquele que julga ser nosso senhor e amigo dar preferência a simples mortais que pouco conhecem, se não nada, de sua existência e magnificência?’’ Sterkandir pulou então de seu acento alto, e varias pedras flutuantes o amparavam, impedindo sua queda, formando uma escada até que ele chegou ao centro do salão. ’’Não creio que nosso senhor tenha se cegado tanto com seu amor pelos mortais.’’ terminou ele, olhando com rebeldia para Eldrinn.

’’Cego és tu, Sterkandir das belas palavras, pois não vê o plano de Bálbiarg para os mortais, como não vê nada que vá alem de tua ganância!’’ Respondeu Eldrinn com repreensão, usando o nome neutro de Hallgrimr como forma de responder a provocação de Sterkandir sobre a autoridade do Deus da Forja.

Sterkandir riu uma risada alta e retumbante, típica do povo da terra.

’’Então conte-me, oh Grande Mestre, pois noto eu que toda e qualquer opinião contraria aos desígnios do Senhor da Forja é vista como uma loucura.’’ respondeu ele com zombaria

’’Dos desígnios de Hallgrimr não cabe a mim contar, pois dele ouvi apenas o bastante.’’ Disse Eldrinn com rispidez. ’’Porem o que sei e posso contar contarei: Ouçam todos, Mestres das Chamas, Senhores da Pedra, Lordes dos Elementos! Ouçam as palavras de Eldrinn, pois elas nunca são de má fé. O Senhor da Forja contou me isto: Que os humanos precisariam de força para os desafios que virão após a prisão do Hugurblakk.’’ Hugurblakk, como O Senhor da Forja, ou o Presentiador, é um titulo, dado pelos Spioradmóra para Horfael, quer dizer Mente Negra, referindo-se a sua Loucura e Malicia.

’’Os humanos tanto da raça da Esperança quanto da raça dos Dvergar precisam agora da Luz do Criador, pois só assim terão uma chance contra a escuridão que chegará.’’

’’Que escuridão é essa que tanto fala? A terra está bela, e nenhum male de tal proporção chegou aos ouvidos do Conselho da Terra.’’ Retrucou Sterkandir.

’’Hallgrimr crê nessas trevas, por isso criou a Espada, invés de apenas criar objetos de beleza sem igual. Seu amor pelos mortais e vontade de presenteá-los com a Grande Luz é inquestionável, porem ele não faria assim sem uma razão, e essa é ela.’’

’’Não creio nas tuas palavras, nem nas ‘’visões’’ de Hallgrimr, o Tolo!’’ Respondeu Sterkandir, com um soco na mesa.

Nesse momento, Sloegrinn, que até então estava sentado e em silencio, rapidamente se levanta, e seu tamanho se fez presente, e sua autoridade reconhecida.

’’Ousas caluniar Hallgrimr, Senhor dos Dois Elementos?’’ Disse ele com sua voz firme e poderosa. ’’Ousas rebelar-te contra a vontade daquele que te criou e entregou o conhecimento e poder?’’

Sterkandir parecia ter estado esperando justamente aquela deixa.

’’Sim! Ouso-me, oh Sloegrinn Sem Nome, pois não creio nos conhecimentos daquele que me ensinou, e não creio na força daquele que me deu poder!’’ Falando em relação ao fato de Sloegrinn não ter inventado um nome na Lingua da Terra. Nesse momento pegou a Hvíturdaga , A Espada, da mesa e a desembainhou, deixando solta a Grande Luz, e naquele momento tornou se belo e terrível, aparentando a autoridade e poder de um Grande entre os Espíritos. Porem isso pouco durou, pois logo gritava com a força da luz, e o peso dA Espada tornou-se insuportável, fazendo-o soltá-la imediatamente.

Nesse mesmo momento, trinta do Povo da Terra saíram do chão, se posicionando para proteger Sterkandir. Vários outros do Povo do Fogo, e os outros do Povo da Terra fieis a Hallgrimr se juntaram envolta, para bloquear a saída dos traidores. Mas entre eles estava os mais fortes entre os Senhores da Terra, e poucos conseguiriam segurá-los se quisessem partir. A luta foi terrível, e muitos dos Espíritos foram reduzidos a meros espectros, mas Sterkandir conseguiu escapar, e junto dele vários Espíritos da Terra entraram em sua causa, sendo os que ficaram para o defender no grande salão viraram os membros principais do seu grupo, que queriam tomar controle sobre a superfície, cansados como estavam com o subterrâneo. Alem dos espíritos da Terra e poucos espíritos do fogo que se juntaram a causa, também estavam entre os seus números vários espíritos do ar, seres dos quais Sterkandir fez aliança secreta poucos anos antes de se rebelar abertamente.
 
Última edição:
Anuradha olhava encantada a coplexidade daquela montanha, e quando seu irmão Hallgrimr lhe deu o anel o pôs em seu dedo anelar na mão direita, logo que o colocou sentiu uma sensação estranha, mas confortadora.

- Obrigada Hallgrimr pelo presente.- e virando-se para os demais - Bem, assim que tiverem planos para a construção da prisão de Horfael contatem-me.[/B] - dito isso afastou-se do local.

Estando distante, ela elevou a mão ao céu, em direção a Lancinäré, e sussurrou "Traka adaim tarduim"isso fez pequenas esferas de luz sairem da estrela e virem em sua direção, quando todas estavam agrupadas na palma de sua mão ela assoprou-as levemente, as pequenas esferas dispersaram-se pelo ar em direções opostas, nelas estavam contidas as boas vibrações que tinham como objetivo iluminar o mundo expurgando a escuridão daqueles que agiam de boa fé.

Depois de disseminado as esferas seguiu para sua montanha, mas ao chegar nela ouviu o choro estridente de alguma criatura. Primeiro pensou ser o filhote de algum animal que fora largado ou tirado da mãe. Seguiu o som. Perto de um grande carvalho achou uma pequena trouxa, devagar aproximou-se dela e puxou o pano, lá enrolado naqueles panos surrados havia um bebê provavelmente recém-nascido, pois estava um pouco sujo de sangue, de pele clara e negros cabelos finos em quantidades minímas, chorava desesperadamente em busca de afeto, sem pensar duas vezes Anuradha pegou a criança e alevou até um rio próximo. Lá ela o lavou, depois cortou um pedaço de suas vestes e o enrolou.
A fim de acalmá-lo até poder pensar no que fazer, tocou, levemente, a testa do menino com seu dedo, a criança cessou o choro, acalmando-se, e dormiu. Enquanto ele dormia sossegadamente em seu colo, a deusa da luz olhava para o horizonte em busca de uma resposta para o que fazer com aquela criaturinha indefesa, não podia deixá-lo, mas seria difícil ficar com ele, afinal como o criaria?
 
Última edição:
Aracnel sentiu a vibração do chamado de Samael e quando se preparava para ir até onde estava seu irmão um flash de luz veio em sua mente e ele sentiu e viu com os olhos de Aracos o ataque a cidade humana, afinal, o tempo para Garr corre muito mais rápido que o tempo para os Finerim e seus filhos já estavam agindo de todas as formas, tanto para o bem como para o mal, porém ele não desejaria mais intervir e apenas interviria se o equilibrio fosse quebrado, afinal era cedo para isso.

Retomando a realidade Aracnel direcionou seu pensamentopara onde Estava Samael e para a construção da prisão e como de costume parecia se dissolver numa grande sombra que insurgia sob seus pés até que essa sombra diminuísse e desaparecesse, voltando a aparecer no mundo de Samael ao lado de Hallgrim, ela crescia conforme aracnel surgia até que quando seu corpo reapareceu por completo a sombra minguou e desapareceu.

-Estou aqui...me distraí um pouco pois meus filhos já estão agindo com o novo dom tanto para o bem como para o mal...
 
Seguindo Pow Rt., Kaiken piscou os olhos por um momento e os acontecimentos de algumas horas antes se desenrolou no vasto pensamento do Finerim.

- PROTEJEI AS CRIANÇAS!!!

Era inútil, a cidade havia sido pega de surpresa pelos insetos... Apesar da bravura dos guerreiros os inimigos surgiam de todos os lugares debaixo da terra e seus ataques eram dolorosos e mortais.

- Vamos mãe, vamos achar meu pai.
- Aryth, ele ordenou que ficaste.
- Quer que ele morra lutando sozinho?
- Teu pai sabe defender-se.
- Meu pai está velho, venha comigo e eu te protegerei.

Sem muita escolha e preocupada Helena desceu as escadarias que levavam ao salão do trono junto de seu filho Aryth. O mago atravessou a ponte do castelo defendendo-se com barreiras mágicas, a cada nova criatura que saltava ele apontava as mãos e repelia a criatura até que avistaram Ramiel lutando com dificuldade contra Aracos... Vários insetos em volta se contorciam diante da invocação de luz do paladino, Ramiel tinha um ferimento no dorso e estava ajoelhado ofegante enquanto Aracos estudava como faria o próximo ataque tampando alguns dos inúmeros olhos...

- RAMIELL!!!
- HELENA!!!

Rapidamente Aryth se aproximou do pai puxando-lhe a espada das mãos.

- Te ordenei que protegeste sua mãe.
- Você está muito velho para lutar pai. Estas criaturas são mais fortes do que você pode entender.

Ramiel abaixou a cabeça suspirando, as forças se esvaíam, ele sabia que o filho estava certo, os dias de glória do paladino haviam passado e o tempo se encarregado de enfraquêce-lo. Segurando a mão do filho ele pediu.

- Vai filho meu e protege teu povo, impeça este mal que nos ataca.

Aryth olhou para Aracos e sorriu girando a espada sob a cabeça do próprio pai, a cabeça de Ramiel Ritarashi caiu e rolou sobre os pés do mago enquanto Helena gritou em horror com a cena...

- RAMIEEEEEEEEEEL!!!

Soltando finalmente a mão do pai e o deixando cair numa poça de sangue Aryth se defendeu contra os ataques de energia que Helena lançou contra, havia perdido a forma humana e as runas de bruxa brilhavam vermelhas pelo rosto dela... Embora os ataques assustassem os insetos Aryth criou barreiras para cada um dos diferentes ataques mágicos que sua mãe lançou, nem o fogo, nem os raios negros, nem o veneno surtiram qualquer efeito contra as barreiras que o mago branco criava com as mãos...

- Eu superei você mãe, já não pode nada contra mim.
- Por quê Aryth? Por quê?
- Porque vocês são fracos demais para tentar dominar tudo. Vocês e sua estúpida bondade e respeito nunca iriam entender o que é a verdadeira GUERRA!!!

E correndo até Helena Aryth decepou-lhe a cabeça em um só golpe como fizera ao pai... Ela não mais reagiu, tinha os olhos tristes enquanto a espada vinha em sua direção, pensou por um segundo que veria Ramiel novamente e seu ultimo pensamento teve um nome, Pow.

Aracos observou a reação do humano até o final, podia atacar mas aquilo havia sido tão inesperado que instigara a curiosidade da criatura e logo Aryth jogou a espada no chão com a túnica manchada de sangue e olhou para ele.

- O que uma criatura tão admirável faz no MEU reino?

E sorriu como antes como se nada tivesse acontecido cruzando os punhos fechados nas costas como quem espera uma simples resposta.
 
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